A região central da Itália é uma área especialmente crítica a sismos violentos pela colisão local das placas tectônicas africana e euroasiática e pela presença de inúmeras falhas geológicas superficiais, que tendem a induzir terremotos devastadores porque estes tendem a ocorrer muito próximos à superfície da crosta. Em 1908, estima-se que ao menos 70 mil pessoas morreram quando um tremor de magnitude 7,2 atingiu a cidade siciliana de Messina; em 1915, outro sismo violento em Avezzano deixou uma cidade arrasada e pelo menos 30 mil mortos. Os eventos sísmicos mais recentes na região ocorreram em 2016 (terremotos em agosto e outubro) e 2017 e deixaram um legado de destruição e de morte.
No terremoto de magnitude 6.6 de outubro de 2016, a igreja de Santa Maria Assunta, na cidade de Arquata, desapareceu sob um cenário de escombros, poeira e entulho. Um ano e meio depois, em meio aos trabalhos de remoção dos escombros, o tabernáculo do altar, peça do século XVI, foi resgatado em boas condições (foto abaixo) e devolvido à diocese local.
Aberto o tabernáculo, encontraram a píxide tombada no seu interior, mas perfeitamente fechada. E, fato extraordinário, 40 hóstias encontravam-se perfeitamente conservadas na píxide, sem nenhum sinal de mofo ou umidade, sem qualquer odor ou outro sinal de deterioração de qualquer natureza. As 40 hóstias, materialmente uma mistura simples de farinha e água, pareciam ter sido colocadas ali no dia anterior, tendo permanecidas isentas dos efeitos do tempo, dos destroços e do sismo e estavam, inexplicavelmente, absolutamente íntegras para uma próxima e imediata santa eucaristia.