quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O MENINO JESUS DE SANTA TERESA


Andava pelo mosteiro, procurando umas chaves que havia perdido,
em cada cantinho, atrás de cada vaso, ao lado de cada flor
e, na minha busca, pedia ajuda ao meu meu Anjo da Guarda
e a São José,  a Nossa Senhora e ao Nosso Senhor...

Já cansada, parei para respirar junto a uma escada
quando vi saindo uma luz brilhante do teto, do chão, dos cantos,
e, envolto nela, um menino lindo me deu as chaves que buscava
me sorrindo com o mais doce dos encantos... 

Em êxtase, eu O ouvi indagar pelo meu nome:
'Teresa de Jesus, a mais indigna serva de vossa realeza'
E perguntei, então, o nome dEle, imersa do mais puro espanto.
E Ele me disse: 'É o seu invertido: sou Jesus de Teresa'.

(Arcos de Pilares, texto adaptado)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

TRÊS APARIÇÕES DO MENINO JESUS AO PADRE PIO


Primeira Aparição: Novembro de 1911

Desde o final de outubro de 1911 até 07 de dezembro do mesmo ano, o Padre Pio residiu no convento de Venafro (Isernia). Foi neste local, em data não precisa, que ocorreu a primeira aparição do Menino Jesus ao Padre Pio. Nesta aparição, o Menino se apresentou com as feridas da paixão de Cristo nas mãos, nos pés e no lado. A visão de Jesus assim ferido representava uma janela para a contemplação do verdadeiro mistério do Natal. Para o Padre Pio, com efeito, o Menino Jesus devia ser visto à luz do Crucificado mostrando, assim, a singular relação do Natal com os eventos da Páscoa.

Segunda Aparição: 20 de Setembro de 1919 

(Aparição testemunhada e documentada em um manuscrito pelo Pe. Raffaele de Sant'Elia que, então estudante de teologia e se preparando para a sua ordenação sacerdotal, ocupava uma cela vizinha à do Padre Pio nesta data) 

'Na noite do dia 19 para 20 de setembro de 1919, não conseguindo dormir, levantei-me assustado. O corredor estava mergulhado na escuridão, quebrada apenas pela débil luz de uma lâmpada a óleo. Assim que abri a porta, vi passar por mim o Padre Pio, todo envolto em luz, trazendo o Menino Jesus nos braços. Ele se movia lentamente murmurando orações. Passou adiante de mim, radiante de luz e sem se dar pela minha presença. Somente alguns anos depois, fiquei sabendo que aquele dia 20 de setembro era o aniversário de um ano do aparecimento dos estigmas do Padre Pio e, portanto, a aparição do Menino Jesus constituía uma referência direta à Paixão de Cristo'.

Terceira Aparição: 24 de dezembro de 1922 

(Aparição testemunhada por Lucia Iadanza, filha espiritual do Padre Pio)

Em 24 de dezembro de 1922, Lucia queria passar a Vigília do Natal junto ao Padre Pio. A noite estava muito fria e os frades tinham levado à sacristia um braseiro com fogo. Junto ao braseiro, Lucia e outras três  mulheres esperavam a meia-noite para assistir a missa a ser celebrada pelo Padre Pio. As três mulheres começaram a cochilar enquanto ela seguia rezando o terço. Padre Pio surgiu então pela escadaria interna da sacristia quando se deteve diante de uma janela. Neste momento, envolto em um halo de luz, apareceu o Menino Jesus e se pôs nos braços do Padre Pio, cujo rosto tornou-se radiante de luz. Quando a visão desapareceu, o padre percebeu a presença de Lucia, que o fitava atônita e lhe disse: 'Lucia, o que você viu?' Lucia respondeu: 'Padre, eu vi tudo'. Padre Pio, em seguida, a advertiu com firmeza: 'Então não diga nada a ninguém'.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

TEMPO DE NATAL - SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

Nasceu o Senhor!

Hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor! Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à Humanidade inteira. Deus está aqui!
(Cristo que passa, 12)

Deus quis precisar de nós

O Natal também está rodeado de uma simplicidade admirável: o Senhor vem sem aparato, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam na divina aventura. Depois, os pastores, avisados pelos Anjos. E mais tarde os sábios do Oriente. Assim acontece o fato transcendente que une o Céu à Terra, Deus ao homem!
(Cristo que passa, 18)

Nascer de novo

Natal. Escreves-me: 'Unindo-me à santa espera de Maria e de José, também eu espero, com impaciência, o Menino. Que contente hei de ficar em Belém! Pressinto que vou rebentar numa alegria sem limites. Ah! e, com Ele, também eu quero nascer de novo...' Oxalá se torne verdade esse teu querer!
(Sulco, 62)

Sagrada Família

Estamos no Natal. Acodem-nos à memória os diversos fatos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, dessa Sagrada Família?
(Cristo que passa, 22)

A paz de Cristo

Ao pensar nos lares cristãos, gosto de imaginá-los luminosos e alegres, como foi o da Sagrada Família. A mensagem de Natal ressoa com toda a força: Glória a Deus no mais alto dos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade. Que a Paz de Cristo triunfe nos vossos corações, escreve o Apóstolo.
(Cristo que passa, 22)

Na pousada do teu coração

Jesus nasceu numa gruta em Belém, diz a Escritura, 'porque não havia lugar para eles na estalagem'. Não me afasto da verdade teológica, se te disser que Jesus ainda está à procura de pousada no teu coração.
(Forja,274)

Na intimidade da tua alma

Vai até Belém, aproxima-te do Menino, baila com Ele, diz-lhe muitas coisas vibrantes, aperta-o contra o coração... Não estou a falar de infantilidades: falo de amor! E o amor manifesta-se com fatos: na intimidade da tua alma, bem o podes abraçar!
(Forja, 345)

Ouvir a voz de Deus

Nosso Senhor dirige-se a todos os homens, para que venham ao seu encontro, para que sejam santos. Não chama só os Reis Magos, que eram sábios e poderosos; antes disso tinha enviado aos pastores de Belém, não simplesmente uma estrela, mas um dos seus anjos. Mas tanto uns como outros - os pobres e os ricos, os sábios e os menos sábios - têm de fomentar na sua alma a disposição de humildade que permite ouvir a voz de Deus.
(Cristo que passa, 33)

'Chamei-te pelo teu nome...'

Considerai a delicadeza com que o Senhor nos dirige este convite. Exprime-se com palavras humanas, como um apaixonado: 'Eu chamei-te pelo teu nome...Tu és meu'. Deus - que é a Beleza, a Sabedoria, a Grandeza - anuncia-nos que somos seus, que fomos escolhidos como objecto do seu amor infinito. É precisa uma vida forte de fé para não desvirtuar esta maravilha que a Providência depõe nas nossas mãos, uma fé como a dos Reis Magos, que nos leva a ter a certeza de que nem o deserto, nem a tormenta, nem a tranquilidade do oásis nos impedirão de chegar à meta do presépio eterno: a vida definitiva com Deus.
(Cristo que passa, 32)

28 DE DEZEMBRO - SANTOS INOCENTES


Santos Inocentes de Deus,
almas cristalinas,
pousai vossos ternos anelos
nas sombras das colinas;
não inquieteis com vosso pranto
as feras sibilinas,
fitai o esgar dos carrascos
com doces retinas;
que a vida que foge breve,
em  adagas repentinas,
renasça em eternos louvores
nas glórias divinas.
(Arcos de Pilares)

Santos Inocentes de Deus, rogai por nós

domingo, 27 de dezembro de 2015

SAGRADA FAMÍLIA

Páginas do Evangelho - Festa da Sagrada Família


Neste último domingo do ano, o Evangelho evoca o culto à Sagrada Família, síntese da vida cristã autêntica e primeira igreja na terra. Deus veio ao mundo por meio da família; eis porque a família é a fonte primária da sociedade, síntese da vida cristã autêntica e a primeira igreja. E que modelo de família cristã Deus legou ao mundo: Jesus, Maria e José: Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade; Maria, a Virgem Mãe de Deus, e São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. Família sagrada que viveu em plenitude a submissão à perfeição do amor; submissão que se expressa pelos sentimentos de entrega e renúncia em tudo e não pelo servilismo complacente.

