sexta-feira, 12 de julho de 2013

A ORAÇÃO DA PAZ QUE SÃO FRANCISCO NÃO ESCREVEU

A bela e famosa 'Oração de São Francisco' pela paz não foi escrita por São Francisco de Assis (1182 - 1226), e tem história muito mais recente. A referência mais antiga da oração data de 1912, em um texto em francês, publicado em Paris, em uma pequena revista católica chamada La Clochette (O Sininho) pertencente à chamada La Ligue de la Sainte-Messe (A Liga da Santa Missa), cujo fundador foi Fr. Esther Bouquerel, que poderia ter sido o seu provável autor. Mas isso também não é certo e, portanto, a oração tem autor desconhecido. 

A referência a São Francisco se deve ao fato de que a versão original (ou alguma das primeiras impressões do texto) foi impressa junto a uma imagem deste santo, o que teria resultado em uma associação direta (e equivocada) do texto da oração com a autoria atribuída a São Francisco de Assis. Abaixo, são apresentados o texto original da oração e a tradução da mesma mais difundida em português.

Seigneur, fais de moi un instrument de ta paix,
Là où est la haine, que je mette l’amour
Là où est l’offense, que je mette le pardon
Là où est la discorde, que je mette l’union
Là où est l’erreur, que je mette la vérité
Là où est le doute, que je mette la foi
Là où est le désespoir, que je mette l’espérance
Là où sont les ténèbres, que je mette la lumière
Là où est la tristesse, que je mette la joie.

O Seigneur, que je ne cherche pas tant à
être consolé qu’à consoler,
à être compris qu’à comprendre,
à être aimé qu’à aimer.
Car c’est en se donnant qu’on reçoit,
c’est en s’oubliant qu’on se retrouve,
c’est en pardonnant qu’on est pardonné,
c’est en mourant qu’on ressuscite à l’éternelle vie.

Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó mestre, fazei que eu procure mais: consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna.