domingo, 11 de julho de 2021

EVANGELHO DO DOMINGO

'Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!' (Sl 84)

 11/07/2021 - Décimo Quinto Domingo do Tempo Comum

33. A MISSÃO DOS APÓSTOLOS

Em Nazaré, Jesus não pôde realizar milagre algum. Ali, foi rejeitado e caluniado pelos seus próprios conterrâneos, movidos pelos escrúpulos humanos dos mistérios da iniquidade. Pois foi dessa mesma Nazaré da incredulidade humana, que Jesus moveu os seus discípulos à missão de um apostolado universal, de forma a levar a Boa Nova a todas as criaturas, a todos os povos e a todas nações: 'Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!' (Mt 28, 18 - 20). Provavelmente para enfatizar a todos eles a dureza da missão que lhes era confiada: as sementes devem ser lançadas, os frutos dependerão da acolhida do coração humano.

Jesus escolheu Doze Apóstolos para esta missão universal. No simbolismo dos números bíblicos, doze é o número da perfeição: 'Sede perfeitos como vosso Pai é perfeito’ (Mt 5, 48). E os enviou 'dois a dois' (Mc 6,7) para que cada um deles tivesse no outro a contrapartida da fortaleza, da vigilância e da perseverança para o pleno cumprimento de uma missão particularmente difícil: 'Eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos (Mt 10, 16). E Jesus os exorta, nesta missão, a uma plena disposição de alma, a uma entrega absoluta nas mãos da Providência: 'Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas' (Mc 6, 8 - 9). E lhes deu o dom da cura e o 'poder sobre os espíritos impuros' (Mc 6, 7) 

Não é preciso levar alforge ou vestimenta especial, apenas a entrega complacente à Santa Vontade de Deus. É imperioso o serviço da vocação; os frutos pertencem aos ditames da Providência. O reino de Deus deve ser proclamado para todos, em todos os lugares, mas a Boa Nova será recebida com jubilosa gratidão num lugar ou indiferença profunda em outro; aqui vai gerar frutos de salvação, mais além será pedra de tropeço. Em outros lugares ainda, será rejeitada simplesmente e, nestes, a sentença não será velada: 'Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!' (Mc 6, 11).

Eis a síntese do apostolado cristão para os homens de sempre: anunciar o Evangelho de Cristo ao mundo inteiro. Ser missionário e se fazer apóstolo, aí estão as marcas de identidade de um cristão no mundo. De todos os cristãos: os primeiros doze apóstolos, os outros setenta e dois, os cristãos de todos os tempos, eu e você. Como cordeiros entre lobos, como emissários da paz entre promotores das guerras, os cristãos estão no mundo para torná-lo um mundo cristão. O apostolado começa com o bom exemplo, expande-se com o amor ao próximo, multiplica-se pela caridade. E ainda que fôssemos capazes de domar a natureza e realizar prodígios, a felicidade cristã não está nos eventos temporais aqui na terra, mas na Eterna Glória daqueles que souberam combater o 'bom combate' (2Tm 4,7).

sábado, 10 de julho de 2021

A CRUZ QUE SE LEVA É LENHO DE SANTIDADE (I)


Palavras de Jesus a Santa Gemma Galgani:

'Sabe, minha filha, por que gosto de mandar cruzes às almas que me são queridas? Porque desejo possuir a sua alma por inteiro e, por isso, a cerco de cruzes e a envolvo nas tribulações, para que não escape de minhas mãos; e, por isso, envolvo suas atividades em espinhos, para que ela não se apegue a ninguém, mas sinta todo o contentamento somente em mim. É a única maneira de vencer o demônio e alcançar a salvação: minha filha, quantos teriam me abandonado se eu não os tivesse crucificado! A cruz é um presente precioso demais, e muitas virtudes são aprendidas com ela!'

sexta-feira, 9 de julho de 2021

O DOGMA DO PURGATÓRIO (XI)

Capítulo XI

A Dor do Sentido: Tormento do Fogo e Tormento do Frio - Venerável ​​Beda e a Ressurreição de Drithelm

Se a dor da perda não nos causa senão uma fraca impressão, é muito diferente em relação à dor dos sentidos; o tormento do fogo ou a tortura de um frio cortante e intenso apavoram a nossa sensibilidade. É por isso que a Divina Misericórdia, desejando despertar um santo temor em nossas almas, fala pouco da dor da perda, mas continuamente nos é mostrado o fogo, o frio e outros tormentos, que constituem a dor dos sentidos. Isso é o que vemos no Evangelho, e em revelações particulares, pelas quais Deus se grada em manifestar aos seus servos de vez em quando os mistérios da outra vida. Vamos mencionar uma dessas revelações. Em primeiro lugar, vejamos o que o piedoso e erudito Cardeal Belarmino cita do Venerável Beda

A Inglaterra foi testemunha em nossos dias, escreve Beda, de um prodígio singular, que pode ser comparado aos milagres dos primeiros tempos da Igreja. Para estimular os vivos a temer a morte da alma, Deus permitiu que um homem, depois de ter dormido o sono da morte, voltasse à vida e revelasse o que tinha visto no outro mundo. Os detalhes terríveis e inéditos que ele relata, e sua vida de extraordinária penitência, que correspondeu às suas palavras, produziram uma impressão viva em todo o país. Vou agora retomar as principais circunstâncias desta história. 

