Vamos rezar juntos esta velha oração que quase não se reza mais? Estas antigas orações foram sendo esquecidas, apagadas pelo verniz esmaecido das novidades frouxas e pela perda dos valores cristãos autênticos... Não se trata apenas de belas orações antigas, mas de poderosos instrumentos que nos colocam diante da própria intimidade de Deus.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
DA VIDA ESPIRITUAL (28)
Vamos rezar juntos esta velha oração que quase não se reza mais? Estas antigas orações foram sendo esquecidas, apagadas pelo verniz esmaecido das novidades frouxas e pela perda dos valores cristãos autênticos... Não se trata apenas de belas orações antigas, mas de poderosos instrumentos que nos colocam diante da própria intimidade de Deus.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
SANTA TERESA DE LISIEUX - GALERIA DE FOTOS
Santa Teresa de Lisieux, rogai por nós!
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
Pequena flor do Carmelo, rogai por nós!
01 DE OUTUBRO - SANTA TERESA DE LISIEUX
Chamada de ‘maior santa dos tempos modernos’ e recentemente elevada à glória de doutora da Igreja Católica, Teresa de Lisieux transformou-se num dos personagens mais venerados no mundo católico como ‘Santa Teresinha do Menino Jesus’. Feitos extraordinários para uma simples carmelita, que viveu no mais absoluto ostracismo e morreu com apenas 24 anos de idade. Marie Françoise Thérèse Martin nasceu em Alençon, em 02/01/1873, e faleceu em Lisieux, em 30/09/1897. Foi canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI, que posteriormente a declarou ‘Patrona Universal das Missões Católicas’ em 1927. O Papa João Paulo II tornou-a Doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997.
Por desígnios divinos, Santa Teresinha foi a preceptora de um particular caminho de santificação: a chamada ‘pequena via’, a via de confiança absoluta à vontade de Deus. Na plena aceitação dos desígnios divinos sobre as almas de cada um de nós, no abandono de nossas vidas nos braços de Jesus Cristo, na entrega total de nossas ações e pensamentos à proteção da Santíssima Virgem: eis aí a pequena via, o caminho da infância espiritual, a gloriosa trilha de santificação para os homens comuns, o espantoso atalho ao Céu, proposto e vivido intensamente pela santa carmelita. Eis a sua pequena via maravilhosa de santificação: basta aceitar a nossa própria pequenez, a imensa fragilidade humana que nos domina, as enormes limitações de viver em plenitude os desígnios de Deus sobre as nossas almas; fazer de tantas imperfeições e fragilidades, não meros obstáculos, mas as próprias pedras do caminho, rejuntadas e consolidadas firmemente num imenso amor e numa confiança sem limites na bondade e misericórdia de Deus.
Além de cartas e poesias (e outros documentos registrados por suas irmãs do Carmelo), o legado de Santa Teresinha está por inteiro em sua famosa obra ‘História de uma alma’ (publicado originalmente em 1898), que registra, além de seus manuscritos autobiográficos e de suas proposições espirituais, as premissas e os fundamentos do seu caminho da infância espiritual.
Nesta pequena via, a santificação começa e termina pelo propósito de fazer, de cada dia, mais um passo na peregrinação ao Céu, transformando cada ação diária, cada ato da nossa vida mundana, por mais simples e despojado que seja, em obra de perfeição cristã, compartilhado e vivido para a plena glória do Pai (‘sede perfeitos como vosso Pai do Céu é perfeito’). Nesta pequena via, a santificação é caminho simples e fácil para todos os homens e mulheres dos nossos tempos, e precisa apenas da resolução tão claramente expressa na curta vida da carmelita de Lisieux: ‘nunca distanciar a minha alma do olhar de Jesus’.
