Páginas do Evangelho - Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum
Os Apóstolos haviam sido enviados por Jesus em missão, 'dois a dois' (Mc 6,7), com a recomendação expressa de levarem muito pouca coisa: 'nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura' e nem 'duas túnicas' (Mc 6, 8 - 9) e providos pela graça do dom da cura e do 'poder sobre os espíritos impuros' (Mc 6, 7). E estes homens, pescadores sem erudição, sem alforge e sem preparos retóricos, cumpriram com coragem heróica e humildade santa os ditames proclamados pelo Mestre: levar a Boa Nova a todos os povos e a todas as nações! E, na santa alegria da primeira missão apostólica cumprida, retornam agora ao convívio do Senhor e, cheios de júbilo, 'contaram tudo o que haviam feito e ensinado' (Mc 6, 30).
No convívio do Senhor! Na santa alegria do convívio do Senhor e dos demais Apóstolos, as primícias da Igreja são matizadas naqueles tempos pioneiros da evangelização universal. Uma comunidade viva, moldada pelos princípios das sólidas virtudes da humildade, do despojamento, da fraternidade e da partilha. Uma comunidade que crescia, que exigia novas pregações, que demandava zelo e tempo... Jesus, então, chama os seus discípulos: 'Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco' (Mc 6, 31). No meio da multidão, Jesus os exorta a viver a outra dimensão da realidade cristã, moldada pelo anonimato, pelo silêncio e pela solidão com Deus.
No convívio do Senhor! Na santa alegria do convívio do Senhor e dos demais Apóstolos, as primícias da Igreja são matizadas naqueles tempos pioneiros da evangelização universal. Uma comunidade viva, moldada pelos princípios das sólidas virtudes da humildade, do despojamento, da fraternidade e da partilha. Uma comunidade que crescia, que exigia novas pregações, que demandava zelo e tempo... Jesus, então, chama os seus discípulos: 'Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco' (Mc 6, 31). No meio da multidão, Jesus os exorta a viver a outra dimensão da realidade cristã, moldada pelo anonimato, pelo silêncio e pela solidão com Deus.
Nesse encontro pessoal com Deus, Jesus nos ensina a buscar a barca, os montes ou o deserto. Sim, na busca de uma maior intimidade com as coisas sobrenaturais, impõe-se afastar do burburinho e da agitação do mundo, para se mergulhar a alma no repouso físico e na contemplação do espírito. Eis, assim, a síntese da perfeição cristã, que associa ação e contemplação, convívio fraterno e recolhimento interior! E, como um círculo de perfeição, refaz-se em seguida a dualidade da graça: as multidões acercam-se uma vez mais do Mestre e este, movido pela compaixão, cerne da verdadeira devoção cristã, recomeça a sua pregação divina 'porque eram como ovelhas sem pastor' (Mc 30, 34).