quinta-feira, 8 de março de 2018

A FAMÍLIA DE SANTA TERESA DE LISIEUX


PAIS (ao centro)

Santo Louis Martin (✤ 22 de agosto de 1823 / ✞ 29 de julho de 1894)

Santa Zélie Guérin (✤ 23 de dezembro de 1831 / ✞ 28 de agosto de 1877)

9 FILHOS (sete mulheres e dois homens)

IRMÃS ADULTAS (todas religiosas, da esquerda para a direita, em pé)

1. Marie Martin - Irmã Carmelita Marie do Sagrado Coração
 (✤ 22.02.1860 / ✞ 19.01.1940)

2. Pauline Martin - Irmã Carmelita Agnes de Jesus 
(✤ 07.09.1861 / ✞ 28.07.1951)

3. Léonie Martin - Irmã Visitandina Françoise-Thérèse
 (✤ 03.06.1863 / ✞ 16.06.1941)

4. Marie-Céline Martin - Irmã Carmelita Geneviève da Santa Face 
(✤ 24.04.1869 / ✞ 25.02.1959)

5. Marie Françoise-Thérèse Martin -  Irmã Carmelita Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face 
(✤ 02.01.1873 / ✞ 30.09.1897)

IRMÃOS falecidos na primeira infância (no colo ou junto dos pais)

6. Marie-Hélène Martin (✤ 13.10.1864 / ✞ 22.02.1870)

7. Joseph-Louis Martin  (✤ 20.09.1866 / ✞ 14.02.1867)

8. Joseph-Jean-Baptiste Martin - (✤ 19.12.1867 / ✞ 24.08.1868)

9. Marie-Mélanie-Thérèse Martin (✤ 17.08.1870 / ✞ 08.10.1870)

terça-feira, 6 de março de 2018

OS GRANDES MÍSTICOS DA IGREJA (II)

HILDEGARDE VON BINGEN

Hildegarde Von Bingen, mística medieval famosa pelas suas profecias, nasceu em 1098 em Bermersheim, na Renânia (atual Alemanha) e morreu em 1179, aos 81 anos de idade, apesar de uma permanente fragilidade da saúde. A etimologia do seu nome significa 'aquela que é audaz na batalha', uma primeira profecia que se realizaria plenamente. Foi religiosa beneditina, fundadora de mosteiros femininos, pintora, compositora musical, teóloga, poetisa, dramaturga, naturalista e filósofa e esta impressionante versatilidade de atuação levou-a a ser nomeada Doutora da Igreja.


Hildegard pertencia a uma família nobre e numerosa e, desde muito cedo, recebeu uma devotada formação cristã, particularmente sob os cuidados da religiosa Jutta von Spanheim, que vivia em clausura no mosteiro beneditino de São Disibodo, de acordo com a Regra de São Bento. Nesta época, já experimentava visões místicas extraordinárias, que relatava ao seu conselheiro espiritual, o monge Volmar, e também a uma irmã da comunidade à qual nutria uma grande estima, chamada Richardis von Strade.

(ruínas do mosteiro de São Disibodo)

Em 1136, com a morte da Madre Jutta, tornou-se a sua sucessora como Superiora da comunidade. Com o crescente número de novas aspirantes, Hildegard fundou uma outra comunidade em Bingen, dedicada a São Ruperto, onde permaneceu pelo resto de sua vida. O seu espírito profético inspirou-lhe uma grande fé, um grande amor por Cristo e pela sua Igreja, que ela queria pura e irrepreensível. E, neste contexto, escreveu inúmeras obras e desenvolveu uma ativa e constante correspondência com homens e mulheres de poder do seu tempo, incluindo reis, imperadores, papas e outros membros da Igreja, uma condição raríssima e excepcional para a condição feminina na Idade Média.

