sexta-feira, 16 de agosto de 2024

TESOURO DE EXEMPLOS (361/365)

 

361. É PREFERÍVEL A MISSA

Henrique III, rei da Inglaterra, ouvia duas ou três missas por dia. Quando um cortesão lhe disse que, a seu juízo, era preferível ouvir sermões, replicou o rei: 'Ouvir sermões é muito bom; mas eu prefiro ver o amigo a ouvir falar dele, por muito que o louvem'.

362. O SEGREDO DA CONFISSÃO

Um sacerdote renegado, excomungado e apóstata, anunciou que, no Teatro Lírico de Santiago do Chile, revelaria os mais interessantes segredos de confissão dos tempos de seu sagrado ministério. Era 18 de maio de 1905. No momento exato em que o desgraçado ia abrir a boca para começar a falar, desabaram estrepitosamente as galerias do teatro, ficando sepultadas debaixo de suas ruínas 600 pessoas. Assim Deus o castigou, não permitindo que se violasse o segredo da Confissão.

363. SE NÃO BLASFEMARES, DOU-TE UMA MOEDA

Um soldado blasfemador dizia que não se corrigia por não poder. Disse-lhe um dia um cavalheiro: 'Se hoje não blasfemares, dou-te uma moeda de ouro'. O soldado, naquele dia, percorreu a caserna, falou, discutiu com os outros soldados, mas não deixou escapar nem uma só blasfêmia. Deu-lhe o cavalheiro a moeda, mas fez-lhe notar que se não se corrigia era porque não queria, mas porque não fazia propósito eficaz; pois, se podia abster-se de blasfemar por uma moeda, muito mais devia abster-se para ganhar o céu. E com esta lição emendou-se aquele soldado.

364. PEQUENOS EXEMPLOS

Em 1763, o general Marquês de Broc inspecionava o regimento do conde de Provença. Perguntou a um cabo do regimento: 'Camarada, como começas o seu dia? 'Meu general, começo rezando as minhas orações'. 'Basta, o próximo. Um soldado que começa o dia assim, seguramente cumprirá seu dever'.

A. Um certo bispo visitava um hospital militar. Aproximando-se de um soldado, recomendou-lhe que não deixasse de rezar pela manhã e à noite. Respondeu-lhe: 'Senhor, eu rezo todas as manhãs e todas as noites, mas à moda militar, brevemente'. 'E como rezas? 'Assim: de manhã, ao despertar, digo: Meu Deus, teu servo se levanta, tem compaixão dele. E ao deitar-me, digo: Meu Deus, teu servo se deita, tem compaixão dele'. 'Bravo! Magnífico!'

B. Nos terremotos de 1906 em São Francisco (Califórnia), enquanto todos corriam como loucos de um lugar para outro, as Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, da rua Franklin, com sua superiora Madre Germana, refugiaram-se a orar na capela e rezavam a ladainha do Coração de Jesus, entre os gritos de espanto da multidão. Num instante um mar de fogo e fumo cercou todo o convento; mas, acalmado o incêndio, entre as ruínas dos arredores apareceu o convento intacto, sem sequer ter queimado uma persiana.

C. Um homem casado, mas muito desordeiro, que por conselho de sua esposa rezava sempre uma Ave-Maria, viu que o Menino Jesus estava coberto de chagas e lhe virava as costas. Compreendeu que eram seus pecados e pediu perdão, e rogou a Nossa Senhora que intercedesse por ele. Assim o fez Nossa Senhora, mas o Menino recusava-se a perdoar. Pareceu-lhe então que a Virgem pôs-se de joelhos diante do Filho. Este comoveu-se, perdoou, mas exigiu que o pecador lhe beijasse as chagas, e estas, à medida que eram beijadas, desapareciam. Aquele esposo mudou de vida e tornou-se um cristão fervoroso.

D. Era na Alemanha. Um capelão não conseguia converter um condenado que ia ser enforcado. Por fim, isse-lhe: Reze comigo ao menos uma Ave-Maria. Ele a rezou e, banhado em lágrimas, confessou-se e morreu bem.

