sábado, 2 de julho de 2016

OS MAIS BELOS LIVROS CATÓLICOS DE TODOS OS TEMPOS (5)

9. SANTO AGOSTINHO CONFISSÕES

Santo Agostinho (354 - 430) escreveu as suas 'Confissões' como um tributo a Deus pelo seu processo de conversão, evolução espiritual e de busca das verdades da autêntica fé cristã. O livro é essencialmente uma autobiografia, na qual são explorados intensamente os estados interiores da mente humana e a relação mútua existente entre os primados da graça e da liberdade humana. O livro deve ter sido escrito em algum tempo situado entre os anos de 397 e 401, sendo a data mais provável os primeiros anos desse período.

A obra pode ser subdividida, de uma maneira geral em três partes: os livros 1 a 9 compõem a vida passada de Agostinho; o livro 10 expõe a situação atual de Agostinho e os livros 11 a 13 são um comentário sobre o livro do Gênesis (1, 1-31). O princípio geral da obra é ordenado pelo espírito da confissão: confissão dos pecados cometidos e lamentados, confissão como testemunho do estado atual, confissão de fé e de louvor na glória de Deus. No primeiro parágrafo da obra, este princípio é revelado pelo santo, com palavras que se tornaram perenes: 'Nos fizestes, Senhor, para ti, e nosso coração está inquieto até que descanse em ti'. 

Os diversos livros das Confissões descrevem a infância, a fase de menino e a incipiente adolescência de Agostinho, a sua vinculação às seitas do maniqueísmo e do ceticismo, a sua relação com uma mulher da Numídia que não conhecemos sequer o nome e que lhe deu o filho Adeodato, bem como da sua conversão ao cristianismo. Os capítulos 7 e 8 são os mais importantes da obra porque discutem exatamente a conversão de Santo Agostinho: a sua conversão intelectual (capítulo 7) e a sua conversão moral (capítulo 8). 

No livro 9 das Confissões, Agostinho descreve o período transcorrido desde o momento de sua conversão até à morte de sua mãe, no final do ano 387, enquanto que, no livro seguinte, confessa o estado atual de sua alma, livro que serve como transição aos últimos três, que constituem uma exegese alegórica do texto do Gênesis 1, 1-31. Santo Agostinho, ao tratar de sua história parcial, reflete nas 'Confissões' o simbolismo universal da perene e incontornável disputa de cada homem na superação dos limites mundanos em busca de valores espirituais mais elevados e forjados na crença da necessidade absoluta da intervenção da graça divina para a salvação humana.


10. SANTA TERESA DE ÁVILA CASTELO INTERIOR

'Castelo Interior' (ou Livro das Moradas) foi redigido em 1577, num curto espaço de seis meses, quando Santa Teresa de Ávila (1515 - 1582) contava, então, 62 anos, em plena maturidade espiritual, pelo que a obra representa o tratado místico mais importante da extensa produção escrita da freira carmelita. Eleita padroeira da Espanha em 1617, foi canonizada em 1622 e declarada doutora da Igreja em 1970. É conhecida como a Santa dos Êxtases por causa de suas extraordinárias experiências místicas.

Escrito numa concepção de guia espiritual para instrução geral das carmelitas descalças, o 'Castelo' traduz, em linguagem fortemente metafórica, a busca transformadora capaz de libertar o homem de sua dimensão limitada em busca da realização plena de uma vida santificada em Deus. Nesta concepção, ela utiliza sistematicamente os símbolos do castelo e do casamento. O castelo representa a alma humana, sólida e determinada e suas elevadas torres expressam, assim como os templos, o desejo de aproximação com Deus e da canalização das graças divinas em favor da humanidade. O casamento expressa o compromisso de fidelidade a Deus e da certificação de uma nova vida espiritual, alicerçada em valores de perenidade, constância, comunhão de vida e indissolubilidade.

