sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A PENA DE MORTE E A LEI DE DEUS

A pena de morte não constitui um ato contrário à Lei de Deus: 

Todo aquele que derramar o sangue humano terá seu próprio sangue derramado pelo homem, porque Deus fez o homem à sua imagem (Gn 9,6).

Deus permite a aplicação da pena de morte e deu autoridade ao governo formal para a sua aplicação:

Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação. Em verdade, as autoridades inspiram temor, não porém a quem pratica o bem, e sim a quem faz o mal! Queres não ter o que temer a autoridade? Faze o bem e terás o seu louvor. Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal (Rom 13, 1-4).

Por amor do Senhor, sede submissos, pois, a toda autoridade humana, quer ao rei como a soberano, quer aos governadores como enviados por ele para castigo dos malfeitores e para favorecer as pessoas honestas (I Pe, 2, 13-14).

A Lei do Antigo Testamento impunha a pena de morte a todos os que cometessem assassinato (Ex 21,12); sequestro (Ex 21, 16), deitar-se com animais (Ex 22, 19), adultério (Lev 20, 10), homossexualismo (Lev 20, 13), incesto (Lev 20, 14), falso profetismo (Deut 13, 5) e vários outros crimes. 

Jesus, diante das ofensas do mau ladrão e da súplica do bom ladrão no Calvário, não se pronunciou contra a morte deles na cruz pelos crimes cometidos, fato inclusive reconhecido e acatado como justo e merecido pelo bom ladrão (Lc 23, 41). Mas Jesus concedeu a ele, como fruto de sua misericórdia, o perdão destes pecados e a salvação eterna de sua alma (Lc 23, 43). Esse ato extremado de misericórdia de Jesus não prescindiu do ladrão arrependido a morte na cruz, como expiação pelos crimes cometidos. 

Assim, a Igreja aplica essa mesma misericórdia ao mais vil dos pecadores diante do patíbulo ou do cadafalso, diante do pelotão de fuzilamento ou na cadeira elétrica, seja qual for a forma da aplicação da pena de morte, não no sentido de detê-la ou de contestá-la, mas na súplica a Deus pela conversão, no limite máximo da vida humana, de uma alma criada pela glória de Deus desde a eternidade. Do mesmo modo e segundo o mesmo exemplo do Bom Jesus no Calvário.



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A FÉ EXPLICADA (XII)

OS CINCO 'NÃO' IMUTÁVEIS DA IGREJA ...

Com base nos ensinamentos e documentos doutrinários da Igreja, no Catecismo da Igreja Católica e em Encíclicas Papais, existem cinco questões que são absoluta e irrevogavelmente imorais para a Santa Igreja Católica, contempladas per si como intrinsecamente más, constituindo atos imorais por princípio e de condenação expressa e imutável. As ações intrinsecamente más são aquelas que conflitam com a lei moral, não podendo ser realizadas nunca, quaisquer que sejam as circunstâncias. Resulta, portanto, pecado grave (mortal) consentir, endossar ou promover qualquer uma dessas ações de forma consciente e deliberada, que são as seguintes:

1. Aborto

A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida (do Catecismo da Igreja Católica).

Antes mesmo de te formares no ventre materno, eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei (Jr 1,5). Meus ossos não te foram escondidos quando eu era feito, em segredo, tecido na terra mais profunda (Sl 139,15).

O aborto é a morte intencional e direta de um ser humano inocente, e, portanto, é uma forma de homicídio. O nascituro é sempre parte inocente, e nenhuma lei pode permitir o sacrifício de sua vida. Ainda que uma criança seja concebida por meio de estupro ou incesto, a culpa não é da criança e ela não deve sofrer a pena de morte pelos pecados terríveis de outras pessoas.

Questões correlatas (e igualmente não-negociáveis) compreendem as tecnologias de reprodução humana, incluindo os métodos de fertilização in vitro e os processos de contracepção e de esterilização.

