domingo, 17 de dezembro de 2017

TESTEMUNHA DA LUZ

Páginas do Evangelho - Terceiro Domingo do Advento


Neste domingo, Terceiro Domingo do Advento, mais uma vez, a mensagem profética que ressoa pelos tempos vem da boca de João Batista. Em Betânia, além do Jordão, diante da expectativa da chegada do Messias e da interrogação dos sacerdotes e dos levitas sobre a sua identidade, João Batista foi sucinto e categórico em suas respostas: 'Eu não sou o Cristo'. 'Eu não sou Elias'. 'Eu não sou o Profeta' (Jo 1, 20 - 21). E sintetiza tudo: 'Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias' (Jo 1, 26 - 27). Eis o primado de João: Jesus vem, a sua Vinda é iminente: alegrai-vos todos porque o céu vai tocar a terra e fazer novas todas as coisas.

Eis o Advento do Senhor: depois da vigilância e da conversão, vivenciados nos domingos anteriores, segue agora o ressoar das trombetas da legítima alegria cristã neste terceiro domingo. Sim, alegria cristã, alegria plena do amor de Cristo, proclamada nas palavras do Profeta Isaías: 'Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas joias' (Is 61, 10) e também na Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses: 'Estai sempre alegres! Rezai sem cessar. Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo'' (1 Ts 5, 16 - 18).

João Batista 'não era a luz, mas veio dar testemunho da luz' (Jo 1, 8). Ele é a voz passageira que anuncia a Palavra Eterna, como nos ensina Santo Agostinho: 'O som da voz te faz entender a palavra; e, quanto te fez entendê-la, o som desaparece, mas a palavra que foi transmitida permanece em teu coração' (Sermão 293, 3). Neste deleite da graça, esparge-se a luz do entendimento da fé e amolda-se suavemente a paz divina ao coração humano que palpita inquieto enquanto não repousar definitivamente em Deus.

O testemunho de João Batista é a nossa herança de fé, na alegria daqueles que acolhem o Messias, a Luz do mundo. Eis aí o verdadeiro caminho da felicidade, trilhado apenas por aqueles que vivem a alegria da espera do Senhor Que Vem, perseverantes na oração e na fé que move montanhas e que inquieta o coração humano até o encontro definitivo com Deus. Benditos sejam os homens e mulheres que se consumem de alegria nesta via de santidade, porque possuirão para sempre as moradas na Casa do Pai. Nascidos para a eternidade, e herdeiros da Visão Beatífica, no Céu todos se tornarão testemunhas da Luz ainda maiores que o João Batista deste mundo.

sábado, 16 de dezembro de 2017

ORAÇÃO DA SALVAÇÃO (PAPA CLEMENTE XI)

Senhor, creio em Vós, fazei que creia com mais firmeza;
espero em Vós, fazei que espere com mais confiança;
amo-Vos, aumentai o meu amor;
arrependo-me, avivai a minha dor.

Adoro-Vos como primeiro princípio;
desejo-Vos como último fim;
exalto-Vos como benfeitor perpétuo;
invoco-Vos como defensor propício.

Dirigi-me com a vossa sabedoria;
atai-me com a vossa justiça;
consolai-me com a vossa clemência;
protegei-me com o vosso poder.

Ofereço-Vos meus pensamentos, para que se dirijam a Vós;
minhas palavras, para que falem de Vós;
minhas obras, para que sejam vossas;
minhas contrariedades, para que as aceite por Vós.

Quero o que quereis,
quero porque o quereis,
quero como o quereis,
quero enquanto o quiserdes.

Senhor, peço-Vos que ilumineis minha mente,
inflamais minha vontade,
limpeis meu coração,
santifiqueis minha alma.

Que me afaste das faltas passadas;
rejeite as tentações futuras;
corrija as más inclinações;
pratique as virtudes necessárias.

Concedei-me, Deus de bondade, amor por Vós;
ódio por mim,
zelo pelo próximo,
desprezo pelo mundano.

Que saiba obedecer aos superiores,
ajudar os inferiores,
acolher os amigos,
perdoar os inimigos.

Que vença a sensualidade com a mortificação,
a avareza com a generosidade,
a ira com a bondade,
a tibieza com a piedade.

