sábado, 18 de maio de 2013

SÁBADO PARA A ETERNIDADE

MEDITAÇÕES ETERNAS PARA CADA DIA DA SEMANA 
(Santo Afonso de Ligório)

Atos de preparação às meditações

1. Alma minha reaviva tua Fé, porquanto te achas diante de teu Deus. Adora-O profundamente.

2. Humilha-te aos pés de Deus e peça-Lhe, do fundo do coração, perdão.

SÁBADO - A ETERNIDADE DAS PENAS

1. Considera, cristão, que a existência que tens, de Deus a recebeste, criando-te à Sua imagem e semelhança, sem mérito algum da tua parte. Adaptou-te por filho nas almas salutares do Batismo; amou-te mais do que se fosse teu pai, e criou-te com o fim de O amares e servires nesta vida para depois O gozares na glória. de maneira que não nasceste nem deves viver para gozar, para ser rico poderoso, para comer, beber e dormir, como os irracionais, mas somente para amar ao teu Deus e ser dito eternamente.

As criaturas foram postas por Deus à tua disposição para que te auxiliem a conseguir tão glorioso fim. Ó infeliz de mim! que em tudo tenho pensado, menos no fim para que Deus me criou! Meu Pai, pelo amor de Jesus, permiti que eu comece vida nova, inteiramente santa e em tudo conforme à vossa divina vontade! 

2. Considera que na hora da morte sentirás grande remorso, se não te houveres dedicado ao serviço de Deus. Que aflição a tua quando, ao termo de teus dias naquela hora suprema, chegares a conhecer que todas as grandezas e prazeres, todas as riquezas e glórias não eram mais um pouco de fumo! Ficarás estupefato ao ver que por umas bagatelas, por verdadeiras frivolidades, perdeste a graça de Deus e a tua alma, sem poder remediar o mal que fizeste e sem ter tempo para trilhar o bom caminho. Ó desesperação! Ó tormento! Então compreenderás quanto vale o tempo, mas já será tarde; quererás comprá-lo a troco do teu sangue, mas já não te é possível. Ó dia calamitoso para quem não tenha servido e amado a Deus! 

3. Considera quanto se descura este fim tão importante. Pensa-se em acumular riquezas, em assistir a banquetes e divertimentos, em passar alegremente os dias; e não se pensa em servir a Deus, nem em salvar a alma. O fim eterno é considerado como coisa insignificante. Por isso uma parte dos cristãos, divertindo-se banqueteando-se e cantando, caem no inferno. Ó se soubessem o que quer dizer Inferno... Ó homem, fazes tanto para te condenares, e nada queres fazer para te salvares? Infeliz de mim! (exclamava ao morrer o Secretário do Rei da França, Francisco I) Infeliz de mim! Para escrever as cartas do meu príncipe, gastei tanto papel; e nem sequer aproveitei uma folha para escrever nela os pecados e fazer uma boa confissão! Oxalá (dizia no mesmo transe Felipe III, Rei da Espanha) que, em vez de ser rei, eu tivesse servido a Deus na solidão do deserto! Mas para que servem naquela hora semelhantes suspiros e lamentações, se não para maior desesperação?

Aprende na experiência alheia a viver solícito da tua salvação, se não queres experimentar a mesma sorte. Não te esqueças de que quanto fazes, dizes ou pensas, estranho ao que Deus quer de ti, tudo é perdido. Eia pois! Já é tempo de mudar de vida. Quererás porventura esperar para te desenganares, no momento da morte, quando estejas às portas da eternidade, prestes a cair no inferno, e quando não haja lugar para emenda? Meu Deus, perdoa-me! Amo-Vos sobre todas as coisas. Arrependo-me sumamente de Vos ter ofendido. Maria, esperança minha, roga a Jesus por mim. Amém. 

