quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O ROSÁRIO NOSSO DE CADA DIA (VIII)

     

TERCEIRO MISTÉRIO DOLOROSO: A COROAÇÃO DE ESPINHOS

Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: 'Salve, rei dos judeus!'. Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça. Depois de escarnecerem dele, tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar (Mt 27,28-31).

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, este mistério em honra da vossa cruel coroação de espinhos e vos pedimos, pela intercessão da vossa Mãe Santíssima, a graça de um grande desprezo pelas coisas do mundo. 

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória ao Pai, Ó meu Jesus...

A CRUZ É A MAIOR PROVA DO AMOR INFINITO DE DEUS

Os judeus escolheram para Jesus Cristo a morte da cruz, que era a mais ignominiosa, para que seu nome ficasse para sempre aviltado e não fosse mais relembrado, segundo um outro testemunho de Jeremias: 'Destruamos a árvore em seu vigor. Arranquemo-la da terra dos vivos, e que seu nome caia no esquecimento' (Jr 11,19). Ora, como podem os judeus de hoje dizer ser falso que Jesus fosse o Messias prometido, por ter sido arrebatado deste mundo por uma morte tão torpe, quando seus próprios  profetas haviam predito que ele deveria ter uma morte tão vil? 

Jesus aceitou, porém, semelhante morte porque morria para pagar os nossos pecados: também por esse motivo quis qual pecador ser circuncidado, ser resgatado quando foi apresentado ao templo, receber o batismo de penitência de São João. Na sua paixão finalmente, quis ser pregado na cruz para pagar por nossos licenciosas liberdades; com a sua nudez reparar a nossa avareza; com os opróbrios, a nossa soberba; com a sujeição aos carniceiros, a nossa ambição de dominar; com os espinhos, os nossos maus pensamentos; com o fel, a nossa intemperança e com as dores do corpo, os nossos prazeres sensuais.

Deveríamos por isso continuamente agradecer com lágrimas de ternura ao eterno Pai por ter entregue seu Filho inocente à morte para livrar-nos da morte eterna. 'O qual não poupou seu próprio Filho, mas entregou-o por todos nós: como não nos deu também com Ele todas as coisas? (Rm 8,32). Assim fala São Paulo e o próprio Jesus diz, segundo São João (Jo 3,16): 'Assim Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho unigênito'. Daí exclamar a santa Igreja no sábado santo: 'Ó admirável dignação de vossa piedade para conosco! Ó inestimável excesso de vossa caridade! Para resgatar o escravo, entregastes o vosso Filho'. 

Ó misericórdia infinita, ó amor infinito de nosso Deus, ó santa fé! Quem isto crê e confessa, como poderá viver sem arder em santo amor para com esse Deus tão amante e tão amável? Ó Deus eterno, não olheis para mim, carregado de pecados, olhai para o vosso Filho inocente, pregado numa cruz e que vos oferece tantas dores e suporta tantos sofrimentos para que tenhais piedade de mim. Ó Deus amabilíssimo e meu verdadeiro amigo, por amor, pois, desse Filho que vos é tão caro, tende piedade de mim. A piedade que desejo é que me concedais o vosso santo amor. Ah, atraí-me inteiramente a vós do meio do lodo de minhas torpezas. Consumi, ó fogo devorador, tudo o que vedes de impuro na minha alma e que a possa impedir de ser inteiramente vossa!

(Excertos da obra 'A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo', de Santo Afonso Maria de Ligório)

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O ROSÁRIO NOSSO DE CADA DIA (VII)

    

SEGUNDO MISTÉRIO DOLOROSO: A FLAGELAÇÃO

Pilatos mandou então flagelar Jesus (Jo 19,1)... Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas (Is 53,5).

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, este mistério em honra da vossa flagelação sangrenta e vos pedimos, pela intercessão da vossa Mãe Santíssima, a graça da mortificação perfeita dos nossos sentidos.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória ao Pai, Ó meu Jesus...

DA COMPUNÇÃO DO CORAÇÃO


1. Se queres fazer algum progresso, conserva-te no temor de Deus e não busques demasiada liberdade; refreia, antes, todos os teus sentidos com a disciplina e não te entregues à vã alegria. Procura a compunção do coração e acharás a devoção. A compunção descobre tesouros, que a dissipação bem depressa costuma desperdiçar. É de estranhar que o homem jamais possa, nesta vida, gozar perfeita alegria, se considera seu exílio e pondera os muitos perigos de sua alma.

