terça-feira, 24 de janeiro de 2017

VISÕES E ÊXTASES DO PE. REUS DURANTE A MISSA

Johann Baptist Reus (Pottenstein/Baviera, 10/07/1868 - São Leopoldo/RS, 21/07/1947)

Sacerdote alemão, da Companhia de Jesus, que viveu praticamente toda a sua vida religiosa no Brasil. Foi honrado com os estigmas de Cristo e inúmeros êxtases e visões, particularmente durante a celebração da Santa Missa.

2 de julho de 1939

Na santa Missa, seis êxtases de amor: no Glória, na coleta, na Consagração, na Comunhão, na purificação e ao cobrir o cálice. O último foi intenso. Vi-me, de súbito, acima do altar, unido a Jesus em amistoso abraço. Ele me abraçou, e eu a Ele. Inaudito. A seguir, na Ação de Graças, eu lhe disse: 'Estou envergonhado diante de todo o Céu'. Quero, pois, pertencer totalmente ao seu Divino Coração. Que Ele disponha de mim como lhe aprouver. Tenho que escrever e desenhar isso.

Essa demonstração de amorosa amizade vale para todos os sacerdotes. É a realização das palavras: Iam nom dicam vos servos sed amicos meos – Já não vos chamo servos, mas amigos, que são repetidas, solenemente cantadas, na liturgia da ordenação sacerdotal. Após a Consagração, esteve presente também a Santíssima Mãe de Deus, por alguns momentos.

4 de julho de 1939 

Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração e na Comunhão. Desde o início, vi, sobre o altar, o amado Salvador na cruz, em tamanho natural. Durante o Pai Nosso, vi-o envolvido em esplendor. Enquanto pronunciava as palavras Domine non sum dignus – Senhor, eu não sou digno, vi como o Salvador crucificado estendia as mãos para mim, para significar a sua infinita misericórdia para com o sacerdote.

Precisamente no instante em que o sacerdote reconhece ser indigno de receber o Senhor em seu coração, Ele precisamente por este gesto, em sua amorosa bondade, acha o coração tão bem preparado que tem verdadeiro desejo de nele entrar, para comunicar-lhe a liberalidade dos frutos de sua paixão. Tive que fazer dois desenhos e anotar isso. Lamento não saber desenhar melhor. Na meditação: lágrimas.

7 de julho de 1939

Na santa Missa, dois êxtases de amor: na Consagração, após as palavras consecratórias, saíam chamas de fogo de dentro do cálice em direção da minha boca. O significado evidente é que o primeiro pensamento de Jesus, no instante de sua presença sacramental sobre o altar, é a união íntima e cordial com o dileto sacerdote, que lhe doou a vida sacramental. Logo no início da santa Missa, vi o amado Salvador sobre o altar, mostrando seu amoroso Coração, provavelmente por ser a primeira sexta-feira do mês.

14 de julho de 1939 

Durante a leitura do Evangelho da Missa de São Boaventura, vi, acima de mim, raios luminosos e, em seguida, um sol nas palavras Vos estis lux mundi – Vós sois a luz do mundo. O sacerdote é a luz do mundo por meio do anúncio da doutrina do Sagrado Coração de Jesus e por meio da sua vida, semelhante à dos Anjos no meio de um mundo depravado.

No êxtase após a Consagração, vi o amado Salvador abraçar-me com ambos os braços, desprendidos da cruz; também isso, provavelmente, vale para todos os sacerdotes. A Consagração é a morte sacrifical do Senhor. Importa que o sacerdote se ofereça a si mesmo em íntima união com o Cordeiro do sacrifício. O abraço do Divino Salvador, a atrair a si o sacerdote, é prova de ilimitado amor; ilimitado amor a oferecer-se para ser abraçado e amado por ele, e ser ofertado ao Pai Celeste. O amado Salvador, em sua grande bondade, quis dar-me certeza sobre esta visão.

Ao meio-dia, tive de súbito a mesma visão durante o exame de consciência. O amado Salvador me abraçou com seus braços, desprendidos da Cruz, e eu o abracei; e desta vez o atraí a mim, para dentro do meu coração. E ele permitiu que o fizesse. A seguir, fiz o mesmo insistente pedido ao seu Divino coração: 'Concede que Te ame sinceramente'.