Fazei-me prudente nos conselhos,
constante nos perigos,
paciente nas contrariedades,
humilde na prosperidade.

Senhor, fazei-me atento na oração,
sóbrio no comer,
perseverante no trabalho,
firme nos propósitos.

Que procure ter inocência interior,
conversa exemplar,
modéstia exterior,
vida ordenada.

Que lute para dominar a minha natureza,
fomentar a graça,
servir a vossa lei e
obter a salvação.

Que aprenda de Vós como é pouco o terreno,
como é grande o divino,
como é breve o tempo,
como é duradouro o eterno.

Fazei-me preparar para a morte,
temer o juízo,
evitar o inferno,
e alcançar o paraíso.

Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

BREVIÁRIO DA CONFIANÇA (II)


14 DE DEZEMBRO

ABISMO SOBRE ABISMO

Meditemos com Santa Margarida Maria os abismos insondáveis do Coração de Jesus. Eis como ela nos fala, com tanta eloquência, desses abismos: 'O Coração de Jesus é um abismo de amor, onde havemos de abismar todo o amor próprio que em nós existe, com todas as suas produções más, isto é, respeitos humanos e desejos de nos satisfazer. Se estais no abismo da pobreza e desnudado de vós mesmos, ide vos abismar do Coração de Jesus. Ele vos enriquecerá. Se vos achais num abismo de fraqueza e caís a todo instante, ide vos abismar na força do Sagrado Coração, que vos fortificará e vos livrará. Se estais no abismo das misérias, ide vos abismar no Coração adorável todo cheio de misericórdia. Se vos achais num abismo de orgulho e de amor próprio, de vanglória, abismai-vos no abismo de bondade do Sagrado Coração. Se vos achais num abismo de trevas, Ele vos revestirá de Sua luz. Quando mergulhardes num abismo de tristeza, ide vos abismar no abrigo da alegria divina do Sagrado Coração de Jesus e achareis um tesouro que dissipará todas as tristezas e aflições do vosso espírito. Nas inquietações, nas dúvidas, ide vos abismar desse Adorável Coração. Se vos encontrardes num abismo de temor, abismai-vos da confiança do Coração de Jesus e o temor há de ceder lugar ao amor'. Abismo sobre abismo! Ó Jesus, dai-me cada vez mais amor e confiança na onipotência misericordiosa do Vosso Coração!

15 DE DEZEMBRO

ALMAS REPARADORAS

Hoje, mais do que em tempo algum, o mundo, para se salvar, tem necessidade de almas generosas, de almas reparadoras. 'A necessidade de reparar' - escreve o admirável Pe. Plus - 'não se impõe apenas como dedução dos princípios sobre os quais se assenta a nossa fé católica e, especialmente a doutrina do Corpo Místico e o Dogma da Redenção, impõe-se também como consequência forçosa de um ensinamento formal, constante e muitas vezes repetido por Nosso Senhor! Não nos soa aos ouvidos a palavra de Jesus: 'Fazei penitência! Fazei penitência!' Que é a penitência? Reparação. O mundo, chafurdado na lama da sensualidade, saturado de orgulho sacrílego, tem necessidade de almas reparadoras. E são poucas! Quem nos dera ter uma legião de almas como Simone Dennriel, cujo brado é o de todos os corações generosos que hoje se imolam no altar da reparação: 'Tenho necessidade de sofrer' - escreve ela - 'quero sofrer porque Jesus sofreu por mim... porque Deus o pede em expiação dos crimes do mundo. Quero sofrer, porque o sofrimento é a mais poderosa das orações,  porque o sofrimento eleva e purifica ... quero sofrer porque a felicidade se encontra no sofrimento e a minha alma anseia pela verdadeira felicidade. Non mori sed pati*. Sofrer, sofrer durante cem anos, se preciso for, para salvar almas e dar glória a Deus. Tenho necessidade de oração contínua, que é a força da alma e a chave do Céu. A oração me une a Jesus e me ajuda a suportar tudo para a sua glória. A oração é irmã do sofrimento. Ambos se unem para se oferecerem a Deus e para salvarem o mundo. Jesus não os separou em sua vida oculta, nem na Paixão e nem na Cruz'.

