segunda-feira, 18 de junho de 2012

A FÉ EXPLICADA - II


Ao morrer na cruz, Jesus Cristo propiciou a reparação completa dos meus pecados, dos teus pecados, dos pecados de todos os homens de hoje e de todos os tempos, não uma vez, mas vezes sem conta, posto que se realizou na Crucificação a plenitude de Deus no amor à humanidade pecadora. Obra de amor e reparação mais que plena, infinita. Sendo infinita a reparação feita por Jesus Cristo, qualquer penitência humana, por maior que seja sua relevância e excepcionalidade, torna-se meramente figurativa e essencialmente insignificante. E isso se aplicaria integralmente a toda a vida ímpar de caridade de uma Madre Teresa de Calcutá, por exemplo: algo de intrínseco valor humano, mas de completa inutilidade para a glória de Deus. 

Mas Deus é Deus de misericórdia e, por desígnio singular, associa a pequenez humana aos méritos infinitos de Cristo na obra da redenção. Em Cristo, o sofrimento, a doença, esta frustração momentânea, uma pequena contrariedade, tudo se faz penitência de valor infinito. Sim, de infinito valor, porque, nesta partilha, Cristo entra com o mérito infinito e nós, como membros do seu Corpo Místico, com nossas penitências claudicantes e frágeis, que se tornam, entretanto, instrumentos poderosos para a plena satisfação dos nossos pecados e dos pecados dos outros. Em Cristo e por meio Dele, a vida ímpar de caridade de uma Madre Teresa de Calcutá, por exemplo, teve um valor incalculável para a salvação de um número incontável de almas.

Ao longo de uma vida inteira, Deus espera pela sua oração, por uma obra de caridade, pela sua renúncia ao pecado, pelo sofrimento* que você tanto custa a aceitar ou que se revolta por não entender. Que obra de penitência você tem a oferecer no dia de hoje para satisfação a Deus pelos seus pecados de sempre e pelos pecados dos outros? 

* ver as palavras de Santa Maria Madalena de Pazzi em arquivo deste blog.