segunda-feira, 11 de julho de 2022

NÃO HÁ PAZ PARA QUEM PRATICA O MAL

'Escutai bem, povo insensato e sem inteligência: vós que tendes olhos para não ver e ouvidos para não ouvir: 

Não temeis a minha face? – oráculo do Senhor. Não tremeis diante de mim, eu que fixei a areia como limite ao mar, barreira eterna que não será ultrapassada? Por mais que se lhe agitem as ondas, são impotentes, murmuram, mas não vão além; 

... Foram vossas iniquidades que alteraram essa ordem, vossos pecados que vos privaram desses bens. 

Porquanto perversos se encontram no seio de meu povo, que espreitam, de tocaia, como caçadores de pássaros, armando laços para apanhar os homens. 

...Como não repreender tamanhos excessos – oráculo do Senhor – e não vingar-me de semelhante nação? 

Coisas horríveis, espantosas, ocorreram nesta terra: 

mentem os profetas em seus oráculos, os sacerdotes dominam pela força. E meu povo mostra-se satisfeito! Que fareis vós, quando chegar o fim?'
(Jr 5, 21 - 31)

Os falsos profetas proclamam: paz, paz! Proclamam o que não podem dar, saciam os seus devotos com aquilo que não os alimentam. Esta falsa paz, essa falsa tranquilidade que diz que está tudo bem, que tudo é apenas o resultado previsível das conquistas sociais do homem, que não há pecados, que não há inferno. Estes falsos profetas, vestidos ou travestidos em cores e profanadores da sã doutrina de Deus, buscam entorpecer a consciência dos ímpios e promover o indiferentismo aos justos, ao lhes garantir um reinado da iniquidade ou da tibieza sem quaisquer sobressaltos ou consequências: paz, paz, paz!!! Bebem do veneno que espalham como néctar, vivem como sepulcros caiados e nunca terão a verdadeira paz, porque 'tribulação e angústia sobrevirão a todo aquele que pratica o mal' (Rm 2,9).