* não morrer, mas sofrer

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

AMOR DE PERFEIÇÃO

1. O amor de Deus, o amor desmedido de si mesmo, eis os dois adversários que disputam teu coração. Se conseguisses eliminar tudo que não satisfaz a Jesus e tudo fazer para lhe ser agradável, serias perfeito. Será difícil? Começa tranquilamente esse trabalho de eliminação.

2. Talvez que te apegues demasiadamente a um objeto, a uma ocupação, a um emprego, a uma dignidade, a uma pessoa, a uma amizade, a certas relações de sociedade, a atenções, respeitos de que és alvo. Talvez que estejas por demais preso a certos projetos, ao sucesso de tuas empresas, ao reconhecimento, à reputação, a certas opiniões, a tuas convicções, tuas comodidades, à tua saúde? Quem se julgará isento de apegos, quando lança um olhar ao abismo do coração, onde se entrechocam tantos desejos, afeições, temores, alegrias, tristezas e esperanças?

3. Não te perturbes diante desta multidão de imperfeições, nem percas teu tempo examinando-te com ânsia para descobrir teus defeitos. À medida que te adiantares na humildade, Deus fará brilhar sua luz nas tuas trevas e então verás tuas faltas.

4. E que tática adotarás para suprimir todas as coisas ilícitas, e conservar teu amor na esfera das afeições legítimas? Perseguir um a um esses inumeráveis inimigos em seus redutos, seria desperdiçar um tempo precioso, e perder a paz do coração, para não chegar, aliás, a um resultado satisfatório. Importa, pois, apegar-se simplesmente ao soberano bem por um ato de vontade.

5. Sem se preocupar com um apego em particular, a alma conserva-se atenta desde o levantar. Ela repete frequentemente atos de amor de Deus, atos de complacência e preferência, principalmente quando um objeto, uma criatura qualquer a solicita, quando se sente estimulada a buscar uma satisfação pessoal, perseguir uma vã questão de honra, descuidar-se de um dever imposto. Cada uma dessas ocasiões faz brotar em seu coração um ato de amor: 'Jesus, eu vos amo, é a vós que eu busco; longe de vós tudo é vaidade, mentira e decepção'. Assim, a alma não dispersa sua atenção sobre muitos objetos ao mesmo tempo. Ela simplifica sua vida espiritual, conservando a paz do coração, e concentra a cada instante toda a sua energia no amor de Deus. Desse modo, no princípio sobretudo, muitas ocasiões lhe escapam. Não raro ela escolhe de boa fé o que lhe apraz, o que a eleva a seus próprios olhos e a lisonjeia. Que isso não a aflija. À medida que ela se adianta, sua atenção será despertada e Jesus mesmo lhe fará notar o que ainda esteja por fazer. E se ela visse de chofre toda a extensão do trabalho, assustar-se-ia de sua fraqueza e cairia por certo na pusilanimidade. Assim a alma avança sossegadamente cada dia e cada momento. Ela esforça-se por viver para Deus em Jesus Cristo. Considera-se como morta ao pecado. Cada vitória do amor de Deus é uma derrota do egoísmo.

6. Entre os apegos que mancham a vontade há um que prejudica mais que todos os outros o remo do perfeito amor. Este apego é a afeição sensível desordenada. A amizade é desordenada quando é contrária ao amor de Deus ou lhe é paralela sem lhe ser subordinada. O sinal de que uma amizade não é absolutamente pura é que, pelo menos em certos momentos, ela gera uma·inquietação, uma preocupação. Esta regra é universal e infalível. Toda desordem, por mínima que seja, tanto na ordem física como moral, é uma falta de equilíbrio e, por conseguinte, perturba a harmonia, o repouso e a paz. Quanto mais delicada é a alma e já possuída pela divina caridade, tanto mais é suscetível de sentir essa inquietação. E' uma advertência de Jesus. Ele é um Deus ciumento. Não permite que uma alma fervorosa se apegue a qualquer criatura, seja ela pura e santa.