Fruto I. Lembrar-me-ei frequentemente de Deus e de seus imensos benefícios agradecendo-Lhe de todo o meu coração. 
Fruto II. Regularei e empregarei bem o tempo, dirigindo todas as minhas ações em ordem à glória de Deus.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONCÍLIO VATICANO II

O Concílio Vaticano II (a denominação envolve sempre o local do evento e a sua ordem correspondente, ou seja, foi o segundo concílio realizado no Vaticano) foi convocado em 25 de dezembro de 1961 pelo Papa João XXIII, que fez a sua abertura oficial em 11 de outubro de 1962. O concílio compreendeu quatro etapas diferentes, cada uma com períodos entre 2 e 3 meses. A primeira ocorreu entre 11 de outubro a 07 de dezembro de 1962. Entretanto, em 03 de junho de 1963, falecia o Papa João XXIII, que teria por sucessor o Cardeal Giovanni Montini, como Papa Paulo VI que, então, coordenou as três etapas seguintes do concílio: a segunda, entre 29 de setembro e 04 de dezembro de 1963, na qual foi promulgada a Constituição sobre a Sagrada Liturgia (Sacrosanctum Concilium); a terceira, entre 14 de setembro e 21 de novembro de 1964, na qual foi promulgada a Constituição Dogmática Lumen Gentium e a quarta etapa, realizada entre 15 de setembro a 08 de dezembro de 1965, na qual foram promulgados, além de vários Decretos e Declarações, a Constituição Pastoral Gaudium et Spes e a Constituição Dogmática Dei Verbum.


(Missa de Abertura do Concílio rezada pelo Papa João XXIII)

(Primeira Fase do Concílio sob João XXIII)

(Morte do Papa João XXIII)

(Cardeal Giovanni Montini)




(Fases Seguintes do Concílio sob Paulo VI)

SEXTA-FEIRA PARA A ETERNIDADE

MEDITAÇÕES ETERNAS PARA CADA DIA DA SEMANA 
(Santo Afonso de Ligório)

Atos de preparação às meditações

1. Alma minha reaviva tua Fé, porquanto te achas diante de teu Deus. Adora-O profundamente.

2. Humilha-te aos pés de Deus e peça-Lhe, do fundo do coração, perdão.

SEXTA-FEIRA - O INFERNO

1. Considera que o inferno é uma prisão hedionda, cheia de fogo. Neste fogo estão submersos os condenados. Neste abismo de fogo que os rodeia por todos os lados, têm chamas na boca, nos olhos, em todas as partes do corpo. Cada sentido tem seu sofrimento próprio: os olhos são atormentados pelo fumo e pelas trevas, e horrorizados pela vista dos outros condenados e dos demônios; os ouvidos ouvem dia e noite contínuos clamores, prantos e blasfêmias.O olfato é atormentado pelo cheiro nauseabundo daqueles inumeráveis corpos corrompidos, e o paladar por ardentíssima sede e fome insaciável sem poder obter uma gota de água nem uma migalha de pão.

Por isso aqueles encarcerados infelizes, abrasados pela sede, devorados pelo fogo, torturados por toda a espécie de sofrimentos, choram, clamam, desesperam-se; mas não há nem haverá quem os alivie e console. Ó inferno, inferno! Quantos há que se recusam a crer em ti até o momento em que caem em teus abismos! E tu, querido leitor, que dizes? Se houvesses de morrer agora, para onde irias? Tu, que não podes suportar o ardor de uma centelha de fogo que te salta à mão, poderás estar em um abismo de fogo que te abrase, abandonado de todos por toda a eternidade e sem lenitivo algum?

2. Considera em seguida a pena que tocará às potências da alma. A memória será sempre atormentada pelos remorsos da consciência. Tal é aquele verme que sem cessar roerá o condenado ao pensar que se perdeu voluntariamente e por um prazer envenenado. Ó Deus! Como avaliará então aqueles momentos de prazer, depois de cem, depois de mil milhões de anos no inferno? Este verme recordar-lhe-á o tempo que Deus lhe deu para expiar suas culpas, os meios que lhe proporcionou para salvar-se, os bons exemplos dos companheiros, os propósitos feitos mas ineficazes. Então verá que já não há remédio para a sua eterna ruína. Ó Deus! Ó Deus! E como estes pensamentos agravarão o seu penar! A vontade estará sempre contrariada: nunca alcançará coisa alguma do que deseja, e sempre terá o que aborrece, isto é, todos os tormentos. O entendimento conhecerá o bem enorme que perdeu: a bem-aventurança e Deus. Meu Deus! Meu Deus! Perdoai-me pelo amor de Jesus Cristo, vosso Filho.

