sexta-feira, 6 de novembro de 2020

OS 12 SINAIS DO ANTICRISTO


Em um sermão proferido em um programa da rádio NBC, em 26 de janeiro de 1947, o hoje Venerável arcebispo Fulton Sheen enumerou os 12 subterfúgios que serão utilizados pelo Anticristo para enganar até os escolhidos na sua fúria demoníaca de destruição da Santa Igreja, porque ele não virá 'vestido de vermelho, com lança, vomitando enxofre ou portando uma cauda como o Mefistófeles em Fausto'. Mais de 70 anos depois, a sua mensagem é absolutamente profética e incomensuravelmente mais clara e impactante para os homens dos tempos atuais. Os doze 'truques' ou sinais, pelos quais poderão ser reconhecidos as artimanhas e as manipulações do Anticristo serão os seguintes:

1. Virá disfarçado sob o título de Grande Humanitário, falando de paz, de prosperidade e de abundância, mas não como meios utilizados para nos conduzir até Deus, mas sim como fins em si mesmo; 
2. Escreverá livros acerca de uma nova ideia de Deus, adaptada à forma como se vive;
3. Irá induzir a fé como se fosse um domínio da astrologia, responsabilizando as estrelas pelos nossos pecados, em vez da nossa vontade;
4. Tenderá a aumentar a culpa nos corações dos homens, pressionados psicologicamente relativamente à repressão das relações sexuais, fazendo-os encolher de vergonha sempre que os seus amigos, familiares e colegas os acusam de não serem abertos e liberais;
5. Redefinirá a tolerância como uma indiferença relativa ao certo e ao errado;
6. Promoverá mais divórcios sob o disfarce de que uma terceira pessoa nas relações humanas é fundamental;
7. Aumentará o amor pelo amor, diminuindo o amor às pessoas em si;
8. Usará a própria religião para destruir a religião;
9. Referir-se-á Cristo dizendo que foi o maior homem que já existiu;
10. Dirá que a sua missão será libertar o homem da escravidão da superstição e do fascismo, os quais acabará por nunca definir;
11. Em meio a um aparente amor pela humanidade e do discurso eloquente sobre a liberdade e igualdade, terá um grande segredo o qual nunca revelará: ele não acredita em Deus. E assim, pelo fato da sua religião ser definida por uma irmandade sem a paternidade de Deus, enganará mesmo os eleitos. 
12. Sustentará uma Contra-Igreja, que será a falsificação da própria Igreja, uma vez que o demônio é a falsificação de Deus. Esta será constituída pelo corpo místico do anticristo que irá, em todas as suas externalidades, assemelhar-se à Igreja e ao corpo místico de Cristo. Em necessidade extrema de Deus, ele conduzirá o homem moderno, em toda a sua solidão e frustração, a querer mais e mais pertencer a uma comunidade que traga a ele uma maior ambição de sentido, sem qualquer necessidade de emenda ou reconhecimento de culpa. Serão tempos nos quais será dada ao demônio uma capacidade de ação jamais vista.

(Fulton Sheen, em 'The Catholic Hour, programa de rádio da NBC, 26 de janeiro de 1947)

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS

  

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

UM TESTEMUNHO PELA SACRALIDADE DO MATRIMÔNIO


A beata Laura Vicuña del Carmen, nascida em 1891 no Chile, embora tenha vivido apenas 13 anos, representa um dos mais impactantes modelos em favor da sacralidade e da indissolubilidade do matrimônio. Ainda muito nova, ao receber a instrução católica sobre o sacramento do matrimônio, foi tomada de enorme inquietação e perturbação por tomar conhecimento da situação social de sua mãe, que vivia então uma união irregular com um homem, na localidade de Junín de Los Andes (Argentina) onde moravam. Desde então, Laura intensificou as suas orações e penitências pela conversão da mãe. 