7. A alma que se apercebeu dessa discreta advertência deve obedecer incontinenti, romper esse laço não obstante a angústia que causará essa ruptura, evitar de alimentar esta amizade por pensamentos, entretenimentos ou outras relações não necessárias. Ela deve multiplicar seus atos de preferência para Jesus e esperar pacientemente que cicatrize a ferida, enquanto o coração, abalado pelo choque, volte de novo ao seu estado normal. A paixão não descuidará em achar pretextos para legitimar este apego. Esta afeição é pura, ela inclina-me à piedade e sustenta-me; minha natureza sensível exige intimidade; o reconhecimento obriga-me a manter essas relações; os santos tiveram suas amizades. Todas essas razões são sem fundamento, como verás mais tarde, quando for livre o teu coração. Enquanto isso, faz calar teu coração e sacrifica essa amizade. Encontrá-la-ás um dia, porém purificada. Sem este ato enérgico, arrastando-te penosamente na vida espiritual, não possuirás jamais inteiramente o coração de Jesus.

8. Todavia, ninguém se pode gabar de conquistar a liberdade perfeita do coração, sem Deus mesmo por mãos à obra. E' preciso pedir-lhe sempre para desligar-nos de tudo e derramar a amargura sobre tudo a que nos apegamos! Quando Jesus quer possuir plenamente um coração e desgostá-lo de todo o criado, Ele o torna tão amplo e tão profundo que nada é capaz de saciá-lo. E cria nele exigências tais que somente Ele pode satisfazê-las. Revela à alma as fraquezas e incapacidade das pessoas mais queridas; despoja de seus encantos a beleza sedutora das criaturas; permite decepções acerbas e desilusões amargas e, de repente, Ele mesmo se apresenta, por uma súbita iluminação, com sua ternura de amigo, sua paciente bondade, sua condescendência infinita.

9. Quanto mais um coração é naturalmente amante, delicado e nobre nas suas aspirações, tanto mais Jesus acha o terreno preparado para lançar a semente do puro amor. Uma tal alma pode se desviar algum tempo em busca de seu objetivo; pode prodigalizar às vezes seu amor a criaturas indignas dela, mas a indigência, que ela encontra de todos os lados, reconduzi-la-á, cedo ou tarde, a Jesus. Toma desde hoje a resolução de conservar intacto teu coração ou de reconquistar a todo custo tua liberdade.
Foste feito para a santidade, teu coração pertence exclusivamente àquele que o formou, àquele que morreu para que somente a Ele te apegasses.

(Excertos da obra 'O Divino Amigo', do Pe. José Scrijvers, 1961)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

PALAVRAS DE FÁTIMA (VII)

9 PECADOS VENIAIS QUE DEVEM SER EVITADOS

Não há nada que nos possa dar uma tal certeza de salvação eterna do que uma preocupação constante em evitar o pecado venial, por insignificante que seja, e um zelo definido e geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual: zelo na oração e nas relações com Deus; zelo na mortificação e na negação dos apetites; zelo em obedecer e em renunciar à vontade própria; zelo no amor de Deus e do próximo. Para alcançar este zelo e conservá-lo, devemos querer firmemente evitar sempre os pecados veniais, especialmente os seguintes:

1. O pecado de dar entrada no coração de qualquer suspeita não razoável ou de opinião injusta a respeito do próximo. 

2. O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outros ou de faltar à caridade de qualquer outra maneira, mesmo levemente. 

3. O pecado de omitir, por preguiça, as nossas práticas espirituais, ou de as cumprir com negligência voluntária. 

4. O pecado de manter um afeto desregrado por alguém. 

5. O pecado de ter demasiada estima por si próprio ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem respeito. 

6. O pecado de receber os santos sacramentos de forma descuidada, com distrações e outras irreverências e sem preparação séria. 

7. Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindo da Mão de Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina Providência quanto a nós. 

8. O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião que possa, mesmo remotamente, manchar uma situação imaculada de santa pureza. 

9. O pecado de esconder propositadamente as nossas más inclinações, fraquezas e mortificações de quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da virtude de acordo com os caprichos individuais e não segundo a direção da obediência.

(Santo Antônio Maria Claret)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

VERSUS: OS DEZ MANDAMENTOS DO 'CATÓLICO MANCO'

1. O 'católico manco' adora dizer que Deus é só Bondade e Misericórdia e que, assim, se a gente fizer um pouquinho, todos seremos salvos.


