sábado, 8 de março de 2014

A CRUZ 'ROUBADA' DO PAPA FRANCISCO

Em recente encontro com o clero da diocese de Roma, o Papa Francisco contou aos sacerdotes presentes a história de uma pequena cruz que leva consigo sempre, há décadas, como proteção especial contra os maus pensamentos (ver trecho do vídeo abaixo).

A pequena cruz pertencia ao Padre José Aristi, então vigário da Paróquia do Santíssimo Sacramento, de Buenos Aires, sacerdote reconhecido como grande confessor, e que tinha atendido em confissão, durante décadas, praticamente todo o clero da capital argentina (e que teria inclusive confessado o Papa João Paulo II, quando de uma de suas visitas à Argentina).

Como vigário geral da diocese, Bergoglio tomou conhecimento da morte do Padre Aristi numa manhã de Páscoa, aos 94 (ou 96) anos e se dirigiu, então, imediatamente à igreja do velório. 'Era uma igreja muito grande, com um belíssimo altar. Havia apenas duas anciãs rezando, mas não havia flores. Saí dali e fui a uma floricultura e comprei algumas flores, rosas. Voltei à igreja e comecei a colocar as flores no caixão, quando me deparei com o terço nas mãos do falecido e num ato contínuo - que ladrão todos temos em nós, não ? - arranquei, com algum esforço, a pequena cruz daquele terço e rezei: 'Dá -me a metade de tua misericórdia', sentindo algo muito forte que me deu coragem para fazer este gesto e esta oração'. 

Desde então, passou a trazer sempre consigo a pequena cruz 'roubada' daquele terço, mesmo hoje, ainda que presa a uma pequena bolsa de pano, sob as vestes papais. 'E, diante de qualquer tentação de um mau pensamento contra qualquer pessoa', disse o papa, 'levo a minha mão até essa pequena cruz e sinto a graça da misericórdia em mim'. Pediu, então, que se fosse invocada sempre a misericórdia a todos os bons sacerdotes que estão no Céu que tiveram essa mesma misericórdia com os seus fieis, porque isso traz um grande bem. 


(a revelação do Papa Francisco - vídeo em espanhol, até 2:15)