Havia em Northumberland um homem chamado Drithelm que, com a sua família, levava uma vida cristã. Ele adoeceu em com a sua enfermidade aumentando a cada dia, entrou em estado terminal e morreu, para grande desolação e tristeza de sua esposa e filhos. Velaram toda a noite em lágrimas diante dos seus restos mortais mas, no dia seguinte, antes do seu enterro, eles o viram de repente voltar à vida, levantar-se e colocar-se em uma postura sentada. Ao ver isso, foram tomados de tanto medo que todos fugiram, com exceção da esposa, que, tremendo, ficou sozinha com o marido ressuscitado. 

Ele a tranquilizou imediatamente: 'Não tema', disse ele, 'É Deus quem me restaura a vida. Ele deseja mostrar, na minha pessoa, um homem ressuscitado dos mortos. Ainda tenho muito tempo para viver nesta terra, mas a minha nova vida será muito diferente daquela que levei até agora'. Então, ele se levantou cheio de saúde, foi direto para a capela ou a igreja do lugar, e ali permaneceu muito tempo em oração. Ele voltou para casa apenas para se despedir daqueles que lhe eram queridos na terra, aos quais declarou que viveria apenas para se preparar para a morte, e os aconselhou a fazer o mesmo. 

Em seguida, dividiu a sua propriedade em três partes, dando uma para os seus filhos, outra para a sua esposa e reservou a terceira parte para dar em esmolas. Depois de ter distribuído tudo aos pobres e ficar reduzido à indigência extrema, foi bater à porta de um mosteiro e implorou ao abade do lugar que o recebesse como religioso penitente, que ele se tornaria o servo de todos os outros. O abade reservou-lhe uma cela isolada, a qual ocupou pelo resto de sua vida. Três exercícios dividiam o seu tempo - oração, o trabalho mais difícil e penitências extraordinárias. Os jejuns mais rigorosos ele considerava como nada. No inverno, ele mergulhava em água congelada e permanecia ali por horas e horas em oração, enquanto recitava todo o Saltério de Davi.

A vida mortificada de Drithelm, seus olhos sempre abaixados e até mesmo as suas feições indicavam uma alma atingida pelo medo dos julgamentos de Deus. Ele manteve um silêncio perpétuo mas, ao ser pressionado a relatar, para a edificação dos outros, o que Deus havia manifestado a ele após sua morte, ele assim descreveu sua visão:

'Ao deixar o meu corpo, fui recebido por uma pessoa benevolente, que me acolheu. Seu rosto estava brilhante e ele parecia rodeado de luz. Ele me levou a um grande vale profundo e de imensa extensão, que tinha fogo de um lado e era todo gelo e neve do outro; de um lado braseiros e caldeirões de fogo e, de outro, o frio mais intenso e o sopro de um vento glacial. Este vale misterioso estava cheio de inúmeras almas, que, sacudidas como por uma furiosa tempestade, eram jogadas de um lado para o outro. Quando não podiam mais suportar a violência do fogo, buscavam alívio em meio ao gelo e à neve mas, encontrando ali apenas uma nova tortura, lançavam-se novamente no meio das chamas.

Eu contemplei em estupor essas vicissitudes contínuas de tormentos horríveis e, até onde a minha vista podia se estender, não vi nada além de uma multidão de almas que sofriam sem ter repouso algum. Os aspectos delas me inspiraram medo. A princípio, pensei tratar-se do inferno, mas meu guia, que caminhava diante de mim, voltou-se para mim e disse: 'Não; este não é, como você pensa, o inferno dos réprobos. Você sabe' - continuou ele - 'que lugar é este?' 'Não', respondi. 'Saiba', ele resumiu, 'que este vale, onde você vê tanto fogo e tanto gelo, é o lugar onde permanecem as almas daqueles que, durante a vida, negligenciaram confessar os seus pecados, e que adiaram a sua conversão até o fim. Graças a uma misericórdia especial de Deus, eles tiveram a felicidade de se arrepender sinceramente antes da morte, de confessar e detestar os seus pecados. É por isso que eles não estão condenados, e no grande dia do julgamento entrarão no Reino dos Céus. Vários deles, entretanto, vão alcançar a sua libertação antes desse tempo final, pelos méritos de orações, esmolas e jejuns, oferecidos em seu favor pelos vivos, e especialmente, em virtude do Santo Sacrifício da Missa oferecido para o alívio de suas almas'.