E. 'A missa é tão longa!' - dizia alguém ao bispo de Amiens, Mons. de la Motte. 'Que vergonha!' - respondeu o prelado - 'um filho se cansa de estar com o seu pai; um homem se cansa de estar com o seu Deus!'

F. Carlos XII, rei da Suécia, embriagou-se e fez um insulto à sua mãe. Esta retirou-se e, no outro dia, não se apresentou ao filho. Carlos, ao saber da causa, tomou um copo de vinho e, apresentando-se à rainha, disse: 'Senhora, sei que ontem vos insultei; perdoai-me. Bebo este vinho à vossa saúde'. Em seguida, quebrou o copo e acrescentou: 'Este é o último copo de vinho que bebo em minha vida'. E cumpriu a palavra.

G. Henrique VIII, rei católico, para casar-se com Ana Bolena (posto que já era casado com outra), abjurou a religião católica e tornou-se um rei perseguidor e sanguinário. Imolou 2 cardeais, 13 abades, 18 bispos, 50 doutores, 200 padres, 360 senhores e mais de 72.000 vítimas. Ao morrer dizia: 'Desgraçado de mim! Não perdoei durante minha vida nem a um homem em minha cólera, nem a uma mulher em minha sensualidade, e morro execrado dos homens e amaldiçoado de Deus'.

H. São Medardo possuía uma novilha, que trazia ao pescoço um cincerro. Um dia um amigo do alheio roubou-lhe a novilha. O cincerro começou a soar; o ladrão encheu-o de palha, e soava; tirou-o do pescoço da vaca e meteu-o num balaio, e este continuava a tinir; enterrou-o, e mesmo assim continuava a tinir. Cheio de terror, devorado pelo remorso, aquele ladrão confessou a sua culpa, entregando a novilha ao seu legítimo dono.

I. Um rapaz foi condenado à morte. Estava preso e naquele dia seria executado. Sua mãe foi visitá-lo, mas ele a repeliu e não a quis receber, dizendo: 'A senhora tem a culpa. Se, quando eu fazia pequenos furtos, me tivesse castigado, eu não estaria aqui. A senhora, uma má mãe, aprovou aqueles furtos pelo que agora estou condenado'.

J.  Washington, um dos mais célebres presidentes dos Estados Unidos, era um menino travesso. Um dia, deu uma machadada numa cerejeira, que seu pai estimava muito e a arvorezinha secou. Perguntou o pai tal fato aos criados. O menino, a essa altura, apresentou-se ao pai e disse: 'Pai, eu não devo mentir: fui eu'. E o pai: 'Muito mais estimo a tua sinceridade que todas as cerejeiras do mundo. Perdoo-te, uma vez que disseste a verdade'.

K. O médico Hipócrates, que chegou à idade de 140 anos, dizia: 'Nunca comi até ficar farto'. São Francisco de Paula chegou aos 91 e Santo Afonso também; Santo Hilário chegou aos 104 e, como eles, muitos outros jejuadores chegaram a idades avançadas.

L. Um santo bispo mandou por em seu epitáfio estas palavras: 'Lembrai-vos de santificar o dia do Senhor'. O santo bispo de Poitiers, Mgr. Pie, dizia: 'Quisera que na sepultura de todos os nossos diocesanos se pudesse pôr êste epitáfio: Êste homem descansou todos os domingos, e os santificou'. O santo cura de Ars dizia: 'O domingo é dia de Deus... Conheço dois meios de empobrecer: trabalhar aos domingos e roubar'.

M. Alguém perguntou ao sábio Diógenes que deveria fazer para vingar-se de um inimigo. Diógenes respondeu: 'Seja mais virtuoso que ele'.

