sexta-feira, 7 de abril de 2017

VÍDEOS CATÓLICOS: A IGREJA CATÓLICA NO MUNDO

Dados e estatísticas atuais da Igreja Católica no mundo 
(vídeo em espanhol)


PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...

         'Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra'.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

AS LÁGRIMAS DA REDENÇÃO


Voz de Jesus no Calvário:

Sim, Eu disse: 'Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados e no Meu reino suas lágrimas serão enxugadas por meus divinos favores'. Chorar, minha filha, é próprio de um coração que sofre. Criaturas há que choram quando se vêem na mendicidade, outras quando se vêem privadas de um afeto, outras quando a desgraça lhes vêem à porta, pela morte de um ente querido ou pela perda de uma fortuna...

Mas Eu disse: 'Bem-aventurados os que choram'... sim, os que choram por causa dos Meus interesses! Na verdade, bem-aventurados os que choram, quando vêem o Meu nome blasfemado! Bem-aventurados os que choram quando vêem os Meus interesses em perigo! Bem-aventurados os que choram, quando a desolação, que é o pecado, se alestra no mundo! Ah! Minha filha, quão poucas são as almas que choram, vendo a heresia e o erro se infiltrarem nos corações! Quão poucos são os corações que Comigo choram a perda de tantas almas!

Ah! a perda de uma alma é um mal irreparável! Se os que se dizem Meus amigos compreendessem o valor de uma alma! Como chorariam! Se Meus amigos compreendessem a desolação que causa ao Meu coração o pecado, como se compadeceriam destas almas e como iriam atrás delas para Me dar prazer, proporcionando-lhes uma felicidade eterna!. As almas nobres compreenderam todos estes estragos e procuraram repará-los com a sua dedicação, fazendo para isso tudo que lhes estava ao próprio alcance.

Comigo choraram, aos pés de Meu Sacrário, as desditas desses corações engolfados no pecado. Quantas vezes, Minha filha, fui obrigado a dizer: 'Basta!' E agora onde estão esses corações? Quem se compadece quando vêem o inimigo me roubar uma alma que Me pertence? Ah! examinai-vos, se sentis e se vos causa uma grande dor quando ouvis um homem blasfemar. Ah! se tal não acontecer, é porque vosso amor por Mim ainda é muito diminuto! Examinai-vos, se nada sentis quando ouvirdes dizer que um homem morreu impenitente, e se for assim for, é porque ainda tendes pouco conhecimento de Minha glória! Ah! como o mundo se acha na languidez!

Os homens choram os bens falazes da terra! E vós, almas consagradas a Meu serviço, choras junto Comigo os Meus bens perdidos? Poucos, minha filha, são os que encontro aos pés do Meu Sacrário a chorarem pela Minha glória! Ah! entre mil, encontro apenas um! Qual será a causa de tão funesto mal? Ah! a causa de tão funesto mal é o pouco amor que Me é consagrado; é a falta de conhecimento de Minha glória, sim, da glória que está reservada aos eleitos!

Minha filha, se os homens consagrados ao Meu serviço e as esposas que se imolam ante o altar compreendessem o que é Minha glória, saberiam chorar a perda de uma só alma, e tudo fariam para poder trazê-la de novo para o Meu aprisco! Se há esta indiferença e esta languidez é por falta de profundas meditações sobre a Minha glória!

Sim, porque é pela meditação que se entra nos páramos celestes; é na meditação do efeito do pecado, representado em Minha dolorosíssima Paixão, que as almas podem compreender o mal do pecado e o quanto ele ofende a Minha glória. Se o pecado foi a causa de Minha sangrenta Paixão e Morte, como as almas que meditam nestas divinas verdades não hão de chorar, vendo o mundo engolfando-se e perdendo-se para sempre, privando-se de um bem eterno que sou Eu! O mal atual é proveniente da falta de reflexão e de meditação!

Ah! quem meditar na Minha doloríssima Paixão, vendo que a causa dela foi somente o pecado, sentirá partir-lhe o coração de dor! Minha filha, poucas são as almas que sabem meditar, pois se houvesse mais almas, que soubessem meditar, muitos seriam os que chorando Comigo a perda das almas, procurariam trabalhar mais para Minha glória, primeiramente santificando-se, pois querer me dar almas sem antes se santificar, é vã quimera! A santificação própria já é um meio de me dar almas, porque de nada valeriam as Minhas pregações se Eu não praticasse por primeiro o que Eu ensinei!