👉 Deus é Bondade, Misericórdia e Justiça. A salvação é uma consequência de vidas santas e consagradas a Deus, em tudo, para com todos, o tempo todo.

'Quero ser santo, pois se eu não conseguir a santidade, nada terei feito neste mundo' (São Domingos Sávio).

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2. O 'católico manco' acredita piamente que o ecumenismo é um projeto abençoado por Deus e que a 'unidade' dos cristãos é o que realmente importa.


👉 Fora da Igreja Católica não há salvação.

'Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no reino dos céus' (Mt 7, 21).

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3. O 'católico manco' tem o hábito irrestrito de dizer que quem morreu 'foi descansar' e que agora 'está em lugar melhor do que os que aqui ficaram'.


👉 O número dos que se salvam é pequeno e a porta é estreita. 

'O fato de apenas oito pessoas se salvarem na Arca significa que muito poucos cristãos são salvos, porque são muitos poucos os que realmente renunciam ao mundo' (Santo Agostinho).

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4.  O 'católico manco' tem uma visão bastante tolerante do mal; na verdade, o mal existe e deve ser combatido, mas nem tudo é tão ruim como a Igreja acredita que seja.


👉 O mal não tem concessões; qualquer pecado, ainda que venial, é uma afronta à Bondade Infinita de Deus.

'O salário do pecado é a morte' (Rm 6, 23).

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5.  O 'católico manco' acredita que os cristãos não precisam falar ou pensar no inferno, porque o inferno não é para os católicos ou cristãos, mas somente para os ateus convictos e os incrédulos impenitentes.

 
👉 Em Fátima, para mostrar a gravidade dos pecados e a realidade terrível do inferno, Nossa Senhora mostrou o inferno a três crianças... 

'Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem' (Das orações de Fátima).

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6.  O 'católico manco' acha que a Igreja é uma instituição que deve sempre buscar se adaptar ao mundo presente para ser moderna e eficaz.


👉 O próprio Jesus nos alertou para não se mudar sequer um til das Suas palavras.

'Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo não há nele o amor do Pai, porque tudo o que há no mundo é concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida, e isto não vem do Pai, mas do mundo. Ora o mundo passa, e a sua concupiscência com ele, mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente' (1 Jo, II, 15-17).

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7.  O 'católico manco' é extremamente sensível às novidades e às variações doutrinárias e litúrgicas, porque assim consideram sua participação na Igreja mais operante e proativa. 


👉 A Igreja possui uma única doutrina, um único Credo, a profissão de uma única fé recebida dos Apóstolos; a Igreja é universal e a liturgia deve demonstrar essa universalidade da fé católica.

'Cuidai, pois, irmãos, em andar com prudência; não como insensatos, mas como circunspectos, recobrando o tempo, pois que os dias são maus. Portanto não sejais imprudentes, mas considerai qual é a vontade de Deus' (Ef 5, 15 - 17).

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8.  O 'católico manco' não tem posição pré-definida ou fechada sobre muitos princípios, dogmas e doutrinas defendidas pela Igreja Católica tradicional.


👉 É por isso que não passa de um 'católico manco'.

'Procurai a limpeza de consciência e humildade, desprezo de todas as coisas do mundo e fé inabalável no que ensina a santa Madre Igreja' (Santa Teresa de Ávila).

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9.  O 'católico manco' nunca leu os grandes Padres da Igreja ou as obras clássicas do catolicismo, mas se apega a quaisquer leituras de cunho religioso, muitas vezes tomando-as como verdade absoluta e sem quaisquer contestações, porque soam agradáveis ou lógicas. 


👉 Amar implica conhecer; não pode amar a Igreja Católica e a Cristo quem não conhece profundamente a Cristo e a sua Igreja.  

'Seja firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem' (Tt 1,9).

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10. O 'católico manco' tem como único dogma absoluto o relativismo.


👉 Definitivamente Deus não ama as almas tíbias.

'Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a Minha Alma sentiu repugnância no Horto' (Revelações de Jesus a Santa Faustina Kowalska)