sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ORAÇÃO: DIES IRAE


Dies Irae (Dia da Ira) é um famoso hino litúrgico que era originalmente utilizado pela Igreja como sequência (antes do Evangelho) no Primeiro Domingo do Advento e lido ou cantado na Missa dos Fieis Defuntos. Posteriormente, com a reforma litúrgica introduzida no pontificado do Papa Paulo VI, o hino foi transferido para o âmbito do Ofício Divino ou Liturgia das Horas, sendo utilizado apenas na última semana do Tempo Comum.

O hino, cuja provável autoria é desconhecida, embora tradicionalmente atribuída a Tomas de Celano, é uma reflexão sobre o Juízo Final, o fim do mundo e as duas vindas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em linguagem dura, na perspectiva terrível do julgamento de Deus para toda a humanidade, invoca também a esperança do perdão em Cristo nosso Salvador. Neste sentido, evidencia-se a associação direta da sua utilização na liturgia dos falecidos e ao final do ano litúrgico por serem ambos períodos especiais em que são mais intensas as meditações sobre os novíssimos do homem.

Na transposição do hino para a sua inclusão na Liturgia das Horas, foram feitas três alterações no texto original:

1. Remoção da estrofe final: Pie Iesu Domine, dona eis requiem. Amen [Pio Senhor Jesus, dai-lhe o descanso eterno], originalmente acrescentada para se usar o Dies Irae na Missa dos Defuntos;
2. Acréscimo de uma estrofe de invocação ao Deus da Santíssima Trindade: O tu Deus majestatis / alme candor Trinitatis / nos coniunge cum beatis. Amen. [Ó, Vós, Deus de majestade / esplendor da Trindade / contai-nos entre os eleitos. Amém];
3. Alteração do verso Qui Mariam absolvisti [Vós, que absolvestes Maria] para Peccatricem qui solvisti [Vós, que absolvestes a pecadora].

DIES IRAE*

I


Dies irae, dies illa, 
solvet saeculum in favilla, 
teste David cum Sibylla. 

Quantus tremor est futurus, 
quando iudex est venturus, 
cuncta stricte discussurus! 

Tuba mirum spargens sonum 
per sepulcra regionum, 
coget omnes ante thronum. 

Mors stupebit et natura, 
cum resurget creatura, 
 iudicanti responsura

Liber scriptus proferetur, 
in quo totum continetur, 
unde mundus iudicetur. 

Iudex ergo cum sedebit, 
Quidquid latet apparebit: 
nil inultum remanebit. 

O tu Deus majestatis / alme candor Trinitatis / nos coniunge cum beatis. Amen.

Dia de ira, aquele dia, volve o mundo em cinza fria: diz Davi e a Sibila.
Que terror não há de haver, quando Deus comparecer para julgar com rigor!
Nos sepulcros ressoando, vai a tuba convocando os mortos ao tribunal.
A terra inteira estremece, quando o homem comparece para o juízo final.
Um livro será trazido em que tudo está contido para o mundo ser julgado.
Quando o Juiz se sentar, tudo se há de revelar: a justiça e o pecado.

Jesus, Deus de majestade, vivo esplendor da Trindade, contai-nos entre os eleitos. Amém.

II

Quid sum miser tunc dicturus? 
Quem patronum rogaturus? 
Cum vix iustus sit securus. 

Rex tremendae maiestatis, 
qui salvandos salvas gratis, 
salva me, fons pietatis. 

Recordare Iesu pie, 
quod sum causa tuae viae: 
ne me perdas illa die. 

Quaerens me, sedisti lassus: 
redemisti crucem passus: 
 tantus labor non sit cassus. 

Iuste iudex ultionis, 
donum fac remissionis, 
ante diem rationis. 

Ingemisco, tamquam reus: 
culpa rubet vultus meus: 
supplicanti parce Deus. 

O tu Deus majestatis / alme candor Trinitatis / nos coniunge cum beatis. Amen.