Ao receber a primeira comunhão em 2 de junho de 1901, com grande fervor,  escreveu os seguintes propósitos a Jesus Sacramentado: 

1. 'Quero amar-Vos e servir-Vos com toda a minha vida, ó meu Jesus; para isso, ofereço-Vos a minha alma, o meu coração e todo o meu ser'. 
2. 'Prefiro morrer a ofender-Vos em pecado; quero distanciar-me de tudo o que me separa de Vós'. 
3. 'Prometo fazer o melhor que conseguir, mesmo que tenha de fazer grandes sacrifícios, para que sejais mais conhecido e amado, e para reparar as ofensas feitas contra Vós diariamente pelos homens que não Vos amam, especialmente por aquelas ofensas que recebeis dos que me são mais próximos'. 
4. 'Meu Deus, concedei-me uma vida de amor, de mortificação e de sacrifício!'

A partir de 1902,  Laura multiplicou as suas orações e sacrifícios em intenção da sua mãe. Tomada por uma doença terminal, horas antes de morrer, chamou a mãe para junto da sua cama e disse: 'Mãe, vou morrer. Pedi a Jesus por isso e as minhas orações foram atendidas. Quase dois anos antes, ofereci a minha vida pela graça da sua verdadeira conversão. Mãe, não terei a felicidade de a ver arrepender-se de viver assim antes de eu morrer?'

A mãe, chocada e arrasada, fez a promessa: 'Amanhã de manhã vou à igreja e vou confessar-me'. Laura chamou a atenção do padre que a atendia e disse: 'Senhor Padre, a minha mãe acabou de me prometer que ia abandonar esse homem; seja testemunha da sua promessa!' Então acrescentou, feliz: 'Agora posso morrer alegre!'. Com estas palavras, expirou no dia 22 de janeiro de 1904, em Junín de Los Andes aos 13 anos, nos braços da sua mãe, que logo depois pôs fim à união irregular em que vivia, cumprindo, assim, a promessa feita à filha pouco antes de sua morte. 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

TESOURO DE EXEMPLOS (28/30)

 

28. A GRAVATA BRANCA

Jorge era um verdadeiro anjinho que a todos edificava por suas virtudes. Fez a primeira comunhão num colégio de Rouen e, entre outros, fez então o seguinte propósito: 'Levarei sempre comigo a gravata branca da minha primeira comunhão até o dia em que, por suma desventura, venha a perder a graça de que ela é símbolo'.

Jorge tornou-se adulto e crescia conservando sempre a sua gravata branca. Quando irrompeu a guerra franco-prussiana, alistou-se como voluntário entre os zuavos do general De Charette. Em janeiro de 1871, por ocasião da vitória na batalha de Mans, foi ferido mortalmente. O capelão aproximou-se dele imediatamente para recolher a sua confissão.

Obrigado, senhor capelão, mas já me confessei há dois ou três dias e nada me pesa na consciência; estendei-me sobre um pouco de palha e trazei-me o Santo Viático, porque vou morrer.

O capelão voltou em seguida, trazendo o Santíssimo. 

➖ Antes de dar-me a comunhão, fazei-me um favor: abri a minha mochila e encontrareis ali uma gravata branca, manchada de sangue, que peço colocar-me ao pescoço.

O capelão assim o fez. Depois de ter recebido o Santo Viático, o jovem agradeceu ao capelão e disse: 

➖ Eis que morro; peço-vos o obséquio de levar à minha mãe esta gravata branca e dizer-lhe que, desde o dia da minha primeira comunhão, nunca perdi a graça santificante; sim, dizei-lhe que esta gravata não recebeu outra mancha a não ser a do meu sangue derramado pela minha pátria.

29. 'QUERO IR AONDE JESUS ESTÁ!'

Um pastor protestante, inclinado ao catolicismo, foi certo dia com sua filhinha em uma visita à capital da Inglaterra. A menina contava apenas cinco anos. O pai a levou a uma igreja católica e a atenção da pequena ficou por muito tempo na lâmpada do Santíssimo.

