sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS



A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque  durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possível.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A NATUREZA DO ANTICRISTO

Ap 16,13: 'Nisto vi que da boca do Dragão, da boca da Besta e da boca do falso profeta saíram três espíritos impuros, como sapos'.

O Livro do Apocalipse revela claramente a natureza distinta de três entidades malignas inseridas no contexto diabólico para a implantação universal do reino do anticristo: o dragão, a besta, o falso profeta. Por mais hermético que possa ser o texto bíblico, a chave para o entendimento de suas revelações está na percepção óbvia de que satanás, apesar de sua inteligência maléfica descomunal, é incapaz de criar qualquer coisa e seu poder de manipulação resume-se ao expediente da imitação profana das obras divinas. O macaqueador de Deus não cria nada, apenas copia, de forma distorcida e maligna, as perfeições de Deus.

Assim, se houve um João Batista, haverá também o 'falso profeta'. À Igreja, há de se opor também uma Anti-Igreja (a 'besta' chamada maçonaria eclesiástica). Se Jesus veio trazer a 'Boa Nova', Lúcifer, o Dragão, há de preparar uma 'nova era'. Se há uma trindade divina, haverá também uma trindade maligna com o mesmo desígnio de perversidade inaudita: o dragão, a besta e o anticristo. Esta compilação distorcida reflete a soberba desmedida que trai a natureza satânica do impostor e que o identifica pelo número 666. 

Ap 13,18: 'Aqui é preciso discernimento! Quem é inteligente calcule o número da Besta, pois é um número de homem: seu número é 666'.

O número 333 é o número da divindade, expressando os mistérios referenciais da fé católica: 

1. A Trindade é Una: não professamos três deuses, mas um só Deus em Três Pessoas:

O Pai é aquilo que é o Filho; o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus quanto à natureza (XI Conselho de Toledo, 675).

2. As Três Pessoas Divinas, não somente estão unidas em natureza divina, mas estão unidas umas às outras: 

O Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho (Conselho de Florença, 1442) 

3. A intimidade de Deus na Santíssima Trindade é mistério insondável à razão é à própria fé: Deus Pai é Deus que se vê a Si mesmo; Deus Filho é a imagem viva de Deus em Si; Deus Espírito Santo é o Amor de Deus por Si mesmo.

666 é o anacronismo maligno daquele a quem São Miguel desafiou: 'quem, como Deus?' e que, por soberba diabólica, ousou igualar a perfeição divina. Enxotado do céu, aturdido e acorrentado aos porões do inferno por toda a eternidade, e, assim, embriagado da mais demolidora das soberbas doentias, macaqueia-se na insanidade de se contrapor 'acima de Deus', a ser "duas vezes Deus'. Com a inteligência humana, iluminada pela sabedoria divina, torna-se possível identificar o nome de um homem pelo número 666 e este homem será o anticristo. 

Quanto à natureza, a sua própria designação já o declara por completo. Como filho de Satanás, o Anticristo será a cópia pronta, acabada e 100% talhada na forma de um anti - Jesus Cristo, em tudo. Sua natureza plenamente homem e plenamente demônio e sua vinda das profundezas do inferno, assim como Jesus veio do Céu, o dotará de uma inteligência sobre-humana, oratória excepcional e carisma universal. Ele será o líder mais poderoso e o maior criminoso da história, a síntese do mal encarnado num homem, a personificação de Lúcifer na terra. Ele será detentor de poder e riquezas inigualáveis (pois Jesus nasceu na pobreza), será glorificado e adorado por legiões de povos e exércitos (pois Jesus falou que o seu reino não era deste mundo) e seu ministério será celebrado e proclamado por toda a terra por uma infinidade de mídias e redes sociais (ao contrário do ministério de Jesus, velado e humilde).

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

GLÓRIAS DE MARIA: MÃE DE DEUS E RAINHA DA PAZ


La Pietà (1498-1499) - Michelangelo Buonarroti


No primeiro dia do Ano Novo, a Igreja exalta Maria como Mãe de Deus; o calendário dos santos é aberto com a solenidade da maternidade daquela que Deus escolheu para mãe do Verbo Encarnado. Trata-se da primeira festa mariana proposta pela Igreja Ocidental, moldada sob as palavras eternas de Isabel: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre' (Lc 1,42). Todos os títulos e todas as grandezas de Maria dependem do dogma essencial de sua maternidade divina. Desde a Antiguidade, Maria é chamada 'Mãe de Deus', do grego 'Theotokos', título ratificado pelo Concílio de Éfeso, de 22 de junho de 431. Em 1968, o Papa Paulo VI dedicou o 1° dia do ano como Dia Mundial da Paz. Assim, Maria é louvada também neste dia como Rainha da Paz. 