Eis aí, almas queridas, as lágrimas que Eu chamo bem-aventuradas e que as guardo no relicário de meu Divino Coração. Eis também, mina filha, porque encontro tão poucas almas que posso chamar bem-aventuradas por falta de não compreenderem a Minha glória, e por Me terem tão pouco amor! Vós, almas consagradas ao Meu divino serviço, lamentai Comigo a perda de tantas almas e procurai de hoje em diante vos engolfar nos páramos celestes, para depois poderdes chorar Comigo o mal que se alastra no mundo!

(Excertos da obra 'O bom combate na alma generosa', Instituto das Missionárias de Jesus Crucificado, 1936)

quarta-feira, 5 de abril de 2017

LUZ NAS TREVAS DA HERESIA PROTESTANTE (X)

Sexta Objeção* do crente: apresentar um texto das Sagradas Escrituras que prove que o papa é vigário de Cristo e sucessor de São Pedro.

A sexta objeção de tal crente é a de provar que o papa é vigário de Cristo e sucessor de São Pedro. Nada mais fácil. Não somente um texto, caro crente, mas muitos textos posso citar-lhe em abono desta verdade. Vou provar-lhe claramente pela história, pelo bom senso e pela Sagrada Escritura, que o papa é o sucessor legítimo e verdadeiro de São Pedro e, como tal, depositário de toda primazia, autoridade e poder do mesmo São Pedro. E depois de ler estas provas, se o amigo tiver sinceridade e bom senso, será obrigado a reconhecer a verdade provada.

I. Transmissão do poder


O amigo quer um texto que prove que o papa é sucessor de São Pedro; eu lhe peço um único texto que prove que ele não o seja. Esta verdade foi sempre aceita por todos, de modo que, para combatê-la de frente, precisam provar com um texto, como pelo bom senso, que estamos errados. Ora, protestante só nega, nada afirma nem prova! Só quer que nós provemos. Pois bem! Provaremos, porque a verdade tem provas, enquanto o erro só ataques e negações.

Tome, pois, a sua Bíblia, pois é baseado sobre ela que vou mostrar-lhe a verdade da tese católica e o erro da negação protestante. Abramos o evangelho, para aí verificar as palavras divinas da investidura perpétua dos apóstolos, para serem os enviados do Cristo (Mt 28, 18-20). 'É-me dado todo o poder no céu e na terra; ide pois e ensinai a todos os povos e eis que estou convosco todos os dias até à consumação do mundo'. Que quer dizer isto, caro crente? Cristo tem todo o poder, é a primeira parte. Cristo transmite este poder, é a segunda parte. Aos sucessores dos apóstolos, é a terceira parte. É este terceiro ponto que os protestantes não sabem compreender, apesar da lógica insofismável.

Eu pergunto agora: Cristo transmitiu este poder unicamente aos apóstolos presentes? Não pode ser, pois os apóstolos deviam morrer um dia, como todos os homens morrem, mas ele diz:'estarei convosco até à consumação do mundo'. Poderia dizer: 'estarei convosco até ao fim de vossa vida'. Ora, nada disso, promete estar com os apóstolos até ao fim do mundo. Que quer dizer isso? É simples. Cristo não se dirige aos apóstolos, como pessoas físicas, mas sim como um corpo moral, que deve perpetuar-se nos seus sucessores, e hão de durar até ao fim dos tempos. Que esplendor de evidência! 'Estarei convosco, e com vossos sucessores, até ao fim do mundo' (Mt 28,20). Este texto não pode ter outro sentido sem cair na mais flagrante contradição. Eis o que prova claramente que o bispo de Roma, que é o papa, é o sucessor de São Pedro. 

Vamos à segunda parte, mostrando que São Pedro e seus sucessores são vigários de Jesus Cristo. Abra de novo a sua bíblia, amigo crente (Mt 16,18). Cristo pergunta aos apóstolos: 'E vós que dizeis que eu sou?' (Mt, 16,15). Pedro, como chefe dos apóstolos, responde em nome de todos: 'Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo' (Mt 16,16). Jesus proclama Pedro bem-aventurado por ter sido escolhido pelo Padre eterno, a quem ele mesmo revela esta grande verdade (Mt 16,17) e, como para confirmar aquele que acabava de ser escolhido pelo Padre Eterno, Jesus diz a Pedro: 'Eu te digo: tu és Pedro (em aramaico pedra) e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno (que são os erros e as paixões) nunca prevalecerão contra ela' (Mt 16,18).

