domingo, 12 de janeiro de 2020

PÁGINAS COMENTADAS DOS EVANGELHOS DOS DOMINGOS


'Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele' 
(At 10, 38)

PÁGINAS DO EVANGELHO (2019 - 2020) 

sábado, 11 de janeiro de 2020

REZAR E AMAR

'Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra.

A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar. Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender. 

Nós nos havíamos tornado indignos de rezar. Deus, porém, na sua bondade, permitiu-nos falar com ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada. Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol. 

Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa vez, quando eu era pároco em Bresse, tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e – podeis crer! – o tempo não me parecia longo. 

Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros. 

Nós, ao invés, quantas vezes entramos na Igreja sem saber o que iremos pedir. E, no entanto, sempre que vamos ter com alguém, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Há até mesmo pessoas que parecem falar com Deus deste modo: 'Só tenho duas palavras para vos dizer e logo ficar livre de vós'. Muitas vezes penso nisto: quando vamos adorar a Deus, podemos alcançar tudo o que desejamos, se pedirmos com fé viva e coração puro'.

(Excertos da obra 'Catecismo de São João Maria Vianney', do original Catéchisme sur la prière: Esprit du Curé d’Ars, de A. Monnin,, 1899)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

A 'ORAÇÃO DO TEMPO' DO GENERAL PATTON

A batalha de Ardenas, que resultou em milhares de mortos entre soldados e civis, foi a última ofensiva alemã de porte na Segunda Guerra Mundial, lançada de surpresa em 16 de dezembro de 1944. Como a Bélgica havia sido libertada três meses antes, ninguém esperava o cerco que as tropas da Wehrmacht imporiam aos soldados americanos da 101ª divisão aerotransportada em Bastogne (sul da Bélgica). Os terríveis combates, que se espalharam por toda a região em meio a um frio polar, duraram seis semanas até a vitória dos Aliados no final de janeiro de 1945.

Neste cenário dramático, o cerco alemão foi rompido pelo Terceiro Exército Americano, sob a liderança do General George Patton (1885 - 1945), um dos mais importantes e carismáticos comandantes militares dos Aliados durante os eventos da Segunda Guerra Mundial. Para romper o cerco, Patton tinha que vencer, além das obstinadas e muito bem treinadas tropas alemãs, as piores condições climáticas possíveis, resultantes de uma combinação crítica de inverno rigoroso, chuvas intensas, terrenos encharcados e neblina, impedindo, assim, qualquer perspectiva ou estratégia militar de superação maciça e imediata das forças inimigas.


Neste cenário de incertezas completas, Patton recorreu  ao capelão católico do Terceiro Exército - James Hugh O´Neill - no sentido do mesmo prover uma oração de súplica a Deus pelas mudanças das condições climáticas locais e, assim, viabilizar a operação militar de superação do cerco alemão. Diante do questionamento do sacerdote de ser prática pouca ortodoxa invocar a Deus por um bom tempo com o intuito de matar homens,  Patton o retrucou: 'Você quer me ensinar teologia ou é o capelão do Terceiro Exército? Eu quero uma oração'. Assim, na falta de uma oração específica, o próprio capelão compôs a 'oração do tempo' solicitada pelo general Patton, nos seguintes termos:

'Pai todo-poderoso e misericordioso, humildemente imploramos, por Vossa grande bondade, conter essas fortes chuvas com as quais tivemos de lidar. Concedei-nos um tempo bom para a batalha. Por favor, ouvi-nos como soldados que Vos invocam para que, armados com o Vosso poder, possamos avançar de vitória em vitória e esmagar a opressão e a maldade dos nossos inimigos e estabelecer a Vossa justiça entre os homens e as nações. Amém'. 

Preparada a oração, Patton foi instado por alguns auxiliares a incluir, junto com a oração, uma saudação de Natal para as tropas sob tensão extremada. A mensagem incluída, do próprio punho do general, tinha os seguintes termos:

'A cada oficial e soldado do Terceiro Exército dos Estados Unidos, desejo um Feliz Natal. Tenho plena confiança em sua coragem, devoção ao dever e habilidade na batalha. Nós vamos avançar com toda a nossa força para uma grande vitória. Que a bênção de Deus repouse sobre cada um de vocês neste dia de Natal'. 

As mensagens foram impressas em um único cartão e distribuídas a cada soldado e oficial do Terceiro Exército (com cerca de 250.000 membros à época). 


