sábado, 10 de outubro de 2020
A BÍBLIA EXPLICADA (XXIII): A TRAVESSIA DO MAR VERMELHO
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
CANTOS DA MISSA TRADICIONAL (XI): AGNUS DEI
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
250 DOGMAS DE FÉ DA IGREJA CATÓLICA (V)
PARTE VI - A IGREJA CATÓLICA
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
GLÓRIAS DE MARIA: NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
DICIONÁRIO DA DOUTRINA CATÓLICA (XIII)
JACULATÓRIA
terça-feira, 6 de outubro de 2020
'ESTAMOS CRUCIFICADOS PARA O MUNDO!'
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
A VIDA OCULTA EM DEUS: À SOMBRA DA EUCARISTIA
A alma interior, abençoada por ser amada profundamente por Jesus Cristo quer, por sua vez, ser testemunha da afeição que dedica a Ele. Sabe que Ele habita no Tabernáculo. E, impulsionada pelo amor, ela se põe em oração diante dEle todas as noites para O louvar, mortificar e adorar, no silêncio do coração.
A alma interior recolhe-se em si, fecha a porta do santuário e fica completamente só em presença de Deus. A alma está verdadeiramente face a face com o seu Deus que permanece, antes de tudo, como uma presença divina nos corações. Parece à alma, e é verdade, que ela não precisa fazer mais nada senão uma coisa: amar. E assim ama por horas sem se cansar. Se pudesse, ficaria ali para sempre, para amar para sempre.
Enquanto a alma interior dialoga com Jesus, ao pé do Tabernáculo, a lembrança de suas ações do dia lhe vem à mente. Ela se pergunta se procedeu bem em tudo. Certifica-se das faltas que lhe escaparam no momento da ação. Reconhece que não disse bem aquela palavra, não executou bem determinada ação, não aceitou com alegria aquele sofrimento ou aquela contradição. E reconhece então que carece de graça aos olhos de seu Amado Salvador.
Ela se dá conta de suas imperfeições: tem algumas manchas nas mãos e no rosto. E isso lhe causa dor, principalmente por Ele, que merecia ser mais amado e melhor servido. Lágrimas de arrependimento sobem do coração aos seus olhos. Compreende que, para reparar isso, é preciso amar muito mais. E, sob o aguilhão da dor, seu amor por Jesus é vivificado, torna-se mais forte e mais ardente do que nunca; sua chama é purificadora. E assim como o fogo faz desaparecer os menores vestígios de ferrugem, o ardor da caridade apaga também as menores imperfeições. A alma interior não ignora que isso ocorre e, assim, se alegra profundamente. E ela fica imersa então em uma paz perfeita.
O que pode ser mais suave para a alma interior do que a sombra de Jesus-Hóstia? É ali que a alma deve reclinar-se; é ali que Ele a espera em silêncio. Sim, há uma sombra espiritual na Custódia, tal como também está no Tabernáculo. Mas nem todo mundo a vê e nem todos se recolhem sob o influxo dela. Mas quem nela se deleita, sabe os frutos que se colhem. No silêncio e na paz, alimenta-se a alma de um pão substancial, que é o próprio Cristo Jesus. E, pouco a pouco, a própria alma se transfigura por este alimento divino no próprio Jesus.
Sua aparência permanece a mesma ou quase a mesma, mas o que há de mais íntimo e profundo nela torna-se algo muito diferente. É Ele quem agora pensa, fala e trabalha por ela; é Ele quem vive por ela. Poderia haver algo mais suave para a alma do que se ver assim transformada no seu próprio Salvador, à sombra da Hóstia?