sexta-feira, 25 de outubro de 2013

AS IMAGENS DE DEUS

O que seria a sensação de voar através do universo? A partir de dados dos registros de galáxias conhecidas, os autores do vídeo abaixo fizeram uma incrível montagem, em que cada ponto simula uma galáxia contendo bilhões de estrelas. As dimensões inferidas do cosmo (em termos apenas da chamada matéria brilhante, sem referências à matéria escura do universo) são esboços das imagens de Deus (mostradas em algumas das fotografias espetaculares do espaço dadas em seguida).

(Uma Visão da Terra: do Espaço)
(A Grande Nebulosa de Órion)
(Três Galáxias e Um Cometa)
(Luzes de Mercúrio)
(Galáxia de Andrômeda)
(Miríades de estrelas)
(Uma Visão do Espaço: da Terra)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O PENSAMENTO VIVO DE SANTO ANTÔNIO CLARET

'A virtude mais necessária é o amor. Sim, digo e direi mil vezes: a virtude de que mais precisa um missionário apostólico é o amor. Deve amar a Deus, a Jesus Cristo, a Maria Santíssima e ao próximo. Se não tiver amor, todos os seus belos talentos serão inúteis; mas, se tiver grande amor e mais os talentos naturais, terá tudo. A quem prega a Palavra o amor faz o que faz o fogo no fuzil. Se um homem atirar uma bala com os dedos, bem pouco dano pode fazer, mas se esta mesma bala for lançada pelo fogo da pólvora, matará. Assim é a Divina Palavra. Se for pronunciada naturalmente, bem pouco efeito fará, mas se for dita por um sacerdote cheio do fogo de caridade, de amor a Deus e ao próximo, ferirá vícios, matará pecados, converterá os pecadores, operará prodígios'.

'Estimulado a trabalhar para a maior glória de Deus e para a salvação das almas, como disse até aqui, direi agora de que meios me servi para conseguir este fim, conforme o Senhor me deu a conhecer como mais apropriados e adequados. O primeiro meio de que me servi sempre e me sirvo é a oração. Este é o meio maior que achei que devia usar para obter a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do Purgatório. E por isto, na meditação, na missa, nas preces e nas demais devoções que praticava e jaculatórias que fazia, sempre pedia a Deus e à Santíssima Virgem Maria estas três coisas'.

'Não só orava eu, mas ainda pedia às Monjas, às Irmãs de Caridade, Terciárias e a todas as pessoas virtuosas e zelosas que orassem. Para isto, pedia que ouvissem a santa Missa e que recebessem a sagrada Comunhão, e que durante a Missa e depois de ter comungado apresentassem ao Eterno Pai o seu Santíssimo Filho e que em seu nome e por seus méritos lhe pedissem estas três graças,como já disse, isto é: a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das pobres almas do Purgatório. Também lhes dizia que se servissem da visita ao Santíssimo Sacramento e da devoção da Via Sacra'.

'A oração vocal para mim talvez me vá melhor que a pura mental, graças a Deus. Em cada palavra do Pai nosso, Ave Maria e Glória vejo um abismo de bondade e misericórdia. Deus nosso Senhor me concede a graça de estar muito atento e fervoroso quando rezo estas orações. Na oração mental também me concede o Senhor, por sua bondade e misericórdia, muitas graças; mas na vocal me sinto melhor'. 

'Quem mais e mais me move sempre é contemplar Jesus Cristo, ver como vai de um povoado a outro, pregando por todas as partes; não só nos povoados grandes, mas também nas aldeias; até a uma só mulher, como o fez com a Samaritana, embora se achasse cansado do caminho, com sede, em uma hora muito intempestiva, tanto para ele como para ela'

'Jesus Cristo, para a glória do seu Pai e para a salvação das almas, o que não fez? Ai! Contemplo-O em uma cruz morto e desprezado. Eu também, ajudado por sua graça, estou disposto a sofrer penas, trabalhos, desprezos, burlas, murmurações, calúnias, perseguições e até a mesma morte'.

'Neste ano fui caluniado e perseguido por toda classe de pessoas, pelos jornais, por folhetos, por livros parodiados, por fotografias e por muitas outras coisas e até pelos mesmos demônios. Um pouquinho, às vezes, ressentia a natureza, mas me tranquilizava logo e me resignava e me conformava com a vontade de Deus. Contemplava Jesus Cristo e via quão longe estava eu de sofrer o que Jesus Cristo sofreu por mim e assim me tranquilizava'. 

'Esta mesma ideia [que Deus seja conhecido, amado, servido e louvado por todos, por isso ele é conhecido como o 'santo de todos'] é a que mais me tem feito e me faz trabalhar ainda e me fará trabalhar, enquanto viva, na conversão dos pecadores'.

Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PADRE PIO E A MISSA DAQUELE DOMINGO

Início dos anos cinquenta do século passado. Uma filha espiritual do Padre Pio queria casar-se com o homem que era então o seu noivo, mas havia um grave problema: o rapaz era ateu. Diante da situação, mesmo em meio à apreensão de tal encontro, a moça foi buscar o conselho do Padre em San Giovanni Rotondo

Diante da situação exposta, o Padre Pio deu-lhe a seguinte orientação: 'Diga ao seu noivo para vir assistir com você à missa no próximo domingo'. E assim procedeu a moça e, com o seu namorado, sentaram-se no primeiro banco da igreja. E a Missa teve início.

A moça acompanhava normalmente o desenrolar da Santa Missa mas, cada vez mais apreensiva, percebia que, durante toda a cerimônia, o noivo encontrava-se em uma situação de absoluta aflição, empalidecido, mudo, com o olhar fixo e atônito na figura do padre. 

Essa sensação tornou-se particularmente expressiva durante a Eucaristia, no rosto congestionado do rapaz e pelas gotas de suor que agora afluíam ainda mais da sua testa. Não mais se contendo, a moça perguntou com grande preocupação ao noivo: 

'O que se passa com você?'

'É o Padre. Ele fica sempre assim, durante a Missa?'

'Assim como?' respondeu a moça num sussurro de espanto.

'Com o corpo todo coberto e escorrendo sangue até os pés e com uma coroa de espinhos na cabeça, como Jesus Cristo.'

Convertido e confessados, ambos contraíram o matrimônio cristão tempos depois.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

GALERIA DE ARTE SACRA (VIII)

BEATO FRA ANGELICO (1387 - 1455, pintor italiano)

Beatificado pelo Papa João Paulo II em 1982, é hoje nomeado Beato Fra Angelico.


Grupo de Anjos - Galeria Uffizi - Florença


A anunciação - Museu do Prado - Madrid



Cristo - Convento de São Marcos - Florença


A Transfiguração - Convento de São Marcos - Florença


Anjos com Trombetas - Galeria Uffizi - Florença


Cristo com Dominicanos - Convento de São Marcos - Florença


Cristo com Dominicanos - Convento de São Marcos - Florença


A Deposição - Convento de São Marcos - Florença


A Coroação da Virgem - Convento de São Marcos - Florença


A Coroação da Virgem (detalhe do quadro anterior)


Adoração dos Magos - National Gallery of Art - Washington


A Ressurreição de Cristo - Convento de São Marcos - Florença


Jesus Criança - Convento de São Marcos - Florença


A Coroação da Virgem - Galeria Uffizi - Florença


A Coroação da Virgem (detalhe do quadro anterior)


São Pedro - Convento de São Marcos - Florença

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

OS MAIS BELOS LIVROS CATÓLICOS DE TODOS OS TEMPOS (1)

1. THOMAS DE KEMPIS DA IMITAÇÃO DE CRISTO

'DA IMITAÇÃO DE CRISTO' é uma obra singular no contexto da literatura católica mundial. À exceção da Bíblia, nenhum outra obra teve tanta repercussão e tão expressiva popularidade quanto este texto que entrelaça, de forma tão viva e tão eloquente, direção espiritual e vida cristã plena, num extraordinário mosaico dos ensinamentos da Bíblia e dos Primeiros Padres da Igreja. O texto parece ter sido produzido originalmente em latim e sua autoria não é definitiva. O texto já foi atribuído a São Bernardo de Clairvaux e a escritores ingleses e franceses, mas a autoria mais provável é dada a Thomas Haemmerlein, ou Thomas à Kempis (ou, como é mais comum, Thomas de Kempis), nascido em Kempen na Alemanha em 1379 ou 1380 e falecido em Mount St. Agnes, um mosteiro agostiniano situado na diocese de Utrecht, em 26 de julho de 1471. A obra é dividida em quatro livros. Nos primeiros três livros, aborda-se o projeto espiritual da conformação da alma a Jesus Cristo, seguindo a linha das três vias tradicionais da caminhada espiritual: a via purgativa, iluminativa e unitiva, por meio da coletânea de sentenças facilmente memorizáveis por seu ritmo. No Livro Primeiro, acentua-se a centralidade da 'imitação de Cristo' e a exemplaridade da vida virtuosa. No Livro Segundo, reforça-se a piedade cristocêntrica, com os desdobramentos de suas virtudes essenciais, como a simplicidade, a pureza e a retidão do coração. O Livro Terceiro, desenvolvido em forma de colóquio íntimo da alma com Deus, trata especificamente dos temas relacionados à via unitiva. A união com Deus é a porta de entrada para o consolo, o sossego, a paz e a alegria. O Livro Quarto trata da devoção à eucaristia e da dignidade do estado sacerdotal.

Da Imitação de Cristo (Livros I, II, III e IV) está disponível na Biblioteca Digital desse site.