Santa Teresa concebe a alma humana como um castelo de sete pavimentos ou andares, com muitos e variados aposentos, que constituem diferentes graus da perfeição cristã. Mais que 'entrar no castelo' (ou seja, refugar-se no íntimo do recolhimento da alma com Deus), é preciso ir além, galgando as várias moradas do castelo, no sentido da plenitude da iluminação da graça pela libertação dos níveis mais inferiores (ou terrenos) para a posse dos patamares mais superiores (ou divinos). O livro divide-se em sete partes ou moradas, cada uma com vários capítulos (exceto as segundas moradas, que tem apenas um capítulo).

As Primeiras Moradas (2 capítulos) são as almas que têm desejos de perfeição, mas ainda estão comprometidas com as preocupações do mundo. As Segundas Moradas (1 capítulo) são as almas com grande determinação de viver em graça e que se entregam, portanto, à oração e a alguma mortificação, embora com muitas tentações por não deixarem de todo o mundo. As Terceiras Moradas (2 capítulos) são para as almas que exercitam a virtude e a oração, mas pondo nisso um amor dissimulado a si mesmas e que precisam, portanto, de humildade e obediência. As Quartas Moradas (3 capítulos) são já o começo das coisas 'sobrenaturais': a oração de quietude e um início da união. 

As Quintas Moradas (4 capítulos) já são aquelas de plena vida mística, caracterizadas pela chamada oração de união sobrenatural e que é dada por Deus quando quer e como quer e que exige das almas uma grande fidelidade. As Sextas Moradas (11 capítulos) implicam uma elevada purificação interior da alma, e, entre as graças que nela se dão, totalmente sobrenaturais, estão as locuções, êxtases e m grande zelo pela salvação das almas. As Sétimas Moradas (4 capítulos) são o cume da vida espiritual, em que se recebe a graça do matrimônio espiritual e uma íntima comunicação com a Trindade, que resulta em uma grande paz à alma, ao mesmo temo ativa e contemplativa, que a faz esquecer-se de si e a entregar-se completamente a Cristo e à Igreja.

PRIMEIRO SÁBADO DE JULHO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

GALERIA DE ARTE SACRA (XXII)

ALTAR DE GHENT

O chamado 'altar ou retábulo de Ghent' é um painel articulado de grandes dimensões, executado provavelmente no período 1430 - 1432, e cuja autoria é comumente atribuída ao pintor flamengo Jan Van Eick. O pórtico central, constituído por quatro painéis maiores, é articulado a duas portinholas laterais, cada uma contendo outros quatro painéis menores, pintados em ambos os lados e passíveis de serem mantidos abertos ou fechados sobre o pórtico central. Tal disposição permite a montagem do pórtico em duas perspectivas completamente distintas.

(i) Pórtico Aberto


O painel superior representa a Santíssima Trindade ao centro, identificada pela tripla tiara na cabeça, tendo a figura de Nossa Senhora à esquerda e São João Batista à direita, Os painéis laterais representam as milícias celestes que entoam glórias a Deus. Nos painéis extremos, estão representadas as figuras nuas de Adão e Eva.

O painel inferior comporta cinco painéis que representam em conjunto a cena da adoração do Cordeiro de Deus, com vários grupos de pessoas reunidas ao seu redor que representam, em sequência do centro para fora, os santos e mártires, os cavaleiros de Cristo, os juízes e os homens justos.

(ii) Pórtico Fechado


No pórtico fechado, a cena principal é a da Anunciação do Anjo à Virgem Maria. Na parte superior, estão representados alguns profetas do Antigo Testamento que previram a vinda do Filho de Deus. Na parte inferior, estão representados São João Batista e São João Evangelista na forma de estátuas e, nos painéis limites, aparecem ajoelhados o casal de nobres que financiou a obra. 

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

OS PRIMEIROS MÁRTIRES DA IGREJA


1. ESTEVÃO

Santo Estevão foi o primeiro mártir da Igreja. Seus executores, excitados de ódio, o expulsaram da cidade, apedrejando-o até matá-lo. A época em que sofreu o martírio supõe-se geralmente ser a Páscoa posterior à da crucifixão de Nosso Senhor. Em seguida, suscitou-se uma grande perseguição contra todos os que professavam a crença em Cristo como Messias, ou como profeta. São Lucas nos diz de imediato que 'fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém', e que 'todos foram dispersos pelas terras da Judeia e de Samaria, exceto os apóstolos' (At 8,1). Por volta de dois mil cristãos, incluindo Nicanor, um dos sete diáconos, padeceram o martírio durante a 'tribulação suscitada por causa de Estevão' (At 11,9).

