sábado, 9 de março de 2024

ORAÇÃO DE LOUVOR A DEUS


Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o Nome de Jesus. 
Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração. 
Bendito seja o seu Preciosíssimo Sangue. 
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar. 
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito. 
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima. 
Bendita seja a sua Santa e Imaculada Conceição. 
Bendita seja a sua gloriosa Assunção. 
Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe. 
Bendito seja São José, seu castíssimo Esposo. 
Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.

sexta-feira, 8 de março de 2024

TESOURO DE EXEMPLOS (306/310)

 

306. POR TER QUEBRADO UM VASO

Um grande nobre de Roma convidou à sua mesa o imperador Augusto. Durante o festim, um escravo quebrou um vaso de cristal, pelo que seu amo o condenou à morte. Indignado, Augusto quebrou toda a baixela, dizendo: 'Cruel! Ignoras que a vida de um homem é mais preciosa que todas estas baixelas?'

Deus, às vezes, faz o mesmo com algum pecador: tira-lhe todos os bens para que abra os olhos e veja o grande mal que fêz, porque se lhe deixa com estes males até ao fim, o castigo será mais terrível.

307. ÉS UMA GRANDE PECADORA

São Filipe Néri  foi visitar a Irmã Escolástica, da Congregação de Santa Marta, que se julgava condenada, e disse-lhe:
➖ O céu lhe pertence: ele é seu.
➖ É impossível, senhor padre - disse ela.
➖ Aí está a sua loucura - respondeu o santo ➖ Por quem morreu Jesus?
➖ Pelos pecadores.
➖ Pois bem, a senhora é uma grande pecadora e Jesus morreu para salvá-la; portanto, o céu é seu.

308. DEUS EXISTE

Tornou-se muito conhecido nos Estados Unidos o ateu Whitney. Encontrando-se, últimamente, num hotel de Baltimore em companhia de alguns amigos, começaram a falar de assuntos religiosos. Whitney negou impiamente a existência de Deus, e acrescentou: 'Vou provar-vos claramente que Deus não existe. Exijo que o assim chamado Todo-Poderoso me mate imediatamente; não o fará porque não existe'.

Apenas o ateu atinha pronunciado essa blasfêmia e já caiu por terra. Os amigos acudiram, mas em vão. O homem estava morto. A morte trágica desse ateu causou por toda a parte uma terrível impressão (N. Y. H., 1904).

309. NAPOLEÃO E LAPLACE

O imperador Napoleão I perguntou um dia ao ímpio astrônomo Laplace se admitia a existência de Deus. Laplace respondeu: 'Estudei e observei minuciosamente o firmamento e não encontrei Deus'. Napoleão acertadamente observou: 'Coisa estranha! Se encontro uma obra de arte, suponho um artista, e se contemplo o universo, essa obra tão maravilhosa em si e em todas as suas partes, digo a mim mesmo: Deve ser obra de um artista que é tanto mais superior que o universo, pois sobrepuja tôdas as obras-primas feitas pelos homens. Uma máquina pressupõe o engenheiro, uma casa um construtor, o relógio um relojoeiro... A simples razão nos diz isto, e não é preciso ser grande sábio para possuir um tal conhecimento'.

310. A GRATIDÃO PARA COM DEUS

A venerável Amélia de Vannes tinha o santo costume de elevar o seu espírito a Deus. Vendo um cão, por exemplo, ela fazia esta consideração: Este animal é amigo do homem; fiel e grato, acompanha-o sempre, faz-lhe festa, retribui com carícias o bom trato que se lhe dá. O homem, porém, que recebe de Deus benefícios sem conta, benefícios a cada instante - o homem, pela salvação do qual Deus deu seu Filho Unigênito, muitas vêzes se esquece de agradecer ao seu supremo benfeitor. Se toma um alimento, não se lembra de quem o deu; se se entrega ao repouso, nenhuma palavra de gratidão pelos benefícios que recebeu no decorrer do dia. O cão, o animal grato, envergonha o homem ingrato e mal agradecido.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)


quinta-feira, 7 de março de 2024

FRASES DE SENDARIUM (XXIV)

'Que a espada do espírito, que é a Palavra de Deus, permaneça perpetuamente em nossa boca e em nosso coração' 

(Santa Teresa de Jesus)


'Ó Deus, cria em mim um coração puro, renova um espírito firme em meu peito; não me rejeites para longe de tua face, não retires de mim teu santo espírito'

quarta-feira, 6 de março de 2024

SOBRE A SABEDORIA ETERNA


Ouvi, pois, ó reis, e entendei; aprendei vós que governais o universo!
Prestai ouvidos, vós que reinais sobre as nações e vos gloriais do número de vossos povos!
Porque é do Senhor que recebestes o poder, e é do Altíssimo que tendes o poderio; é ele que examinará vossas obras e sondará vossos pensamentos!

