sábado, 26 de janeiro de 2019

O INFERNO É AQUI...

Rompe-se a veia. A barragem é imaginação tardia, que não veda, nem estanca. Jorra por impulso desmedido o sangue convertido em lama. Que sufoca, que esmaga, que aniquila paisagens e vidas em labirintos de horror. Rejeitos descartados servindo agora como mortalhas ensandecidas. Almas consumidas na lama; a mesma lama erigida como altar das fábulas humanas. O cotidiano desfeito como nervo exposto e pela veia aberta. Dor, imensa dor.


(fotos da ruptura da Barragem B1 da Mina Córrego do Feijão - Brumadinho/MG)