2. TIAGO MAIOR 

O seguinte mártir que encontramos na História dos Atos dos Apóstolos, cerca de dez anos depois da morte de Estêvão, é Tiago, filho de Zebedeu, irmão mais velho de João e parente de nosso Senhor. Assim que Herodes Agripa foi designado governador da Judeia, com o propósito de congraçar-se com os judeus, suscitou uma intensa perseguição contra os cristãos. Clemente de Alexandria dá o testemunho de que, quando Tiago estava sendo conduzido ao lugar de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento, caindo aos seus pés para pedir-lhe o perdão, professando-se cristão e juntando-se a Tiago na coroa do martírio. Por isso, ambos foram decapitados juntos. Timão e Parmenas sofreram o martírio por volta daquela época; o primeiro em Filipos, e o segundo na Macedônia. Estes acontecimentos tiveram lugar no ano de 44 d.C. 

3. FELIPE 

Nasceu em Betsaida da Galileia, e foi o primeiro a ser chamado como 'discípulo'. Trabalhou diligentemente na Ásia Superior e sofreu o martírio em Heliópolis, na Frígia. Foi açoitado, encarcerado e depois crucificado, em 54 d.C. 

4. MATEUS 

Sua profissão era a de arrecadador de impostos, tendo nascido em Nazaré. Escreveu o seu evangelho em hebraico, que foi depois traduzido para o grego por Tiago Menor. Os cenários de seus trabalhos foram Partia e a Etiópia, país em que sofreu o martírio, sendo morto com uma lança na cidade de Nadaba, no ano 60 d.C. 

5. TIAGO MENOR 

Foi escolhido para supervisionar as igrejas de Jerusalém, sendo o autor da Epístola de Tiago. À idade de noventa e nove anos, foi espancado, apedrejado e morto pelos judeus, que lhe esmagaram o crânio.

6. MATIAS 

Dele se sabe menos do que da maioria dos discípulos; foi escolhido para preencher a vaga deixada por Judas; foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado. 

7. ANDRÉ 

Irmão de Pedro, pregou o evangelho a muitas nações da Ásia; mas ao chegar a Edessa foi preso e crucificado numa cruz cujos extremos foram fixados transversalmente no chão, o que deu origem á chamada Cruz de Santo André

8. MARCOS 

Nasceu de pais judeus da tribo de Levi. Supõe-se que foi convertido ao cristianismo por Pedro, a quem serviu como amanuense, e sob cujo cuidado escreveu seu Evangelho em grego. Marcos foi arrastado e despedaçado pelo populacho de Alexandria, numa grande solenidade ao ídolo Serapis

9. PEDRO 

Entre muitos outros santos, o bem-aventurado apóstolo Pedro foi condenado à morte e crucificado, provavelmente em Roma. Hegéssipo diz que Nero buscou razões contra Pedro para condená-lo à morte; e que quando o povo percebeu isso, rogaram-lhe insistentemente para que fugisse da cidade. Pedro, ante a insistência deles, foi finalmente persuadido e se dispôs a fugir. Porém, chegando até as portas da cidade, viu o Senhor Cristo diante dele e, adorando-o, disse: 'Senhor, aonde vais?' ao que o Senhor lhe respondeu: 'Ser de novo crucificado'. Com isto, Pedro voltou imediatamente à cidade. Jerônimo diz que foi , então, crucificado de cabeça para baixo, sob sua própria vontade pois considerou-se indigno de ser crucificado da mesma forma que o Senhor. 

10. PAULO 

Também o apóstolo Paulo, que antes se chamava Saulo, após seu enorme trabalho e obra indescritível para promover o Evangelho de Cristo, sofreu também duras perseguições. Diz Obadias que Nero enviou dois de seus cavaleiros, Ferega e Partêmio, para que lhe dessem a notícia de que ia ser executado. Ao chegarem até Paulo, que estava instruindo o povo, pediram-lhe que orasse por eles, para que eles se convertessem. O apóstolo disse-lhes, então, que em breve eles acreditariam e seriam batizados diante do seu sepulcro. Em seguida, outros chegaram e, tirando-o da cidade, o levaram para o lugar das execuções, onde, depois de ter orado, entregou o pescoço à espada. 