Mais tarde, buscou conselho de suas visões místicas a São Bernardo de Claraval e, mais tarde, ao papa Eugênio III, que lhes confiaram a autenticidade das visões e lhe deram orientações para que as revelassem por escrito, que foram então incluídas (escritas em latim) nas suas três principais obras: Scivias, abreviação de Scito Vias Domini - Conhecei os Caminhos do Senhor, Liber Vitae Meritorum ou Livro dos Méritos da Vida e Liber Divinorum Operum ou Livro das Obras Divinas. Estas revelações receberam grande divulgação e causaram enorme impacto nos seus contemporâneos, que lhe atribuíam os títulos de 'profetisa teutônica' e de 'Sibila do Reno'. Eis um exemplo de suas visões proféticas:

'No ano de 1170 depois do nascimento de Cristo, estive durante longo tempo doente na cama. Então, física e mentalmente acordada, vi uma mulher de uma beleza tal que a mente humana não é capaz de compreender. A sua figura erguia-se da terra até ao céu. O seu rosto brilhava com um esplendor sublime. O seu olhar estava voltado para o céu. Trajava um vestido luminoso e fulgurante de seda branca e uma manto guarnecido de pedras preciosas. Nos pés, calçava sapatos de ônix. Mas o seu rosto estava salpicado de pó, o seu vestido estava rasgado do lado direito. Também o manto perdera a sua beleza singular e os seus sapatos estavam sujos por cima. Com voz alta e pesarosa, a mulher gritou para o céu: 

‘Escuta, ó céu: o meu rosto está manchado! Aflige-te, ó terra: o meu vestido está rasgado! Treme, ó abismo: os meus sapatos estão sujos! Estava escondida no coração do Pai, até que o Filho do Homem, concebido e dado à luz na virgindade, derramou o seu sangue. Com este sangue por seu dote, tomou-me como sua esposa. Os estigmas do meu esposo mantêm-se em chaga fresca e aberta, enquanto se abrirem as feridas dos pecados dos homens. 

'Este fato de permanecerem abertas as feridas de Cristo é precisamente por culpa dos sacerdotes. Estes rasgam o meu vestido, porque são transgressores da Lei, do Evangelho e do seu dever sacerdotal. Tiram o esplendor ao meu manto, porque descuidam totalmente os preceitos que lhes são impostos. Sujam os meus sapatos, porque não caminham por estradas direitas, isto é, pelas estradas duras e severas da justiça, nem dão bom exemplo aos seus súditos. Em alguns deles, porém, encontro o esplendor da verdade'.

'E ouvi uma voz do céu que dizia: 'Esta imagem representa a Igreja. Por isso, ó ser humano que vês tudo isto e ouves as palavras de lamentação, anuncia-o aos sacerdotes que estão destinados à guia e à instrução do povo de Deus, tendo-lhes sido dito, como aos apóstolos: ‘Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura’ (Mc 16, 15).

Mas Hildergarde se aventurou em muitas outras atividades científicas, que não tiveram nenhum cunho profético. Ela escreveu, por exemplo, um texto sobre as ciências naturais chamado Physica, um extenso trabalho de nove volumes que trata principalmente do uso medicinal de plantas e também um tratado médico chamado Causae et Curae em cinco volumes, no qual descreve remédios naturais para diversas enfermidades ou para melhoria da saúde das pessoas. Nestes estudos, demonstra a sua visão do homem inserido no mundo e integrado com a natureza na busca de Deus,.


A monja alemã também é a padroeira dos estudiosos de esperanto, por ter sido a autora de uma das primeiras linguagens artificiais, a chamada 'língua ignota', um idioma secreto que ela utilizava para fins místicos e era composta por 23 letras. Foi ainda compositora de várias orações e hinos religiosos, incluindo 77 sinfonias em estilo similar ao gregoriano e com melodias muito elaboradas e que recebem crescente interesse de reprodução nos dias atuais.

(disponível em https://www.youtube.com/watch?time_continue=24&v=BS28jyW1bLY)

Logo após a sua morte, foram abertos os processos para elevá-la à honra dos altares e, apesar dos vários milagres que lhe foram atribuídos em vida e depois da sua morte, as tentativas de sua possível canonização foram sempre interrompidas, embora muitas dioceses alemãs tenham aprovado o seu culto desde o século XIII. Somente em 2012, Hildegarde Von Bingen foi finalmente canonizada pela Igreja, pelo papa Bento XVI, recebendo, neste mesmo ano, o título de Doutora da Igreja.

segunda-feira, 5 de março de 2018

CATECISMO MAIOR DE PIO X (II)


