quarta-feira, 7 de agosto de 2013

DA VIDA ESPIRITUAL (56)




Nas tuas pequenas e grandes alegrias, louva o Pai pela graça de perceber que és capaz de alcançar objetivos e metas; nos teus pequenos ou grandes fracassos, louva o Pai ainda mais por te mostrar que sem Ele tu és nada...

O CÉU É AQUI...


terça-feira, 6 de agosto de 2013

ORAÇÃO DA BOA MORTE

Meu Senhor Jesus Cristo, Deus de bondade e Pai de misericórdia, eu me apresento a vós com o coração contrito e humilhado, para recomendar-vos o meu último suspiro e o que depois dele me espera.

Quando a imobilidade de meus pés me advertirem que a minha carreira neste mundo está prestes a terminar:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando as minhas mãos trêmulas e entorpecidas já não puderem sustentar o crucifixo e, a meu pesar, o deixarem cair sobre o meu leito de dor:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando os meus olhos, ofuscados pelo horror da morte iminente, fixarem em Vós as vistas lânguidas e desfalecidas:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando os meus lábios, frios e trêmulos, pronunciarem pela última vez o vosso nome adorável:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando a minha face, pálida e lívida, inspirar aos circunstantes compaixão e terror, e os meus cabelos, banhados de suor da morte, anunciarem o meu fim próximo:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando os meus ouvidos, prestes a cerrarem-se para sempre aos discursos dos homens, se abrirem para escutar a vossa voz, que pronunciará a irrevogável e decisiva sentença de minha sorte para toda a eternidade:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando a minha imaginação e o meu espírito perturbados pelo aspecto das minhas iniquidades e pelo temor da vossa justiça, lutarem contra o anjo das trevas, que procurará afastar-me da vista consoladora das vossas misericórdias e precipitar-me no abismo da desesperação:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando o meu débil coração, oprimido pelas dores da enfermidade e tomado dos horrores da morte, se achar extenuado pelos esforços que tiver feito contra os inimigos de minha salvação:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando correrem dos meus olhos as últimas gotas de lágrimas, sintomas da minha destruição; recebei-as, ó meu Jesus, em sacrifício expiatório, para que eu expire como vítima de penitência, e nesse terrível momento:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando meus parentes e amigos, ao redor do meu leito, se enternecerem à vista do meu doloroso estado e vos invocarem por mim:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando eu tiver perdido o uso de todos os meus sentidos, e o mundo inteiro tiver desaparecido diante de mim, deixando-me só, inteiramente só, a gemer nas angústias da extrema agonia e nas aflições da morte:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando as ânsias extremas do coração forçarem a minha alma a desprender-se do corpo, arrancando os últimos suspiros, aceitai-os como sinal de uma santa impaciência de unir-se a vós:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Quando a minha alma sair para sempre deste mundo e deixar meu corpo pálido, frio, inanimado e cadáver, aceitai essa destruição do meu ser em sacrifício de homenagem por mim prestada à vossa divina majestade, e então:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

Finalmente, quando minha alma comparecer na vossa presença, e ver pela primeira vez o esplendor de vossa infinita majestade, não a expulseis da vossa vista, antes recebei-a no amoroso seio da vossa misericórdia, para que cante eternamente os vossos louvores:

– Misericordioso Jesus, tende piedade de mim.

ORAÇÃO

Meu Deus que, condenando-nos à morte, nos ocultastes a hora dela, fazei que, vivendo em justiça e santidade todos os dias da nossa vida, mereçamos sair deste mundo em vosso santo amor, pelos merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que convosco vive e reina, na unidade com o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.

('O Pequeno Missionário - Manual de Instruções, Orações e Cânticos'; Pe. Guilherme Vaessen, 6a. Edição, Editora Vozes, 1953)

domingo, 4 de agosto de 2013

A VERDADEIRA RIQUEZA ESTÁ EM DEUS

Páginas do Evangelho - Décimo Oitavo Domingo do Tempo Comum


'Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo' (Lc 12,13). Alguém, no meio da multidão, fez este pedido a Jesus. Um pedido movido por razões absolutamente terrenas e dirigido a alguém que era julgado apenas na dimensão da sabedoria humana. Um apelo, potencialmente justo, afeto às demandas de um juiz dotado de isenção e discernimento, bastava ao postulante. Mas, diante dele, estava Deus entre os homens e não um mero sábio das contendas humanas. Àquele homem, Jesus destinou então um ensinamento muito mais profundo, muito além da busca desenfreada da aquisição de bens materiais, mas centrado num caminho de heranças eternas. 