Pobre de mim, que direi, que patrono invocarei ao ver o justo em temor?
Rei de excelsa majestade, que salvais só por bondade, salvai-me no vosso amor.
Recordai-Vos, bom Jesus: por mim deixastes os Céus, não me condeneis então.
A buscar-me Vos cansastes, pela Cruz me resgatastes: tanta dor não seja em vão.
Justo Juiz do castigo, usai de graça comigo antes de chegar o fim.
Como réu envergonhado, sinto-me tremer, culpado: tende compaixão de mim.

Jesus, Deus de majestade, vivo esplendor da Trindade, contai-nos entre os eleitos. Amém.

III

Peccatricem qui solvisti [Qui Mariam absolvisti], 
et latronem exaudisti, 
mihi quoque spem dedisti. 

Preces meae non sunt dignae: 
sed tu bonus fac benigne, 
ne perenni cremer igne. 

Inter oves locum praesta, 
et ab haedis me sequestra, 
statuens in parte dextera. 

Confutatis maledictis, 
flammis acribus addictis. 
Voca me cum benedictis. 

Oro supplex et acclinis, 
cor contritum quasi cinis: 
gere curam mei finis. 

Lacrimosa dies illa, 
qua resurget ex favilla. 
Iudicandus homo reus: 
Huic ergo parce Deus. 

O tu Deus majestatis / alme candor Trinitatis / nos coniunge cum beatis. Amen.

[Pie Iesu Domine, 
dona eis requiem. Amen]

A pecadora absolvendo e o bom ladrão acolhendo, grande esperança me dais.
Embora não seja digno, vós me livrareis, benigno, dos tormentos infernais.
Entre os cordeiros contado, dos precitos separado, ponde-me à vossa direita.
Repelidos os malvados e a vivas chamas lançados, suba eu à pátria eleita.
Com profunda contrição imploro o vosso perdão: ajudai-me na agonia.
Quando nesse triste dia, das cinzas em que jazia, ressurgir o homem réu, perdoai-lhe, Deus do Céu.

Jesus, Deus de majestade, vivo esplendor da Trindade, contai-nos entre os eleitos. Amém.

[Pio Senhor Jesus, dai-lhe o descanso eterno. Amém]

* versão para a Liturgia das Horas, tradução em português diferente daquela constante do livro litúrgico oficial da Liturgia das Horas utilizada no Brasil; I - Ofício das Leituras; II - Laudes; III - Vésperas; trechos entre colchetes: versão original para a Missa dos Defuntos. 


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

AS PROFECIAS DE MARIE JULIE JAHENNY


Marie Julie Jahenny, considerada uma das grandes místicas da Igreja, viveu toda uma vida de absoluto sofrimento e expiação dos pecados dos homens em uma pequena cabana situada na aldeia de La Faudrais, na região da Bretanha, oeste da França. Nasceu em 12 de fevereiro de 1850 e recebeu, a partir dos 23 anos e até a sua morte, ocorrida em 4 de março de 1941, os estigmas de Cristo em escala inimaginável na história humana: as cinco chagas nas mãos, pés e lado; as feridas da coroa de espinhos, as lacerações e feridas nos ombros pelo peso da cruz e as marcas da flagelação. 

Foi privilegiada com inúmeros e extraordinários dons sobrenaturais. Com grande precisão, previu as duas guerras mundiais, a eleição do Papa São Pio X, as perseguições à Igreja e os castigos advindos à humanidade por sua apostasia. Era dotada de faculdades sobrenaturais que incluíam a levitação, premonições, percepção dos pecados alheios e compreensão de cânticos sagrados e orações feitas em qualquer idioma. Por um longo período de cinco anos, a partir de 28 de dezembro de 1875, sobreviveu tendo como único alimento a Santa Eucaristia. 