PRIMEIRA PARTE

RESUMO DA HISTÓRIA DO ANTIGO TESTAMENTO

Criação do mundo

10. No princípio, Deus criou o céu e a terra, com tudo o que no céu e na terra contém, e embora pudesse terminar esta grande obra em um momento, quis usar seis períodos de tempo, o que a Sagrada Escritura chama de dias. No primeiro dia disse Ele: Faça-se a luz, e houve luz; no segundo fez o firmamento e no terceiro separou as águas da terra e mandou que produzisse ervas, flores e toda sorte de frutos; no quarto fez o sol, a lua e as estrelas; no quinto criou os peixes e as aves; no sexto criou todos os outros animais e finalmente criou o homem. No sétimo dia, Deus deixou de criar, e neste dia, que chamou de sábado, que quer dizer descanso, mandou mais tarde, através de Moisés, ao povo hebreu que fosse a Ele santificado e consagrado.

Criação do homem e da mulher

11. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e assim o fez: formou o corpo da terra e depois soprou em seu rosto, infundindo-lhe uma alma imortal. Deus impôs ao primeiro homem chamado Adão, que significa formado da terra, e o colocou em um lugar cheio de delícias, chamado Paraíso terrestre.

12. Mas Adão estava só. Querendo, pois, Deus associar-lhe uma companheira e consorte, infundiu-lhe um profundo sono, e enquanto dormia tirou-lhe uma costela, da qual formou a mulher que apresentou a Adão. Ele a recebeu com agrado e a chamou Eva, que quer dizer vida, porque havia de ser mãe de todos os viventes.

Dos Anjos

13. Antes do homem, que é a criatura mais perfeita de todo o mundo sensível, Deus havia criado uma multidão infinita de outros seres mais elevados, de natureza mais elevada do que o homem, chamados Anjos.

14. Os Anjos, sem forma ou figura alguma sensível, porque são puros espíritos, criados para subsistir sem estar unidos a corpo algum, haviam sido feitos por Deus à sua imagem, capazes de conhecer-lhe e amar-lhe, e livres para fazer o bem e o mal.

15. No momento da prova, muitos desses espíritos permaneceram fiéis a Deus; mas muitos outros pecaram. Seu pecado foi de soberba, querendo ser semelhantes a Deus e não depender dEle.

16) Os espíritos fiéis, chamados Anjos bons ou Espíritos celestes, ou simplesmente Anjos, foram recompensados com a eterna felicidade da glória.

17. Os espíritos infiéis, chamados Diabos ou Demônios, com seu cabeça, chamado Lúcifer ou Satanás, foram expulsos do céu e condenados ao inferno por toda a eternidade.

Pecado de Adão e Eva e seu castigo

18. Deus havia posto Adão e Eva em estado de perfeita inocência, graça e felicidade, isentos, portanto, da morte e de todas as misérias de alma e corpo.

19. Ele havia permitido que comessem de todos os frutos do Paraíso terrestre, proibindo-lhes provar somente do fruto de uma árvore que estava no meio do Paraíso, e que a Escritura denomina árvore da ciência do bem e do mal. Chamou-se-lhe assim porque por meio dela Adão e Eva, em virtude de sua desobediência, conheceram o bem e o mal, isto é, teriam aumento de graça e de felicidade ou, como pena por sua desobediência, eles e seus descendentes ficariam privados daquela perfeição experimentando o mal, tanto espiritual como corporal. Deus queria que Adão e Eva, com a homenagem desta obediência, reconhecessem que era o Senhor e Mestre. O demônio, invejoso de sua felicidade, tentou Eva, falando por meio da serpente e instigando-a quebrar o mandamento recebido. Eva tomou do fruto proibido, comeu, levou Adão a dele comer também, e ambos pecaram.

20. Este pecado acarretou a eles e a toda a raça humana os mais desastrosos efeitos. Adão e Eva perderam a graça santificante, a amizade com Deus e o direito à bem-aventurança, tornando-se escravos do diabo e merecedores do inferno. O Senhor pronunciou sobre eles a sentença de morte, desterrou-os daquele lugar de delícias e os lançou fora para que ganhassem o pão com o suor de seu rosto, entre inúmeros trabalhos e fadigas.

21. O pecado de Adão propagou-se em seguida a todos os seus descendentes, exceto Maria Santíssima, e é aquele com que todos nascemos e se chama pecado original.