2. SANTO INÁCIO DE LOYOLA   EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS


Os 'EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS' datam de 1538 e estabelecem um conjunto de normas e procedimentos vinculados à prática de orações, visando o exame de consciência. É um processo que envolve corpo e mente, constituindo-se num treinamento orientado, onde o praticante é supervisionado pelo ministrante, o único que tem acesso ao texto dos Exercícios. Enquanto dinâmica encontramos, então, uma pessoa que orienta e transmite as experiências e exercícios (ministrante) e outra que, seguindo as orientações, coloca-se no processo da experiência, reflexão e avaliação com o objetivo de superar suas dúvidas. Os métodos empregados visam potencializar a capacidade de interiorização, através da distribuição espacial, horários, prática de orações e posturas corporais, servindo como modelo para o método pedagógico do fundador da Companhia de Jesus. Santo Inácio de Loyola nasceu no País Basco/Espanha, em 31 de maio de 1491 e morreu em Roma, em 31 de julho de 1556, aos 65 anos de idade. Escreveu os 'Exercícios' entre 1522 e 1523, os quais dividiu em quatro semanas, entendidas como etapas de conteúdos a serem absorvidos pelo exercitante, antes de passar para a semana seguinte. O livro é dividido em três partes. Primeira Parte: Anotações Orientadoras; Anotações para tomar alguma inteligência dos exercícios espirituais que se seguem, e para ajudar, assim, o que os há de dar como o que os há de receber. Segunda Parte: Exercícios Espirituais; Exercícios Espirituais para se vencer a si mesmo e ordenar a sua vida sem se determinar por afeição alguma que seja desordenada; Primeira Semana; Segunda Semana; Terceira Semana; Quarta Semana. Terceira Parte: Elementos complementares - A. Mistérios da Vida de Cristo; B. Regras para vários discernimentos.

domingo, 20 de outubro de 2013

O JUIZ INÍQUO E A VIÚVA IMPERTINENTE

Páginas do Evangelho - Vigésimo Nono Domingo do Tempo Comum 


No evangelho deste domingo, Jesus nos exorta, uma vez mais, à oração frequente, confiante, perseverante e colocada no coração de infinito amor do Deus de Misericórdia. À oração despojada de contrapartidas favoráveis aos apelos intrinsecamente humanos, mas entregue aos desígnios do Pai para o bem maior de nossa alma e do nosso semelhante. E vai enfatizar, de forma cristalina, que a obscuridade e as trevas da perda de fé são engendradas na forja da falta de oração. Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, já nos alertava: 'Quem reza, se salva; quem não reza, se condena'.

Na parábola do mau juiz e da viúva impertinente, deparam-se duas realidades humanas antagônicas: de um lado, o homem privilegiado pelas leis humanas e detentor do poder de decisão sobre as ações e contendas dos outros homens; de outro lado, a mulher exposta e fragilizada pela perda do marido, sob o peso de novas e doloridas realidades e indefesa pelas dramáticas circunstâncias do momento. Cabe a ela, portanto, pedir, pedir uma vez mais e muitas vezes enfim e mesmo implorar a intervenção do juiz em sua causa e defesa. Ao juiz, homem iníquo, ao qual a soberba do cargo tinha imposto sempre decisões rápidas e inquestionáveis, a insistência da viúva é ocasião de incômodo, transtorno, desvario. Eis o cenário que Jesus montou para falar do valor incomensurável da oração.

Diante de apelos tão inoportunos e persistentes, até o juiz iníquo se rendeu: 'Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!' (Lc 18, 4-5). Se até um homem iníquo e injusto é complacente com os rogos repetidos da viúva inconsolável a qual desdenha, o que Deus de infinita misericórdia não iria fazer por nós em oração confiante e perseverante nas Suas graças? E Jesus é taxativo ao dizer: 'Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa' (Lc 18,8). 

E, no mesmo versículo, Jesus encerra a parábola com uma frase extremamente preocupante: 'Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?' (Lc 18, 8). Jesus não precisaria se expressar assim se não profetizasse uma terrível apostasia dos homens dos tempos da Segunda Vinda do Senhor, fomentada pela perda dos valores espirituais, submissão aos valores mundanos e, principalmente pela perda da oração confiante e perseverante aos desígnios de Deus. E, de repente, ao se ter em conta as realidades de agora, não parece que Jesus está falando para nós?  

sábado, 19 de outubro de 2013

O PENSAMENTO VIVO DE CHESTERTON (I)




"Para salvar o homem, Deus quis a Igreja como uma locomotiva, e não como um vagão extraído da opinião pública. O Povo de Deus deve ser como um barco a motor que navega contra a corrente dos fáceis instintos, e não uma balsa, cheia de gente, que a corrente impetuosa arrasta para a cachoeira".




"Quando o homem deixa de acreditar em Deus, poder-se-ia pensar que ele não acredita em mais nada. Mas não é assim: quando deixa de acreditar em Deus, está pronto para acreditar no primeiro que aparece, nos ovnis, nos gurus, nas seitas espíritas, nos magos, e está pronto para adorar Satanás".