16 de julho de 1939 

Ontem, vi, na Consagração, o amado Salvador na cruz, em tamanho natural, bem à minha frente. Eu temia que fosse ilusão, porque a imagem parecia sem vida. Após muito hesitar, resolvi descrever a visão como julgo tê-la visto. Mas, quando me dispus a escrever, o amado Salvador não me permitiu que escrevesse sequer uma sílaba. Foi-me fisicamente impossível acrescentar qualquer coisa às poucas palavras de ontem. Conformei-me, e quanto me lembro, pensei: 'Se a visão foi genuína, o amado Salvador a repetirá'.

E Ele o fez de modo totalmente inesperado, pois hoje, quanto me recordo, vi o amado Salvador pregado na cruz, diante de mim em tamanho natural, logo no início da Missa. Quanto pude perceber, ele pronunciava comigo as palavras da Missa. Vi-o, nitidamente, mover os lábios e, ao menos uma vez, dirigir os olhos para o alto, em oração. Isso durou por toda a Missa, embora não pudesse estar continuamente atento ao fato.

Esta visão quer mostrar o fato de que a santa Missa é a maravilhosa renovação do sacrifício da cruz, e isto desde o começo até o fim, e que o amado Salvador faz suas as palavras do sacerdote. O sacerdote goza do privilégio invejável de ser o representante visível do Divino Sacerdote. Ele, que na cruz se ofertou por nós, com infinito amor ao Pai Celeste, sobre o altar, faz o mesmo por meio do agraciado sacerdote, por Ele tão profundamente amado.

(Do diário do Pe. João Francisco Reus)

LEMAS E BRASÕES DOS ÚLTIMOS PAPAS (III)


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

BREVIÁRIO DIGITAL - AS VISÕES DE TONDAL (II)

A experiência além da morte de uma alma medieval percorrendo o Céu, o Inferno e o Purgatório, guiada pelo seu Anjo da Guarda.

VISÕES DE TONDAL - PARTE II


A primeira visão da alma errante de Tondal (exposta nua, como explicado na postagem anterior), acompanhada pelo seu Anjo da Guarda, é diante da boca descomunalmente aberta da besta Aqueronte (termo derivado da mitologia grega, que denominaria um dos rios do inferno), em cujo interior padecem os condenados ao inferno pela ganância, sofrendo tormentos terríveis numa fornalha ardente. A bocarra da besta é mantida aberta por dois demônios gigantescos dispostos em posições contrárias; outros demônios empurram as pobres almas para dentro da fornalha e impedem que os condenados possam escapar dela. A não ser pelos trajes luminosos do Anjo, toda a cena é pincelada por Simon Marmion com cores vivas, escuras ou rubras, com demônios em forma de criaturas pavorosas, para simular o horror do inferno.


A alma de Tondal visita agora o lugar destinado à condenação eterna dos sacerdotes, religiosos e todos que se perderam pelo pecado da luxúria. As almas são engolidas e excretadas pela fera monstruosa num processo repetitivo que nunca termina; caídas num lago gélido, as almas recuperam as suas formas corporais que se engravidam de serpentes e outras criaturas horrendas que lhes comem as entranhas e emergem através do seus corpos dilacerados, que vão servir de novo como alimento da besta monstruosa. Na sua experiência além-túmulo, por ter vivido na luxúria e no hedonismo, a alma de Tondal é forçada a passar por um estágio neste abismo de tormentos, antes de ser resgatada pelo Anjo para seguir a sua peregrinação pelo inferno.


O anjo leva a alma de Tondal até a Porta do Inferno para que esta veja, em meio a uma legião de demônios, Lúcifer (em primeiro plano, deitado na fornalha ardente) esmagar, com as suas milhares de mãos, as almas dos condenados e lançá-las no meio das chamas infernais para serem calcinadas. Figuras monstruosas mantêm os portões abertos e, junto com a multidão dos outros demônios, atormentam sem fim as almas condenadas. No meio das chamas infernais, Tondal reconhece as almas de muitos de seus amigos e familiares já falecidos.



A alma de Tondal é conduzida para a beira de um despenhadeiro onde são lançadas as almas dos incrédulos e dos hereges, num abismo sulfuroso e de fedor indescritível. Por meio de longos arpões e ganchos afiados, as pobres almas são arrastadas ora às águas gélidas do lago, ora aos vapores escaldantes de enxofre que emergem do desfiladeiro. O Anjo lembra à alma de Tondal que ali não é lugar de esperança: aquelas almas estão condenadas à sucessão destes tormentos por toda a eternidade.

domingo, 22 de janeiro de 2017

PESCADORES DE HOMENS

Páginas do Evangelho - Terceiro Domingo do Tempo Comum


Com a prisão e morte de João Batista, tem fim a Era dos Profetas e começa a pregação pública de Jesus sobre o Reino de Deus: 'Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo' (Mt 4, 17). O reino de Deus é o reino dos Céus, e não um império firmado sobre as coisas deste mundo. Cristo, rei do universo, começa a sua grande jornada pelos reinos do mundo para ensinar que a pátria definitiva do homem é um reino espiritual, que se projeta para a eternidade a partir do coração humano.