➖ Papai - disse - para que serve aquela lampadazinha?

➖ Filha, é para lembrar a presença de Jesus atrás daquela portinha dourada.

➖ Papai, eu quero ver Jesus!

➖ Filha, a porta está trancada e Ele está escondido debaixo de um véu; por isso, não o poderás ver...

➖ Ah ! papai, como eu queria ver Jesus!.

Saindo da igreja, entraram logo depois em um templo protestante, onde não havia nem imagens, nem lâmpada e nem sacrário.

➖ Papai, por que não há lâmpada aqui?

➖ Filhinha, é porque aqui Jesus não está presente.

Desde aquele dia, a menina só falava na Igreja Católica. Nunca mais quis entrar em um templo protestante, que para ela não tinha nenhum atrativo. Perguntaram-lhe um dia:

➖ Aonde queres ir, então?

➖ Quero ir aonde Jesus está.

O pastor ficou confundido e comovido. Compreendeu, com a sua filha, que só se pode estar bem onde Jesus está. Havia de fazer-se católico, havia de abjurar sua seita e renunciar a uma renda de cem mil libras, de que vivia a sua família, e ver-se pobre de um dia para o outro. Não obstante, pai e mãe se converteram ao catolicismo, repetindo com a filha: 'Queremos estar onde Jesus está'.

30. NUM TRIBUNAL REVOLUCIONÁRIO

Na revolução francesa de 1793, a igreja de São Pedro de Besançon foi entregue a um padre cismático. Os padres católicos, fieis à Igreja, eram presos e assassinados. Um destes padres, porém, chamado João, ficara ao lado dos seus paroquianos, disposto a sofrer tudo por Deus e pela Igreja. Andava disfarçado: botas largas, blusa de carroceiro, lenço grande ao pescoço e chicote em punho, lá ia pelas ruas visitando as casas de seus paroquianos. Levava pendurada ao cinturão uma caixinha em que se achava o necessário para administrar os sacramentos, bem como uma píxide de prata onde guardava o Santíssimo.

Passaram-se muitos meses sem que a polícia suspeitasse que, naquele carroceiro, se ocultava um sacerdote, que desempenhava ocultamente os seus ministérios. Afinal, um dia, foi descoberto e imediatamente conduzido ao tribunal revolucionário.

➖ Cidadão, quem és tu?
 ➖ Sou o Padre João, ministro de Jesus Cristo.
 A lei não te proíbe exercer teu ministério?
 Sim; mas Deus me ordena que o faça.
 Parece que tens nessa caixinha cartas de correspondência com o estrangeiro?
 Não; isso nunca o fiz.
O que levas então nessa caixa?

Temendo alguma profanação, e julgando que aqueles homens não o compreenderiam, respondeu:

 São hóstias.
 Estão consagradas? perguntou o presidente do tribunal.
 Sim, estão.

Deu-se, então, um fato espantoso, nunca visto em tais tribunais. O presidente do mesmo que, sem dúvida, quando menino, recebera instrução religiosa e no catecismo aprendera o dogma da presença real, gritou com voz imperiosa:

➖ Cidadãos, as hóstias estão consagradas, todos de joelhos!

Em seguida, chamou os guardas e ordenou-lhes que acompanhassem o sacerdote até a igreja sob a direção do padre cismático para repor o Santíssimo. No dia seguinte, após um juízo sumário, o padre foi condenado a ser decapitado por ter violado as leis vigentes da revolução.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)

ver PÁGINA: TESOURO DE EXEMPLOS

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

ALMA DO PURGATÓRIO

 


Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que vive agora a pena do fogo purificador,
à espera de ir ao encontro de Deus:
imploro a Misericórdia do Pai para aliviar vossa agonia
e o sofrimento de vossa alma ainda sem Deus.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que anseia encontrar quem já vos encontrou,
na plenitude de todos os tempos:
imploro que o Sangue e Água do Coração de Jesus
lavem as vossas imperfeições e vossos pecados.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que tateia nas trevas ansiando a Luz
que esteve perdida em tantas manhãs de sol:
imploro ao Espírito Santo Consolador,
que seja abreviado vosso tempo para a Plena Visão.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que lamenta as penitências não feitas
e o cálice das dores não provadas:
imploro à Santa Virgem Maria, mãe de Deus e nossa,
lançar o Santo Rosário em vosso socorro.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que geme e agoniza desvarios e pecados
na tremenda dor que inteira vos devora:
imploro a todos os Santos e Santas
que intercedam por vós diante do Altíssimo.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
que tem dívidas a pagar em penas
por tantas graças que não foram recebidas: 
imploro aos coros de anjos e arcanjos,
que movam sem descanso suas asas sobre vós.

Alma do Purgatório, 
bendita alma do Purgatório,
imploro a vós, quando na Infinita Glória,
cercada por muitos a quem imploro agora:
Reze pela minha alma com tanta graça e zelo 
que um dia Deus não tenha que esperar por mim
no Purgatório.
(Arcos de Pilares)


DAS INDULGÊNCIAS AOS FIÉIS DEFUNTOS

Lembrem-se das indulgências especiais que podem ser concedidas às almas do purgatório, particularmente nestes dias:

Indulgência Parcial: concedida apenas às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos.

Indulgência Plenária: concedida apenas às almas do purgatório e dada por meio do fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, no período de 1 a 8 de novembro de cada ano.

domingo, 1 de novembro de 2020

EVANGELHO DO DOMINGO

 

'Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação? Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime' (Sl 23)

 01/11/2020 - Solenidade de Todos os Santos 

49. AS BEM AVENTURANÇAS


Neste domingo da Solenidade de Todos os Santos, nós somos por inteiro a Santa Igreja de Deus, o Corpo Místico de Cristo: almas peregrinas do Céu da Igreja Militante, almas sob a justiça divina da Igreja Padecente, almas santificadas da Igreja Triunfante, testemunhas da Visão Beatífica e cidadãos eternos da Jerusalém Celeste, nem mais peregrinos e nem mais sujeitos à Santa Justiça, mas tornados eleitos do Pai e herdeiros da Glória de Deus.

Com efeito, Filhos de Deus já o somos desde agora, como peregrinos do Céu mergulhados nas penumbras da fé e nas vertigens das realidades humanas... 'mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é (1Jo 3, 2). Filhos de Deus, gerados para a eternidade da glória de Deus, seremos os vestidos de roupas brancas, enquanto perseverantes na fé e revestidos da luz de Cristo: 'Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro' (Ap 7, 14). 

Na solenidade de Todos os Santos, os que seremos santos amanhã se confortam dessa certeza nos que já são santos na Glória Celeste, vivendo a felicidade perfeita, e indescritível sob o ponto de vista das palavras e pensamentos humanos. Jesus nos fala dessa realidade transcendente na comunhão dos santos e na unidade da família de Deus: 'Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus' (Mt 5, 12). Em contraponto à fidelidade e à fé dos que almejaram ser santos, Deus os recompensará com limites insondáveis de graça, as chamadas bem-aventuranças de Deus.

Bem-aventurados os pobres de espírito, os simples de coração. Bem-aventurados os aflitos que anseiam por consolação. Bem-aventurados os mansos que se espelham no Coração de Jesus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. Bem-aventurados os misericordiosos, filhos prediletos da caridade. Bem-aventurados os puros de coração, transformados em novas manjedouras do Sagrado Coração de Jesus. Bem-aventurados os que promovem a paz e os que são perseguidos por causa da justiça. E bem-aventurados os que foram injuriados e perseguidos em nome da Cruz, do Calvário, dos Evangelhos e de Jesus Cristo porque serão os santos dos santos de Deus!