É preciso primeiro buscar as coisas do Alto. Os legítimos interesses humanos devem ser pautados pelo equilíbrio e pela moderação, para não ser instrumentos de afeições desmedidas e descontroladas, sementes de ganância. Jesus é enfático neste conselho: 'Tomai cuidado contra todo tipo de ganância' (Lc 12, 15). A abundância de bens é uma fonte de preocupações contínuas e a soberba do possuir é mera vaidade: 'Tudo é vaidade' como diz o Livro do Eclesiastes (Ecl 1,2). 

Para ilustrar a insensatez do homem que busca acumular tesouros na terra, Jesus apresenta, então, a parábola do homem rico. Entusiasmado por uma farta colheita, planeja em detalhes multiplicar sua riqueza com a construção de celeiros muito maiores, armazenar grandes quantidades de trigo, viver uma vida de gozo e tranquilidade. Mas, tolo entre tolos, não cuida que seus dias estão contados e não terá usufruto algum de tanta riqueza acumulada: 'Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo' (Lc 12, 21). A ganância de querer sempre mais e a ânsia de ser ainda mais rico aviltam a legitimidade do bem possuído aos domínios da cobiça mórbida. 

Deus não tem lugar no coração abrasado de poder de tal homem porque o nosso coração permanecerá inquieto enquanto não repousar em Deus. A paz interior nasce da partilha, no ato de compartilhar os bens e os dons disponíveis com todos. Dispor o que se recebe, repartir o que se tem: eis a regra de ouro para se almejar as heranças eternas e acumular tesouros nos Céus. A verdadeira riqueza é aquela que se guarda no Coração de Deus.

04 DE AGOSTO - SÃO JOÃO MARIA VIANNEY (CURA D'ARS)

São João Batista Maria Vianney (Cura D' Ars)

A mais difícil, extraordinária e espantosa obra feita pelo Cura d’Ars foi a sua própria vida

Existem vidas extraordinárias entre os santos da Igreja. Mas poucas delas foram tão cingidas pela pequenez, pela humildade e pelo aniquilamento interior como a do pobre cura de Ars, São João Batista Maria Vianney (nascido em 08 de maio de 1786, em Dardilly, na França). Ordenado sacerdote em 1815, aquele que teria o dom extraordinário de ler consciências foi proibido inicialmente de atender confissões, 'porque não teria capacidade para guiar consciências'. Três anos depois, aceitou ser o vigário do minúsculo povoado de Ars, situado ao norte de Lyon, na época com pouco mais de 200 habitantes e nenhuma prática religiosa. Ali chegou em fevereiro de 1818, ali construiu uma santidade ímpar entre os padres da Igreja, ali se tornou um santuário de peregrinação de toda a Europa. Ali viveu incansavelmente a fadiga das confissões intermináveis (geralmente 17 horas diárias), da oração constante, da devoção incondicional à pequenez e à pobreza, até a sua morte, em 04 de agosto de 1859, aos 73 anos de idade. 

São João Batista Vianney foi canonizado em 1925 pelo Papa Pio XI e seu corpo incorrupto encontra-se depositado na igreja da paróquia de Ars. Foi proclamado Padroeiro dos Sacerdotes e no dia de sua morte, 4 de agosto, celebra-se o Dia do Padre


'Nós devemos nutrir um grande amor por todos os homens, pelos bons e pelos maus. Quem tem o amor não pode querer que alguém faça o mal, porque o amor perdoa tudo'


Corpo Incorrupto do Santo em Ars

sábado, 3 de agosto de 2013

SOB O DOMÍNIO DO MAL

Nos dias atuais, a civilização cristã é impiedosamente atingida pelo domínio do mal. É um redemoinho espantoso e generalizado de ações diabólicas, convergindo para a supressão dos valores e da moral cristã. Não há uma única fronteira em que as forças malignas não se irrompem avassaladoras, atingindo brutalmente os fundamentos da religião católica, da igreja, da família, do casamento, da castidade. Não são poupados os velhos, os jovens e nem mesmo as crianças: o vórtice medonho ameaça engolir na sua voragem alucinante os pilares da civilização cristã.