No dia seguinte, o tempo mudou radicalmente e permaneceu estável por cerca de seis dias, favorecendo amplamente, não apenas o avanço terrestre das tropas, mas também as condições de voo e dos bombardeios aéreos que permitiram o exército aliado romper o cerco inimigo e enfrentar, de forma demolidora e final, o exército alemão, na chamada Batalha das Ardenas. A batalha se estendeu até o final de janeiro de 1945 e constituiu um dos mais renhidos, decisivos e sangrentos conflitos da Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

O SINAL DA CRUZ (II)


In hoc Signo vinces - 'Por este Sinal vencerás'

II

Os cristãos primitivos da Igreja faziam o Sinal da Cruz, faziam-no bem e o faziam muitas vezes. No Oriente como no Ocidente, em Jerusalém, em Atenas, em Roma, os homens e as mulheres, os mancebos e os velhos, os ricos e os pobres, os padres e os simples fieis, todas as classes da sociedade, observavam religiosamente este uso tradicional.

A história não oferece fato que seja mais certo. Todos os Padres da. Igreja, como testemunhas ocuIares, o dizem e todos os historiadores o certificam. Em nome de todos, escuta agora só um — Tertuliano: ' A cada movimento e a cada passo, ao vestir e ao calçar, ao entrar e ao sair de casa, ao lavar, ao assentar-se à mesa, ao acender as luzes, ao deitar e ao levantar, qualquer que seja o ato que  pratiquemos ou o lugar onde vamos, sempre marcamos nossa fronte com o Sinal da Cruz'. Eis o que está bem claro e é muito certo: nossos avós, de um lado ou de outro, a cada instante faziam o Sinal da Cruz. 

Sim. Não só eles o faziam sobre a fronte, mas, a cada passo, também na boca, sobra os olhos e no peito [Santo Efrém, Sermão sobre a Cruz]. Daqui resulta que, se os primeiros cristãos reaparecendo hoje nos lugares públicos ou em nossas casas, fizessem o que faziam há dezoito séculos, seriam tomados por loucos. E', pois, muito verdade que, a respeito do Sinal da Cruz, os cristãos modernos estão sendo uns antípodas dos primeiros cristãos.

A Verdade é uma só; e a razão só pode estar de um lado: ou a razão está com os cristãos de agora ou há de estar com os primitivos cristãos. Se a razão estiver com os de agora, então os antigos não se justificam e por isso não passaram de uns néscios. Se os primeiros cristãos tinham razão e motivos bastantes para se justificar, os cristãos modernos é que estão errados. Não há meio termo. A razão estará com quem? Questão grave; muito grave.

Os primeiros cristãos viram os Apóstolos e os Homens Apostólicos; trataram e ouviram com eles. Deles receberam a Fé e por eles foram batizados. Foi, portanto, nas fontes da Verdade que eles  beberam. Da Doutrina Apostólica, a quem tudo deviam, é que nutriam o Espírito; dela faziam a regra das próprias ações e com inviolável fidelidade a observavam: perseverantes in doctrina apostolorum. Nunca ninguém esteve em melhores condições do que eles para conhecer o pensamento dos Apóstolos sobre a Doutrina de Nosso Senhor. Se, pois, os primeiros cristãos faziam o Sinal da Cruz a cada instante, é forçoso concluir que eles obedeciam a uma recomendação apostólica. 

Não só os primeiros cristãos eram muito instruídos na Doutrina dos Apóstolos; mas, também muito fieis em praticá-la. Disto é prova serem muitos os santos daquele tempo. Não há verdade melhor estabelecida do que a seguinte: a santidade era o caráter comum dos primeiros cristãos. Eles preferiam perder tudo — a liberdade, os bens, o bom nome e a própria vida, em meio dos piores suplícios, antes de que ofender a Deus. Foi um heroísmo que durou tento como as perseguições: três séculos. Eram muito caridosos. O Céu e a terra se uniram para elogiar-lhes o mútuo amor verdadeiro que os unia, único nos anais do mundo. Constituíam um só coração e uma só alma: Cor unum et anima una — diz deles o próprio Deus nas Escrituras. 

Eram ternos e respeitosos para com os Apóstolos, aos quais obedeciam com submissão filial. São Paulo, que não era adulador, escreve aos cristãos de Roma: 'É célebre no mundo inteiro a vossa Fé'. A meu ver, essa santidade constitui a mais poderosa circunstância a favor do Sinal da Cruz. Quando homens daquele caráter, diante da morte, mostram-se invariavelmente fieis a um dado uso, é necessário crer que tal uso é um pouco mais importante do que julgam os cristãos de agora. 