(casa onde viveu a estigmatizada francesa)

Suas inúmeras profecias são resultado de visões sobrenaturais (ela teve, por exemplo, visões de um diálogo entre o demônio e Nosso Senhor) e de mensagens manifestadas por Jesus e Nossa Senhora, das quais se destacam as seguintes:

'O primeiro período [da história da Igreja] é o do Meu Sacerdócio, existente desde Mim. O segundo é o da perseguição, quando os inimigos da Fé e da Santa Religião vão impor suas fórmulas no livro da segunda celebração. Muitos dos meus santos sacerdotes rejeitarão este livro, selado com as palavras do abismo mas, infelizmente, muitos outros o aceitarão'.

'Os discípulos que não pertencem ao meu Evangelho estão trabalhando duro para refazê-lo segundo as suas próprias ideias e sob a influência do inimigo das almas segundo uma nova Missa que conterá palavras que me são odiosas Quando chegar a hora fatídica, quando a fé dos meus sacerdotes for posta à prova, serão estes os textos [da Missa] que serão celebrados neste segundo período'.

'Um terrível castigo está preparado para aqueles que erguem todas as manhãs a pedra do Santo Sacrifício [os sacerdotes]. Eu não vim para estes altares para ser torturado. Sofro mil vezes mais por esses corações do que por qualquer outro. Eu vos absolvo dos vossos muitos pecados, meus filhos, mas não posso conceder perdão algum a estes sacerdotes [que traem a Igreja]'.

'Satanás ditará tudo por um tempo e reinará absoluto sobre tudo; toda bondade, fé e religião serão enterrados no túmulo... ele e seus eleitos triunfarão com alegria... não restará vestígio do Santo Sacrifício, nem traço aparente de fé, mas apenas uma grande confusão em toda parte... mas, depois deste triunfo do mal, o Senhor reunirá de novo o seu povo e reinará triunfante, resgatando do túmulo a Igreja enterrada e a Cruz prostrada' [palavras de São Miguel]


'Atacarei a Igreja. Esmagarei a Cruz, dizimarei a religiosidade dos homens, depositarei uma grande fraqueza da fé em seus corações. Haverá então um grande repúdio à religião. Por um tempo, serei o dono de tudo e tudo estará sob o meu controle, até mesmo o teu templo santo e todo o teu povo'. [palavras de Satanás, em diálogo com Nosso Senhor].

'Todas as obras aprovadas pela Igreja infalível cessarão por um tempo. Nesta triste aniquilação, sinais brilhantes se manifestarão na terra. Se, por causa da maldade dos homens, a Santa Igreja mergulhará na escuridão, o Senhor também haverá de enviar a escuridão [a chamada profecia dos três dias de trevas] para impedir os maus em sua busca do mal'.

'A terra será coberta pela escuridão e o inferno será libertado na terra... Durante três dias de escuridão aterradora, nenhuma janela deverá ser aberta, porque ninguém será capaz de ver a terra e as trevas desses terríveis dias de castigo sem morrer no ato... O céu estará ardendo, a terra tremerá como no juízo e o terror será enorme. Durante esta escuridão, os demônios e os ímpios tomarão formas horríveis... A terra será sacudida desde seus alicerces e o mar há de lançar as suas ondas furiosas sobre os continentes... a terra se converterá em um grande cemitério e os corpos dos ímpios e dos justos cobrirão o solo' [palavras de Nossa Senhora].

(Excertos da obra 'Marie Julie Jahenny - La stigmatisée bretonne', de Marquis de la Franquerie)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O SIGNIFICADO DA SANTA MISSA

A Santa Missa é um compêndio de toda a vida de Jesus Cristo.

O Intróito significa o desejo que tinham os santos Patriarcas da vinda do Senhor.

O Kyrie Eleison significa as vozes dos Patriarcas e Profetas, que pediam a Deus esta vinda há tanto tempo desejada.

O Gloria in Excelsis significa o nascimento do Senhor.

As orações significam a apresentação no templo e a oferenda determinada por lei.