365. SAVONAROLA E O CARNAVAL

Conta-se que, em represália aos excessos do carnaval florentino, organizou Savonarola em 1496 uma procissão de 10.000 jovens, que desfilou pelas ruas principais da cidade cantando hinos religiosos de penitência. Chegando a uma praça, onde se erguera uma grande pirâmide de livros maus, recolhidos com antecedência, a um sinal dado, deitaram-lhes fogo. Ao mesmo tempo soaram as trombetas da Signoria, repicaram os sinos da Igreja de São Marcos e a multidão prorrompeu em aclamações. Encerrou-se a função com uma missa solene no meio da praça, onde fôra erguido um grande Crucifixo.

(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos', do Pe. Francisco Alves, 1958; com adaptações)

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

GLÓRIAS DE MARIA: ASSUNÇÃO AO CÉU

  

A Assunção de Maria - Palma Vecchio (1512 - 1514)

"Pronunciamos, declaramos e de­finimos ser dogma de revelação divina que a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, cumprido o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à Glória celeste”.

                            (Papa Pio XII, na Constituição Dogmática  Munificentissimus Deus, de 1º de novembro de 1950)


A solenidade da Assunção da Virgem Maria (celebrada pela Igreja no dia 15 de agosto) existe desde os primórdios do catolicismo e, desde então, tem sido transmitida pela tradição oral e escrita da Igreja. Trata-se de um dos grandes e dos maiores mistérios de Deus, envolto por acontecimentos tão extraordinários que desafiam toda interpretação humana: 

1. Nossa Senhora NÃO PRECISAVA morrer, uma vez que era isenta do pecado original;

2. Nossa senhora QUIS MORRER para se assemelhar em tudo ao seu Filho, pela aceitação de sua condição humana mortal e para mostrar que a morte cristã é apenas uma passagem para a Vida Eterna;  

3. Nossa Senhora NÃO PODIA passar pela podridão natural da carne tendo sido o Sacrário Vivo do próprio Deus;

4. A morte de Nossa Senhora foi breve (é chamada de 'Dormição') e ela foi assunta ao Céu em corpo e alma;

5. Aquela que gerou em si a vida terrena do Filho de Deus foi recebida por Ele na glória eterna;

6. Nossa Senhora foi assunta ao Céu pelo poder de Deus; a ASSUNÇÃO difere assim da ASCENSÃO de Jesus, uma vez que Nosso Senhor subiu ao Céu pelo seu próprio poder.


Louvor a Ti, Filha de Deus Pai,
Louvor a Ti, Mãe do Filho de Deus,
Louvor a Ti, Esposa do Espírito Santo,
Louvor a Ti, Maria, Tabernáculo da Santíssima Trindade!

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

VERSUS: BONDADE DIVINA X MISÉRIA HUMANA

Poderá haver prova mais eloquente da misericórdia de Deus do que assumir nossa miséria? Poderá haver maior prova de amor do que o Verbo de Deus se tornar como a erva do campo por nossa causa? 'Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?' (Sl 8,5). Por isso, compreenda o homem até que ponto Deus cuida dele; reconheça bem o que Deus pensa e sente a seu respeito. Não perguntes, ó homem, por que sofres, mas por que ele sofreu por ti. Vendo tudo o que fez em teu favor, considera o quanto ele te estima, e assim compreenderás a sua bondade através da sua humanidade. Quanto menor se tornou em sua humanidade, tanto maior se revelou em sua bondade; quanto mais se humilhou por mim, tanto mais digno é agora do meu amor. Diz o Apóstolo: Apareceu a bondade e a humanidade de Deus, nosso Salvador. Na verdade, como é grande e manifesta a bondade de Deus! E dá-nos uma grande prova de bondade Aquele que quis associar à humanidade o nome de Deus.

(São Bernardo)


Todas as delícias e doçuras que a vontade saboreia nas coisas terrenas, comparadas aos gozos e às delícias da união divina, são suma aflição, tormento e amargura. Assim todo aquele que prende o coração aos prazeres terrenos é digno diante do Senhor de suma pena, tormento e amargura, e jamais poderá gozar os suaves abraços da união de Deus. Toda a glória e todas as riquezas das criaturas, comparadas à infinita riqueza que é Deus, são suma pobreza e miséria. Logo a alma afeiçoada à posse das coisas terrenas é profundamente pobre e miserável aos olhos do Senhor, e por isto jamais alcançará o bem-aventurado estado da glória e riqueza, isto é, a transformação em Deus.

