Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo que, mesmo sendo infinitamente feliz em Vós e por Vós por toda a eternidade, vos dignais acolher com benevolência o louvor que se eleva de toda a Criação até o Vosso trono!
Fechai, pois, os Vossos olhos, vos rogamos; e fechai, pois, Vossos ouvidos divinos àqueles infelizes que, cegos de paixão ou movidos por um impulso diabólico, blasfemam perversamente contra o o Vosso santo nome e os da Puríssima Virgem Maria e dos Santos.
Obstai, ó Senhor, o braço da Vossa justiça, que poderia reduzir a nada aqueles que ousam ser culpados de tal impiedade. Acolhei o hino de glória que incessantemente se eleva de toda a natureza: da água da fonte que corre limpa e silenciosa às estrelas que brilham e percorrem órbitas imensas no mais alto dos céus, movidas pelo Vosso Amor.
Aceitai em reparação o coro de louvores que, como incenso diante do altar, brota de tantas almas santas que andam, sem nunca se desviarem, pelos caminhos da Vossa Lei e que, com assíduas obras de caridade e penitência, procuram aplacar a Vossa justiça ofendida. Ouvi o canto de tantos espíritos escolhidos que consagram a vida para celebrar a Vossa glória, e o louvor perene que a Igreja Vos oferece em todos os tempos e em todos os lugares.
E tornai a Vós, convertidos um dia, aqueles corações blasfemos, para que todas as línguas e todos os lábios possam cantar em harmonia nesta terra aquele canto que ressoa sem cessar nos coros dos anjos: Santo, Santo, Santo é o Senhor, Deus dos Exércitos. Céu e terra estão cheios da Vossa glória. Amém.
(dada, de viva voz, pelo papa Pio XII pela Rádio Vaticano, em 11 de setembro de 1954 e contemplada com 1000 dias de indulgência)