domingo, 30 de setembro de 2012
EUCARISTIA - IX
IX - NÃO PROFANAR OS SANTOS MISTÉRIOS
A Sagrada Eucaristia é a incorporação mística e espiritual da
nossa alma com Jesus, tornada possível através do nosso contato físico com
as sagradas espécies. Jesus Cristo, por inteiro, corpo, sangue, alma e
divindade, está presente na Sagrada Eucaristia, sob as aparências do pão e do
vinho, sob a reverberação das palavras do Mestre na sinagoga de Cafarnaum e na
última Ceia, diante de seus apóstolos: a minha carne é verdadeiramente
comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O ato eucarístico é,
pois, um ato de profunda adoração a Deus e é inadmissível que a adoção de
determinadas práticas abusivas e a negligência espiritual possam
comprometer e desfigurar a alma da Igreja de Cristo e o cerne de nossa vida
cristã.
Para muitos sacerdotes e leigos, as considerações prévias têm sido
objeto de uma descrédito generalizado, associado a um enorme ceticismo e uma
completa inconsciência diante dos fatos e das realidades dos tempos atuais,
quando não a um desdém puro e simples. Este impressionante estado
de letargia e relaxamento moral tem propiciado um ambiente de profunda
deterioração moral, que favorece em larga escala a perda da
verdadeira fé e a difusão de uma apostasia cada vez maior e mais profunda.
Por outro lado, embora em número bem mais reduzido, há igualmente sacerdotes
e leigos bastante preocupados com esta avalanche de concessões ilícitas que
ofendem direta e gravemente o Santíssimo Corpo de Jesus. Entretanto,
por desânimo ou comodismo, “tocam” o barco e a transposição das reflexões à
ação concreta dilui-se nas preocupações cotidianas e no bochorno do fácil
anonimato. Para estes, são especialmente dirigidas as palavras de perseverança
e de fidelidade, expressas pelo insistente pedido de São Paulo a
Timóteo (2Tm 4,2): “proclama a palavra, insiste oportuna e inoportunamente,
argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina”.
O que não vem de Deus é obra de satanás e ele, mais do que os homens,
sabe e reconhece o manancial de graças e de misericórdias que se desprendem dos
céus sobre a Terra a cada santa e digna comunhão. Não é de estranhar, portanto,
a sua ação diabólica e concentrada sobre o mistério eucarístico, conspurcando
os santos costumes e minando drasticamente as práticas da sã
doutrina de Deus e usando para isso, o orgulho, a vaidade e a cegueira
impressionantes desta geração de homens tolos e insensatos.
E os céus esperam uma resposta e um “basta” do Corpo Místico de Cristo a
esse flagelo de dores e profanações. Em quantas igrejas, tem-se pedido
insistentemente pela paz, pela fraternidade e pela justiça? Quantos filhos de
Deus têm repetidamente invocado as graças e a misericórdia do Pai sobre o mundo
e toda a humanidade? Quanta oração, jejum, penitência são recolhidos
diariamente pelo tesouro espiritual da Igreja? Menos pelo mérito humano e muito
mais pela misericórdia do Pai, tudo se torna graça abundante, livre para
retornar aos filhos de Deus. Que responsabilidades pessoais e comunitárias nos
cabem para que a Santa Eucaristia seja uma porta aberta e generosa para
canalizar a miríade de graças e dádivas que os céus despejam sobre os homens a
cada dia?
Por fim, dois aspectos cruciais, relativos aos ritos da Última Ceia,
deveriam merecer de nossa parte absoluta reflexão e ponderação, quando
transplantados ao sacramento atual da Sagrada Eucaristia. O primeiro deles se
refere à passagem do aviso da traição de Judas. Embora expresso de
forma diferente no Evangelho de São João, é interessante observar e refletir
sobre a estranha e sintomática forma que Jesus utilizou para indicar o apóstolo
da traição, conforme os relatos dos Evangelhos de São Mateus, São Marcos e São
Lucas: “um de vós que come comigo há de me entregar ... (o)
que coloca a mão no mesmo prato comigo.” Na sagrada eucaristia,
milhares de homens e mulheres tomam também hoje o Santíssimo nas mãos e
reproduzem, com malícia diabólica, o gesto tresloucado e suicida da traição de
Judas.