2. Eutanásia

A eutanásia também é uma forma de homicídio. Nenhuma pessoa tem o direito de tirar sua própria vida e ninguém tem o direito de tirar a vida de qualquer pessoa inocente. Assim, uma ação ou uma omissão que, em si ou na intenção, consiste em pôr fim à vida de pessoas deficientes, doentes ou moribundas, a fim de suprimir a sua dor, constitui um ato gravemente contrário à dignidade da pessoa humana e ao respeito pelo Deus vivo, seu Criador. O erro de juízo no qual se pode ter caído de boa-fé não muda a natureza deste ato assassino, que sempre deve ser condenado e excluído.

3. Pesquisas com células embrionárias

Os embriões humanos são seres humanos. Uma vez que deve ser tratado como pessoa desde a concepção, o embrião terá de ser defendido na sua integridade, tratado e curado, na medida do possível, como qualquer outro ser humano. Avanços científicos recentes mostram que os tratamentos médicos que os pesquisadores esperam desenvolver, a partir de experiências com células-tronco embrionárias, podem muitas vezes ser desenvolvido usando células-tronco adultas em seu lugar. Assim, não há argumento médico válido em favor do uso de células-tronco embrionárias. E mesmo que houvesse tais benefícios, estes não podem ser justificados mediante a destruição de seres humanos embrionários inocentes.

4. Clonagem Humana

Quaisquer tentativas para a obtenção de um ser humano, dissociando o ato sexual como ato procriador, são contrárias à lei moral, uma vez que eles estão em oposição à dignidade tanto da procriação humana como da própria união conjugal. A clonagem humana envolve também o aborto porque os clones mal sucedidos ou rejeitados (que são seres humanos) são destruídos.

5. 'Casamento' homossexual


O casamento é um ato de união livre entre um homem e uma mulher e nunca entre pessoas do mesmos sexo. Por serem intrinsecamente desordenados e contrários à lei natural, os atos de homossexualidade são gravemente imorais e não podem ser aprovados em hipótese alguma pelos católicos, o que torna o chamado 'casamento' homossexual um acordo objetivamente imoral.

E OS QUE NÃO SÃO IMUTÁVEIS...

Um católico pode e deve ter posições políticas bem definidas. Um católico pode ter posições políticas diversas sobre muitos assuntos: educação dos filhos, investimentos, vida saudável, defesa do meio ambiente, políticas públicas, segurança, etc. Um católico pode ter abordagens distintas a muitos assuntos polêmicos. Assim, pode ser legitimamente a favor ou contra a pena de morte ou a favor ou contra a imposição de um estado de guerra; isso porque a Igreja não estabelece a estas questões um não definitivo e imutável, como às cinco questões apresentadas acima. Evidentemente, a Igreja exorta as autoridades civis a conviverem na paz e a exercer discrição e misericórdia ao impor punição aos criminosos, mas reconhece que a autoridade legítima tem o direito de atribuir a pena capital e o estado de guerra em circunstâncias específicas.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A ADORAÇÃO DOS TRÊS REIS MAGOS



No Evangelho de Mateus (Mt 2, 1ss), encontra-se a narrativa geral da adoração ao menino-deus pelos três reis magos do Oriente. Melquior, o mais velho, ofereceu ouro como presente a Jesus, símbolo de realeza; Gaspar, o mais moço, ofereceu incenso, símbolo da divindade de Cristo, enquanto Baltasar, o mouro, ofertou mirra, em adoração à humanidade de Jesus. A mirra, como símbolo de sofrimento, torna-se uma pré-anunciação e uma profecia das dores da Paixão do Senhor.



Mas, além da narrativa tão sobejamente conhecida, é importante ressaltar que o ato de adoração dos reis magos diante o Menino-Deus foi um ato de prostração de joelhos. Três reis, de origens incertas e longínquas, símbolos e representantes dos reis de toda a terra e da soberania sobre todas as nações (Sl 71, 11), dotados de poderes humanos e munidos de graças sobrenaturais, prostraram-se diante de Jesus Menino e O adoraram. De joelhos, de joelhos no chão.