Se, ministros do reino, vós não julgastes equitativamente, nem observastes a Lei, nem andastes segundo a vontade de Deus,
Ele se apresentará a vós, terrível, inesperado, porque aqueles que dominam serão rigorosamente julgados.
Ao menor, com efeito, a compaixão atrai o perdão, mas os poderosos serão examinados sem piedade.

O Senhor de todos não fará exceção para ninguém, e não se deixará impor pela grandeza, porque, pequenos ou grandes, é ele que a todos criou, e de todos cuida igualmente;
mas para os poderosos o julgamento será severo.

É a vós, pois, ó príncipes, que me dirijo, para que aprendais a sabedoria e não resvaleis,
porque aqueles que santamente observarem as santas leis serão santificados, e os que as tiverem estudado poderão justificar-se.
Ansiai, pois, pelas minhas palavras, reclamai-as ardentemente e sereis instruídos.

Resplandecente é a sabedoria, e sua beleza é inalterável: os que a amam, descobrem-na facilmente.
Os que a procuram encontram-na. Ela antecipa-se aos que a desejam.
Quem, para possuí-la, levanta-se de madrugada não terá trabalho, porque a encontrará sentada à sua porta.
Fazê-la objeto de seus pensamentos é a prudência perfeita, e quem por ela vigia, em breve não terá mais cuidado.

Ela mesma vai à procura dos que são dignos dela; ela lhes aparece nos caminhos cheia de benevolência, e vai ao encontro deles em todos os seus pensamentos,
porque, verdadeiramente, desde o começo, seu desejo é instruir, e desejar instruir-se é amá-la.
Mas amá-la é obedecer às suas leis, e obedecer às suas leis é a garantia da imortalidade.
Ora, a imortalidade faz habitar junto de Deus;
assim o desejo da sabedoria conduz ao Reino!

(Sb 6, 1-20)

terça-feira, 5 de março de 2024

O MISTÉRIO DA QUARESMA

Podemos estar certos de que um tempo tão sagrado como este da Quaresma é rico em mistérios. A Igreja fez dela um tempo de recolhimento e de penitência, em preparação para a maior de todas as suas festas; ela quis, portanto, introduzir nela tudo o que pudesse excitar a fé dos seus filhos e encorajá-los a realizar o árduo trabalho de expiação dos seus pecados. Durante a Septuagésima, tínhamos o número 'setenta', que nos recorda os setenta anos do cativeiro na Babilônia, após os quais o povo eleito de Deus, purificado da idolatria, deveria regressar a Jerusalém e celebrar a Páscoa. É o número 'quarenta' que a Igreja nos apresenta agora: um número, como observa São Jerônimo, que denota castigo e aflição.

Recordemos os quarenta dias e quarenta noites do dilúvio enviado por Deus na sua cólera, quando se arrependeu de ter feito o homem e destruiu todo o gênero humano, com exceção de uma família. Consideremos como o povo hebreu, em castigo da sua ingratidão, vagou quarenta anos no deserto, antes de lhe ser permitido entrar na terra prometida. Ouçamos o nosso Deus ordenar ao profeta Ezequiel que se deitasse quarenta dias sobre o seu lado direito, como uma figura do cerco que devia trazer a destruição a Jerusalém.

Há duas pessoas no Antigo Testamento que representam estas duas manifestações de Deus: Moisés, que tipifica a Lei; e Elias, que é a figura dos Profetas. A ambos é permitido aproximarem-se de Deus: o primeiro no Sinai, o segundo no Horeb; mas ambos têm de se preparar para o grande favor por meio de um jejum expiatório de quarenta dias.

Com estes fatos misteriosos diante de nós, podemos compreender porque é que o Filho de Deus, tendo-se feito Homem para a nossa salvação e querendo sujeitar-se à dor do jejum, escolheu o número de quarenta dias. A instituição da Quaresma é-nos assim apresentada com tudo o que pode impressionar o espírito pelo seu caráter solene e pelo seu poder de apaziguar Deus e purificar as nossas almas. Olhemos, portanto, para além do pequeno mundo que nos rodeia, e vejamos como todo o universo cristão está, neste preciso momento, a oferecer estes quarenta dias de penitência como um sacrifício de propiciação à Majestade ofendida de Deus; e esperemos que, como no caso dos ninivitas, Ele aceite misericordiosamente a oferta deste ano da nossa expiação, e perdoe os nossos pecados.