Muito cedo, tanto no Oriente como no Ocidente, se formaram comunidades religiosas de homens e de mulheres, que perpetuaram, com a maior fidelidade, o verdadeiro espírito do Evangelho e a pura tradição do ensino apostólico. Entre os antigos usos, conservados com zelo e cuidado, figura o Sinal da Cruz. Todos os grandes homens que, durante mais de quinhentos anos, se sucederam no Oriente e no Ocidente, aqueles gênios incomparáveis que se chamam os Pais da Igreja — Tertuliano, Cipriano, Atanásio, Gregório, Basílio, Agostinho, Crisóstomo, Jerônimo, Ambrósio e tantos outros, cuja lista espantosa com o seu peso esmaga o orgulho dos séculos — todas estas elevadas inteligências faziam muito assiduamente o Sinal da Cruz e o recomendavam com insistência a todos os cristãos que o fizessem em qualquer ocasião.

(Excertos adaptados da obra 'O Sinal da Cruz', do Monsenhor Gaume, 1862)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O SINAL DA CRUZ (I)


In hoc Signo vinces - 'Por este Sinal vencerás'

I

'Apenas quinze dias são passados que os jornais anunciaram o naufrágio do navio comandado pelo Capitão Walker. A notícia que lemos nos foi dolorosa pela morte de passageiros conhecidos nossos. Tinha o navio batido contra um escolho, o que deu origem a um largo rombo no casco. Apesar dos esforços da tripulação, foi impossível repará-lo. Em menos de uma hora o porão estava inundado; e o navio descia a olhos vistos abaixo da linha de flutuação. 

Diante do perigo, alijaram ao mar as mercadorias; além das mercadorias, as provisões de guerra; depois os móveis e uma parte dos aparelhos. Por fim, lá se foram as provisões de alimentos, excetuando-se duas ou três pipas de água e alguns sacos de bolacha. Tudo inútil. O navio continuava a afundar e o naufrágio tornava-se iminente. Como último recurso, o Capitão Walker mandou lançar fora as lanchas e, muito à pressa, entrou numa. Infelizmente a maior parte dos passageiros, em vez de nelas encontrarem salvamento, encontrou a morte. Com pequenas variantes, esta é a história dos grandes naufrágios. Em transes tais, os que comandam o navio e as demais pessoas que o ocupam estão prontos para alijar tudo quanto podem: a vida primeiro que tudo. 

O mundo atual (este mundo que ainda se diz cristão) oferece mais de um ponto de semelhança com um navio avariado e prestes a perder-se. As furiosas tempestades que, desde longo tempo, não têm cessado de bater contra a nau da Igreja, nela têm aberto largos rombos. Em grandes ondas, foram entrando doutrinas, costumes, usos e tendências anti-cristãs. E' necessário um abrigo seguro; não para o Navio que é imperecível. mas para os passageiros que não o são. O que se tem feito? Não é ao mundo abertamente pagão que me refiro; nele já o naufrágio está consumado. Falo é deste mundo que ainda pretende ser cristão. 

Que fez ele? O que faz, a cada dia, às provisões de guerra e de alimentação, às mercadorias, aos móveis e aos aparelhos de que a Igreja tinha provido a Nau, a fim de assegurar a sua segurança contra o ímpeto dos ventos e contra os escolhos, e o bom resultado da navegação até ao porto da eternidade? Tudo ou quase tudo foi lançado ao mar. Que é feito da oração em comum no seio das famílias? No mar. Onde andam os estudos da doutrina e as leituras piedosas e a meditação? No mar. Onde ficaram a assistência habitual ao Santo Sacrifício da Missa, o Escapulário e as contas do Rosário? No mar. Onde está aquela santificação séria do domingo, dia reservado unicamente para assistir à Santa Missa inteira e para escutar as pregações da Palavra de Deus e os Oficios Divinos; para a visita aos pobres, aos aflitos e aos doentes? No mar. Onde foi parar a prática frequente e regular dos sacramentos da Confissão e da Comunhão, a observância ao jejum e à abstinência? No mar. Onde está aquele espírito de simplicidade, de modéstia e de mortificação no vestuário, nos divertimentos, nas habitações, no mobiliário, na alimentação? No mar. Onde está o Crucifixo? O que é feito das imagens santas? E o uso da água benta? No mar. Tudo lançado ao mar...

E a Nau continua sendo invadida pelas ondas! Diminui-se o espírito cristão e o espírito mundano cresce a olhos vistos. Entram os viajantes nos barcos, isto é, nas religiões que eles próprios criam segundo as suas verdades, as suas posições, os seus temperamentos, os seus gostos. Aos domingos, vai-se à Igreja o mais tarde possível, assiste-se um pedaço da Missa apressadamente e sabe-se Deus com qual intenção! Missa cantada nem pensar. Ir à explicação da doutrina e às Vésperas [onde elas ainda são rezadas?*], nunca. O cristão de agora frequenta os espetáculos e as danças, lê tudo o que se apresenta, pratica tudo o que quer; só não pratica aquilo que deve. Eis os frágeis batéis [barcos pequenos] aos quais o homem, que se diz católico, hoje confia a própria salvação. 