Um antigo Pai da Igreja dizia que o diabo não tem joelhos e, em sendo assim, não pode ajoelhar-se, não pode prostrar-se, não pode adorar. A essência do mal é a não adoração, é a não prostração de joelhos. Que a Festa da Epifania do Senhor nos lembre deste grande exemplo dos reis magos: prostrar-nos de joelhos diante o Menino-Deus; dar-nos conta que temos joelhos e somos Filhos da Luz e, assim, inclinados e reclinados diante de Deus, possamos ser testemunhas e ofertas puras de sua santa redenção.

QUANDO O INFERNO É AQUI...

Maranhão, estado mais pobre do Brasil. Cadeias que são jaulas, para manter presos, animais em fúria dantesca. Guerra de gangues, liberdade para o morticínio. Triste, aterrador. Mas, ainda assim, pura realidade: a brutalidade e a banalidade do mal convertidos em cabeças a prêmio.

ATENÇÃO: Vídeo com imagens chocantes de presos decapitados por outros presos em cadeia do Maranhão/Brasil


Da postagem 'Sob o Domínio do Mal':

A violência é o sopro do diabo. Em nossos dias, a violência campeia de tal sorte que não nos sensibilizam mais as tragédias diárias. Viraram 'notícias do cotidiano'. De vez em quando, quando a violência irrompe a um novo patamar, dá-se uma repercussão mais incisiva para, pouco a pouco, declinar subserviente ao rol de tantas outras tragédias anunciadas. A violência das ruas e das praças começam no ventre materno, no aborto monstruoso de gerações inteiras. Continua no seio das famílias, na violência doméstica, espraia-se pelas ruas, dispersa-se pelas mazelas de uma sociedade anestesiada de Deus, até se entorpecer como moeda corrente nas redes de tráfico, nas gangues e no submundo do crime. O sopro diabólico vende a eutanásia como prática conciliadora e a cultura da morte como 'princípio de escolha'; semeia o ódio e estimula as rivalidades étnicas; fomenta as guerras e induz os genocídios.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O DIA EM QUE JESUS NASCEU

Do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 5-23):

Nos tempos de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote por nome Zacarias, da classe de Abias; sua mulher, descendente de Aarão, chamava-se Isabel. Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor. Mas não tinham filho, porque Isabel era estéril e ambos de idade avançada.

Ora, exercendo Zacarias diante de Deus as funções de sacerdote, na ordem da sua classe, coube-lhe por sorte, segundo o costume em uso entre os sacerdotes, entrar no santuário do Senhor e aí oferecer o perfume. Todo o povo estava de fora, à hora da oferenda do perfume.

Apareceu-lhe então um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do perfume. Vendo-o, Zacarias ficou perturbado, e o temor assaltou-o. Mas o anjo disse-lhe: Não temas, Zacarias, porque foi ouvida a tua oração: Isabel, tua mulher, dar-te-á um filho, e chamá-lo-ás João. Ele será para ti motivo de gozo e alegria, e muitos se alegrarão com o seu nascimento ... Zacarias perguntou ao anjo: Donde terei certeza disto? Pois sou velho e minha mulher é de idade avançada. O anjo respondeu-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para te falar e te trazer esta feliz nova.

Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que estas coisas acontecerem, visto que não deste crédito às minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo ... Ao sair, não lhes podia falar, e compreenderam que tivera no santuário uma visão. Ele lhes explicava isto por acenos; e permaneceu mudo. Decorridos os dias do seu ministério, retirou-se para sua casa.


O ponto de partida para a definição da data de nascimento de Jesus está nas palavras iniciais do Evangelho de São Lucas, que narra a promessa do Anjo Gabriel a Zacarias, enquanto este fazia as ofertas no Templo de Jerusalém: embora de idade avançada, Zacarias e Isabel teriam um filho, que seria um grande profeta e iria preparar os caminhos da Vinda do Senhor. Incrédulo diante de revelação tão espantosa, ficou mudo e, desta forma, voltou para casa.