Na humilde casa de Nazaré, três pessoas: pai, mãe e filho viviam em natureza sobrenatural exatamente inversa à ordem natural: São José, patriarca e pai de família devotado, com direitos naturais legítimos sobre a esposa e o filho, era o menor em perfeição; Nossa Senhora, esposa e mãe, era Mãe de Deus e de todos os homens; Jesus, a criança indefesa e submissa aos pais, é o Deus feito homem para a salvação do mundo. Portentoso mistério que revela a singular santidade da família humana, moldada sobre clara hierarquia divina, moldada por Deus para ser escola de santificação, amor, renúncia e salvação. 

Neste modelo de submissão perfeita ao amor de Deus e à lei mosaica, certa ocasião, quando Jesus contava 12 anos, os seus pais subiram com ele até Jerusalém, para participarem das festas da Páscoa, conforme os preceitos vigentes. Vieram com muitos outros, parentes e conhecidos, em grupos numerosos de caravanas. Uma vez concluídos os eventos da Páscoa, tomando o caminho de volta, perceberam que o menino não voltara com eles. Perplexos e angustiados, buscaram o menino entre os parentes, entre os conhecidos, em peregrinações difusas pelas ruas de Jerusalém para, finalmente, o encontrarem no Templo, em meio aos sábios e doutores da lei, manifestando a todos a glória do Pai na casa do Pai: 'Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?' (Lc 2, 49). Jesus submetia sua missão no mundo à Santa Vontade do Pai, acima de quaisquer preceitos humanos ou terrenos. A sua hora não havia chegado, mas o anúncio de sua missão havia sido dado. E, no recolhimento do lar de Nazaré, obediente em tudo e na plenitude da vida em família, 'Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens' (Lc 2, 52).

Eis o legado da Sagrada Família às famílias cristãs: a oração cotidiana santifica os pais e os filhos numa obra incomensurável do amor de Deus e a fortalece contra todos as tribulações. Sim, que os maridos amem profundamente suas esposas, que as esposas sejam solícitas a seus maridos, que os pais não intimidem os seus filhos, que os filhos sejam obedientes em tudo a seus pais. Mas que rezem juntos, que louvem a Deus juntos, que se santifiquem juntos, como família de Deus. Em Nazaré, Deus tornou a família modelo e instrumento de santificação; que em nossas casas e em nossas famílias, a Sagrada Família seja o modelo e instrumento para a nossa vida e para nossa santificação de todos os dias!

sábado, 26 de dezembro de 2015

ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS

O Divino Salvador está conosco, não já como uma sombra fugaz da fama e do nome que fica sobre o túmulo e sobre os monumentos dos grandes homens que passam, mas como Deus presente em sua divindade e humanidade. Deus escondido na sombra dos pães multiplicados, sombra que Nos parece divisar nas trevas do Lago de Tiberíades, naquela noite em que Cristo caminhava sobre as ondas, e aos discípulos que estavam remando com fadiga, pareceu um fantasma. Não, não é um fantasma o Deus dos tabernáculos, que adoramos. É o mesmo que então disse aos pávidos discípulos: 'Tende confiança; sou eu, não temais'. É aquele mesmo que disse: 'Eis-me convosco todos os dias até a consumação dos tempos'. É o mesmo que caminha sobre as ondas dos séculos, senhor dos ventos e das procelas humanas. Ele caminha sobre ondas tempestuosas ao lado e diante da Igreja; responde aos seus ministros que o chamam com voz sagrada, a eles por Ele concedida, e aos seus altares convida e reúne desde vinte séculos as nações e as gentes, os povos e os que reinam, os mártires e as virgens, os pontífices e os sacerdotes, prostrados a adorá-lo presente, e a amá-lo escondido, a invocá-lo companheiro na alegria e na dor, na vida e na morte.

O Deus dos altares está no meio de nós, invisível mas testemunho fiel primogênito entre os mortos, príncipe dos reis da terra, que nos amou e nos lavou de nossos pecados, com o próprio sangue e nos fez reino e sacerdotes a Deus Pai; o primeiro e o último, o vivente que esteve morto e está vivo nos séculos dos séculos. Mas é ao mesmo tempo em nosso meio, o Deus do arcano. É o mistério da fé, centro do incruento divino sacrifício, cioso segredo da Esposa de Cristo, a qual nos primeiros séculos de sua imutável juventude amou esconder sob o véu do arcano também seus tenros filhos; arcano feito mistério de um mistério, escondido desde séculos eternos em Deus. Diante deste mistério se inclinaram no pó os apóstolos e os mártires; nas basílicas, os pontífices; nos desertos e nos cenóbios, os monges e os anacoretas; nos claustros, as virgens, nos campos de luta, os esquadrões; nas catedrais, os doutores, nas estradas, os povos; Cristo estava em meio a eles; mas quem o viu? quem o divisou? Bem-aventurados aqueles que não o viram e acreditaram: Beati qui non viderunt et crediderunt.