Porventura poderá ele admirar-se de tantos naufrágios? E a gente nova que assim se vai criando? Entre os usos católicos imprudentemente abandonados pelo mundo atual, um há, entre todos relevantes, que do naufrágio eu bem quisera a todo o custo salvar. E' o Sinal da Cruz [a imagem incluída na postagem corresponde à da primeira tradução em português da obra (1950)]. É tempo de curar a conservação dele. Se não, daqui a alguns anos terá seguido o caminho de tantas outras práticas tradicionais que devemos à ternura maternal da Igreja e à piedade esclarecida dos séculos cristãos [o texto original de 1862 é profético para a crise atual da Igreja; na sequência imediata da edição da obra, o Papa Pio IX instituiu, em 1863, indulgência parcial (ver abaixo)** à prática do Sinal da Cruz].

Queres saber o triste paradeiro do Sinal da Cruz no mundo cristão de hoje? Coloca-te um domingo qualquer à porta de uma igreja. Observa bem a multidão, que entra na Casa de Deus. Um grande número entra com altivez ou loucamente; entram sem nem olhar para a pia de água benta [em quantas igrejas se dispõe ainda de uma pia de água benta à entrada?] e não fazem o Sinal da Cruz. Outros, em menor número, apenas fazem um gesto exterior do Sinal da Cruz. Outros tantos, pelo modo com que fazem o Sinal da Cruz, melhor seria que o não fizessem. Estou certo de que o mais hábil decifrador de hieróglifos diante daquilo ficaria em dificuldades. 

Um tal movimento de mão - irrefletido, apressado, truncado, mecânico - ao qual é impossível designar forma ou dar uma significação, se é que ligam a menor importância ao que fazem, eis deles o Sinal da Cruz de domingo. Nesta multidão toda de gente batizada, quantas pessoas encontrarás que façam, séria, regular e religiosamente, o Sinal santo da salvação eterna? Ora, se em público e em circunstâncias solenes, a maior parte não faz ou faz mal o Sinal da Cruz, tenho dificuldade em me persuadir que o façam e o façam bem, em outras ocasiões onde há, na aparência, menos motivos para o fazer e de o fazer bem. E' pois um fato: os cristãos de hoje não fazem, fazem raras vezes ou fazem mal feito o Sinal da Cruz'. 

* observações adicionadas pelo autor do blog

(Excertos adaptados da obra 'O Sinal da Cruz', do Monsenhor Gaume, 1862)


**Excertos da Indulgência Parcial da Igreja associada à Prática do Sinal da Cruz 

(introduzida pelo Papa Pio IX, em 28 de julho de 1863)

... Julgamos a propósito despertar a piedade dos fieis para com o Sinal salutar de nossa Redenção, abrindo os Celestes Tesouros das Indulgências, a fim de que, imitando os belos exemplos dos primeiros cristãos, se não envergonhem hoje os católicos de pública e abertamente, munir-se com frequência do Sinal da Cruz, que é o Estandarte da Milícia Cristã.

Eis porque Nós, confiando na misericórdia de Deus Onipotente e na autoridade de seus bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, concedemos, pela forma habitual da Igreja, a todos e a cada um dos fieis de ambos os sexos que fizerem o Sinal da Cruz, contritos ao menos de coração e invocada a Santíssima Trindade, cinquenta dias de Indulgência, pelas penitências que lhes forem impostas ou que por outro motivo tivessem de cumprir. Concedemos além disto, pela misericórdia do Senhor, que estas Indulgências possam ser aplicadas por modo de sufrágio às Almas dos Fieis que morreram em graça.

REZAI SEMPRE...

REZAI sempre, incessantemente...

... pela salvação da tua alma!

Sine intermissione orate! (1Ts 5,17)

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

PALAVRAS DE SALVAÇÃO

'Certa vez li ou ouvi que uma vida interior significa a continuação da vida de nosso Salvador dentro de nós; que o grande objetivo de todos seus mistérios é fazer-nos merecer a graça de sua vida interior e comunicá-la a nós, sendo sua missão nos guiar à doce terra de sua promessa, para uma vida em constante união com ele. E qual é a primeira regra de vida do nosso querido Salvador? Sabes que é fazer a vontade de seu Pai. Logo, o primeiro propósito na vida diária é fazer a vontade de Deus; em segundo lugar, é fazê-lo da maneira que Ele deseja; e, em terceiro, fazê-lo porque Ele deseja. Eu sei qual é o seu desejo através daqueles que me orientam; o que me pedem para fazer, por mais simples que seja, é a vontade de Deus para mim'.

Santa Elisabeth Seton (1774-1821)