segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

O SIMBOLISMO DO PAPADO

Os paramentos brancos e vermelhos, comumente utilizados pelos sumos pontífices, representam Cristo como os símbolos do martírio e da divindade, expressando, assim, de forma absolutamente inequívoca, o poder temporal e espiritual do Papa sobre a Igreja e os católicos do mundo inteiro. A composição do manto vermelho sobre a vestimenta branca sinaliza ainda a supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal. Assim, somente o sumo pontífice pode usar  a capa vermelha, sinal inconteste de sua autoridade hierárquica, espiritual e de martírio.

(Pio XI)

A Igreja Católica, tal como instituída e inspirada por Deus, é essencialmente hierárquica. Esta constituição  divinamente instituída está sendo contestada nos tempos atuais, na forma de uma passagem da forma espiritual-hierárquica para um modelo de igreja laico-sinodal. Este processo de 'sinodalização' da Igreja está já em curso avançado, não apenas como uma consequência direta do Concílio Vaticano II, mas como o cenário mais perigoso e perturbador das mazelas do modernismo. Um cenário muito além da simples transgressão; um cenário de ruptura.

Neste contexto, não deixa de ser bastante simbólico também o posicionamento do Cardeal Bergoglio, durante a sua primeira aparição após eleito papa (foto abaixo), quando abriu mão expressamente do uso da capa vermelha sobre a vestimenta branca. Um simbolismo apenas? Algo pouco relevante? Muito além de simplesmente isso: uma fotografia explícita dos perigosos tempos atuais para o papado e para a Santa Igreja de Cristo.