11. JUDAS 

Irmão de Tiago, era comumente chamado Tadeu; foi crucificado em Edessa no ano de 72 d.C. 

12. BARTOLOMEU 

Pregou o Evangelho em vários países, tendo traduzido o Evangelho de Mateus para os povos da Índia. Foi cruelmente açoitado e crucificado por idólatras. 

13. TOMÉ 

Chamado Dídimo, pregou o Evangelho em Partia e na Índia, onde por ter provocado a fúria dos sacerdotes pagãos, foi martirizado, sendo atravessado por uma lança. 

14. LUCAS 

O evangelista foi o autor do Evangelho que leva o seu nome. Viajou com Paulo por vários países, e se supõe que foi pendurado a uma oliveira pelos idólatras sacerdotes da Grécia. 

15. SIMÃO 

Apelidado de zelote, pregou o Evangelho na Mauritânia e também na Grã Bretanha, país no qual foi crucificado em 74 d.C. 

16. JOÃO 

O 'discípulo amado' era irmão de Tiago Maior. As igrejas de Esmirna, Sardes, Pérgamo, Filadélfia, Laodicéia e Tiatira foram fundadas por ele. Foi enviado de Éfeso a Roma, onde se afirma que foi lançado num caldeiro de óleo fervendo. Escapou milagrosamente, sem dano algum. Domiciano o desterrou posteriormente na ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Nerva, o sucessor de Domiciano, o libertou. Foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta. 

17. BARNABÉ 

Era de Chipre, porém de ascendência judia; supõe-se que a sua morte teve lugar por volta do 73 d.C. 

(Excertos da obra 'O Livro dos Mártires'. de John Fox, com adaptações)

quarta-feira, 29 de junho de 2016

29 DE JUNHO - FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

FUNDAMENTOS DA IGREJA

São Pedro e São Paulo - Jusepe de Ribera (1591 - 1652)

"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16).

“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (II Tm 4,7).

Excertos da Homilia do Papa João Paulo II, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, em 29/06/2000


Jesus dirige aos discípulos esta pergunta acerca da sua identidade, enquanto se encontra com eles na Alta Galileia. Muitas vezes acontecera que foram eles a interrogar Jesus; agora é Ele quem os interpela. A sua pergunta é específica e espera uma resposta. Simão Pedro toma a palavra em nome de todos:  "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo" (Mt 16, 16). A resposta é extraordinariamente lúcida. Nela se reflete de modo perfeito a fé da Igreja. Nela nos refletimos também nós. De modo particular, reflete-se nas palavras de Pedro o Bispo de Roma, por vontade divina, seu indigno sucessor.

2. "Tu és o Cristo!". À confissão de Pedro, Jesus replica:  "És feliz, Simão, filho  de  Jonas,  porque  não  foram  a carne nem o sangue quem to revelou, mas  o  Meu  Pai  que  está  nos  céus" (Mt 16, 17).

És feliz, Pedro! Feliz, porque esta verdade, que é central na fé da Igreja, não podia emergir na tua consciência de homem, senão por obra de Deus. "Ninguém, disse Jesus, conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11, 27). Reflitamos sobre esta página evangélica particularmente densa:  o Verbo encarnado revelara o Pai aos seus discípulos; agora é o momento em que o próprio Pai lhes revela o seu Filho unigênito. Pedro acolhe a iluminação interior e proclama com coragem:  "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo"!

Estas palavras nos lábios de Pedro provêm do profundo do mistério de Deus. Revelam a verdade íntima, a própria vida de Deus. E Pedro, sob a ação do Espírito divino, torna-se testemunha e confessor desta soberana verdade. A sua profissão de fé constitui assim a sólida base da fé da Igreja:  "Sobre ti edificarei a minha Igreja" (Mt 16, 18). Sobre a fé e a fidelidade de Pedro está edificada a Igreja de Cristo.

