(a concepção e o desenvolvimento do feto no ventre materno)
Em cada ejaculação, o homem libera cerca de 300 a 400 milhões de espermatozoides. Cada espermatozoide está programado para procurar o óvulo e fertilizá-lo. Mas a vagina é um meio hostil à sobrevivência dos espermatozoides devido às substâncias ácidas que segrega e que a protegem diariamente das bactérias. Esta acidez destrói milhões de espermatozoides mal entram na cavidade vaginal. Só os mais fortes seguem o seu caminho, nadando vigorosamente através do colo do útero até às Trompas de Falópio (canal que liga cada um dos ovários à cavidade uterina).
Durante este percurso, alguns espermatozoides ficam presos na pregas do útero ou entram na Trompa de Falópio errada, onde não existe nenhum óvulo para fecundar. Os restantes espermatozoides continuam a sua viagem e iniciam a subida pela Trompa de Falópio na esperança de alcançar o óvulo solitário que os aguarda. Só os mais resistentes ultrapassam todos os obstáculos que encontram ao longo do caminho. Das poucas centenas de espermatozoides que conseguem alcançar as Trompas de Falópio e forçam a entrada no óvulo, normalmente, apenas um (o mais forte e apto) o consegue perfurar e fertilizar.
No momento em que um espermatozoide penetra a zona pelúcida (membrana que protege o óvulo), esta se fecha para impedir que outros espermatozoides entrem no óvulo. O óvulo fertilizado tem agora toda a informação genética necessária para gerar uma vida nova. No momento da concepção, o sexo, as caraterísticas físicas e eventuais problemas se saúde hereditários do bebé já foram determinados.
Cerca de um dia após a fertilização, os núcleos do óvulo e do espermatozoide fundem-se. Cada progenitor contribui com 23 pares de cromossomas cujo núcleo guarda o código DNA de cada um dos pais. Os cromossomas juntam-se e dão origem a uma célula única (zigoto). Inicia-se agora a divisão celular, gênese de uma nova vida. Logo após a concepção, o corpo da mulher inicia uma série de alterações que o preparam para acolher e nutrir o feto em formação. Basicamente, o seu corpo torna-se no suporte de vida de um novo ser humano, relação que vai perdurar e fortalecer-se durante os próximos nove meses (texto publicado originalmente no site Mãe-me-quer)