2. Pela leviandade do coração e pelo descuido dos nossos defeitos, não percebemos os males de nossa alma; e muitas vezes, rimo-nos frivolamente, quando, com razão, devíamos chorar. Não há verdadeira liberdade nem perfeita alegria, sem o temor de Deus e uma boa consciência. Ditoso aquele que pode apartar de si todo estorvo das distrações e recolher-se com santa compunção. Ditoso aquele que rejeita tudo que lhe possa manchar ou agravar a consciência. Peleja varonilmente: um costume com outro se vence.

3. Se souberes deixar os homens, eles te deixarão fazer tuas boas obras. Não te metas em coisas alheias, nem te impliques nos negócios dos grandes. Olha sempre primeiro para ti e admoesta-te com mais particularidade que a todos os teus amigos. Não te entristeça a falta dos humanos favores, mas penalize-te o não viveres com tanta cautela e prudência como convém a um servo de Deus e devoto religioso. Mais útil e mais seguro é para o homem não ter nesta vida muitas consolações, mormente sensíveis. Todavia, se não temos, ou raramente sentimos o consolo divino, a culpa é nossa, porque não procuramos a compunção do coração, nem rejeitamos de todo as vãs consolações exteriores.

4. Reconhece que és indigno da consolação divina, mas antes merecedor de muitas aflições. Quando um homem está perfeitamente compungido, logo se lhe torna enfadonho e amargo o mundo todo. O homem justo sempre acha bastante matéria para afligir-se e chorar. Pois, quer olhe para si, quer para o próximo, sabe que ninguém passa esta vida sem tribulações. E quanto mais atentamente se considera, tanto mais profunda é a sua dor. Matéria de justa mágoa e profundo pesar são nossos pecados e vícios, aos quais de tal sorte estamos presos, que raras vezes podemos contemplar as coisas do céu.

5. Se mais amiúdo pensasses na morte que numa vida de muitos anos, não há dúvida que tua emenda seria mais fervorosa. Se também meditasses seriamente nas penas futuras do inferno ou do purgatório, creio que sofrerias de bom grado trabalhos e dores, sem recear nenhuma austeridade. Mas, como estas coisas não nos penetram o coração e amamos ainda os regalos, ficamos frios e muito tíbios.

6. É muitas vezes pela fraqueza do espírito que este miserável corpo se queixa tão facilmente. Pede, pois, humildemente ao Senhor que te dê o espírito de compunção, e dize, com o profeta: 'Sustenta-me, Senhor, com o pão das lágrimas e a bebida copiosa do pranto' (Sl 75,5).

(Da Imitação de Cristo, de Thomas de Kempis)

terça-feira, 8 de outubro de 2024

O ROSÁRIO NOSSO DE CADA DIA (VI)

   

PRIMEIRO MISTÉRIO DOLOROSO: A AGONIA DE JESUS NO HORTO DAS OLIVEIRAS

Conforme o seu costume, Jesus saiu dali e dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguido dos seus discípulos. Depois se afastou deles... e, ajoelhando-se, orava... e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra...  um dos Doze, que se chamava Judas, achegou-se de Jesus para o beijar. Jesus perguntou-lhe: 'Judas, com um beijo trais o Filho do Homem!' (Lc 22,39.41.44.47-48).

Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, este mistério em honra da vossa agonia no Jardim das Oliveiras e vos pedimos, pela intercessão da vossa Mãe Santíssima, a graça da contrição perfeita pelos nossos pecados e a virtude da perfeita obediência à Vossa Santa Vontade.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória ao Pai, Ó meu Jesus...

A BÍBLIA EXPLICADA (XXVIII) - O DILÚVIO FOI UNIVERSAL?


O autor inspirado apresenta repetidamente o dilúvio como universal: ele leva de roldão a humanidade (Gn 6,7), todos os viventes (Gn 6, 13) e tudo que há sôbre a terra (Gn 6,17), todos os seres (Gn7,4), tudo que respira hálito vital (Gn 7,22), e as águas cobriram todos os montes altos que estão abaixo de todo céu (Gn 7,19).

Estas expressões não são realmente tão categóricas assim, como podem parecer à primeira vista. Há exemplos na linguagem bíblica, em que a palavra 'todo' refere-se a uma parte que o autor considera no seu conjunto. Referindo-se ao próximo ingresso dos hebreus na Palestina, Deus promete ao seu povo: 'hoje principio a esparramar o terror e o medo de ti entre os povos debaixo de todo o céu' (Dt 2,25). Aqui se trata evidentemente apenas dos povos das várias regiões da Palestina. A escassez, ao tempo de José, 'era grande em toda a terra e de todos os países vinham para comprar trigo' (Gn 41,57). Aqui o horizonte é mais amplo que no exemplo anterior, mas não muito mais. A luta entre os fiéis a Davi e os partidários de Absalão alastrou-se 'pela face da terra' (2Sm 18,8). Aqui o horizonte é muitíssimo restrito: trata-se de uma parte da Palestina. Não faltam outros exemplos; e uma tal elasticidade de linguagem aparece também no Novo Testamento, no episódio do Pentecostes, do qual participavam pessoas pertencentes de 'todas as nações que existem sob o céu' (At 2,5), evidentemente no âmbito do Império Romano, como decorre da enumeração que segue (At 9-11).