Como isto é claro e positivo! Jesus Cristo muda o nome de Simão, em pedra (em aramaico, Kephas, significa pedra e Pedro, numa única palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra). Deus faz diversas vezes tais mudanças, para que o nome exprimisse o papel especial que deve representar a pessoa. Assim mudou o nome de Abrão em Abraão (Gn 17,5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos.

Mudou ainda o nome de Jacob em Israel (Gn 32,28) para significar a força contra Deus. Assim Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, para significar que deve ser a pedra, sobre a qual estará fundada a Igreja, sendo o seu construtor o próprio Cristo. E esta Igreja nunca poderá ser vencida nem corrompida pelo erro. Como isso pulveriza o protestantismo, que pretende que a Igreja de Pedro errou, viciou-se e foi reformada por Lutero! Neste caso, falhou a palavra de Cristo! Cristo mentiu e as portas do inferno prevaleceram contra a Igreja fundada sobre Pedro, feito pedra. Pobre crente, reflete um instante!

II. Tu es Petrus

Este texto é capital e de uma significação transcendente. Sobre a sua clareza meridiana, não levantaram a menor sombra de dúvida quinze séculos de cristianismo. A interpretação pessoal protestante envolveu este texto numa névoa tão densa de sofismas, que eles julgam ter abatido este farol luminoso que, entretanto, continua e continuará sempre a iluminar este mundo. O texto, de fato, é tão claro, que todos os sofismas tem de abater-se diante de seu fulgor. Ele não precisa de explicação ou de comentário, basta-lhe a própria luz e a serenidade do leitor.

Tu es Petrus... Qual é a interpretação literal destas palavras? Qual o seu valor demonstrativo? Pelo seu sentido literal e imediato, São Pedro é constituído pedra fundamental da Igreja. Para iludir as momentosas consequências deste sentido óbvio e espontâneo, os pastores protestantes costumam distinguir entre Pedro e pedra. Eis como eles raciocinam: O Pedro do primeiro membro: tu es Petrus, é o apóstolo. A Pedra do segundo: super hanc petram, é Cristo. Sobre esta pedra (não sobre São Pedro) foi edificada a Igreja.

Tal distinção é injustificada, ridícula, contrária às regras comezinhas da hermenêutica. Quem, livre de preconceitos, lê o texto de São Mateus, fica logo persuadido que em todo ele Cristo se dirige a Pedro.
Et ego dico tibi, quia tu es Petrus,et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam (Mt 16, 18). 'E eu te digo, tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus'. Em toda essa passagem, é claro que o Salvador se dirige exclusivamente a Pedro; sem o mínimo desvio nas palavras, nem no sentido.

'Eu te digo... tu és Pedro... sobre esta pedra edificarei... eu te darei... o que desatares...' São Pedro é a pessoa a quem tudo é dirigido; é ele o centro de todo este texto. Todos os membros do texto se articulam, seguem-se num todo, cuja continuidade não é possível interromper sem lhe quebrar as harmonias divinas. Admitindo-se a interpretação protestante, cai-se necessariamente no mais ridículo disparate. Eles dizem que o sentido é o seguinte: 'Eu te digo: Tu és Pedro, e eu edificarei a minha Igreja sobre mim... e eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que desatares...' Poderá haver mais desconjuntada incoerência de sentido? Mais desalinho de construção?

É impossível imaginar no espírito do divino Mestre tanta versatilidade de idéias e tão incoerente falar.
Que coisa ridícula seria admitir que o Salvador nem soubesse exprimir uma verdade tão fundamental, como é a da supremacia do chefe da Igreja. 'Tu és Pedro', diz o Mestre, e os protestantes dizem que não, que a pedra é Cristo. É como se Jesus Cristo dissesse: 'Simão, tu és pedra, mas não edificarei sobre ti a minha Igreja, porque não é pedra, senão sobre mim'. Uma tal linguagem não seria indigna de lábios divinos!? Não, não, tudo isso é grotesco. Não há necessidade de tantos rodeios, de tanta explicação: 'Tu és pedra'. Tal pedra é Pedro, e é sobre Pedro que Cristo edificou a sua Igreja.

