quarta-feira, 11 de abril de 2018

11 DE ABRIL - SANTA GEMMA GALGANI



Mística, contemplativa, estigmatizada, Santa Gemma Galgani foi contemplada por Deus com um enorme acervo de privilégios, graças e carismas, como os estigmas da Paixão, a coroa de espinhos, a flagelação e o suor de sangue, êxtases frequentes, espírito de profecia, discernimento dos espíritos e visões de Nosso Senhor, de sua Mãe Santíssima, de São Gabriel e uma incrível familiaridade com o seu Anjo da Guarda. Nasceu em  12 de março de 1878 em Camigliano, um vilarejo situado perto de Lucca, na Itália, de família católica tradicional e faleceu, com apenas 25 anos, no Sábado Santo de 11 de Abril de 1903. Foi canonizada a 2 de março de 1940, apenas trinta e sete anos depois da sua morte.

Palavras do Anjo da Guarda à Santa Gemma:

'Lembra, filha, que aquele que ama verdadeiramente Jesus fala pouco e suporta muito. Eu te ordeno, em nome de Jesus, de nunca dar a tua opinião a menos que ela seja pedida; de nunca insistir na tua opinião, mas a ficar em silêncio imediatamente. Quando tiveres cometido qualquer erro, acusa-te a ti mesma dele imediatamente sem esperar que os outros o façam... Lembra-te de guardar os teus olhos e considera que os olhos mortificados possuirão as belezas do Céu.'

Santa Gemma Galgani, rogai por nós!

terça-feira, 10 de abril de 2018

FOTO DA SEMANA

'o rochedo se mudou em lençol de água e a pedra em fonte de água viva'
 (Sl 113, 8) 


segunda-feira, 9 de abril de 2018

A PROFECIA ESQUECIDA DE FÁTIMA

Com imprimatur de 23 de agosto de 2013, foi publicada a obra 'Um Caminho sob o Olhar de Maria', uma biografia da Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, pelo Carmelo de Coimbra, contendo cartas e fotos inéditas da vidente, acontecimentos de sua vida adulta e, principalmente, muitos registros de seu diário inédito 'O meu Caminho'. De caráter impressionante, e uma possível chave para o entendimento do Terceiro Segredo de Fátima, é a narrativa de como a Irmã Lúcia superou o terror para finalmente escrever o texto do Terceiro Segredo.

'... no dia 3/1/1944, ajoelhei–me junto da cama (que, por vezes, me serve de mesa para escrever) e de novo fiz a experiência, sem nada conseguir; o que mais me impressionava era que, no mesmo momento, escrevia sem dificuldade qualquer outra coisa. Pedi então a Nossa Senhora que me fizesse conhecer qual era a Vontade de Deus. E dirigi-me para a capela, eram 4 horas da tarde, hora que costumava ir fazer a visita ao Santíssimo, por ser a hora que ordinariamente estava mais só e, não sei o porquê, mas gosto de me encontrar a sós com Jesus no Sacrário.

Aí ajoelhei-me no meio, junto ao degrau da mesa da Comunhão e pedi a Jesus que me fizesse conhecer qual era a Sua Vontade. Habituada como estava a crer que as ordens dos superiores são a expressão certa da Vontade de Deus, não podia crer que esta não o fosse. E perplexa, meio absorta, sob o peso duma nuvem escura que parecia pairar sobre mim, com o rosto entre as mãos, esperava, sem saber como, uma resposta. Senti então, uma mão amiga, carinhosa e maternal me tocar no ombro e, ao levantar o olhar, vi a querida Mãe do Céu.

'Não temas, quis Deus provar a tua obediência, fé e humildade, esteja em paz e escreve o que te mandam, não porém o que te é dado entender do seu significado. Depois de escrito, encerra-o num envelope, fecha-o e lacra-o e escreve por fora, que só pode ser aberto em 1960, pelo Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa ou pelo Sr. Bispo de Leiria'. Senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e nEle vi e ouvi:

'A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias, com os seus moradores, são sepultados. O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar: é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica. Na eternidade, o Céu!'

