São Policarpo nasceu no ano de 69 em Esmirna, cidade grega situada no litoral da Ásia Menor (hoje Izmir, na Turquia). Teve contato direto com alguns dos primeiros apóstolos de Jesus e foi discípulo de São João Evangelista, que o nomeou pessoalmente como bispo de Esmirna, função na qual se destacou como um defensor incansável da unidade da Igreja Primitiva, contra inúmeras heresias da época, as quais combateu duramente, envolvendo-se em várias questões teológicas polêmicas.
Por ocasião da quarta grande perseguição romana, nos tempos do imperador Marco Aurélio, o Cristianismo foi duramente atacado na Ásia Menor e São Policarpo foi perseguido, preso e conduzido ao martírio pelo fogo. Milagrosamente, porém, o fogo não lhe consumiu as carnes, fazendo um arco em torno do corpo do santo que foi, então, morto a espada. O martírio de São Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156, enviada pela igreja de Esmirna, e este documento constitui o registro mais antigo do martirológio cristão existente. Os fatos da sua morte e os eventos milagrosos que se sucederam foram posteriormente ratificados pelos escritos de Santo Irineu de Lyon, o maior dos discípulos deste grande santo da Igreja Primitiva.