A ação diabólica é claramente definida em três grandes frentes: na promiscuidade moral e na pornografia, na banalização de toda e qualquer violência, no espírito satânico da divisão. Estas três vias de iniquidade espumam o mesmo vômito do demônio, são elas as rédeas que submetem grande parte da atual humanidade sob o domínio do mal. O diabo é intrinsecamente maquiavélico e nunca mostra a sua cara medonha, mas o rastro da sua baba asquerosa é mais previsível que a loucura dos homens servis a ele.   

A nudez é a roupa do diabo. Onde a nudez está exposta, a máscara diabólica se escancara. No corpo seminu que vende joias, carros, perfumes e cerveja ou na prostituição disfarçada de capas de revistas, existe algo além do corpo exposto de uma mulher. A exposição do corpo e cenas de nudez explícita inundam os filmes, as novelas, as revistas, as propagandas, as manifestações artísticas de maneira geral. A nudez é exaltada como norma de marketing, a nudez é endossada como coisa natural e corrente, a nudez é vendida a preço de banana. Mas a nudez é intrinsecamente diabólica.

Mas a nudez é apenas a porta de entrada para todo um cenário de perversões diversas que tem como destino a pornografia explícita. Os relacionamentos sexuais passam a exigir, então, poções virulentas de criatividade e dimensões de contorcionismos animalescos, que degradam a natureza humana a limites insondáveis. A escravidão ao prazer não distingue limites ou freios; o hedonismo impera como conduta geral; o vício que corrói a carne insatisfeita extravasa pelos poros da insaciedade, do adultério, da promiscuidade, da pedofilia e se alimenta cotidianamente, em qualquer esquina ou na internet à mão, de uma indústria pornográfica gigantesca e universal. E os valores do casamento, da família, da castidade, da inocência das crianças,  são tragados neste redemoinho de perversões expostas. Não há dúvida de que esta é, sim, uma forma de amor, a do amor satânico que se locupleta pela nudez, pelo prazer a qualquer preço, pela idolatria da perversidade da pornografia.

A violência é o sopro do diabo. Em nossos dias, a violência campeia de tal sorte que não nos sensibilizam mais as tragédias diárias. Viraram 'notícias do cotidiano'. De vez em quando, quando a violência irrompe a um novo patamar, dá-se uma repercussão mais incisiva para, pouco a pouco, declinar subserviente ao rol de tantas outras tragédias anunciadas. A violência das ruas e das praças começam no ventre materno, no aborto monstruoso de gerações inteiras. Continua no seio das famílias, na violência doméstica, espraia-se pelas ruas, dispersa-se pelas mazelas de uma sociedade anestesiada de Deus, até se entorpecer como moeda corrente nas redes de tráfico, nas gangues e no submundo do crime. O sopro diabólico vende a eutanásia como prática conciliadora e a cultura da morte como 'princípio de escolha'; semeia o ódio e estimula as rivalidades étnicas; fomenta as guerras e induz os genocídios.  

A divisão é a marca do diabo. É na divisão, no espírito da quebra da ordem, no solapamento dos valores, na desarticulação dos princípios morais, que a ação diabólica mais se nutre e mais se locupleta. Famílias divididas, casamentos destruídos, ambientes corrompidos, Igreja cismática, civilização cristã em frangalhos, tudo isso é a obra de satanás levada ao cume de sua possessão doentia. Divisões raciais, religiosas, étnicas, políticas, econômicas... divisões de países, blocos, regiões, estados... fomento de guetos, grupos, cismas, facções... eis o modelo primário de toda e qualquer ação do demônio. Nada se partilha, tudo se desmorona; nada se compraz na conjunção dos esforços, tudo se dilui na revolta das partes; nada se robustece pela união de todos, tudo se resume no naufrágio da vontade. Pois o mal necessariamente se alimenta da maldade.  

Eis aí a síntese da ação diabólica que permeia a humanidade atual, no estertor de condenar ao desaparecimento a Igreja Católica e a civilização cristã. A roupa, o sopro e a marca do diabo: a nudez, a violência e a divisão. O primeiro passo para vencer o inimigo é conhecer as armas que ele possui. E, então, combatê-las tenazmente e superá-las por completo, amparados na fé cristã e nas verdades insuperáveis dos Evangelhos, em nome de Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, e para honra e glória de Deus.

(texto livre, de autoria do autor do blog, baseado em sermão do Arcebispo Fulton Sheen)

PRIMEIRO SÁBADO DE AGOSTO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.