E esta proclamação vai começar por Cafarnaum e nos territórios de Zabulon e Neftali, localizada na zona limítrofe da Síria e da Fenícia, e povoada, em sua larga maioria, por povos pagãos. Em face disso, esta região era a chamada 'Galileia dos Gentios', e seus habitantes, de diferentes raças e credos, eram, então, objeto de desprezo por parte dos judeus da Judeia. E é ali, exatamente entre os pagãos e os desprezados, que o Senhor vai proclamar publicamente a Boa Nova do Evangelho do Reino de Deus: 'O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz (Mt 4, 16).

Nas margens do Mar da Galileia, Jesus vai escolher os seus primeiros discípulos num chamamento imperativo e glorioso: 'Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens' (Mt 4,19). Aqueles pescadores, acostumados à vida dura de lançar redes ao mar para buscar o seu sustento, seriam agora os primeiros a entrarem na barca da Santa Igreja de Cristo para se tornarem pescadores de homens, na gloriosa tarefa de conduzir as almas ao Reino dos Céus.  

Eis a resposta pronta e definitiva dos primeiros apóstolos ao chamado de Jesus: 'Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram' (Mt 4, 20) e 'Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram' (Mt 4,22). Seguir a Jesus implica a conversão, pressupõe o afastamento do mundo, pois Jesus nos fala do Reino dos Céus. No 'sim' ao chamado de Jesus, nós passamos a ser testemunhas e herdeiros deste reino 'que não é desse mundo', e nos abandonamos por completo na renúncia a tudo que é humano para amar, servir e viver, prontamente, cotidianamente, o Evangelho de Cristo.

sábado, 21 de janeiro de 2017

FÁTIMA EM FATOS E FOTOS (I)

1. Qual era a situação política de Portugal no início do século XX?

O início do século XX foi marcado por uma profunda mudança política do regime de governo em Portugal que, suprimindo a monarquia, culminou com a implantação da República, a 5 de outubro de 1910. Baseado na trilogia 'liberdade, igualdade, fraternidade' da Revolução Francesa, o novo regime se assentava nos ideais do iluminismo e do racionalismo, proclamava um cenário de 'libertação nacional' para o povo português e a separação formal entre Igreja e Estado, endossada por uma política de confronto e feroz perseguição aos princípios e crenças da Igreja Católica.

Afonso Costa (ao centro): mentor da implantação da República em Portugal e responsável pela pasta da Justiça no primeiro governo pós-monárquico.

2. Qual era a condição social do Estado Português à época das aparições?

Os primeiros anos da Primeira República foram marcados pela instabilidade de sucessivos governos, golpes de estado, tentativas de ditaduras, greves, divisões e lutas civis entre as várias cisões do Partido Republicano (democráticos, evolucionistas e unionistas) e outros movimentos monárquicos e mesmo anárquicos. Sob uma constante instabilidade política pós-1910 e em meio a turbulências sociais de toda ordem, o país se viu envolvido nos conflitos da Primeira Guerra Mundial, o que agravou ainda mais a frágil conjuntura econômica e financeira então existente, aumentando em grande escala a miséria e o sofrimento do povo português. Desta forma, em 1917, Portugal vivia um dos períodos mais tenebrosos da sua história.


3. Qual era a situação da Igreja Católica de Portugal à época?

Imediatamente após a proclamação da República, todos os conventos, mosteiros e ordens religiosas do país foram suprimidos, religiosos foram expulsos e seus bens confiscados. Os jesuítas foram obrigados a desistir da cidadania portuguesa. Aprovaram-se diversas leis e decretos cujo único intento era o de destruir os valores católicos no país: implantação da lei do divórcio; permissão para a cremação dos corpos, secularização dos cemitérios, proibição do ensino religioso nas escolas, supressão da celebração pública das festas religiosas, etc. Em 1911, as perseguições culminaram com a promulgação da Lei da Separação da Igreja e do Estado. O governo maçônico encontrou, entretanto, uma feroz resistência por parte do papa São Pio X e da hierarquia católica da Igreja de Portugal. Muitos portugueses não apenas perseveraram na fé como empreenderam orações e súplicas aos Céus pela salvação de Portugal.