A fé passa além de todo véu, penetra todo arcano; e quanto mais vivo prossegue, tanto mais luz adquire, reinflama-se e exalta-se em si mesma, faz do próprio mistério o farol e o fogo de sua vida e de sua obra. Cristo, porém, não está presente apenas em meio ao mundo, mas também se avizinha do homem, está com ele, com seus apóstolos, com seus fiéis, com todas as gentes, conquista de seu sangue. Dúplice é sua presença. Há uma presença divina, com a qual sustém o universo por Ele criado, segue os passos dos homens pelos caminhos do bem e do mal e é dele testemunha e juiz que inclina ao bem e pune pelo mal. Há outra presença humana e ao mesmo tempo divina, pela qual eleva os seus estandartes nas catacumbas, entre as densas casas do povo, pelos campos, pelas selvas, em meio ao gelo perpétuo, onde quer que um sacerdote com a onipotente palavra, eleve bem alto um pão e um cálice, repetindo o que foi feito em memória de Cristo. Lá está Ele com seu ministro, com ele caminha, torna-se alimento, viático dos moribundos e dos infelizes, irmão e esposo, pai, médico, conforto e vida das almas, pão dos anjos, penhor de alegria imortal.

Até quando sobre algum campo de nosso globo despontar uma espiga de trigo e pender um cacho de uvas, e um sacerdote subir compenetrado ao sacrifício do altar, o Hóspede divino estará conosco; e o crente curvará na fé a mente e o joelho diante de uma hóstia consagrada, como na última ceia os apóstolos no pão e no vinho consagrados que o Salvador lhes dava dizendo: 'Isto é o meu corpo; Isto é o meu sangue', adoraram Cristo, o Mestre Divino, com aquela pura e alta fé que crê nos portentos de sua palavra, e da qual se deduz a interna adoração, fé sem a qual é vão o sinal de dobrar um joelho. Daquela hora do cenáculo começaram os séculos do Deus da Eucaristia; o giro do sol iluminou os passos com suas auroras e os seus ocasos; as vísceras da terra escavadas, acorreram salmodiando; nos ermos, nos cenóbios, nas basílicas, sob os aéreos pináculos inclinaram-se a Ele, Pastor e povos, príncipes e exércitos. Em suas conquistas avançava com seus arautos e sacerdotes além dos mares e dos oceanos e do Oriente ao Ocidente, de um a outro polo; o Redentor já planta, todos os dias, seus tabernáculos, perseverando contra a ingratidão dos homens, em encontrar as delícias próprias, em estar com eles, só procurando difundir a salvação, os tesouros de suas graças e de suas magnificências.

(Papa Pio XII, Discursos, 1939)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

FELIZ E SANTO NATAL EM CRISTO!


Desejo a todos os nossos amigos visitantes um Santo e Feliz Natal. 
Deseo a todos los amigos y visitantes Felices Navidades. 
I wish to our friends' visitors an happy and Holy Christmas. 
Je désire à tous nos amis un heureux et joyeux Noel. 
Auguro a tutti gli amici uno Santo ed Felice Natale. 
Ich wunshe to unsere Freude eine Wundabar und Stille Nacht.


IGREJA CATÓLICA: ALMA DO NATAL

(clicar para o vídeo)

AS MAIS BELAS CANÇÕES DE NATAL


(clicar para o vídeo)

NATAL

Jesus nasceu! e na pequena estrebaria
José apressa-se em fazer a manjedoura
ajunta palha e feno, mudo de alegria,
enquanto a Mãe em êxtase se entesoura

Os animais se aproximam cautelosos
inebriados diante a luz que transfigura
e os pastores de joelhos, jubilosos,
louvam o Criador agora criatura!

Há uma paz imensa nesta noite fria
todos os anjos cantam a doce melodia
que une céu e terra em amor profundo;

É Natal, a Mãe embala seu pequeno filho
e a luz que inunda a gruta tem o brilho
da salvação que libertou o mundo!

                                                                              (Arcos de Pilares)