Afirmar que o autor sagrado, quando diz 'toda a terra' dá a êstes termos o sentido mais óbvio para nós, é abusar de suas palavras: em primeiro lugar porque apreende-se, como se viu, a elasticidade de tal expressão na linguagem bíblica; em segundo lugar porque as palavras 'toda a terra' têm para nós um significado concreto correspondente às nossas adiantadas noções geográficas, que o autor sagrado nem ao menos suspeitava nem podia por isso exprimir por suas palavras. Não há pois que pensar num dilúvio que cobrisse de água todo o globo até o Everest, desde o Alasca até a Nova Zelândia! O Gênesis não conhece nem o Everest nem a Nova Zelândia e nem mesmo o globo. Cabe por isso excluir a universalidade geográfica, não tanto pelos inúmeros e retumbantes milagres que seriam necessários, como porque, realmente, isto não corresponde à intenção do autor sagrado. Mas, qual é então o alcance das palavras bíblicas? Até onde se estende o horizonte dessa universalidade?

Há duas correntes entre os estudiosos católicos. Alguns afirmam: todos os homens (universalidade antropológica) e, portanto, toda a terra então habitada pelos homens e todos os animais que se encontravam naquela região. Realmente o autor apresenta o dilúvio como castigo por causa da conduta dos homens: os animais perecem por se encontrarem na mesma zona e sua ruína é repetidamente lembrada porque acrescenta algo de trágico à grandiosidade do castigo divino. Paralela a essa menção encontra-se, além disso, a dos animais salvos na arca, evidentemente para um rápido repovoamento daquelas terras.

Outros julgam que o autor não pretendia sequer falar da destruição de todos os homens, mas apenas daquela porção de que provém a família de Noé e, portanto, os antepassados do povo eleito (universalidade antropológica relativa), observando que: 

(i) o autor sagrado em todo Gênesis adota o sistema de restringir pouco a pouco o âmbito de sua conjectura. Isto é claro do dilúvio em diante. Depois de ter enumerado os povos descendentes de Jafé, Cam, Sem (Gn 10), abandonando todos os outros ao próprio destino, interessa-se apenas por uma linhagem, aquela que de Sem, através de Arfaxad, conduz a Tare ou Terá (Gn 11). Dos filhos de Tare considera Abraão, e abandona os outros totalmente depois de algumas indicações (Gn 11,27-32; 2,1-5). Abraão tem dois filhos, Ismael e Isaac. Depois de recordar apenas com uma genealogia (Gn 25,12-18) a posteridade de Ismael, o autor prossegue com Isaac (Gn 25,19); Isaac tem dois filhos, Esaú e Jacó; após referir alguns episódios interessantes relativos ao dois patriarcas, o autor apresenta uma longa descendência de Esaú (Gn 36), que assim sai do campo de seu interesse, para prosseguir depois com a história de Jacó e dos seus doze filhos. Assim o horizonte vai aos poucos restringindo-se até abranger somente o povo de Israel. Este plano é maravilhoso e não tem paralelo em nenhuma outra obra do antigo Oriente. Ele mostra que o autor inspirado, antes de se interessar por seu povo, tem em mira a humanidade toda, e que é o mesmo Deus de Israel - Aquele que dirige os destinos do Universo. 

Porém, tal processo eliminatório inicia-se apenas depois da narrativa do dilúvio, ou já antes? Segundo estes estudiosos católicos o autor sagrado, ao dar a descendência de Caim, já elimina um ramo da humanidade; pode-se imaginar que os cainitas não voltarão mais ao horizonte dele. Depois menciona-se Set e outros filhos e filhas de Adão (Gn 5,3-4). Os outros filhos e filhas são abandonados e é tomado em consideração apenas Set. Set gera Enós, e outros filhos e filhas; estes também são desprezados e prossegue-se com Enós. Assim vai até Lamec e Noé. Teremos então, por ocasião do dilúvio, uma humanidade já subdividida em ramos, dos quais o autor sagrado considera apenas a descendência de Set ou suas últimas ramificações em cujo meio vivem os 'filhos de Deus' (Gn 6,2).