O segundo aspecto é ainda mais perturbador para a Igreja atual. Por que
Nossa Senhora, presente a cada minuto da vida e da pregação pública de Jesus, das
bodas de Caná às dores do Calvário, da Anunciação do Anjo à Páscoa da
Ressurreição, como Medianeira Universal e Co-Redentora, poderia estar ausente
exatamente no momento crucial da instituição da eucaristia por Jesus? É uma
pergunta, como tantas outras, que extrapola a nossa condição humana e se
contextualiza nos desígnios do Pai. Mas uma certeza absoluta nós podemos ter,
isso não ocorreu por acaso e nem por esquecimento. Seria muito prudente que as
mulheres que estão hoje nos altares, tocando e distribuindo as sagradas
espécies, ainda que com as melhores intenções, refletissem profundamente sobre
este mistério e reavaliassem, no contexto do verdadeiro papel da mulher na
Igreja de Cristo, se não estão sendo causa apenas de juízo e condenação.
Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)
Eucaristia V: Quinta Parte (Primeiro Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)
Eucaristia VII: Sétima Parte (Terceiro Domingo de Setembro)
Eucaristia VIII: Oitava Parte (Quarto Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)
Eucaristia VII: Sétima Parte (Terceiro Domingo de Setembro)
Eucaristia VIII: Oitava Parte (Quarto Domingo de Setembro)
sábado, 29 de setembro de 2012
29 DE SETEMBRO - SÃO MIGUEL ARCANJO
(São Miguel com elmo e armadura medieval - Catedral de Bruxelas)
'Houve uma batalha no Céu: Miguel e os
seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com os
seus Anjos, mas foi derrotado e não se encontrou mais um lugar para eles no
Céu.' (Apoc. 12, 7-8).
'Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande Príncipe, constituído defensor dos filhos do seu povo e será tempo de angústia como jamais houve.' (Dan. 12, 1).
Assim como Lúcifer é o chefe dos
demônios, Miguel é o maior dentre os anjos, Príncipe das milícias celestes,
protetor da Santa Igreja e da humanidade contra as forças do inferno. Assim, a
designação de arcanjo (oitavo coro dos anjos) tem sentido genérico e nominativo,
pois certamente São Miguel, sendo o primeiro dentre os Anjos, é o maior dos
serafins. Dentre os vários santuários destinados
ao Príncipe das milícias celestes, destaca-se aquele localizado no Monte Saint Michel
na França, cuja foto constitui a abertura e o símbolo deste blog.
(Santuário de São Miguel - Monte Saint Michel/França)
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
A ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO (PAPA LEÃO XIII)
Papa Leão XIII (1810 - 1903)
A ‘Oração a São Miguel Arcanjo’,
composta pelo Papa Leão XIII, tem origem num fato bastante singular. Em 25 de setembro de 1888, após a missa da manhã, o Papa Leão XIII sofreu
um desmaio, e muitos o julgaram morto. Assim que recuperou a consciência, o Santo Padre descreveu um diálogo espantoso
que parecia provir do tabernáculo, cujas vozes identificou claramente como sendo as
de Cristo e do demônio. Na conversa, o diabo se vangloriava de que era capaz de
destruir a Santa Igreja, desde que lhe fosse concedido um prazo fatídico de 100
anos para fazê-lo e que lhe fosse dado maior poder de influência sobre aqueles que o
serviam. Em resposta, tal poder e tempo lhe foram concedidos por Jesus Cristo. Sob
o impacto profundo destes fatos, o Papa Leão XIII compôs a ‘Oração a São Miguel’, que incorpora um profundo caráter profético, impondo a sua recitação ao final da Santa Missa, como medida de proteção da
Igreja contra a ação das forças malignas. A oração completa de São Miguel é transcrita abaixo.
ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO
'Ó glorioso príncipe da milícia celeste, São Miguel Arcanjo, defende-nos no combate e na luta terrível contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares (Ef. 6)! Vem em auxílio dos homens que Deus criou imortais, feitos à sua imagem e semelhança e que remiu por alto preço da tirania do demônio (Sab. 2; I Cor. 6).