3. Pecador, a quem por agora é indiferente perder o céu e perder a Deus, quando vires os bem-aventurados triunfarem e gozarem no reino dos céus, então tu, qual animal hediondo, serás excluídos daquela pátria ditosa e privado da visão beatífica de Deus, da companhia de Maria Santíssima, dos Anjos e dos Santos; conhecerá aí tua espantosa cegueira, e dirás desesperado: 'Ó Paraíso de eternas delícias: Ó Deus! Ó bem infinito! Já não sois nem jamais sereis meus! Desgraçado de mim!...' Eia, meu irmão, faze penitência, muda de vida, não te guardes para quando o tempo te faltar. Entrega-te a Deus, principia a amá-lo deverás. Roga a Jesus, roga a Maria Santíssima que tenham piedade de ti.

Fruto I. Descontarei com alguma mortificação as penas que no inferno tenho merecido.
Fruto II. Quando experimentar algum dissabor, incômodo ou dor, direi a mim mesmo: 'Lembra-te que tens merecido cair, e devias ser precipitado no inferno', e tudo sofrerei com paciência.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

QUINTA-FEIRA PARA A ETERNIDADE

MEDITAÇÕES ETERNAS PARA CADA DIA DA SEMANA 
(Santo Afonso de Ligório)

Atos de preparação às meditações

1. Alma minha reaviva tua Fé, porquanto te achas diante de teu Deus. Adora-O profundamente.

2. Humilha-te aos pés de Deus e peça-Lhe, do fundo do coração, perdão.


QUINTA-FEIRA - O JUÍZO

1. Considera que logo que a alma tenha saído do corpo será conduzida ao tribunal de Deus para ser julgada. O Juiz é um Deus Onipotente, ultrajado por ti, e sumamente irado. Os acusadores são os demônios, teus inimigos; o processo, teus próprios pecados; a sentença é inapelável; a pena é o inferno. Ali não há companheiros, nem parentes, nem amigos; a causa será resolvida entre Deus e a tua alma. Então compreenderás a hediondez de teus pecados, e não poderás ser tão indulgente com eles, como agora o és. Responderá por teus pecados de pensamentos, palavras, obras, omissão, escândalo, respeitos humanos: tudo se há de pesar naquela grande balança da justiça divina, e se fores encontrado réu de culpa grave, uma só que seja, estarás perdido. Meu Jesus e meu Juiz, perdoai-me antes de me fazer comparecer em vosso tribunal!

2. Considera que a justiça divina há de julgar a todos os homens no vale de Josaphat quando, no fim do mundo, ressuscitar os corpos para receberem juntamente com as almas prêmio ou castigo, segundo os seus méritos. Reflete que, se te condenares, tornarás a unir-te a este mesmo corpo, que servirá de prisão eterna à tua alma desgraçada. Naquele encontro desagradável, a alma amaldiçoará o corpo e o corpo, por sua vez, amaldiçoará a alma; de maneira que a alma e o corpo, que agora correm de mãos dadas em busca de prazeres lícitos, unir-se-ão, em que lhes pese, depois da morte, para ser verdugos um do outro.

Ao contrário, se te salvares, esse teu corpo ressuscitará formosíssimo, impassível e resplandecente; e assim irás, em corpo e alma, gozar da vida bem-aventurada. Tal será o fim da cena deste mundo! Afundar-se-ão no nada todas as grandezas, prazeres e pompas mundanas. Tudo acabará: só ficarão as duas eternidades, uma de glória e outra de pena, uma ditosa e outra infeliz, uma de gozos, e outra de tormentos: no céu os justos, no inferno os pecadores. Desgraçado então o que tenha feito do mundo o seu ídolo, e pelos prazeres miseráveis desta terra tenha perdido tudo, alma, corpo, bem-aventurança e Deus!

3. Considera a sentença eterna. O Juiz eterno, Jesus Cristo, voltar-se-á primeiro contra os réprobos, a quem dirá: 'Ingratos, tudo se acabou para vós! Chegou a minha hora, hora de verdade e justiça, hora de indignação e vingança! Criminosos, amastes a maldição; caia sobre vós: sede malditos na eternidade: ide para o fogo eterno, privados de todos os bens e sob o peso de todos os males'. Em seguida, voltar-se-á para os escolhidos e dirá: 'Vinde vós, meus filhos queridos, vinde possuir o reino dos céus, que vos está preparado. Vinde não já para levar a cruz após Mim, mas para partilhar da minha coroa. Vinde como herdeiros de minhas riquezas e companheiros de minha glória. Vinde cantar eternamente minhas misericórdias. Vinde da terra do exílio à pátria, da miséria ao gozo, das lágrimas à alegria, do sofrimento ao descanso eterno'.