(São João de Deus)

terça-feira, 13 de agosto de 2024

PROFECIAS CATÓLICAS (I)

👉 Teresa Neumann (1936): 'As fúrias do inferno estão agora à solta. O castigo divino será inevitável'. 

👉 São Columbano (século VI): 'Escutai, escutai o que acontecerá nos últimos dias do mundo! Haverá grandes guerras; serão promulgadas leis injustas; a Igreja será despojada dos seus bens; as pessoas lerão e escreverão muito; mas a caridade e a humildade serão ridicularizadas, e o povo comum acreditará em ideias falsas'.

👉 Elizabeth Canori-Mora (século XIX): 'Ai do religioso que não observar a sua regra! O mesmo digo ao clero secular e a todos os homens do mundo que se entregam a uma vida de prazeres e que acreditam nas falsas máximas das ideias modernas'.

👉 São Metódio (século IV): 'Chegará um dia em que os inimigos de Cristo se vangloriarão de ter conquistado o mundo inteiro. Eles dirão: Os cristãos não podem escapar agora! Mas um Grande Rei levantar-se-á para combater os inimigos de Deus. Ele irá derrotá-los e a paz será dada ao mundo, e a Igreja será libertada das suas aflições'

👉Pio IX (século XIX): 'Haverá um grande prodígio que encherá o mundo de admiração. Mas este prodígio será precedido pelo triunfo de uma revolução durante a qual a Igreja passará por provações que não podem ser descritas'.

👉 Melanie Calvat (a Vidente de La Salette, século XIX): 'Depois de uma guerra terrível, um Grande Rei surgirá e o seu reinado será marcado por uma paz maravilhosa e um grande renascimento religioso'.

👉 São Cataldo (século V): 'O Grande Rei guerreará até à idade de quarenta anos. Ele reunirá grandes exércitos e expulsará os tiranos do seu império'.

Comentários:

A profecia de São Columbano já se concretizou: já tivemos duas guerras mundiais; foram promulgadas leis injustas em todos os países; o desenvolvimento da imprensa fez com que as pessoas lessem e escrevessem muito, algo que só um santo poderia imaginar no século VI; a caridade e a humildade são agora ridicularizadas, e as pessoas acreditam no falso messianismo humano que surgiu durante a Renascença nos meios intelectuais, e que se espalhou entre as pessoas comuns a partir do século VIII. 

São Metódio foi um dos primeiros profetas da era cristã a prever a vitória do comunismo. Ele não nomeou o comunismo, mas as correlações com outras profecias tornarão isso claro. Muitas outras profecias dizem que a vitória do comunismo parecerá inevitável mas, neste momento, ocorrerá um fenômeno cósmico impressionante. Um Grande Rei deverá governar a Europa e será o líder de um grande exército que irá impor uma derrota fragorosa aos comunistas e estender a sua influência moral a todo o mundo, durante o período de paz que se seguirá à grande catástrofe. Pio IX alude também ao mesmo episódio, embora em termos diferentes, pois ele teve uma visão do fenômeno cósmico que se seguirá ao triunfo da revolução comunista. Melanie Calvat e São Cataldo fazem menções similares ao surgimento do Grande Rei.

(Excertos da obra 'Catholic Prophecy: The Coming Chastisement', de Yves Durant) 

domingo, 11 de agosto de 2024

EVANGELHO DO DOMINGO

 

'Provai e vede quão suave é o Senhor!' (Sl 33)

Primeira Leitura (1Rs 19,4-8) - Segunda Leitura (Ef 4,30-5,2) -  Evangelho (Jo 6,41-51)

  11/08/2024 - DÉCIMO NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM

37. 'EU SOU O PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU'


'Eu sou o pão vivo descido do céu' (Jo 6, 51). De todas as manifestações e revelações de Jesus aos seus contemporâneos, nenhuma outra causou tanta incredulidade, espanto e incompreensão do que estas palavras de salvação eterna. A divindade exposta em plenitude à humanidade pecadora, a dimensão espiritual assumindo o fluxo de todas as percepções humanas, provocou naquela gente uma reação desmedida de incredulidade: 'Não é este Jesus o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como pode então dizer que desceu do céu?' (Jo 6, 42).