22. O pecado original mancha nossa alma desde o primeiro instante de nosso ser, faz-nos inimigos de Deus, escravos do demônio, desterrados para sempre da bem-aventurança, sujeitos à morte e a todas as demais misérias.

(Do Catecismo Maior de Pio X)

domingo, 4 de março de 2018

A EXPULSÃO DOS VENDILHÕES DO TEMPLO

Páginas do Evangelho - Terceiro Domingo da Quaresma


Neste domingo, o Evangelho nos mostra Jesus manifestando aos ímpios a ira santa de Deus. Há pouco, ocorrera o milagre das Bodas de Caná; estava próxima a Páscoa e, em perfeita conformidade à lei judaica, Jesus também viera visitar o Templo em Jerusalém. E ali, num ambiente tomado por uma completa profanação do espaço sagrado, Jesus expulsa os vendilhões do templo.

Tomado de santo furor, diante a balbúrdia e o tumulto dos homens que profanavam o santuário de Deus, Jesus faz um chicote de cordas e os expulsa com peremptória indignação: 'Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!' (Jo 2, 16). Aquelas mãos divinas, consumidas em tantos atos de perdão e de misericórdia, tecem agora um chicote! E, com ele em mãos, golpeia e desmantela as bancas e as mesas, espanta vendedores e cambistas, afugenta os animais em correria, esparrama objetos, moedas e víveres pelo chão, movido por uma indignação e um zelo extremos pela profanação do sagrado. O que deve ter sido este cenário!

Paralisados e tomados de pavor, aqueles homens que se atropelam para fugir diante de Jesus e da profanação revelada, ainda ousam pedir um sinal ao Senhor por tais ações. E Jesus lhes dá a resposta pela revelação do mistério da ressurreição do seu corpo, templo perfeitíssimo de Deus: 'Destruí este Templo, e em três dias o levantarei (Jo 2, 19). Jesus não falava do templo físico, mas do templo espiritual que habita em nós, e que contém em plenitude o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor. O primeiro será destruído, porque não era santo. O segundo, por méritos e graças do Salvador, nos abriu as portas da redenção e da eternidade com Deus: 'Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele' (Jo 2, 22).

O episódio da expulsão dos vendilhões do Templo deveria nos alertar duramente sobre o rigor da Justiça Divina, diante o pecado e a perda de referência ao culto do sagrado. Ai daqueles que, usurpando da graça do livre arbítrio, negam a sua realidade espiritual e convertem as suas vidas em construir templos de barro e produzir frutos sazonais, ditados apenas pelos interesses humanos. Serão réus e depositários da santa ira de Deus, porque 'se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo e vós sois esse santuário' (1 Cor 3, 17).

sábado, 3 de março de 2018

LADAINHA DA QUARESMA

Oração devocional, de uso restrito para meditação particular, para ser rezada durante a Quaresma, contendo uma série de invocações relacionadas a passagens bíblicas penitenciais do Antigo e do Novo Testamento, particularmente aquelas que fazem referência a súplicas, a obras de mortificação e ao jejum. A postagem inclui a oração em latim e a sua tradução para o português.


