quarta-feira, 15 de agosto de 2012

GLÓRIAS DE MARIA: ASSUNÇÃO AO CÉU


A Assunção de Maria - Palma Vecchio (1512 - 1514)

"Pronunciamos, declaramos e de­finimos ser dogma de revelação divina que a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, cumprido o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à Glória celeste”.

                            (Papa Pio XII, na Constituição Dogmática  Munificentissimus Deus, de 1º de novembro de 1950)


A solenidade da Assunção da Virgem Maria existe desde os primórdios do catolicismo e, desde então, tem sido transmitida pela tradição oral e escrita da Igreja. Trata-se de um dos grandes e dos maiores mistérios de Deus, envolto por acontecimentos tão extraordinários que desafiam toda interpretação humana: 

1. Nossa Senhora NÃO PRECISAVA morrer, uma vez que era isenta do pecado original;

2. Nossa senhora QUIS MORRER para se assemelhar em tudo ao seu Filho, pela aceitação de sua condição humana mortal e para mostrar que a morte cristã é apenas uma passagem para a Vida Eterna;  

3. Nossa Senhora NÃO PODIA passar pela podridão natural da carne tendo sido o Sacrário Vivo do próprio Deus;

4. A morte de Nossa Senhora foi breve (é chamada de 'Dormição') e ela foi assunta ao Céu em corpo e alma;

5. Aquela que gerou em si a vida terrena do Filho de Deus foi recebida por Ele na glória eterna;

6. Nossa Senhora foi assunta ao Céu pelo poder de Deus; a ASSUNÇÃO difere assim da ASCENSÃO de Jesus, uma vez que Nosso Senhor subiu ao Céu pelo seu próprio poder.


Louvor a Ti, Filha de Deus Pai,
Louvor a Ti, Mãe do Filho de Deus,
Louvor a Ti, Esposa do Espírito Santo,
Louvor a Ti, Maria, Tabernáculo da Santíssima Trindade!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

VERSUS: ALTARES CATÓLICOS E PROFANAÇÕES

Jesus está aqui, em corpo, alma, sangue e divindade...


... mas Jesus não está aqui.





“Porque vai chegar um tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina, mas, sentindo cócegas nos ouvidos, reunirão em volta de si mestres conforme suas paixões. Deixando de ouvir a verdade, eles se voltarão para as fábulas.” (2Tm. 4,3-4)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O CÉU É AQUI...

DA VIDA ESPIRITUAL (21)


Afasta-te da insensatez como te afastarias de diante o mais profundo abismo. A insensatez é a camisa de força que fragiliza a tua consciência, tolhe a tua sensibilidade, inibe a tua percepção, rouba tua caridade e suprime a presença de Deus da tua vida... A insensatez é o mergulho no vazio da alma, porta escancarada que te leva aos porões da loucura...

domingo, 12 de agosto de 2012

EUCARISTIA - II


2. A SAGRADA COMUNHÃO

Na Sagrada Comunhão, tornamo-nos uma só coisa com Cristo e esta união sacramental não implica apenas na mera união física ente a hóstia e o nosso corpo: é a incorporação mística e espiritual da nossa alma com Jesus, tornada possível através do nosso contato físico com o seu sagrado corpo.  Esta união íntima com Cristo ocorre sem qualquer esforço de nossa parte, uma vez que se dá pela virtude do próprio sacramento. Esta união com Cristo, em Cristo e por Cristo, torna-nos co-irmãos com todos os outros membros do seu Corpo Místico e, por isso, a Eucaristia simboliza a nossa absoluta unidade com Cristo e com sua Igreja. Muitos grãos de trigo se juntaram no pão que se converteu no Corpo de Cristo. Muitos cachos de uva foram espremidos juntos para encher o cálice que se tornou o Sangue de Cristo. Somos muitos em Um e este Um é Cristo.

Um equívoco muito grave seria pensar que esta união tão íntima com Deus exigiria, em termos estritos, um nível de santidade de tal transcendência que somente os muitíssimos santos seriam genuinamente dignos de receber a Sagrada Comunhão. A heresia do jansenismo sustentatava tais idéias e as difundiu por toda a Igreja, somente sendo destruída por completo quando o Papa São Pio X promulgou o seu famoso decreto sobre a comunhão freqüente. Com efeito, não devemos exigir de nós mais condições do que aquelas que Jesus nos impõe: o que Ele nos pede é que comunguemos freqüentemente para alcançarmos um contínuo crescimento espiritual. Não precisamos ser santos para comungar, mas a santificação nos exige comungar freqüente e dignamente.

Mas o que seria este comungar dignamente? Na enxurrada de tantas inovações e pseudo-adaptações aos 'tempos modernos', é imperioso questionar e combater práticas abusivas que vulgarizam ou denigrem os princípios da verdadeira devoção à Sagrada Eucaristia. Neste sentido, é a própria presença viva de Cristo que deve nortear nossa conduta eucarística, como tudo o mais no contexto de uma verdadeira vida cristã: fazer cumprir a sua Santíssima Vontade.