III. Vigário de Cristo

Concluamos com uma citação de uma obra do Pe. Leonel Franca: 'A Igreja e a Reforma', que aconselho ao crente ler e a estudar. O Evangelho nos diz que Pedro é o fundamento sobre o qual Jesus construiu a sua Igreja, sociedade visível que há de durar até ao fim dos tempos e contra a qual não hão de prevalecer as portas do inferno. De um lado afirma a perenidade da Igreja; de outro, constitui a Pedro sua pedra fundamental. Ora a perpetuidade de um edifício é essencialmente condicionada pela estabilidade de seus alicerces. Repudiando esta pedra fundamental, que é a sua autoridade de governo, a Igreja apartar-se-ia das intenções de Cristo, destruiria a própria organização constitucional que lhe impôs a vontade de seu divino Fundador.

No dia em que viesse faltar o principado hierárquico de Simão, a pedra escolhida pelo Salvador, as portas do inferno teriam prevalecido. Sem base, o edifício cairia em inevitável ruína. Esse dia não despontará nunca! Há 20 séculos que todos os poderes da terra, coligados, arremetem-se contra essa rocha firmada pela mão de Deus. Há 20 séculos que a dinastia dos sucessores de Pedro continua na história, como um milagre vivo, sem exemplo na ordem moral. Digitus Dei est hic! É o selo da divindade. Reflita sobre isso, caro crente, e em vez de atacar, incline-se reverente diante deste milagre permanente, de Pedro sobrevivendo em seus sucessores até ao fim do mundo (Mt 28,20), e também diante do papa, sucessor de São Pedro e vigário de Cristo, como o foi o próprio Pedro.

* Esta 'objeção' foi proposta por 'um crente' como um desafio público ao Pe. Júlio Maria e que foi tornado público durante as festas marianas de 1928 em Manhumirim, o que levou às refutações imediatas do sacerdote, e mais tarde, mediante a inclusão de respostas mais abrangentes e detalhadas, na publicação da obra 'Luz nas Trevas - Respostas Irrefutáveis às Objeções Protestantes', ora republicada em partes neste blog.

(Excertos da obra 'Luz nas Trevas - Respostas Irrefutáveis às Objeções Protestantes', do Pe. Júlio Maria de Lombaerde)

segunda-feira, 3 de abril de 2017

ATO DE OFERECIMENTO A DEUS

Deus eterno, eis-me prostrado diante de vossa infinita Majestade; adoro-vos humildemente e vos ofereço todos os meus pensamentos, todas as palavras e ações deste dia. Tenho a intenção de tudo fazer por vosso amor, por vossa glória, para cumprir vossa divina vontade, para vos servir, louvar e bendizer, para me instruir nos mistérios da fé, assegurar minha salvação e alcançar vossa misericórdia; para satisfazer a vossa divina justiça por tantos pecados que cometi, para aliviar as santas almas do Purgatório e para obter, para todos os pecadores, a graça duma verdadeira conversão. 

Em suma, tenho a firme intenção de executar neste dia todas as minhas ações em união com as intenções perfeitíssimas que tiveram nesta vida Jesus e Maria, todos os santos que estão no Céu, e todos os justos na terra. Quisera poder assinar com meu próprio sangue esta resolução e repeti-la a todo momento, tantas vezes quantos instantes houvesse na eternidade. 

Recebei, meu Deus, minha boa vontade, dai-me vossa santa benção, com a graça eficaz de não cometer pecado mortal em todo tempo de minha vida, mas especialmente neste dia. Desejo e tenho a firme intenção de ganhar neste dia todas as indulgências que puder, e de assistir a todas as missas que se celebrarão no mundo inteiro e aplicá-las no alívio das almas do Purgatório, a fim de que elas fiquem livres de suas penas. Amém.

(São Leonardo de Porto Maurício)

domingo, 2 de abril de 2017

'EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA'

Páginas do Evangelho - Quinto Domingo da Quaresma


Há tantas belas lições a serem consideradas no Evangelho deste Quinto Domingo da Quaresma! Tomemos algumas delas e situemos no tempo e no espaço o desenrolar dos acontecimentos deste evento extraordinário da ressurreição de Lázaro: 'Lázaro, vem para fora!' (Jo 11, 43). Jesus frequentava, com alguma periodicidade, a propriedade dos irmãos, Lázaro, Marta e Maria, e sentia por eles especial predileção. E, diante da doença do irmão e das súplicas das duas irmãs, aparentemente vai ser movido por uma indiferença inexplicável: 'Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava' (Jo 11,6). E, que assombro não teria tomado Marta e Maria diante da morte do irmão e da resposta de Jesus aos enviados delas: 'Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela' (Jo 11, 4).