'Eu sou o pão vivo descido do céu' (Jo 6, 51). Jesus pronunciou estas palavras na sinagoga de Cafarnaum, pouco depois do extraordinário milagre da multiplicação dos pães e dos peixes e em seguida à prévia revelação da santa eucaristia à multidão que fôra ao seu encontro para se fartar de pão material (evangelho do domingo passado): 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede' (Jo 6, 35). E todo o bem vem e volta para Deus, por meio do Pai e o preço do jugo suave do amor é a vida eterna, a ressurreição do último dia: 'Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia' (Jo 6, 44).

'Eu sou o pão vivo descido do céu' (Jo 6, 51). Pão de vida eterna para a alma e para o corpo, não como o maná dado aos filhos de Israel, mas como alimento espiritual descido do Céu para a salvação do mundo. Não se trata mais de um mero alimento para saciar a fome; é o banquete eucarístico da graça, o próprio Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus, como nossa comida e nossa bebida de vida eterna; 'Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo' (Jo 6, 51).

'Eu sou o pão vivo descido do céu' (Jo 6, 51). Pelo mistério da graça, recebemos a Vida de Cristo na Santa Eucaristia e nos revestimos da semente de eternidade que será revelada em plenitude na ressurreição do último dia. Pela união do humano e do divino, já não somos mais reféns do alimento que hoje sacia e depois se consome; somos agora herdeiros da imortalidade junto de Deus, saciados do pão vivo descido dos Céus e que 'permanece até a vida eterna' (Jo 6, 27).

sábado, 10 de agosto de 2024

GALERIA DE ARTE SACRA (XXXVIII)


'A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória' (Gl 6,14)

Os instrumentos da Paixão do Senhor (a cruz, a coroa de espinhos, a coluna da flagelação, os pregos, a lança, etc), são conhecidos como Arma Christi (as armas de Cristo) e constituem uma série de símbolos representando a Agonia, a Traição, a Prisão, o Julgamento, a Condenação, a Crucificação, a Descida da Cruz e o Sepultamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os principais instrumentos da Paixão, mais recorrentes na arte sacra, são:

- a cruz (o santo madeiro);
- a coluna da flagelação com um ou mais flagelos;
- a coroa de Espinhos;
- o 'véu da Verônica';
- os cravos ou pregos da crucificação;
- a vara com a esponja com a qual se ofereceu vinagre a Jesus;
- a lança com a qual o soldado perfurou o coração de Cristo.


Outros instrumentos complementares da Arma Christi são:

- o cálice da última Ceia, que representa também o cálice da agonia;
- as trinta moedas de prata recebidas por Judas;
- as correntes, cordas e tochas usadas pelos soldados que prenderam Jesus;
- a espada usada por Pedro para cortar a orelha do servo do sumo sacerdote;
- o galo que cantou após as negações de Pedro;
- a mão do soldado que esbofeteou Jesus;
- uma corneta, que um soldado soa de modo desafinado para zombar de Jesus;
- o caniço entregue a Jesus como 'cetro' pelos soldados;
- o jarro e a bacia com água com os quais Pilatos lavou as mãos;
- o Titulus Crucis, ou seja, a placa com a inscrição 'Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus';
- as vestes de Jesus e os dados usados pelos soldados para o sorteio;
- o martelo utilizado para pregar Jesus na cruz e o alicate usado para removê-los;
- a escada utilizada para a deposição do corpo de Jesus da cruz.
- o Santo Sudário (lençol do sepultamento) e o vaso com mirra para ungir o corpo.