Ladainha da Quaresma

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Pai Santo, ouvi-nos.
Pai de Justiça, atendei-nos.
Deus Pai do céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Deus (antes de cada invocação):
que não quereis a morte do pecador, mas que se converta e viva, tende piedade de nós.
Que destes a Moisés, depois dele ter jejuado por quarenta dias, as tábuas da Lei no Monte Sinai, tende piedade de nós.
Que, pelo jejum e orações de Moisés, perdoastes os pecados do seu povo, tende piedade de nós.
Que, pelo jejum de Daniel, o preservastes incólume na cova dos leões, tende piedade de nós.
Que poupastes os ninivitas quando jejuaram e clamaram por Vós, tende piedade de nós.
Que livrastes os ninivitas da destruição da sua cidade, quando se arrependeram e fizeram penitência vestidos de saco, cilício e cinza, tende piedade de nós.
Que perdoastes o pecado do rei Davi, quando este confessou o seu pecado e se cingiu com o cilício e se arrependeu, tende piedade de nós.
Que ouvistes e consolastes Judite, quando ela se prostrou diante de Vós, vestindo o cilício e cobrindo a cabeça com cinzas, tende piedade de nós.
Que salvastes a Jonas quando clamou por Vós no ventre da baleia, tende piedade de nós.
Que libertastes Ezequiel do exército dos assírios, quando ele e seu povo jejuaram e se vestiram de sacos e cinzas, tende piedade de nós.
Que concedestes a Ester, enquanto jejuava, que achasse graça aos olhos do rei, tende piedade de nós.
Que libertastes Mardoqueu da forca, quando este clamou pelo Vosso auxílio, vestido de saco e cinza, tende piedade de nós. 
Que intercedestes pelos macabeus enquanto jejuavam, vestidos de saco e cinza, e clamaram por Vós, tende piedade de nós.
Que manifestastes a Ana no templo enquanto jejuava e orava constantemente a Vós, tende piedade de nós. 
Que revelastes muitos mistérios aos Profetas enquanto jejuavam e se afligiam com muitas penitências, tende piedade de nós.
Que ouvistes as preces dos sacerdotes de Israel enquanto se penitenciavam com cilício e oravam e ofereciam sacrifícios pelo seu povo, tende piedade de nós.
Que jejuastes durante quarenta dias e quarenta noites no deserto, tende piedade de nós.
Que instituístes o tempo quaresmal por meio dos Vossos apóstolos, tende piedade de nós.
Que iluminastes Paulo enquanto orava e jejuava por três dias, tende piedade de nós.
Que perdoais os pecados dos homens por causa do seu arrependimento, tende piedade de nós.
Que nos escolhestes e nos temperastes na fornalha da humildade, tende piedade de nós.
Que julgais os Vossos escolhidos como ouro no cadinho, tende piedade de nós.
Que concedeis um tempo e um lugar para o arrependimento dos pecadores, tende piedade de nós.
Que castigais a todo filho de Vossa predileção, tende piedade de nós.
Que desejais que ninguém se perca, mas que volvam a Vós arrependidos, tende piedade de nós.
Que por Vossa graça chamastes Mateus, sentado no posto de coleta de impostos, tende piedade de nós.
Que justificastes o publicano que golpeava o peito em arrependimento, tende piedade de nós.
Que recebestes de forma paternal o filho pródigo que voltou a Vós, tende piedade de nós.
Que fizestes brotar a fonte da água viva para a mulher samaritana, tende piedade de nós.
Que recebia coletores de impostos e pecadores e comia com eles, tende piedade de nós.
Que amastes muito Maria Madalena e a perdoastes de muitos pecados, tende piedade de nós.
Que olhastes com ternura para Pedro, que três vezes Vos negastes, tende piedade de nós.
Que prometestes o Paraíso ao ladrão penitente, tende piedade de nós.
Que nos livrais de nossas iniquidades e pecados, tende piedade de nós.
Que nos clamais por penitência, pela imposição do cilício e pela cabeça coberta com cinzas, para não nos alcançar a Vossa ira santa, tende piedade de nós.
Que tendes misericórdia de todos os que se voltam para Vós em jejum, dor e arrependimento, tende piedade de nós.
Que esqueceis por completo todos os nossos pecados depois que nos arrependemos, tende piedade de nós.

Deus misericordioso e pronto a nos perdoar, tende piedade de nós.
Sede propício, perdoai-nos Senhor.
Sede propício, atendei-nos Senhor.

De todo mal, livrai-nos, Senhor.
De todo pecado, livrai-nos, Senhor.
De todo perigo do corpo e da mente, livrai-nos, Senhor.
De toda malícia e ira, livrai-nos, Senhor.
Dos pecados da carne e dos vícios, livrai-nos, Senhor.
De toda impureza e luxúria, livrai-nos, Senhor.
De todas as disputas e contendas, livrai-nos, Senhor.
De toda negligência e preguiça, livrai-nos, Senhor.
Da impenitência e dureza de coração, livrai-nos, Senhor.
De uma morte súbita e inesperada, livrai-nos, Senhor.
Da condenação eterna, livrai-nos, Senhor.