Combate neste dia, com o exército dos santos anjos, a batalha que o Senhor outrora combateu contra Lúcifer, o chefe dos orgulhosos, e contra os anjos caídos que foram impotentes para resistir e para os quais não há mais lugar no céu. Sim, este grande dragão, esta antiga serpente chamada demônio ou Satanás, que seduz o mundo inteiro, foi precipitado com os seus anjos no fundo do abismo (Ap 12). Mas eis que agora este velho inimigo, este mesmo homicida, levanta ferozmente a cabeça. Disfarçado como um anjo de luz e seguido pela turba inteira dos espíritos malignos, percorre o mundo inteiro para dele se apoderar e banir o nome de Deus e do seu Cristo, para perseguir, matar e levar à perdição eterna as almas destinadas à glória eterna. Sobre os homens de espírito perverso e de coração corrupto, este dragão do mal derrama também, como uma torrente de lama impura, o veneno de sua malícia infernal, ou seja, o espírito da mentira, da impiedade, da blasfêmia e o hálito envenenado da impureza, dos vícios e de todas as abominações.
Os inimigos cheios de astúcia têm acumulados opróbrios e amarguras à Igreja, esposa do Cordeiro imaculado e lhe dado a beber absinto; sobre seus bens mais sagrados impõem suas mãos criminosas para a realização de todos os seus ímpios desígnios. Lá, no lugar sagrado onde está instituída a sede de São Pedro e a Cátedra da Verdade para iluminar os povos, foi instalado o trono da abominação de sua impiedade, com o desígnio iníquo de ferir o Pastor e dispersar as ovelhas.
Nós te suplicamos, ó príncipe invencível, ajuda o povo de Deus e concede-lhe a vitória contra os ataques destes espíritos dos réprobos. Este povo te venera como seu protetor e padroeiro, e a Igreja se gloria de tê-lo como defensor contra os poderes malignos do inferno. A ti Deus confiou a missão de conduzir as almas para a felicidade celeste. Roga, portanto, ao Deus da paz que submeta Satanás aos nossos pés, tão derrotado e subjugado, que nunca mais possa impor a escravidão aos homens, nem prejudicar a Igreja! Apresenta as nossas orações à vista do Todo-Poderoso para que as misericórdias do Senhor nos alcancem o quanto antes. Submete o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e o precipite acorrentado no abismo para que não mais possa seduzir as nações (Ap 20). Amém.
Desde já confiados à sua assistência e proteção, com a sagrada autoridade da Santa Igreja e em nome de Jesus Cristo, Deus e Nosso Senhor, comprometemo-nos com fé e segurança repelir aos ataques da astúcia diabólica.'
Oremos: ‘Ó Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós invocamos vosso Santo Nome e imploramos insistentemente a Vossa clemência para que, pela intercessão da Imaculada sempre Virgem Maria, nossa Mãe, e do glorioso São Miguel Arcanjo, de São José, esposo da mesma Santíssima Virgem, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os santos, dignai-vos proteger contra Satanás e contra todos os espíritos malignos que vagueiam pela terra para destruir a humanidade e fazer perder as almas. Amém’.
Em 1934, a oração original do Papa Leão XIII foi alterada sem maiores explicações. O trecho relativo ao avanço da apostasia universal até as portas da Igreja, ou seja, ao próprio Vaticano (‘a sede de São Pedro’) foi eliminado (Em La Salette, em 1846, Nossa Senhora já havia vaticinado que ‘Roma perderá a fé e se converterá na sede do Anticristo’, demonstrando, assim, cabalmente, a vinculação profética de La Salette com a ‘visão’ de Leão XIII, bem como a gravíssima situação a que estaria submetida a Santa Igreja). Adicionalmente, a oração completa foi substituída por uma versão bem mais sucinta (dada abaixo), que traduz de forma muito difusa o espírito e a força da oração original:
'São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém'.
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