Afonso Costa: 'Graças a esta Lei da Separação, em duas gerações, o Catolicismo será completamente eliminado em Portugal'.

4. Qual era a situação geográfica de Fátima à época das aparições?

A Freguesia de Fátima pertencia então ao Concelho (assim mesmo, com c) de Vila Nova de Ourém, do distrito de Santarém; porém estabelecia ligações sociais e comerciais muito mais intensas com a cidade de Leiria, distante cerca de vinte quilômetros, do que com a sede do distrito, situada a mais de sessenta quilômetros. Predominantemente rural, Fátima está localizada ao longo de um maciço calcário entre serras e vales da Serra de Aire, em terreno árido e com poucas nascentes de água. A aldeia de Aljustrel, onde viviam as três crianças videntes, ficava cerca de 800 metros ao sul de Fátima. A chamada Cova da Iria, onde ocorreram as aparições, constituía uma das muitas depressões do terreno local e era propriedade dos pais de Lúcia, e ficava localizada cerca de dois quilômetros de Fátima.


5. Quais eram as populações locais à época?

Segundo o Censo de 1911, no início da República, a população portuguesa era da ordem de seis milhões de pessoas, tendo o distrito de Santarém cerca de 300 mil pessoas, o concelho de Ourém por volta de 30 mil, a freguesia de Fátima 2.348 pessoas e a aldeia de Aljustrel, 123 habitantes. A nível nacional, 83% da população vivia em zonas rurais; nos distritos de Leiria e Santarém, essa média subia para 95,06% e 94,44%, respectivamente.*

* Dados constantes da obra 'A Fátima dos inícios do século XX: a freguesia de Fátima (1900-1917)', de José Manuel Poças Neves, 2005. 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

20 DE JANEIRO - SÃO SEBASTIÃO

São Sebastião foi um oficial romano, do alto escalão da Guarda Pretoriana do imperador Diocleciano (imperador de Roma entre 284 e 305 de nossa era e responsável pela décima e última grande perseguição do Império Romano contra o Cristianismo), que pagou com a vida sua devoção à fé cristã. Denunciado ao imperador por ser cristão e acusado de traição, foi condenado a morrer de forma especial: seu corpo foi amarrado a um tronco servindo de alvo a flechas disparadas por diferentes arqueiros africanos.

Primeiro Martírio: São Sebastião flechado

Abandonado pelos algozes que o julgavam morto, foi socorrido e curado e, de forma incisiva, reafirmou a sua convicção cristã numa reaparição ao próprio imperador. Sob o assombro de vê-lo ainda vivo, São Sebastião foi condenado uma vez mais sendo, nesta sua segunda flagelação, brutalmente açoitado e espancado até a morte. O seu corpo foi atirado num canal de esgotos, de onde foi depois retirado e levado até as catacumbas romanas. Suas relíquias estão preservadas na Basílica de São Sebastião, na Via Apia, em Roma. É venerado por toda a cristandade como modelo de vida cristã, mártir da Igreja e defensor da fé e como padroeiro de diversas cidades brasileiras, incluindo-se o Rio de Janeiro. Sua festa é comemorada a 20 de janeiro, data de sua morte no ano 304.

Segundo Martírio: São Sebastião espancado até a morte

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

12 PASSOS PARA SER UM CATÓLICO DE VERDADE

1. Cuidar primeiro da própria alma. Quando tudo estiver dito e feito, você e eu também iremos morrer. Você terá pessoalmente que prestar contas a Deus por tudo o que fez e não conseguiu fazer. Que inclui as coisas más que tenha feito e as boas ações que não conseguiu fazer. Também você pessoalmente vive em uma terra dominada pelo demônio, com constantes tentações para lhe fazer tropeçar, cair e ser condenado para sempre no inferno. Antes de tentar salvar as almas dos outros ou tentar reformar a Igreja, você precisa tomar cuidado com a própria alma, com suas palavras, suas orações e suas ações. Então, você precisa de oração e humildemente tentar viver uma vida pura e fazer a vontade de Deus em todas as situações.

2. Rezar. Humildemente reconheça que não pode salvar o mundo e que Jesus é o Salvador. Mas que você ainda deve ajudar a salvar almas e reformar a Igreja, através do oferecimento da Santa Missa, rezando especialmente diante do Santíssimo Sacramento e fazendo o que possa. Cada Santo Rosário conta muito também. Nós somos os intercessores para a Igreja e a salvação do mundo.