(ii) um outro argumento seria oferecido pela listagem dos povos que se segue à narrativa do dilúvio (Gn 10). Aí, o autor sagrado enumera os povos da terra, colocando-os em relação aos três filhos de Noé! Dizemos colocando-os em relação, e não outra coisa, porque aqui, muito mais que em outro qualquer lugar nas genealogias, a palavra 'filho' tem significado muito vago. Realmente os descendentes de Sem, Cam e Jafé ora são indivíduos, mais frequentemente são povos e são, algumas vezes, até cidades. Em certos casos, tratar-se-á de pertinência racial; porém, em outros casos, a relação pode ser puramente extrínseca, como o assimilar da mesma civilização ou o continuar da mesma hegemonia (caso coletivo da descendência jurídica). De qualquer modo estes setenta nomes estranhos, muitos dos quais apenas recentemente foram trazidos à luz pelas escavações arqueológicas (basta pensar nos hititas, amorritas e cretenses), compreende apenas povos do Mediterrâneo, da Ásia Menor, Cáucaso, Mesopotâmia, Arábia e Egito. Todos povos de raça branca (Europóides). Os outros não se acham no horizonte do escritor sagrado* e, portanto, não estariam incluídos por ele no dilúvio. É realmente difícil aceitar que ignorasse a existência dos negros, frequentemente representados nos monumentos egípcios, onde eram também empregados como escravos.

Não é fácil decidir qual das duas hipóteses seja preferível, visto que o texto não fornece elementos suficientes para uma opinião correta. A idéia fundamental do autor sagrado manifesta-se entretanto preservada em ambas interpretações, se bem que, supondo a destruição total da humanidade, esteja-se mais em harmonia com a tonalidade universalística dos capítulos que precedem a história de Abraão.

* que os povos amarelos derivam de Sem, os negros de Cam e oa brancos de Jafé é uma suposição que não encontra qualquer apoio na Bíblia.

(Excertos adaptados da obra 'Páginas Difíceis da Bíblia - Antigo Testamento', de E. Galbiati e A. Piazza)

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

GLÓRIAS DE MARIA: NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

   

A palavra Rosário vem do latim Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'. Nossa Senhora é a Rosa das rosas, Rainha das rainhas, sendo chamada, então, Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana), Rainha das Rosas de todas as devoções, Nossa Senhora do Rosário. Se, a cada Ave Maria, adorna-se a Mãe de Deus com uma rosa espiritual, o Rosário adorna Maria com uma Coroa de todas as Rosas.

O Santo Rosário é a oração mais perfeita e o instrumento mais poderoso que nos é concedido pela Divina Providência para vencer o pecado e as tentações diabólicas. Com o rosário, recordamos o memorial da Paixão de Jesus Cristo e meditamos os mistérios de gozo, dor e glória de Jesus e Maria. Pelo Rosário, a terra se une aos céus, e nós a Nossa Senhora, no louvor ao Senhor nosso Deus. Com o Rosário, alcançamos a paz de coração e a salvação eterna da alma. Pelo Rosário, obtemos a remissão pela culpa e pela pena dos nossos pecados, tornamo-nos herdeiros dos méritos infinitos da Paixão de Jesus e invocamos sobre nós e nossas famílias as graças extraordinárias da Misericórdia Divina. 

A origem do Rosário é antiga, mas se formalizou por meio de uma famosa aparição de Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão. No seu ferrenho combate e conversão dos seguidores da seita herética dos albigenses, São Domingos defrontou-se com terríveis dificuldades e perseguições, devido à dureza espiritual daquelas almas. Retirou-se, então, em oração, para um lugar ermo situado nos arredores de Toulouse e suplicou a intercessão da Virgem Maria para os bons propósitos de tão dura missão. 

As suas preces extremadas foram atendidas e o santo recebeu uma aparição de Nossa Senhora que lhe entregou o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em referência aos 150 salmos de Davi), ensinando-o como rezá-lo e assegurando ser esta a arma mais poderosa para se ganhar as almas para o Céu. Este evento, respaldado por numerosos documentos pontifícios, é narrado na obra 'Da Dignidade do Saltério', do Bem-Aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana. Com o Rosário em punho, São Domingos pregou incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a própria Senhora do Rosário lhe havia ensinado, convertendo os hereges e os tíbios, e erradicando por completo naqueles países a heresia albigense.


Graças, louvores e indulgências sem conta estão associadas à oração devota do Santo Rosário. Rezai-o sempre, rezai-o todos os dias! O maior milagre que o Rosário pode nos proporcionar é nos fazer plenamente dignos das promessas de Cristo e nos elevar de criaturas humanas na terra a herdeiros diretos do Céu ainda nesta vida.