Meu Jesus, eu espero ser também um destes filhos afortunados. Amo-Vos sobre todas as coisas, abençoai-me desde este momento, e abençoai-me também vós, ó Maria minha querida Mãe!

Fruto I. Farei todas as minhas ações como se devesse comparecer, na ocasião em que as executar, perante o tribunal divino a dar conta delas.
Fruto II. Exercitar-me-ei em obras de misericórdia espirituais e corporais, porque ao que as praticar prometeu Deus uma benção eterna no dia do juízo.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

QUARTA-FEIRA PARA A ETERNIDADE

MEDITAÇÕES ETERNAS PARA CADA DIA DA SEMANA 
(Santo Afonso de Ligório)

Atos de preparação às meditações


1. Alma minha reaviva tua Fé, porquanto te achas diante de teu Deus. Adora-O profundamente.

2. Humilha-te aos pés de Deus e peça-Lhe, do fundo do coração, perdão.


QUARTA-FEIRA - A Morte

1. Considera que esta vida há de acabar. Já está pronunciada a sentença; tens de morrer. A morte é certa; a hora, porém, é incerta. O que será necessário para morrer? Um ataque apoplético, a ruptura de uma veia no peito, um catarro sufocante, um vômito de sangue, a mordedura de um animal venenoso, uma febre, uma pneumonia, uma chaga, uma inundação, um terremoto, um raio basta para te tirar a vida. A morte te assaltará, quando menos pensares.Quantos se deitaram à noite com saúde, e pela manhã foram encontrados mortos! E não poderá acontecer-te o mesmo a ti?

Dos que tem morrido repentinamente, nenhum esperava morrer deste modo; e não obstante assim morreram. Se estavam em pecado, onde estão agora, e onde estarão por toda a eternidade? Seja, porém, como for, é indubitável que chegará uma ocasião em que anoitecerá para ti, e não amanhecerá, ou antes, amanhecerá, e não anoitecerá. 'Virei como ladrão' diz Jesus Cristo; o que quer dizer: quando menos pensares e às escondidas. Avisa-te com tempo este teu amante Senhor, porque deseja a tua salvação. Corresponde, pois ao teu Deus; aproveita o aviso; prepara-te para bem morrer, antes de chegar a morte. Então não é tempo de preparação, porque já deve estar feita. É fora de dúvida que hás de morrer. Há de terminar para ti a cena este mundo, e não sabes quando. Quem sabe se será dentro de um ano ou dentro de um mês? Quem sabe se amanhã mesmo ainda estarás vivo? Meu Jesus, ilumine-me, e perdoe-me.

2. Considera que na hora da morte assistido de um sacerdote, que fará a encomendarão da tua alma, rodeado de parentes que por ti chorarão, com o Crucifixo à cabeceira e a vela benta aos pés, já prestes a passar à eternidade. Terás a cabeça dolorida, os olhos amortecidos, a língua abrasada, a garganta cerrada, o peito opresso, o sangue gelado, as carnes gastas e o coração transpassado de dor. Ao morrer deixarás tudo; pobre e indigente serás lançado a um sepulcro, e ali apodrecerás.

Os vermes e outros animais imundos roerão tuas carnes, e de ti ficarão apenas alguns ossos descarnados, um pouco de pó hediondo e nada mais. Abre uma sepultura, e vê a que ficou reduzido aquele homem opulento, aquele avaro, aquela mulher vaidosa. Assim termina a vida! Na hora da morte ver-te-ás rodeado de demônios que te apresentarão o sudário dos teus pecados, cometidos desde a tua infância. Agora o demônio, para induzir-te a pecar, encobre e desculpa as tuas faltas. Diz que é pequeno mal aquela amizade, aquela vaidade, aquele prazer, aquele rancor que alimentas em teu peito; que não há intenções criminosas naquelas conversações. Mas no momento da morte patenteará a enormidade dos teus pecados; e à luz daquela eternidade em que brevemente terás de entrar, conhecerás a gravidade da pena em que incorreste ofendendo a um Deus infinito. Apressa-te, enquanto é tempo, a remediar o mal que tens feito.