Pelo Vosso batismo e jejum, livrai-nos, Senhor.
Pelas Vossas três tentações no deserto, livrai-nos, Senhor.
Pela Vossa sede e fome, livrai-nos, Senhor.
Pelos Vossos trabalhos e Vossas dores, livrai-nos, Senhor.
Pela Vossa sentença de morte, livrai-nos, Senhor.
Pelo Vosso sacrifício cruento na Cruz, livrai-nos, Senhor.
No dia do Juízo, livrai-nos, Senhor.

Pecadores que somos, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que sejais misericordioso conosco, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos digneis a buscar o verdadeiro arrependimento, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que possamos obter frutos dignos de arrependimento, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos digneis lamentar os nossos pecados e buscar a Vossa graça, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos digneis pelo jejum purificar a Vossa Igreja e libertá-la de toda iniquidade, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que possamos nos apresentar sempre como um sacrifício vivo, santo e agradável a Vós, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que possamos obter o perdão e a remissão de todos os nossos pecados, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que, por meio das tribulações desta vida, sejamos dignos de alcançar a glória futura, Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que Vos digneis acolher as nossas súplicas, Vos rogamos, ouvi-nos.
Filho de Deus, Vos rogamos, ouvi-nos.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Pai Nosso...
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

V. Entre o pórtico e o altar, os sacerdotes, os servos do Senhor, hão de lamentar:
R. Tende piedade de vosso povo, Senhor.
V. Não nos trateis segundo os nossos pecados, 
R. Nem nos castigueis em proporção às nossas faltas.
V. Não leveis em consideração as nossas iniquidades passadas,
R. Nem tomeis tento de nossos pecados.
V. Ajudai-nos, ó Deus nosso Salvador,
R. E livrai-nos em nome da glória do Vosso nome, Senhor.
V. Sede misericordioso diante os nossos pecados, ó Senhor,
R. Em favor do vosso Santo Nome.
V. Ó Senhor, ouvi a minha oração,
R. E chegue a Vós o meu clamor.

Oremos

Ó Deus onipotente e eterno, tende piedade dos que se arrependem sinceramente e Vos imploram o perdão dos seus pecados e que, invocando humildemente o Vosso Santo Nome, prestam penitência das suas faltas; concedei-lhes, nesta Quaresma, as graças necessárias para o perdão dos pecados e a saúde do corpo e da alma e, assim, em nome da recompensa que prometestes, possam ser contados entre Vossos Filhos e alcançarem um dia as eternas bem aventuranças.

Ó Deus, que por Graça suprema criastes o homem e por Graça ainda maior o redimistes, concedei-nos, nós Vos suplicamos, novas graças de mente e coração para resistir às tentações do pecado e Vos servir fielmente. Ouvi com clemência as nossas orações, nós Vos suplicamos, para que sejamos libertados dos pecados que nos afligem, pela glória e misericórdia do Vosso Santo Nome. Como Vossos filhos, nós Vos suplicamos, guardai-nos de todo mal e protegei-nos nas adversidades e dai-nos a graça de Vos servir sempre com zelo e devoção.

Ó Deus, que não desejais a morte, mas o arrependimento dos pecadores, olhai com clemência para a fragilidade da nossa natureza humana e auxiliai, com a Vossa benevolência, os nossos esforços de arrependimento e penitência para alcançarmos, pela Vossa misericórdia, o perdão dos nossos pecados, a perseverança nas nossas ações e o prêmio da felicidade eterna. Amém.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que vive e reina Convosco na unidade do Espírito Santo, como um só Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

V. Ó Senhor, ouvi a minha oração,
R. E chegue a Vós o meu clamor.
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Damos graças a Deus.
V. Que as almas dos fiéis defuntos, por meio da misericórdia de Deus, descansem em paz.
R. Amém.

(tradução do autor do blog)

Litaniae in Quadragesima

Kyrie eleison.
Christe eleison.
Kyrie eleison.
Pater sancte, audi nos.
Pater iuste, exaudi nos.
Pater de caelis Deus, miserere nobis.
Fili, Redemptor mundi Deus, miserere nobis.
Spiritus Sancte Deus, miserere nobis.
Sancta Trinitas, unus Deus, miserere nobis.