3. Dar bom exemplo. Tudo o que você faz, como se ajoelha e reza, como trabalha, como se relaciona, como estuda, como ama e cumprimenta as pessoas, como se comporta no trânsito, como se alimenta e como você fala, tudo isso dá tanto um bom exemplo ou um mau exemplo do que significa ser um verdadeiro católico.

4. Estar disposto a ser perseguido. Jesus, São João Batista, os Apóstolos e todos os santos foram perseguidos por membros da igreja e as pessoas do mundo. Jesus nos advertiu: 'Ai de vós, quando vos louvarem os homens'. Pode não ser muito antes de os muçulmanos, os maçons e o nosso próprio governo começarem a nos aprisionar e a matar-nos. Temos de olhar para a frente e seguir adiante para o nosso verdadeiro lar no céu.

5. Ter fé em Deus, em Maria, nos Anjos e Santos. Estamos fazendo o que Deus e Nossa Senhora querem. Nós não estamos sozinhos. Eles sentem toda a dor que sofremos por sermos fiéis à nossa fé católica de 2000 anos. A Igreja pertence a Jesus. Foi Ele quem a iniciou. Ele prometeu que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Portanto, Ele sofre junto conosco quando nós nos levantamos para proteger os Sacramentos Católicos, a verdade da Bíblia Sagrada e do Magistério. Deus está conosco e nos ajuda. Maria está conosco e nos ajuda. Os Anjos estão lutando ao nosso lado. Os Santos fazem a sua parte para nos ajudar. As santas almas do Purgatório estão rezando por nós. Não estamos no santo combate sozinhos.

6. Falar a verdade. Não importa o quanto custe, precisamos falar a verdade católica para as nossas famílias, nossas paróquias, nossos amigos, para os nossos sacerdotes, nossos bispos e todos que quiserem ouvir. Nós falamos a verdade com amor, firmeza e fatos intelectuais.

7. Estar desprendido do respeito humano. Um dos maiores inimigos para carregar a cruz e seguir os passos de Jesus é ficar fazendo o que os outros pensam de nós. Nós colocamos nossos olhos no que Jesus pensa sobre nós e não no que os outros fazem.

8. Lutar contra o medo. Eu li que o único medo que devemos ter é o de ter o próprio medo. Pessoas e o demônio inoculam o medo em nossos corações para nos desencorajar de fazer e dizer o que é certo e pagar o preço por isso. Jesus disse repetidamente: 'Medo não é necessário, mas fé'.

9. Manter tudo em perspectiva. Deus é um bilhão de vezes maior e mais poderoso do que o papa, cardeais, bispos, religiosos, sacerdotes e leigos rebeldes. Por enquanto, a maioria de nós ainda é capaz de falar o que acreditamos como católicos. Por enquanto, em algumas partes do mundo, estamos livres para rezar e ir à Missa Tradicional. Por enquanto, nós ainda estamos fora da prisão e somos capazes de comer, descansar, ter uma família, caminhar, brincar e trabalhar. Tudo o que temos é o agora.

10. Não desanimar. Nós apenas somos chamados para sermos fiéis e fazer o que pudermos. Então, vamos dar um passo de cada vez. Diz o ditado: 'Uma viagem de mil léguas começa com um primeiro passo'. Como um comunista também disse: ‘Não espere para controlar o mundo durante uma noite'. Não, eles simplesmente trabalham lentamente e, eventualmente, isso acontece.

11. Comprovar e compartilhar as graças recebidas. Enquanto peregrinamos por ‘este vale de lágrimas’, nós vamos com Deus, Maria, os Anjos e os Santos. E por causa disto, haverá milagres evidentes que nos acompanham; pode-se esperar que milagres aconteçam. Durante toda a história da Igreja Católica e o martírio dos santos, muitas e muitas vezes, Deus mostrou o seu apoio por meio de acontecimentos milagrosos. Deus continua a fazer milagres hoje também.

12. Apoiar uns aos outros. Jesus enviou os Apóstolos dois a dois. Precisamos rezar juntos e trabalhar juntos. Precisamos ajudar-nos uns aos outros, amar-nos uns aos outros e vivermos uns com os outros.

('What Can Traditional Catholics Do?' do Pe. Peter Carota, in memoriam, com adaptações pelo autor do blog)