Páginas do Evangelho - Sexto Domingo do Tempo Comum
Reconhecido de suas misérias e limitações, a fé daquele homem expressa-se em fluxos de humildade e resignação. Mas vai muito além disso; libertando-se das amarras de sua triste e perversa condição humana, manifesta publicamente a sua crença confiante na autoridade e na misericórdia de Jesus, não apenas para afastar os males, mas para fazer milagres para suprimi-los. Aquele homem crê profundamente que Jesus tem o poder divino de fazer a cura impensável e, nessa crença, modela uma das mais belas profissões de fé descritas nos Evangelhos: 'Se queres, tens o poder de curar-me' (Mc 1, 40).
Jesus, movido de compaixão, determinou prontamente: 'Eu quero: fica curado!' (Mc 1, 41). Jesus demonstra, assim, o poder extremado da graça em reação a uma oração fervorosa e confiante. Mas, a ação de Jesus vai além das primeiras aparências pois, ao tocar aquele homem, a lepra já havia desaparecido. Jesus não toca apenas um corpo livre das chagas e sequelas de uma doença repulsiva, mas a alma purificada de um homem livre da doença do pecado. As multidões que cercam Jesus buscam, em maior grau, os fatos que lhes sensibilizam os instintos. Mas a glória de Deus é manifestada ali muito além das coisas sensíveis.
É o pecado que inocula uma lepra na alma e a priva da graça santificante, das virtudes e dos bens espirituais e, assim, a exclui, não por um tempo da sociedade dos homens, mas da herança eterna das bem aventuranças de Deus. É a cura da alma que nos deve forjar a ousadia da fé ao irmos ao encontro de Jesus pelos caminhos da vida. Que, a exemplo do leproso, a nossa fé possa superar, então, a barreira dos instintos e suplicar a Deus, mais do que tudo, a cura espiritual, para que sejamos homens limpos e santos na peregrinação dos eleitos à pátria celeste.
É o pecado que inocula uma lepra na alma e a priva da graça santificante, das virtudes e dos bens espirituais e, assim, a exclui, não por um tempo da sociedade dos homens, mas da herança eterna das bem aventuranças de Deus. É a cura da alma que nos deve forjar a ousadia da fé ao irmos ao encontro de Jesus pelos caminhos da vida. Que, a exemplo do leproso, a nossa fé possa superar, então, a barreira dos instintos e suplicar a Deus, mais do que tudo, a cura espiritual, para que sejamos homens limpos e santos na peregrinação dos eleitos à pátria celeste.