Deus, qui non vis mortem peccatoris, sed ut magis convertatur et vivat, miserere nobis.
Qui Moysi quadraginta diebus ieiunanti, legem in monte dedisti, miserere nobis.
Qui precibus Moysis ieiunantis, populi peccata dimisisti, miserere nobis.
Qui Danielem ieiunantem in lacu leonum custodisti, miserere nobis.
Qui Ninivitis ieiunantibus et ad te clamantibus pepercisti, miserere nobis.
Qui Ninivitas in sacco, cinere, et cilicio paenitentes, a subversione urbis liberasti, miserere nobis.
Qui Davidis confitentis, et in cilicio paenitentis peccatum transtulisti, miserere nobis.
Qui Iudith in cilicio, et cinere coram te prostratam exaudisti et confortasti, miserere nobis.
Qui Ionam ex ventre cetis ad te clamantem salvasti, miserere nobis.
Qui Ezechiam cum populo in sacci, cinere, et ieiunio invocantem, ab exercitu Assyriorum liberasti, miserere nobis.
Qui Esther ieiunantem in oculis Regis gratiam invenire fecisti, miserere nobis.
Qui Mardochaeum, in sacco et cinere, te invocantem, a patibulo liberasti, miserere nobis.
Qui Machabaeis ieiunantibus in sacco et cinere ad te clamantibus auxilio fuisti, miserere nobis.
Qui Annae in ieiuniis et obsecrationibus perseveranti, teipsum in templo manifestasti, miserere nobis.
Qui Prophetis ieiunantibus et se affligentibus mysteria multa patefecisti, miserere nobis.
Qui Sacerdotes in ciliciis pro populo deprecantes et sacrificia offerentes exaudisti, miserere nobis.
Qui quadraginta diebus et quadraginta noctibus in deserto ieiunasti, miserere nobis.
Qui per Apostolos tuos quadragesimale ieiunium instituisti, miserere nobis.
Qui Paulum triduo ieiunantem et orantem illuminasti, miserere nobis.
Qui dissimulas peccata hominum propter paenitentiam, miserere nobis.
Qui elegisti nos et excoxisti in camino humiliationis, miserere nobis.
Qui quasi aurum in fornace probas electos tuos, miserere nobis.
Qui das locum et tempus paenitentiae in peccatis, miserere nobis.
Qui flagellas omnem filium, quem recipis et diligis, miserere nobis.
Qui non vis aliquos perire, sed omnes ad paenitentiam reverti, miserere nobis.
Qui Matthaeum in telonio sedentem, tua gratia praevenisti, miserere nobis.
Qui publicanum pectus percutientem, iustificatum abire fecisti, miserere nobis.
Qui filium prodigum ad te revertentem paterne suscepisti, miserere nobis.
Qui mulieri Samaritanae fontem aquae vivae manare fecisti, miserere nobis.
Qui publicanos et peccatores recepisti et cum eis manducasti, miserere nobis.
Qui Mariae Magdalenae multum diligenti, peccata multa dimisisti, miserere nobis.
Qui Petrum ter te negantem, benigne respexisti, miserere nobis.
Qui latronem paenitentem in paradisum suscepisti, miserere nobis.
Qui aufers iniquitatem et scelera atque peccata nostra, miserere nobis.
Qui pro aversione furoris tui nos plangere, ciliciis accingere et cinere conspergere iussisti, miserere nobis.
Qui omnium in ieiunio, fletu, et planctu se ad te convertentium misereris, miserere nobis.
Qui post paenitentiam omnium peccatorum nostrorum non recordaris amplius, miserere nobis.

Deus misericors et praestabilis super malitia, miserere nobis.
Propitius esto, parce nobis, Domine.
Propitius esto, exaudi nos, Domine.

Ab omni malo, libera nos, Domine.
Ab omni peccato, libera nos, Domine.
Ab omni periculo mentis et corporis, libera nos, Domine.
Ab omni malitia et indignatione, libera nos, Domine.
Ab omni crapula et comissatione, libera nos, Domine.
Ab omni impudicitia et turpitudine, libera nos, Domine.
Ab ira, rixa, et omni contentione, libera nos, Domine.
Ab omni negligentia et socordia, libera nos, Domine.
Ab omni impaenitentia et duritia cordis, libera nos, Domine.
A subitanea et improvisa mala morte, libera nos, Domine.
A damnatione perpetua, libera nos, Domine.