O número dos nossos dias de Quaresma é, pois, um mistério sagrado: aprendamos agora, pela liturgia, sob que luz a Igreja vê os seus filhos durante estes quarenta dias. Ela considera-os como um imenso exército que luta dia e noite contra os seus inimigos espirituais. Lembramo-nos de como, na Quarta-Feira de Cinzas, ela chama à Quaresma uma guerra cristã. Para que possamos ter essa novidade de vida, que nos tornará dignos de cantar de novo o nosso 'Aleluia', temos de vencer os nossos três inimigos: o demônio, a carne e o mundo. Somos companheiros de luta do nosso Jesus, pois também Ele se submeteu à tríplice tentação, que lhe foi sugerida por Satanás em pessoa. Por isso, devemos vestir a nossa armadura e vigiar incessantemente. E como é da maior importância que o nosso coração seja forte e corajoso, a Igreja nos dá um cântico de guerra feito pelo próprio Céu, que pode incendiar até os covardes com a esperança da vitória e a confiança na ajuda de Deus: é o Salmo 90, inserido integralmente na missa do primeiro Domingo da Quaresma, e, em todos os outros dias, incorporando alguns dos seus versículos no ofício ferial.

Aí nos diz para confiarmos na proteção com que o nosso Pai celeste nos cobre, como com um escudo; para esperarmos ao abrigo das suas asas; para termos confiança n'Ele, pois que nos livrará do laço do caçador, que nos roubou a santa liberdade dos filhos de Deus; contar com o socorro dos santos anjos, que são nossos irmãos, a quem nosso Senhor encarregou de nos guardar em todos os nossos caminhos, e que, quando Jesus permitiu que Satanás o tentasse, foram as testemunhas adoradoras do seu combate, e se aproximaram dele, depois da sua vitória, oferecendo-lhe o seu serviço e homenagem. Absorvamos bem estes sentimentos com que a Igreja quer que nos inspiremos; e, durante as nossas seis semanas de jornada, repitamos muitas vezes este admirável cântico, que tão bem descreve o que os soldados de Cristo devem ser e sentir nesta época da grande guerra espiritual.

(Excertos da obra 'O Ano Litúrgico" de Dom Gueranger)

segunda-feira, 4 de março de 2024

PALAVRAS DE SALVAÇÃO


'Não é preciso fazer penitências extraordinárias [para se tomar a cruz e seguir Jesus]. Basta que suportemos com paciência as tribulações cotidianas de nossa mísera vida imperfeita: as incompreensões, as ingratidões, as humilhações, os sofrimentos causados pela mudança das estações e pelo ambiente em que vivemos. Isso tudo conforma a cruz que o pecado nos coloca sobre os ombros e que Deus permite para a nossa redenção'.

(São Leopoldo Mandic)

domingo, 3 de março de 2024

EVANGELHO DO DOMINGO

  

'Senhor, tens palavras de vida eterna' (Sl 18)

Primeira Leitura (Êx 20,1-17) - Segunda Leitura (1Cor 1,22-25)  -  Evangelho (Jo 2,13-25)

 03/03/2024 - Terceiro Domingo da Quaresma

14. A EXPULSÃO DOS VENDILHÕES DO TEMPLO


Neste domingo, o Evangelho nos mostra Jesus manifestando aos ímpios a ira santa de Deus. Há pouco, ocorrera o milagre das Bodas de Caná; estava próxima a Páscoa e, em perfeita conformidade à lei judaica, Jesus também viera visitar o Templo em Jerusalém. E ali, num ambiente tomado por uma completa profanação do espaço sagrado, Jesus expulsa os vendilhões do templo.

Tomado de santo furor, diante a balbúrdia e o tumulto dos homens que profanavam o santuário de Deus, Jesus faz um chicote de cordas e os expulsa com peremptória indignação: 'Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!' (Jo 2, 16). Aquelas mãos divinas, consumidas em tantos atos de perdão e de misericórdia, tecem agora um chicote! E, com ele em mãos, golpeia e desmantela as bancas e as mesas, espanta vendedores e cambistas, afugenta os animais em correria, esparrama objetos, moedas e víveres pelo chão, movido por uma indignação e um zelo extremos pela profanação do sagrado. O que deve ter sido este cenário!

Paralisados e tomados de pavor, aqueles homens que se atropelam para fugir diante de Jesus e da profanação revelada, ainda ousam pedir um sinal ao Senhor por tais ações. E Jesus lhes dá a resposta pela revelação do mistério da ressurreição do seu corpo, templo perfeitíssimo de Deus: 'Destruí este Templo, e em três dias o levantarei' (Jo 2, 19). Jesus não falava do templo físico, mas do templo espiritual que habita em nós, e que contém em plenitude o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor. O primeiro será destruído, porque não era santo. O segundo, por méritos e graças do Salvador, nos abriu as portas da redenção e da eternidade com Deus: 'Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele' (Jo 2, 22).

O episódio da expulsão dos vendilhões do Templo deveria nos alertar duramente sobre o rigor da Justiça Divina, diante o pecado e a perda de referência ao culto do sagrado. Ai daqueles que, usurpando da graça do livre arbítrio, negam a sua realidade espiritual e convertem as suas vidas em construir templos de barro e produzir frutos sazonais, ditados apenas pelos interesses humanos. Serão réus e depositários da santa ira de Deus, porque 'se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo e vós sois esse santuário' (1 Cor 3, 17).