As nossas aflições e sofrimentos expressam em nós e por nós a manifestação da glória de Deus. Como almas aflitas, imploramos a misericórdia de Deus diante do infortúnio, da doença, do sofrimento, da dor. Como Marta e como Maria. A resposta de Deus não segue a direção do apelo humano;  reverbera nos Céus e encontra eco nos imponderáveis desígnios de Deus que paga um bem com bem infinito, confiança com graças infinitas, a oração contrita e humilde com infinita misericórdia! Jesus não vai apenas curar a doença de Lázaro, vai ressuscitá-lo e, com isso, converter muitos outros e torná-lo, assim, muito acima da doença, um instrumento maior da glória de Deus.

Nossa oração de aflitiva comoção deve ser humilde, confiante, perseverante, fervorosamente despojada na misericórdia do Pai. Como Marta e Maria, podemos ficar sucumbidos pela dúvida e pela inquietação diante o sofrimento: 'Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido' (Jo 11, 21). E comovido profundamente e movido de compaixão, 'Jesus chorou' (Jo 11, 35). Nesta pequena oração do Evangelho, perpassa todo o amor do Coração de Infinita Misericórdia de Nosso Senhor. Jesus chora e se comove com Lázaro, Jesus chora e se comove com todos os seus filhos, e será capaz de operar portentosos milagres para buscar, seja onde for, uma ovelha perdida.

Quando Lázaro sai do túmulo, não é o Lázaro enterrado há quatro dias, ainda que totalmente enfaixado e sem possibilidade humana de se locomover por si mesmo. Lázaro se move pela glória de Deus, Lázaro retorna da morte para a glória de Deus, muitos outros (não todos, pela inacreditável soberba humana) creram para a glória de Deus, manifestada por Jesus naquele dia com palavras de vida eterna: 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais' (Jo 11, 25 - 26). 

sábado, 1 de abril de 2017

PRIMEIRO SÁBADO DE ABRIL


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
 DEVOÇÃO PARA O QUARTO SÁBADO 


ATO DE DESAGRAVO
AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

em reparação contra as blasfêmias daqueles que afastam e corrompem as inocentes crianças em relação ao tesouro de graças de Nossa Senhora

Ó Coração Doloroso e Imaculado de Maria, transpassado de dor pelas injúrias com que os pecadores ultrajam vosso santo nome e vossas excelsas prerrogativas; eis prostrado aos vossos pés vosso indigno filho, que, oprimido pelo peso das próprias culpas, vem arrependido vos oferecer este ato de reparação contra as injúrias, blasfêmias, indiferenças e injustiças cometidas contra vós pela impiedade dos homens que não vos conhecem.

Neste Quarto Sábado, ó Coração Doloroso e Imaculado de Maria, desejo reparar particularmente as blasfêmias daqueles que procuram publicamente por no coração das crianças a indiferença, o desprezo e até mesmo o ódio contra Vós, ó Mãe Imaculada. Virgem Maria, doçura das crianças e mãe admirável de Deus menino; por vós, exultam os céus, alegram-se os anjos e os arcanjos e a terra inteira. E contra este tesouro de graças, homens ímpios ousam vos blasfemar... Feliz, porém, aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe Santíssima, e possa proclamar as bem-aventuranças do vosso Santo Nome nos confins de toda a terra. Que este meu pequeno ato de puro amor e devoção seja depositado no repositório de graças da Santa Igreja em desagravo e reparação às blasfêmias daqueles que buscam afastar e corromper as inocentes crianças diante de vossa Maternidade Divina.

E que meu ato de amor seja também um ato de  esperança e de súplica à vossa misericordiosa mediação: concedei-me, ó Imaculado e Doloroso Coração de Maria, o firme propósito de vos ser fiel todos os dias de minha vida, de defender a vossa honra de todos os ultrajes, de propagar com entusiasmo vosso culto e vossas glórias a todos os homens, de amar Vosso Filho de todo o meu coração  e a graça suprema de estar convosco e com Jesus no Céu por toda a eternidade. Amém. 

(rezar 3 Ave Marias em desagravo ao Imaculado Coração de Maria pelas blasfêmias cometidas por aqueles que afastam e corrompem as inocentes crianças em relação ao tesouro de graças de Nossa Senhora)

Orações e Práticas da Devoção neste Quarto Primeiro Sábado de 2017:

Confissão*
Sagrada Comunhão
Rezar o Terço
Meditação dos Mistérios do Rosário (15 minutos)

* A confissão pode não ser realizada neste sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte. Caso não tenha sido realizada, fazê-la com esta intenção explícita numa próxima confissão.