Assim foi a descrição feita por Drithelm. Quando perguntado por que ele tratou seu corpo tão rudemente e por que havia mergulhado na água congelada, ele respondeu que tinha visto tormentos e frio de outro tipo. Quando os seus irmãos expressavam surpresa por ele poder suportar tais austeridades extraordinárias, ele respondia ter visto 'penitências muito mais excruciantes'. Até o dia em que aprouve a Deus chamá-lo para si em definitivo, não cessou de afligir o seu corpo e, ainda que alquebrado pela idade, nunca aceitava nenhum tipo de alívio.

Este evento produziu uma sensação profunda na Inglaterra; um grande número de pecadores, tocados pelas palavras de Drithelm e atingidos pela austeridade de sua vida, converteram-se sinceramente. Este fato, acrescenta Belarmino, parece-me de verdade incontestável, pois, além de estar conforme às palavras da Sagrada Escritura que diz que 'os mortos passam das águas da neve ao calor do fogo abrasador' (Jó, 24, 19), o Venerável Beda relata o fato como sendo recente e evento bem conhecido. Mais do que isso, seguiu-se ao mesmo a conversão de um grande número de pecadores, sinal da obra de Deus, que costuma fazer prodígios para produzir frutos nas almas.

Tradução da obra: 'Le Dogme du Purgatoire illustré par des Faits et des Révélations Particulières', do teólogo francês François-Xavier Schouppe, sj (1823-1904), 342 p., tradução pelo autor do blog)

PARA VIVER A DIVINA MISERICÓRDIA UM DIA POR SEMANA⁹

 

Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós,
eu confio em Vós!

'Fala ao mundo da Minha Misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha Misericórdia'

Intenção do Dia - Nona Semana

levar a nossa cruz com paciência e resignação

Ó meu Jesus de infinita misericórdia / ajudai-me a levar a minha cruz / com paciência e resignação perfeita / pelos caminhos do mundo rumo ao Céu

quinta-feira, 8 de julho de 2021

AD DEUM STILLAT OCULUS MEUS!


AD DEUM STILLAT OCULUS MEUS!

'MEUS OLHOS CHORAM DIANTE DE DEUS!'

'Por que ficamos tão angustiados? Volvemos os olhos para o Senhor com confiança, pois a sua consolação não nos é dada sobre a terra mas no Céu. Apenas Deus nos conhece realmente, somente Deus pode compadecer-se de nós, somente Deus pode nos consolar. Os homens sobre a terra são loquazes, mas só sabem dizer palavras, e repetir palavras, que são muitas vezes enfadonhas, mesmo quando se quer que sejam consoladoras. 

Nossos olhos desfazem-se em lágrimas apenas diante de Deus: Ad Deum stillat oculus meus!. Como é bonita essa frase de Jó! [Jó, 16,21]. Chore diante de Deus estes olhos que não pode ser saciados por nenhuma visão terrena, que derrame lágrimas diante de Deus porque não é possível encontrar um pai mais terno do que Ele, derrame lágrimas diante de Deus, depositando no divino coração, junto com as lágrimas, também o sofrimento, a confiança, o amor, a esperança e a união perfeita à sua santa vontade: Ad Deum stillat oculus meus! 

Os anos passam, o caminho que percorremos não conhece retorno nesta terra, tudo muda ao nosso redor, e somente Deus permanece, como a nossa única esperança: Ad Deum stillat oculus meus! A nossa testemunha está no Céu! Com efeito, Deus conhece a nossa fragilidade e dela se compadece; conhece as nossas misérias e as perdoa, quando recorremos à sua misericórdia com sincero arrependimento; conhece os limites da nossa peregrinação nesta vida e nos ampara. 

Que conforto nos é dado, quando as criaturas se irrompem contra nós e nos julgam mal, pensar que a nossa testemunha está no Céu e que Deus nos conhece! O Senhor nunca deixa vã a nossa esperança e, quando tudo nos parece perdido, intervém para nos defender e para fazer a luz brilhar nas trevas. Repitamos com Jó, quando as tempestades são mais violentas: Ad Deum stillat oculus meus!'