A Epístola* significa a pregação de São João Batista, anunciando aos homens o reino de Cristo.

O Gradual* significa a conversão das multidões ao ouvirem a pregação de São João Batista.

O Evangelho significa a pregação do Senhor que da esquerda nos passa à direita, isto é, das coisas temporais às eternas, e do pecado à graça; as luzes e o incenso à leitura do Evangelho significam que este iluminou o mundo, enchendo-o do suave aroma da graça de Deus.

O Credo significa a conversão dos santos Apóstolos e dos outros discípulos do Senhor.

As Secretas*, que principiam depois do Credo, significam os ocultos conciliábulos dos Judeus contra Cristo.

O Prefácio*, terminado com o Hosana In Excelis, significa a entrada solene de Jesus Cristo em Jerusalém no dia de Ramos.

As outras orações secretas que se recitam em seguida significam a Paixão do Senhor.

A Elevação da Hóstia significa a elevação de Cristo na Cruz.

O Pater Noster significa a oração do Senhor quando pendente da cruz.

A Fração da Hóstia significa a chaga aberta pela lança.

O Agnus Dei significa o pranto de Maria no descimento da cruz.

A Comunhão do Sacerdote significa a sepultura.

O Post-communio [pós-comunhão] significa a ressurreição.

O Ite Missa est* significa a ascensão.

A bênção do sacerdote significa a descida do Espírito Santo.

O Evangelho Final* significa a pregação dos santos Apóstolos, quando, cheios do Espírito Santo, começaram a pregação do Evangelho por todo o mundo e a conversão do povos.

(Santo Afonso Maria de Ligório)

*Epístola: leituras prévias ao Evangelho;
* Gradual: canto litúrgico na forma de poucos versículos cantado logo após a primeira (e única) leitura antes do Evangelho, no rito da missa tridentina. Na missa nova, embora também seja ainda usado, é frequentemente substituído pelo Salmo Responsorial, com texto bem mais extenso e constituído por várias estrofes, inserido logo após a primeira leitura que antecede o Evangelho (na Missa Nova, o rito pode comportar uma ou duas leituras - procedimento mais corrente - antes do Evangelho).
* Secretas: orações rezadas em voz baixa pelo sacerdote.
*Prefácio: parte inicial da chamada oração eucarística.
*Ite Missa est: oração final de despedida, seguida da bênção do sacerdote.
* Evangelho Final: após a despedida, o Evangelho de São João foi incluído pelo Papa Pio V, como uma oração de exorcismo (omitido na Nova Missa).

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

BIBLIOTECA DIGITAL

Na Biblioteca Digital deste blog, em INDEX DAS APARIÇÕES MARIANAS, procedeu-se à atualização dos arquivos relativos às aparições marianas destacadas no quadro abaixo.

domingo, 25 de outubro de 2015

'SENHOR, QUE EU VEJA!'

Páginas do Evangelho - Trigésimo Domingo do Tempo Comum


São Marcos descreve, no Evangelho deste domingo, uma certa caminhada de Jesus pelas terras da Galileia, rumo a Jerusalém. Junto com Ele, além dos seus discípulos, ia uma grande multidão, ansiosa por ver, ouvir e compartilhar as santas alegrias do convívio com Aquele por quem já estavam plenamente convencidos de ser realmente o Messias esperado pelos séculos, ainda que com uma visão algo distorcida da verdadeira natureza divina do seu reino de glória.

O burburinho da multidão em marcha coloca em alerta um mendigo cego sentado à beira do caminho. Um homem cego, muito conhecido naquela região, tão conhecido que o seu nome ficou transcrito para sempre nas páginas das Sagradas Escrituras, Bartimeu, filho de Timeu. No meio do vozerio de tantos, grita mais alto do que todos: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' (Mc 10, 47). E, diante da reprimenda para se calar e não abafar os ensinamentos de Jesus, insiste ainda mais alto: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' (Mc 10, 48).