Esta palavra 'Céu' encheu a minha alma de paz e felicidade, de tal forma que quase sem me dar conta, fiquei repetindo por muito tempo: 'O Céu! O Céu!' Apenas passou a maior força do sobrenatural, fui escrever [o Terceiro Segredo] e fi-lo sem dificuldade, no dia 3 de janeiro de 1944, de joelhos apoiada sobre a cama que me serviu de mesa ['O Meu Caminho', p. 158 – 160].

domingo, 8 de abril de 2018

'MEU SENHOR E MEU DEUS!'

Páginas do Evangelho - Segundo Domingo da Páscoa



O segundo domingo do tempo pascal é consagrado como sendo o 'Domingo da Divina Misericórdia', com base no decreto promulgado pelo Papa João Paulo II na Páscoa do ano 2000. No Domingo da Divina Misericórdia daquele ano, o Santo Padre canonizou Santa Maria Faustina Kowalska, instrumento pelo qual Nosso Senhor Jesus Cristo fez conhecer aos homens Seu amor misericordioso: 'Causam-me prazer as almas que recorrem à Minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre à Minha compaixão, mas justifico-o na Minha insondável e inescrutável misericórdia'.

No Evangelho deste domingo, Jesus já havia se revelado às santas mulheres, a Pedro e aos discípulos de Emaús. Agora, apresenta-Se diante os Apóstolos reunidos em local fechado e, uma vez 'estando fechadas as portas' (Jo 20, 19), manifesta, assim, a glória de Sua ressurreição aos discípulos amados. 'A paz esteja convosco' (Jo 20, 19) foi a saudação inicial do Mestre aos apóstolos mergulhados em tristeza e desamparo profundos. 'A paz esteja convosco' (Jo 20, 21) vai dizer ainda uma segunda vez e, em seguida, infunde sobre eles o dom do Espírito Santo para o perdão dos pecados: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos' (Jo 20, 22-23), manifestação preceptora da infusão dos demais dons do Espírito Santo por ocasião de Pentecostes. A paz de Cristo e o Sacramento da Reconciliação são reflexos incomensuráveis do amor e da misericórdia de Deus. 

E eis que se manifesta, então, o apóstolo da incredulidade, Tomé, tomado pela obstinação à graça: 'Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei' (Jo 20, 25). E o Deus de Infinita Misericórdia se submete à presunção do apóstolo incrédulo ao lhe oferecer as chagas e o lado, numa segunda aparição oito dias depois, quando estão todos novamente reunidos, agora com a presença de Tomé, chamado Dídimo. 'Meu Senhor e meu Deus!' (Jo 20, 28) é a confissão extremada de fé do apóstolo arrependido, expressando, nesta curta expressão, todo o tesouro teológico das duas naturezas - humana e divina - imanentes na pessoa do Cristo.

'Bem-aventurados os que creram sem terem visto!' (Jo 20, 29) é a exclamação final de Jesus Ressuscitado pronunciada neste Evangelho. Benditos somos nós, que cremos sem termos vistos, que colocamos toda a nossa vida nas mãos do Pai, que nos consolamos no tesouro de graças da Santa Igreja. E bem aventurados somos nós que podemos chegar ao Cristo Ressuscitado com Maria, espelho da eternidade de Deus na consumação infinita da Misericórdia do Pai. 

sábado, 7 de abril de 2018

CATECISMO MAIOR DE PIO X (IV)

A torre de Babel

29. Os descendentes de Noé multiplicaram-se rapidamente e cresceram em tão grande número, que não podendo estar juntos, começaram a pensar em separar-se. Mas antes determinaram levantar uma torre tão alta que chegasse ao céu. O trabalho seguia em frente a passos largos, quando Deus, ofendido de tanto orgulho, baixou e confundiu as línguas dos soberbos construtores, que não entendendo uns aos outros, tiveram de se dispersar sem concluir o seu ambicioso projeto. A torre foi chamada de 'Babel', que significa confusão.

O povo de Deus

30. Os homens após o dilúvio não permaneceram fiéis a Deus por muito tempo, mas logo caíram nas maldades do passado, e foram tão longe a ponto de perderem o conhecimento do verdadeiro Deus e de entregar-se à idolatria, que consiste em reconhecer e adorar como divindade as coisas criadas.

31. Por isso, Deus, para preservar na terra a verdadeira religião, escolheu um povo e tomou a si governá-lo com especial providência, preservando-o da corrupção geral.