(Excertos da obra 'La Sacra Scrittura', por Dom Dolindo Ruotolo)

quarta-feira, 7 de julho de 2021

PROFECIA DE NOSSA SENHORA DE LA SALETTE

 

'Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por sua má vida, por sua irreverência e sua impiedade na celebração dos santos mistérios, por seu amor ao dinheiro, às honras e aos prazeres, tornaram-se esgotos de impurezas. Sim, os sacerdotes pedem vingança, e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e das pessoas consagradas a Deus, que com sua infidelidade e má vida crucificam meu Filho novamente! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao céu e pedem vingança, e eis que a vingança está à porta, porque não há quem implore por misericórdia e perdão para o povo; não há mais almas generosas ou pessoas dignas de oferecer a Vítima Imaculada ao Eterno em favor do mundo'.
(Nossa Senhora de La Salette)

terça-feira, 6 de julho de 2021

A COMUNHÃO NA MÃO É TRÊS VEZES INDEVIDA, MAS...


Aos católicos que 'acham' e aos católicos que 'não acham': não existe nenhum texto da Tradição da Igreja que sustente a comunhão na mão. Nenhum. Mas, você vai ler por aí fantasias como estas dos que se extrapolam na arte de mentir, distorcer ou compartilhar sofregamente inverdades e heresias, no afã de defender como elemento da tradição litúrgica da Igreja o que nunca foi dela:

(i) a comunhão na mão era uma prática comum nos primórdios da Igreja e assim foi distribuída, seja no Oriente como no Ocidente, por mais de dez séculos [o que era praticado, como um procedimento corrente e generalizado, era o acesso à sagrada comunhão pós-confissão e consubstanciado por um jejum eucarístico de algumas horas, o que, evidentemente, não é objeto de referência alguma a ser explicitada do tesouro da tradição litúrgica da Igreja]; trata-se, portanto, de uma alegação completamente falsa, mas...

(ii) compartilham, como tocadores de tuba inflamados de ociosidade febril, as 'palavras' de São Cirilo de Jerusalém:

'Dirigindo-se, pois [à Comunhão], aproximai-vos com as palmas da mão abertas, nem com os dedos disjuntos, mas tendo a esquerda em forma de um trono sob aquela mão que está por acolher o Rei e com a direita côncava, recebei o corpo de Cristo, respondendo amém' [normalmente somente este trecho], desconectado do texto maior, que se segue nos seguintes termos:  

'Depois que tu, com cautela tiver santificado os teus olhos pondo-te em contato com o corpo de Cristo, aproximai também do cálice do sangue: não tendo as mãos estendidas, mas genuflexo de modo a expressar senso de adoração e veneração. Dizendo Amém te santificarás, tomando também o sangue de Cristo. E tendo ainda os lábios úmidos, tocai-o com as mãos e depois com esse santificarás os teus olhos, a fronte e os outros sentidos. Da Comunhão jamais vos afastai, nem vos privai destes sagrados e espirituais mistérios, ainda que estejais manchados pelo pecado'.

A simples consideração do trecho final - de que não se deve privar jamais da sagrada eucaristia, 'ainda que estejais manchados pelo pecado' - já seria razão suficiente para caracterizar esse texto como blasfemo e herético. Mas, ao contrário, esse pseudo-ritual é entranhadamente citado como um subsídio formal à comunhão eucarística na mão, por supostamente ter sido exposto por São Cirilo de Jerusalém, sem sequer considerar alguma objeção ou contestação à prática assumida como 'corrente por séculos pela Igreja' da comunhão eucarística sob as duas espécies. A incorporação deste texto herético na Catequese Mistagógica foi obra de um bispo pelagiano e, evidentemente, essa digressão absurda e ritualística não tem nada a ver com a densidade teológica dos escritos de São Cirilo de Jerusalém. Mas...

(iii) a comunhão na mão é equivalente à comunhão na boca (e, nestes tempos de pandemia, muito mais higiênica e racional), desde que feita com a devida devoção e percepção dos sagrados mistérios.

O terreno é fértil quando se abre mão (desculpem-me o trocadilho) do que é 'mais sagrado' pelo 'racional'. A tibieza do sacerdote, a complacência do bispo, a indolência do fiel ou a pandemia podem ter e ser a razão de tudo. Mas um perfeito e completo entendimento dos sagrados mistérios do banquete eucarístico não admitiria concessão alguma. Por que essa - a comunhão nos lábios distribuída por um sacerdote ou um diácono - é a única verdade proposta e imposta pelo catecismo e pela tradição litúrgica da Santa Igreja de Cristo. Baseado nesta tradição litúrgica, São Tomás de Aquino (Summa Theologica, III, q. 82, a 3) consubstanciou de forma explícita os motivos pelos quais é vetado aos fiéis leigos tocar as Sagradas Espécies. Bastaria ler na fonte os Doutores da Igreja. Mas...