3. "O Senhor assistiu-me e deu-me forças a fim de que a palavra fosse anunciada por mim e os gentios a ouvissem" (2 Tm 4, 17). São palavras de Paulo ao fiel discípulo Timóteo:  escutamo-las na Segunda Leitura. Elas dão testemunho da obra nele realizada pelo Senhor, que o tinha escolhido como ministro do Evangelho, "alcançando-o" na via de Damasco (cf. Fl 3, 12). Envolvido numa luz fulgurante, o Senhor se lhe havia apresentado, dizendo:  "Saulo, Saulo, por que Me persegues?" (Act 9, 4), enquanto uma força misteriosa o lançava por terra (cf. ibid., v. 5).

"Quem és Tu, Senhor?", perguntara Saulo. "Eu sou Jesus, a quem tu persegues!" (ibid.). Foi esta a resposta de Cristo. Saulo perseguia os seguidores de Jesus e Jesus fez-lhe tomar consciência de que era Ele mesmo a ser perseguido neles. Ele, Jesus de Nazaré, o Crucificado, que os cristãos afirmavam ter ressuscitado. De Damasco, Paulo iniciará o seu itinerário apostólico, que o levará a defender o Evangelho em tantas partes do mundo então conhecido. O seu impulso missionário contribuirá assim para a realização do mandato de Cristo aos Apóstolos:  "Ide, pois, ensinai todas as nações..." (Mt 28, 19).

4. Caríssimos Irmãos no Episcopado vindos para receber o Pálio, a vossa presença põe em eloquente ressalto a dimensão universal da Igreja, que derivou do mandato do Senhor:  "Ide... ensinai todas as nações" (Mt 28, 19). Todas as vezes que vestirdes estes Pálios, recordai, Irmãos caríssimos que, como Pastores, somos chamados a salvaguardar a pureza do Evangelho e a unidade da Igreja de Cristo, fundada sobre a "rocha" da fé de Pedro. A isto nos chama o Senhor; esta é a nossa irrenunciável missão de guias previdentes do rebanho que o Senhor nos confiou.

5. A plena unidade da Igreja! Sinto ressoar em mim a recomendação de Cristo. Deus nos conceda chegarmos quanto antes à plena unidade de todos os crentes em Cristo. Obtenhamos este dom dos Apóstolos Pedro e Paulo, que a Igreja de Roma recorda neste dia, no qual se faz memória do seu martírio e, por isso, do seu nascimento para a vida em Deus. Por causa do Evangelho, eles aceitaram sofrer e morrer e se tornaram partícipes da ressurreição do Senhor. A sua fé, confirmada pelo martírio, é a mesma fé de Maria, a Mãe dos crentes, dos Apóstolos,  dos Santos  e Santas  de  todos  os séculos.

Hoje a Igreja proclama de novo a sua fé. É a nossa fé, a imutável fé da Igreja em Jesus, único Salvador do mundo; em Cristo, o Filho de Deus vivo, morto e ressuscitado por nós e para a humanidade inteira.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!

terça-feira, 28 de junho de 2016

SEIS CONSELHOS PARA FUGIR DO DEMÔNIO

1. Converter-se a Cristo: 'Mudar de vida, quem vive no pecado deve decidir-se por Cristo'.

2. Confessar-se: 'Não há sacramento mais importante que o da confissão, a reconciliação, o perdão. Há muitas pessoas que vivem das consequências do mal por causa do não perdão'.

3. Participar da celebração da Eucaristia: 'Aconselhamos a todas as pessoas a viverem uma vida sacramental, e depois da confissão é necessário o sacramento da Eucaristia dentro da celebração eucarística'.

4. Falar com Deus. A oração é muito importante, porque atrai a graça de Deus e nos protege de muitas coisas. 

5. Aprofundar na nossa fé com a comunidade. 

6. Afastar-se do pecado é afastar-se do diabo. 'Muitas pessoas vêm a nós porque têm medo do diabo, mas não têm medo do pecado'. 

(Walter Cascioli, médico psiquiatra e porta-voz da Associação Internacional de Exorcistas)