O grave equívoco vigente de se buscar adaptar a doutrina de Deus às nossas vidas em vez de se devotar  humildemente as nossas vidas à Doutrina Santa de Deus, constitui uma gravíssima afronta no ato eucarístico, uma vez que, neste ato, quaisquer  concessões humanas ilícitas ofendem diretamente o Santíssimo Corpo de Jesus. Lembremos que, para Deus, os tempos são imutáveis e, por isso, suas doutrinas e as suas Leis são eternas. O que muda ao sabor do vento e a toda hora são os costumes dos homens arrogantes e rebeldes, a serviço de satanás. Assim, antes de se rotular determinadas práticas como sendo ultrapassadas, obsoletas ou exageradas, é preciso refletir, com prudência e discernimento, quando e como determinados procedimentos podem desqualificar ou não a dignidade da eucaristia como centro de nossa vida cristã.

Este é o objetivo das abordagens apresentadas em vários textos sequenciais a serem publicados no blog (sempre aos domingos), sob a ótica dos ensinamentos do Evangelho, da sã doutrina e das legítimas tradições da Igreja una, santa, católica e apostólica. Que o Espírito Santo conceda a graça que elas sejam emanadas do mais profundo amor cristão, sem espírito de crítica, julgamento ou desrespeito a quem quer que seja, mas que possam servir de reflexão aos católicos autênticos no seu caminho de Vida Espiritual.

Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)

sábado, 11 de agosto de 2012

ORAÇÃO : 'TANTUM ERGO'

Oração composta pelas duas últimas estrofes do Hino Eucarístico 'Pange Lingua', de São Tomás de Aquino. Todo católico recebe uma indulgência parcial ao rezá-lo e esta indulgência torna-se plenária quando recitado na Quinta Feira Santa ou no dia de Corpus Christi. Em celebrações para bênçãos, aplica-se a oração final, que constitui, no entanto, adição posterior e não é parte integrante do hino original.

Tantum Ergo

Tantum ergo Sacramentum
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Praestet fides supplementum
Sensuum defectui.

Genitori, Genitoque
Laus et iubilatio,
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio.

Amen.

V. Panem de caelo praestitisti eis (T.P. Alleluia)
R. Omne delectamentum in se habentem (T.P. Alleluia)

Oremus. Deus, qui nob sub sacramento mirabili, passiones tuae memoriam reliquisti: tribue, quaesumus, ita nos corporis et sanguinis tui sacra Mysteria venerari, ut redemptionis tuae fructum in nobis iugiter sentiamus. Qui vivis et regna in saecula saeculorum. Amen.


Tão sublime Sacramento
Veneramos prostrados:
E que a antiga lei
ceda lugar ao novo rito:
a fé venha suprir 
à fraqueza dos sentidos.

Ao Pai e ao Filho
louvor e glória,
saudação, honra, virtude
assim como a bênção. 
Ao que de ambos procede (Espírito Santo)
sejam dados os mesmos louvores.
                                                                    
  Amém.

V. Vós nos destes o Pão do Céu (T.P. Aleluia)
R. Que tem em si toda a doçura (T.P. Aleluia)
                                                                        T.P.: Tempo Pascal

Oremos. Ó Deus, que neste admirável Sacramento nos legastes o memorial da vossa Paixão, concedei-nos, nós Vos imploramos, venerarmos os mistérios sagrados do Vosso Corpo e do Vosso Sangue, e vivermos dignamente as graças e tributos da Vossa redenção. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.
                                                                                   (tradução do blog)


(Tantum Ergo em canto gregoriano: 3 Variações)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

QUEM SE ENVERGONHAR DE MIM...

O respeito humano (a vergonha de mostrar que Cristo é nosso Deus, por medo da exposição pública e 'ficar mal' diante de outras pessoas) é a grande tragédia da cristandade atual. O maior pecado dessa pobre geração de desventurados, que se dizem católicos, mas católicos de uma Igreja que traem cotidianamente, que repudiam, que renegam, de que se envergonham. São católicos que não perdem a pôse diante das alegorias humanas, mas que não têm receio algum de perder a vergonha na fé cristã.

Envergonham-se de frequentar a Santa Missa, de confessar-se ou de comungar, de rezar em família, de frequentar uma procissão, de corrigir o erro e de reprovar incondicionalmente o pecado e a ocasião de pecado, de se manifestar com firmeza contra as heresias, as blasfêmias e os sacrilégios dos 'próximos'. São pessoas socialmente muito bem engajadas, mas católicos envergonhados... de Deus!

Entretanto, não têm vergonha alguma em compartilhar de festas profanas, assistir filmes e novelas indecentes, de viver o ecumenismo como crença. Não se envergonham de ficar emudecidos e omissos diante do ativismo pró-aborto, pró-divórcio, pró-políticas de inseminação artificial e tantos outros prós que são, na verdade, todos os contras de uma vida cristã autêntica. Vivem morrendo de vergonha de parecerem católicos num mundo cada vez menos cristão. 

Para esta porção da vinha de acovardados e envergonhados, diante desta geração adúltera e pecadora, resta a lembrança dos mártires (vídeo abaixo) ou as palavras demolidoras de Jesus:

"Quem se envergonhar de mim e das minhas palavras junto a esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando chegar na Glória do seu Pai com os Anjos e Santos" (Mc 8,38).

"Quem quiser salvar a própria vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e do Evangelho, a salvará" (Mc 8,35).


(o vídeo começa após 40s)