quinta-feira, 8 de agosto de 2013

08 DE AGOSTO - SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO


São Domingos de Gusmão nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, então Reino de Castela, na Espanha, de família nobre e muito religiosa. Recebeu a ordem sacerdotal com cerca de 24/25 anos, sendo enviado para a diocese de Osma, também na Espanha. Devido a sua vasta cultura e erudição, foi indicado como representante da Santa Sé e do rei de Castela Afonso VII em diversas missões diplomáticas. Combateu duramente a heresia dos albigenses, surgida no sul da França, como enviado do então papa Inocêncio III.

O seu apostolado fez surgir um pequeno grupo chamado de 'Irmãos Pregadores' (que incluía o próprio irmão chamado Manes, beatificado mais tarde). No esforço de se colocar sempre a serviço de Deus, foi pregador incansável em meio a peregrinações sem fim. Dessas experiências, em 1215, decidiu fundar uma nova Ordem de vida apostólica e para a evangelização cristã. Durante o IV Concílio de Latrão, o papa Inocêncio III concedeu a primeira aprovação, ratificada, no ano seguinte, pelo seu sucessor, o papa Honório III, com o nome de Ordem dos Frades Predicadores ou Dominicanos. O primeiro convento da Ordem Dominicana foi fundado em 25 de abril de 1215 em Toulouse, na França. 

Em 1217, para atrair a juventude acadêmica, Casas da Ordem foram implantadas em Bolonha, Paris e outras cidades universitárias da Europa. Em Bolonha, escreveu, entre 1220 e 1221, os dois primeiros capítulos gerais da carta magna da nova Ordem, trabalho interrompido pela sua morte precoce em 6 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um anos de idade. São Domingos foi sepultado na catedral de Bolonha e canonizado pelo papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234. Sua festa litúrgica é celebrada em 08 de agosto.


No seu ferrenho combate e conversão dos seguidores da seita herética dos albigenses, São Domingos defrontou-se com terríveis dificuldades e perseguições, devido à dureza espiritual daquelas almas. Retirou-se, então, em oração, para um lugar ermo situado nos arredores de Toulouse e suplicou a intercessão da Virgem Maria para os bons propósitos de tão dura missão. As suas preces extremadas foram atendidas e o santo recebeu uma aparição de Nossa Senhora que lhe entregou o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em referência aos 150 salmos de Davi), ensinando-o como rezá-lo e assegurando ser esta a arma mais poderosa para se ganhar as almas para o Céu. Este evento, respaldado por numerosos documentos pontifícios, é narrado na obra 'Da Dignidade do Saltério', do Bem-Aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana. Com o Rosário em punho, São Domingos pregou incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a própria Senhora do Rosário lhe havia ensinado, convertendo os hereges e os tíbios, e erradicando por completo naqueles países a heresia albigense.