Per baptismum et sanctum ieiunium tuum, libera nos, Domine.
Per trinam tentationem tuam, libera nos, Domine.
Per sitim et esuriem tuam, libera nos, Domine.
Per labores et dolores tuos, libera nos, Domine.
Per trinam contra te prolatam mortis sententiam, libera nos, Domine.
Per tremendum et cruentum in cruce sacrificium tuum, libera nos, Domine.
In die irae calamitatis, libera nos, Domine.

Peccatores, te rogamus audi nos.
Ut nobis indulgeas, te rogamus audi nos.
Ut ad veram paenitentiam nos perducere digneris, te rogamus audi nos.
Ut dignos paenitentiae fructus facere possimus, te rogamus audi nos.
Ut peccata nostra digne flere et gratiam tuam consequi mereamur, te rogamus audi nos.
Ut Ecclesiam tuam hoc sacro ieiunio purificare et ab omni nequitia liberare digneris, te rogamus audi nos.
Ut corpora nostra hostiam viventem sanctam tibique placentem semper exhibeamus, te rogamus audi nos.
Ut indulgentiam et remissionem omnium peccatorum nostrorum nobis tribuere digneris, te rogamus audi nos.
Ut per tribulationes huius temporis ad futuram gloriam nos introire concedas, te rogamus audi nos.
Ut nos exaudire digneris, te rogamus audi nos.
Fili Dei, te rogamus audi nos.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, parce nobis, Domine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, exaudi nos, Domine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.

Christe, audi nos.
Christe, exaudi nos.
Kyrie eleison.
Christe eleison.
Kyrie eleison.
Pater noster ...
Et ne nos inducas in tentationem. Sed libera nos a malo.

V. Inter vestibulum et altare plorabunt Sacerdotes ministri Domini.
R. Parce Domine, parce populo tuo.
V. Domine non secundum peccata nostra facias nobis,
R. Neque secundum iniquitates nostras retribuas nobis.
V. Domine, ne memineris iniquitatum nostrarum antiquarum,
R. Neque vindictam sumas de peccatis nostris.
V. Adiuva nos, Deus salutaris noster,
R. Et propter gloriam nominis tui, Domine, libera nos.
V. Propitius esto Domine peccatis nostris,
R. Propter nomen sanctum tuum.
V. Domine, exaudi orationem meam,
R. Et clamor meus ad te veniat.

Oremus

Omnipotens sempiterne Deus, parce paenitentibus, propitiare supplicantibus, et largire nobis beneficia misericordiae tuae, ut haec ieiunia sint omnibus nomen tuum invocantibus, et ante conspectum clementiae tuae facinora sua deplorantibus, remedium mentis et corporis, ut quicumque te pro remissione peccatorum suorum invocaverint, corporis et animae sanitatem percipiant, et praemia tibi fideliter servientibus promissa, in aeterna beatitudine consequantur.

Deus, qui hominem mirabiliter creasti, et mirabilius redemisti, da nobis contra oblectamenta peccati, mentis ratione persistere, et maiestati tuae sincero corde servire. Preces populi tui, quaesumus Domine, clementer exaudi, ut qui iuste pro peccatis nostris affligimur, pro tui nominis gloria misericorditer liberemur. Familiam tuam quaesumus, Domine, continua pietate custodi, ut a cunctis adversitatibus te protegente sit libera et in bonis actibus tuo nomini sit devota.

Deus qui non mortem, sed paenitentiam desideras peccatorum, fragilitatem conditionis humanae benignissime respice et conatus nostros benigna pietate prosequere, ut per magnam misericordiam tuam peccatorum nostrorum veniam; in tuo servitio constantiam; et tandem praemia perseverantibus promissa, feliciter consequamur. 

Per Dominum nostrum Iesum Christum, Filium tuum, qui tecum vivit et regnat, in unitate Spiritus Sancti, Deus, per omnia saecula saeculorum. R. Amen.

V. Domine, exaudi orationem meam,
R. Et clamor meus ad te veniat.
V. Benedicamus Domino.
R. Deo gratias.
V. Et fidelium animae per misericordiam Dei requiescant in pace.
R. Amen.

PRIMEIRO SÁBADO DE MARÇO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.