quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

ZELO CONTRA OS PECADOS VENIAIS

A alma deve evitar todos os pecados veniais, especialmente os que abrem caminho ao pecado grave. Ó minha alma, não chega desejar firmemente antes sofrer a morte do que cometer um pecado grave. É necessário ter uma resolução semelhante em relação ao pecado venial. Quem não encontrar em si esta vontade, não pode sentir-se seguro. 

Não há nada que nos possa dar uma tal certeza de salvação eterna do que uma preocupação constante em evitar o pecado venial, por insignificante que seja, e um zelo definido e geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual — zelo na oração e nas relações com Deus; zelo na mortificação e na negação dos apetites; zelo em obedecer e em renunciar à vontade própria; zelo no amor de Deus e do próximo. 

Para alcançar este zelo e conservá-lo, devemos querer firmemente evitar sempre os pecados veniais, especialmente os seguintes:
  • O pecado de dar entrada no coração de qualquer suspeita não razoável ou de opinião injusta a respeito do próximo.
  • O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outrem ou de faltar à caridade de qualquer outra maneira, mesmo levemente.
  • O pecado de omitir, por preguiça, as nossas práticas espirituais ou de as cumprir com negligência voluntária.
  • O pecado de manter um afeto desregrado por alguém.
  • O pecado de ter demasiada estima por si próprio ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem respeito.
  • O pecado de receber os santos sacramentos de forma descuidada, com distrações e outras irreverências, e sem preparação séria.
  • Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindos da Mão de Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina Providência quanto a nós.
  • O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião que possa, mesmo remotamente, manchar uma situação imaculada de santa pureza.
  • O pecado de esconder propositadamente as nossas más inclinações, fraquezas e mortificações de quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da virtude de acordo com os caprichos individuais e não segundo a direção da obediência.
(Santo Antônio Maria Claret)