3. Considera que a morte é um momento de que depende a eternidade. Encontra-se o homem já próximo a expirar, e por conseguinte prestes a entrar em uma das duas eternidades. Sua sorte depende daquele último suspiro, imediatamente ao qual a alma é salva ou condenada para sempre. Ó momento! Ó último suspiro! Ó momento de que depende uma eternidade de glória ou de pena! Uma eternidade sempre feliz ou sempre desditosa! Uma eternidade de toda a espécie de bens ou de males! Uma eternidade, enfim, de Paraíso ou de Inferno! O que quer dizer: que, se naquele momento te salvares, em vez da desventura estarão sempre ao teu lado o contentamento e a felicidade; mas, se errares o golpe, e te condenares, serão teus companheiros inseparáveis e cruéis a aflição e o desespero. 

Na morte compreenderás o que quer dizer glória, Inferno, Pecado, Deus ofendido, lei de Deus desprezada, pecados calados na confissão, roubo não restituído. 'miserável de mim! dirá o moribundo, daqui a poucos momentos hei de comparecer diante de Deus. E quem sabe a sentença que me tocará! Para onde irei? Para o Céu, ou para o inferno? A gozar com os Anjos, ou a arder com os condenados? Serei ou filho de Deus, ou escravo do demônio? Ai de mim! Sabê-lo-ei dentro em pouco, e aonde entrar pela primeira vez ali permanecerei eternamente. Ah! Daqui a poucas horas, daqui a poucos momentos que será de mim? Que será de mim, se não reparar aquele escândalo, se não restituir aquele furto, aquela fama, se não perdoar de coração ao meu inimigo, se não me confessar bem?'. 

Então detestarás mil vezes o dia em que pecaste, o prazer que desfrutaste, a vingança que tomaste! Mas demasiado tarde e sem fruto, porque o farás simplesmente por temor do castigo, e não por amor de Deus. - Ah, Senhor! Desde este momento me converto a Vós: não quero esperar pelo momento em que a morte chegue; desde já Vos amo, abraço, e quero morrer abraçado Convosco. Maria, minha Mãe, fazei que eu morra sob o manto da vossa proteção; auxiliai-me naquele derradeiro transe.

Fruto I. Encararei com desprezo a vaidade do mundo e de meu corpo, origem de tantos pecados que tenho cometido.
Fruto II. Quando o demônio me tentar para ofender a Deus, direi prontamente: 'Considera que hás de morrer'.

DA VIDA ESPIRITUAL (50)

Pensa nos pobres, desconsidera os ricos; pede pelos humildes e descarta os soberbos, suplica a graça divina pelos seus parentes, mas omite os seus inimigos em suas orações? Você não é cristão! Ama a todos sem distinção alguma: nem pelo peso das riquezas, nem pelas atitudes de orgulho extremado, nem pela ação tresloucada e, ainda mais do que tudo, nunca pela sua deplorável capacidade humana de julgar e condenar tão facilmente! Ama apenas... Seja esta a sua via gloriosa, ornada pela quietude e mansidão do Bom Pastor; não faça julgamentos precipitados... Não partilhe desta via dolorosa formada pelos cacos de vidro de tantos espelhos quebrados de consciências que somente percebem o reflexo das misérias alheias.

terça-feira, 14 de maio de 2013

UM SACERDOTE NO NAUFRÁGIO DO TITANIC

No célebre naufrágio do Titanic, a história registra a presença de um padre católico, chamado Thomas Roussel Davids Byles. Filho mais velho de um pastor protestante, convertera-se ao catolicismo enquanto estudava teologia na Universidade de Oxford. Foi ordenado sacerdote em Roma aos 32 anos de idade e à época atuava na paróquia de Ongar em Essex, Inglaterra. Sua viagem para Nova York, como passageiro na segunda classe, tinha o objetivo de oficiar o casamento de um dos seus irmãos, que já morava nos Estados Unidos. 

(Padre Byles: 1870 - 1912)

De acordo com o relato dos sobreviventes, na manhã do fatídico domingo, 14 de abril de 1912, Padre Byles rezara missas para os passageiros da segunda e da terceira classe do navio 'que nem Deus seria capaz de afundar'. Após a colisão com o iceberg, atuou intensamente no deslocamento das pessoas para a proa e daí aos botes salva-vidas (rejeitando ocupar algum destes lugares disponíveis, o que salvaria a sua vida), ouviu em confissão dezenas de passageiros e orou com eles muitas orações até a consumação final da tragédia. Das mais de 1500 vítimas do acidente, apenas 333 corpos foram resgatados. O corpo do Padre Byles nunca foi encontrado.