A fé vibrava firme na sua alma sem precisar dos acordes dos olhares e visões do mundo. Jesus percebeu de imediato a grandeza daquele sentimento, daquele gesto, daquela súplica, e o atendeu com deferência, fazendo calar o vozerio em volta: 'Chamai-o' (Mc 10, 49). De pronto e de súbito, diante do chamado de Jesus, Bartimeu se apura em pé num salto, desfaz-se do manto de uma vez e se coloca diante do Senhor, em muda expectativa. 'O que queres que eu te faça?' (Mc 10, 51) pergunta Jesus. E Bartimeu responde, cheio de fé e confiança no Senhor: 'Mestre, que eu veja!' (Mc 10, 51). E a luz da sua fé é então contemplada com os acordes da visão do Senhor: 'Vai, a tua fé te curou' (Mc 10, 52).

Bartimeu, privilegiado na graça, pediu a visão e recebeu a luz, a luz de Cristo, que rompe as trevas do pecado e eleva a alma às glórias eternas. Como cegos, muitas vezes tateando nas penumbras de uma fé claudicante, temos uma imensa dificuldade de vida espiritual e de aceitar e acolher Jesus em plenitude. Como Bartimeu, sejamos capazes de saltar além das quietudes e sonolências terrenas e nos livrarmos do manto das inquietações e vozerios do mundo, para irmos ao encontro do Senhor que passa e, como homens eivados de graça, 'seguir Jesus pelo caminho' (Mc 10, 52). 

25 DE OUTUBRO - SANTO ANTÔNIO GALVÃO


Um homem marcado pela caridade e por um profundo espírito missionário: este foi o compromisso de fé que levou à santidade Antônio Galvão de França - o Frei Galvão, nascido em 1739 em Guaratinguetá, cidade do interior do estado de São Paulo, e falecido na cidade de São Paulo, em 23 de dezembro de 1822.

A devoção cristã permeou a sua vida desde a infância, levando-o a estudar com os jesuítas na Bahia e, mais tarde, a proceder os votos solenes como franciscano da Ordem Terceira (adotando, então, o nome de Antônio Sant'Ana Galvão) e à ordenação sacerdotal, em 11 de julho de 1762, no Rio de Janeiro. Após a ordenação, tornou-se pregador da ordem franciscana e confessor do Recolhimento de Santa Teresa, onde viviam algumas monjas e que, naquela época, constituía o único estabelecimento de religiosas então existente em São Paulo. Nesta instituição, sob a inspiração da Irmã Helena Maria do Sacramento, Frei Galvão fundou e construiu um novo recolhimento na cidade, no local chamado campo da Luz, hoje Mosteiro de Nossa Senhora da Luz, e ali foi enterrado. 

Era dotado de dons prodigiosos, como levitação e a bilocação. Particularmente interessantes são as chamadas 'pílulas de Frei Galvão'. Diante de um homem padecendo muitas dores devido a cálculos renais, o santo teve a súbita inspiração de escrever em um papelote a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis - 'Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós' e o deu ao homem como remédio, que expeliu em seguida um grande cálculo renal. Utilizando-se deste meio outras tantas vezes, as pílulas logo tornaram-se de uso generalizado até os nossos dias, para curar problemas renais ou de parto ou quaisquer outras dores ou enfermidades. Por sua intercessão, os Céus realizaram muitos milagres e curas sobrenaturais.

Frei Galvão se fez servo de todos e para todos tinha uma enorme generosidade de acolhimento, de perdão, de serenidade e de direção espiritual e, como 'filho e escravo perpétuo de Maria', dedicou toda a sua vida ao apostolado e à salvação das almas e, em meio a tantas glórias e virtudes, só recentemente foi elevado aos altares. Frei Galvão Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998 e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, tornando-se, então, o primeiro santo da Igreja nascido no Brasil. A sua festa litúrgica acontece em 25 de outubro, data de sua beatificação.

(Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, século XVIII, atual Mosteiro da Luz)