O texto bíblico, ao precisar a figura de Zacarias, o declara 'sacerdote da classe de Abias' e, esta referência, aparentemente supérflua, é a chave para o desenvolvimento das datas até o nascimento de Jesus. Já se sabia há tempos que eram 24 as castas sacerdotais que atuavam no Templo naquele tempo (a classe de Abias era a oitava destas classes), pelo período de uma semana, duas vezes ao ano, em rodízio e por uma ordem fixa e imutável. Recentemente, um grupo de pesquisadores liderados pelo professor Shemarjahu Talmon, da Universidade Hebraica de Jerusalém, estabeleceu a sequência exata deste ministério, principalmente com bases em documentos dos essenos descobertos em Qumran.

A classe sacerdotal de Abias prestava serviço litúrgico no Templo na última semana de Setembro, ratificando a tradição oriental que estabelecia uma data entre 23 e 25 de setembro como a do anúncio à Zacarias pelo Anjo Gabriel. Esta data constitui, portanto, o ponto de partida, para uma sequência de eventos extraordinários ao longo dos seguintes 15 meses: concepção de João Batista em seguida; o anúncio pelo mesmo Anjo Gabriel à Maria seis meses depois (25 de Março é a data definida pelo calendário cristão para a Festa da Anunciação); três meses, depois o nascimento de João Batista (em junho) e, seis meses depois (como exposto no próprio Evangelho de São Lucas), em 25 de dezembro, o nascimento de Jesus.

Assim, por vias singulares (referência bíblica aparentemente inócua, documentos descobertos em ânforas escondidas pelos essênios às margens do Mar Morto e estudos de um pesquisador não cristão), a tradição cristã (e também a cultura não cristã) viu ruir o que parecia ser uma mera data de referência para o nascimento de Cristo no lugar do renascer do deus sol, para contrastar com as festas pagãs e substitui-las nos dias do solstício de inverno. E agora sabe um pouco mais além das meras conjecturas humanas: Jesus Cristo nasceu realmente no dia 25 de dezembro!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

GLÓRIAS DE MARIA: MÃE DE DEUS E RAINHA DA PAZ

La Pietà (1498-1499) - Michelangelo Buonarroti


No primeiro dia do Ano Novo, a Igreja exalta Maria como Mãe de Deus; o calendário dos santos é aberto com a solenidade da maternidade daquela que Deus escolheu para mãe do Verbo Encarnado. Trata-se da primeira festa mariana proposta pela Igreja Ocidental, moldada sob as palavras eternas de Isabel: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre' (Lc 1,42). Todos os títulos e todas as grandezas de Maria dependem do dogma essencial de sua maternidade divina. Desde a Antiguidade, Maria é chamada 'Mãe de Deus', do grego 'Theotokos', título ratificado pelo Concílio de Éfeso, de 22 de junho de 431. Em 1968, o Papa Paulo VI dedicou o 1° dia do ano como Dia Mundial da Paz. Assim, Maria é louvada também neste dia como Rainha da Paz. 


São Cirilo de Alexandria (370-442), na homilia pronunciada no Concílio de Éfeso contra Nestório, que negava ser Maria Mãe de Deus:

'Contemplo esta assembléia de homens santos, alegres e exultantes que, convidados pela santa e sempre Virgem Maria e Mãe de Deus, prontamente acorreram para cá. Embora oprimido por uma grande tristeza, a vista dos santos padres aqui reunidos encheu-me de júbilo. Neste momento vão realizar-se entre nós aquelas doces palavras do salmista Davi: ‘Vede como é bom, como é suave os irmãos viverem juntos bem unidos!’ (Sl 132,1). Salve, ó mística e santa Trindade, que nos reunistes a todos nós nesta igreja de Santa Maria Mãe de Deus. Salve, ó Maria, Mãe de Deus, venerável tesouro do mundo inteiro, lâmpada inextinguível, coroa da virgindade, cetro da verdadeira doutrina, templo indestrutível, morada daquele que lugar algum pode conter, virgem e mãe, por meio de quem é proclamado bendito nos santos evangelhos ‘o que vem em nome do Senhor’ (Mt 21,9).