Princípio do Povo de Deus - Renova-se com Abraão o antigo pacto

32. Para pai e tronco do novo povo de Deus escolheu um homem da Caldeia, chamado Abraão, descendente dos antigos Patriarcas pela linhagem de Héber. O povo que dele teve origem chamou-se povo hebreu. Abraão conservou-se justo em meio do seu povo, entregue ao culto dos ídolos, e para que preservasse na justiça, Deus lhe ordenou que saísse de sua terra e se dirigisse para Canaã, também chamada Palestina, prometendo-lhe que lhe faria cabeça de um grande povo e que de sua descendência nasceria o Messias. Em confirmação à palavra de Deus, Abraão teve com sua esposa Sara, embora de idade avançada, um filho, que se chamou Isaac.

33. Para testar a fidelidade e obediência de seu servo, Deus ordenou-lhe que lhe sacrificasse este seu único filho, a quem tanto amava e em quem recaíam as divinas promessas. Mas Abraão, seguro dessas promessas, não hesitou na fé e, como está escrito na Sagrada Escritura, esperou contra toda a esperança; dispôs tudo conforme deveria ser o sacrifício e estava para executá-lo. Mas um anjo deteve sua mão, e como recompensa por sua fidelidade, Deus o abençoou e anunciou que daquele seu filho nasceria o Redentor do mundo.

34. Isaac, chegado aos quarenta anos, casou-se com Rebeca, sua prima, mãe depois a um mesmo tempo de dois filhos: Esaú e Jacó. Como primogênito, tocava a Esaú a bênção paternal; mas o Senhor dispôs que, pela solicitude de Rebeca, Isaac abençoasse Jacó, a quem anteriormente Esaú dera o direito de primogenitura por uma mísera compensação.

35. Jacó, então, para escapar da ira de Esaú, teve que fugir para Haran, a casa de seu tio Labão, que lhe deu por esposas suas duas filhas, Lia e Raquel, e depois de vinte anos regressou para sua casa muito rico e com numerosa família. De volta pelo caminho, antes que se reconciliasse com seu irmão, em uma visão que teve, foi mudado o nome de Jacó pelo de Israel.

36. Jacó foi pai de doze filhos, dos quais os dois últimos, José e Benjamin, eram filhos de Raquel. Entre os filhos de Jacó, o mais discreto e reto era José, queridíssimo, mais que todos, de seu pai. Por esse motivo seus irmãos o aborreciam, e este aborrecimento os levou a tramar contra ele, primeiro a morte, e depois, sua venda a certos mercadores ismaelitas, que o conduziram ao Egito e venderam, por sua vez, a Potifar, ministro de Faraó.

(Do Catecismo Maior de Pio X)

PRIMEIRO SÁBADO DE ABRIL


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

NÃO REZE O 'PAI NOSSO' ASSIM ...


Não diga 'Pai'
se você realmente não vive como um filho ou uma filha do Pai.

Não diga 'nosso'
se você é apenas seu 'eu' dentro do próprio egoísmo.

Não diga 'que estais nos Céus'
se você continua preso e acorrentado às coisas do mundo.

Não diga 'santificado seja o vosso Nome'
se você invoca Deus apenas com seus lábios, mas o seu coração não se santifica com Ele.

Não diga 'venha a nós o vosso Reino'
se você entende por reino as glórias e as utopias deste mundo.

Não diga 'seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu'
se você se desfalece diante dos primeiros sinais da dor e do sofrimento (a Cruz de Cristo tem a mesma medida no Céu e na terra).

Não diga 'O pão nosso de cada dia nos dai hoje'
se você ainda não entendeu que aquilo que lhe é desnecessário pertence ao próximo.

Não diga 'perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido'
se você não distribui com fartura os frutos do perdão e da caridade.

Não diga 'e não nos deixeis cair em tentação'
se você não consegue controlar a imaginação e evitar as ocasiões do pecado.

Não diga 'mas livrai-nos do mal'
se você não combate com toda a sua alma o mal que existe.

Não diga 'Amém'
se você não aceita sinceramente no seu coração e na sua alma as palavras do Pai Nosso.

(Autor desconhecido, tradução e adaptação pelo autor do blog)