São Cirilo de Alexandria (370-442), na homilia pronunciada no Concílio de Éfeso contra Nestório, que negava ser Maria Mãe de Deus:

“Contemplo esta assembléia de homens santos, alegres e exultantes que, convidados pela santa e sempre Virgem Maria e Mãe de Deus, prontamente acorreram para cá. Embora oprimido por uma grande tristeza, a vista dos santos padres aqui reunidos encheu-me de júbilo. Neste momento vão realizar-se entre nós aquelas doces palavras do salmista Davi: ‘Vede como é bom, como é suave os irmãos viverem juntos bem unidos!’ (Sl 132,1). Salve, ó mística e santa Trindade, que nos reunistes a todos nós nesta igreja de Santa Maria Mãe de Deus. Salve, ó Maria, Mãe de Deus, venerável tesouro do mundo inteiro, lâmpada inextinguível, coroa da virgindade, cetro da verdadeira doutrina, templo indestrutível, morada daquele que lugar algum pode conter, virgem e mãe, por meio de quem é proclamado bendito nos santos evangelhos ‘o que vem em nome do Senhor’ (Mt 21,9).
Salve, ó Maria, tu que trouxeste em teu sagrado seio virginal o Imenso e Incompreensível; por ti; é glorificada e adorada a Santíssima Trindade; por ti, se festeja e é adorada no universo a cruz preciosa; por ti, exultam os céus; por ti, se alegram os anjos e os arcanjos; por ti, são postos em fuga os demônios; por ti, cai do céu o diabo tentador; por ti, é elevada ao céu a criatura decaída; por ti, todo o gênero humano, sujeito à insensatez dos ídolos, chega ao conhecimento da verdade; por ti, o santo batismo purifica os que crêem; por ti, recebemos o óleo da alegria; por ti, são fundadas igrejas em toda a terra; por ti, as nações são conduzidas à conversão. E que mais direi? Por Maria, o Filho Unigênito de Deus veio ‘iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte’ (Lc1,77); por ela, os profetas anunciaram as coisas futuras; por ela, os apóstolos proclamaram aos povos a salvação; por ela os mortos ressuscitam; por ela, reinam os reis em nome da Santíssima Trindade. Quem dentre os homens é capaz de celebrar dignamente a Maria, merecedora de todo louvor? Ela é mãe e virgem. Que coisa admirável! Este milagre me deixa extasiado. Quem jamais ouviu dizer que o construtor fosse impedido de habitar no templo que ele próprio construiu? Quem se humilhou tanto a ponto de escolher uma escrava para ser a sua própria mãe? Eis que tudo exulta de alegria! Reverenciemos e adoremos a divina Unidade, com santo temor veneremos a indivisível Trindade, ao celebrar com louvores a sempre Virgem Maria! Ela é o templo santo de Deus, que é seu Filho e esposo imaculado. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.”

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

DA VIDA ESPIRITUAL (38)

Homem, construa uma escada de virtudes rumo aos céus, com milhares de degraus esculpidos de suas boas ações e se projete, com a velocidade da luz, ao encontro do Deus de tua mais ilimitada imaginação: insana obra de quem não encontrará Deus nem no infinito! Ah, mas se um pequeno gesto teu de caridade não exigir a dimensão da altura, não precisarás de passo algum pois Deus te buscaria... 

Ainda que percorras todos os caminhos, perscrutando os vales e as montanhas do teu destino, ainda que subas aos píncaros dos montes mais altos e desças aos abismos mais profundos dos mares, toda a eternidade te seria vã para buscá-lo e, na noite sem fim de tua vida vazia, desandarias solidão! Ah, mas se permitisses uma fresta que fosse na rigidez de tua hipocrisia, uma fímbria de luz atravessaria a masmorra de tua alma fria e Deus te encontraria... 