Salve, ó Maria, tu que trouxeste em teu sagrado seio virginal o Imenso e Incompreensível; por ti; é glorificada e adorada a Santíssima Trindade; por ti, se festeja e é adorada no universo a cruz preciosa; por ti, exultam os céus; por ti, se alegram os anjos e os arcanjos; por ti, são postos em fuga os demônios; por ti, cai do céu o diabo tentador; por ti, é elevada ao céu a criatura decaída; por ti, todo o gênero humano, sujeito à insensatez dos ídolos, chega ao conhecimento da verdade; por ti, o santo batismo purifica os que creem; por ti, recebemos o óleo da alegria; por ti, são fundadas igrejas em toda a terra; por ti, as nações são conduzidas à conversão. 

E que mais direi? Por Maria, o Filho Unigênito de Deus veio ‘iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte’ (Lc 1,77); por ela, os profetas anunciaram as coisas futuras; por ela, os apóstolos proclamaram aos povos a salvação; por ela os mortos ressuscitam; por ela, reinam os reis em nome da Santíssima Trindade. Quem dentre os homens é capaz de celebrar dignamente a Maria, merecedora de todo louvor? Ela é mãe e virgem. Que coisa admirável! Este milagre me deixa extasiado. Quem jamais ouviu dizer que o construtor fosse impedido de habitar no templo que ele próprio construiu? Quem se humilhou tanto a ponto de escolher uma escrava para ser a sua própria mãe? Eis que tudo exulta de alegria! Reverenciemos e adoremos a divina Unidade, com santo temor veneremos a indivisível Trindade, ao celebrar com louvores a sempre Virgem Maria! Ela é o templo santo de Deus, que é seu Filho e esposo imaculado. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.'

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ORAÇÃO PARA O ÚLTIMO DIA DO ANO

Obrigado, Senhor,
pelo ano que termina,
porque estou aqui, junto Convosco e com minha família (com meus amigos),
vivendo a alegria de ter vivido um ano mais
em Vossa Santa Presença.

Obrigado, Senhor,
por mais um ano de vida,
por ter tido ainda este tempo para viver 
as santas alegrias do Natal e deste Ano Novo.
Por estar com pessoas que amo
e que compartilham comigo
a mesma fé e o sincero propósito
de viver o Evangelho a cada dia.

Obrigado, Senhor,
por tantas graças recebidas neste ano que passa;
eu Vos ofereço hoje o meu nada
e, dentro do meu nada, todo o meu amor humano possível,
como herança de Vossa Ressurreição.
No meio das luzes do mundo nesse dia de festa,
eu me recolho à sombra da Vossa Misericórdia;
e Vos honro e Vos dou glória nesse tempo
pelos tempos que estarei Convosco para sempre.

Obrigado, Senhor,
por estar aqui na Vossa Presença,
no tempo que conta mais um ano que se vai,
na gratidão da alma confiante
que aprendeu o caminho do Pai.
Das coisas boas que fiz, dou-Vos tudo,
porque as recebi de Vosso Santo Espírito.
E Vos suplico curar com Vosso Corpo e Sangue
as cicatrizes dos meus pecados.

Obrigado, Senhor,
pela caminhada diária com Maria, 
que nos ensina no cotidiano de nossa vidas
a ir ao Vosso encontro todos os dias.
Pelo meu Santo Anjo da Guarda,
pelos meus santos de devoção, 
pelo papa, e pela Vossa Igreja,
eu Vos agradeço, Senhor, e Vos louvo, 
neste último dia do ano.

Obrigado, Senhor,
pelo ano que termina.
Que eu não me lembre nesse tempo
das dores e sofrimentos que passei,
das tristezas e angústias que vivi:
que todo mal seja olvidado agora
na alegria de eu estar aqui Convosco,
e pela resignação à Santa Vontade de Deus.

E que nesta última hora do tempo que se vai,
do ano que chega ao fim:
mais uma vez, não seja eu que viva,
mas o Cristo em vive em mim.
Amém.
(Arcos de Pilares)