Se mil tratados tua vida resumissem e outros cem mil a completassem, milhões de vidas perderias em vão tentando encontrar Deus na falange de deuses de mentira nascidos de tua vã filosofia e, assim, estarias mais longe dEle a cada dia! Ah, mas se abrisses verdadeiramente o coração a Ele numa prece de minuto, como uma criança que confia plenamente no Pai, com quanto espanto perceberias a tua insensatez de buscar e encontrar Deus no mundo: Deus está dentro do teu coração e, através dos teus olhos, Ele quer reencontrar todos os seus filhos!

domingo, 30 de dezembro de 2012

SAGRADA FAMÍLIA


Este é o Domingo da Sagrada Família. Deus veio ao mundo por meio da família; eis porque a família é a fonte primária da sociedade, síntese da vida cristã autêntica e a primeira igreja. E que modelo de família cristã Deus legou ao mundo: Jesus, Maria e José: Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade; Maria, a Virgem Mãe de Deus, e São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. Nesta sagrada família, Jesus 
'crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens' (Lc 2, 52).

Na humilde casa de Nazaré, três pessoas eram pai, mãe e filho, em natureza sobrenatural exatamente inversa à ordem natural: São José, patriarca e pai de família devotado, com direitos naturais legítimos sobre a esposa e o filho, era o menor em perfeição; Nossa Senhora, esposa e mãe, era Mãe de Deus e de todos os homens; Jesus, a criança indefesa e submissa aos pais, é o Deus feito homem para a salvação do mundo. Portentoso mistério que revela a singular santidade da família humana, moldada sobre clara hierarquia divina, moldada por Deus para ser escola de santificação, amor, renúncia e salvação.

Eis o legado maior da Sagrada Família ás famílias cristãs: a oração cotidiana santifica os pais e os filhos numa obra incomensurável do amor de Deus. Sim, que os maridos amem profundamente suas esposas, que as esposas sejam solícitas a seus maridos, que os pais não intimidem os seus filhos, que os filhos sejam obedientes em tudo a seus pais. Mas que rezem juntos! Que vivam juntos a plenitude do amor em família! Que construam juntos, tijolo por tijolo, a felicidade que tem Deus por plenitude! Vida de família é, antes de tudo, vida de oração em comum, em perfeita comunhão com Cristo, em perfeita comunhão com a Sagrada Família! E viver em oração não significa rezar simplesmente o tempo todo, mas transformar cada ato, trabalho e pensamento em oração. 

Amar em plenitude é cumprir à risca a santa vontade de Deus. Que bela obra de santificação se constrói a cada dia, no seio de uma família cristã, os pais e os filhos que vivem, na pequenez de suas lidas e esforços humanos, a enorme glória de servir a Deus em todos e em tudo. Em Nazaré, Deus tornou a família modelo e instrumento de santificação; que em nossas casas e em nossas famílias, a Sagrada Família seja o modelo e instrumento para a nossa vida e para nossa santificação de todos os dias!  

sábado, 29 de dezembro de 2012

29 DE DEZEMBRO - SÃO TOMÁS BECKET

Thomas Becket nasceu em Londres no dia 21 de dezembro de 1117 e tornou-se Arcebispo da Cantuária e Primaz da Inglaterra, no reinado de Henrique II. A defesa da fé levou a continuados conflitos entre ambos, o que culminou com o martírio do santo (canonizado apenas dois anos após a sua morte) em 1170: 


Na noite de 29 de dezembro de 1170, São Thomas (Tomás) Becket dirigiu-se à Catedral de Canterbury, para as cerimônias das Vésperas. Os assassinos, em número de quatro, irromperam no recinto sagrado, gritando: 'Onde está o arcebispo? Onde está o traidor?'. Apoiado em um altar lateral, o arcebispo respondeu: 'Aqui me tendes; sou o arcebispo, mas não um traidor'. Diante da ameaça de morte, recusou-se a fugir e enfrentou o covarde ataque. Com vários golpes de espadas, foi ferido mortalmente e, ao morrer, aos 53 anos de idade e nove de episcopado, dos quais dois terços passados em desterro na França, exclamou: 'Morro voluntariamente pelo nome de Jesus e pela defesa de sua Igreja'. 

(altar lateral da Catedral de Canterbury e local do martírio do santo)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

28 DE DEZEMBRO - SANTOS INOCENTES


Santos Inocentes de Deus,
almas cristalinas,
pousai vossos ternos anelos
nas sombras das colinas;
não inquieteis com vosso pranto
as feras sibilinas,
fitai o esgar dos carrascos
com doces retinas;
que a vida que foge breve,
em  adagas repentinas,
renasça em eternos louvores
nas glórias divinas.

Santos Inocentes de Deus, rogai por nós!