domingo, 8 de setembro de 2013

'QUEM NÃO CARREGA SUA CRUZ...'

Páginas do Evangelho - Vigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum 


Na essência do amor a Deus vivido em plenitude, está o abandono aos valores do mundo e às glórias humanas. No desapego aos valores materiais, no desprendimento aos moldes terrenos de vidas tangidas meramente pelas relações humanas, ainda que louváveis e boas em si, a alma se liberta do lastro e das amarras das felicidades transitórias dessa vida para a impulsão definitiva para a felicidade eterna do Céu. 

As palavras de Jesus no Evangelho de hoje são duras: 'Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo' (Lc 14, 26). Pois é preciso servir primeiro a Deus e depois aos homens; e porque é preciso estar sem lastros humanos para servir a Deus sobre todas as coisas, é preciso superar relações humanas ainda que fraternas; porque sendo o amor divino o itinerário da eternidade, é preciso vivê-lo em patamares além das dimensões seguras e sensíveis dos amores humanos mais belos, que ligam pai e filho, mãe e filha, irmãos e irmãs, pais e esposos. Eis a essência desse amor sem medidas: por tudo de lado, até a própria vida, para seguir Jesus Cristo e o Evangelho.

Esta dimensão de renúncia e despojamento completo não é fácil, não é simples, não é desprovida de sacrifício: 'Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo' (Lc 14, 27). Sim, é preciso carregar a cruz: cruz que se torna pesada quando tolhida à terra pelos afazeres e lastros dos apegos humanos; cruz que se torna um jugo suave quando levada pela alma do discípulo incensado do mais puro amor de Deus. Per crucem ad lucem: é pela cruz que se chega à luz.

Jesus vai revelar em seguida, por meio de duas curtas parábolas, que, uma vez conhecidas as dificuldades de superação dos nossos apegos aos valores humanos, o propósito de renúncia ao mundo exige planejamento, prudência e perseverança: 'Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?' (Lc 14, 28). 'Ou ainda: qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil?' (Lc 14, 31). Não se constrói uma torre ou se participa de uma guerra, sem armas, ferramentas ou projetos solidamente firmados. O que dizer, portanto, em relação à nossa caminhada de vida interior e espiritual que tem como medida a própria eternidade?

sábado, 7 de setembro de 2013

AS DOZE COROAS DE GLÓRIA DA SANTA MISSA

1) Na hora de nossa morte, cada Missa ouvida com devoção será o nosso maior consolo.

2) Cada Missa ouvida com devoção será uma garantia segura do perdão dos nossos pecados na hora do julgamento.

3) Cada Missa ouvida com devoção abrevia a pena temporal merecida pelos nossos pecados.

4) A Missa assistida com especial devoção ao Sagrado Coração de Jesus é a maior homenagem possível a ser oferecida ao Salvador.


5) Cada Missa rezada com devoção perdoa, por intercessão de Nosso Senhor Jesus Cristo, muitas de nossas negligências e omissões.

6) Cada Missa rezada com devoção perdoa todos os pecados veniais que queremos evitar e reduz a ação do demônio sobre a nossa alma.

7) Por meio de cada Missa rezada com devoção podemos ajudar a libertar muitas almas do Purgatório.


8) Uma única Missa rezada com devoção durante a nossa vida mortal nos será de muito maior proveito que muitas outras rezadas após a nossa morte.


9) Cada Missa rezada com devoção nos preserva de muitos perigos e infortúnios e nos abreviam os tempos no Purgatório.

10) Durante cada missa, o altar é rodeado por uma multidão de anjos que assistem com zelo extremado a realização do Santo Sacrifício.


11) Por meio de cada Missa rezada com devoção, Deus vela e abençoa todas as nossas atividades humanas.

12) Cada missa rezada com devoção em honra a Deus Todo-Poderoso por meio da intercessão de algum santo ou anjo, em agradecimento a Deus pelos favores concedidos por meio dele, nos concede a graça de viver sob a especial proteção desse anjo ou santo em particular.

PRIMEIRO SÁBADO DE SETEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS



A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque  durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

O VÍCIO DA IRA

Primeiro Ponto: A ruína que a ira desenfreada traz para a alma

São Jerônimo diz que a ira é a porta pela qual todos os vícios entram na alma. 'Omnium vitiorum janua est iracundia'. A ira precipita os homens em ressentimentos, blasfêmias, atos de injustiça, detrações, escândalos e outras iniquidades, pois a paixão da ira escurece o entendimento e faz o homem agir como uma besta e um louco. Caligavit ab indignatione oculus meus – Jó 17:7  – Meu olho perdeu a visão, por causa da indignação. Davi disse: 'Meu olho está atribulado pela ira.' - Salmo 30:10. Por isso, segundo São Boaventura, um homem irritado é incapaz de distinguir entre o que é justo e injusto. Iratus non potest videre quod justum est, vel injustum. Em uma palavra, São Jerônimo diz que a ira priva o homem da prudência, da razão e do entendimento. Ab omni consilio deturpat, ut donee irascitur, insanire credatur. Assim, São Tiago diz: 'Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.' - Tiago 1:20. Os atos de um homem sob a influência da ira não podem estar de acordo com a justiça divina e, consequentemente, não podem ser irrepreensíveis.

Um homem que não refreia o impulso da ira cai facilmente em ódio contra a pessoa que tenha sido ocasião de sua paixão. Segundo Santo Agostinho, o ódio nada mais é que uma raiva perseverante. Odium est ira diuturno tempore perseverans. Por isso, Santo Tomás diz que 'a ira é súbita, mas o ódio é duradouro'. Parece, então, que naquele em quem persevera a ira, o ódio também reina. Mas alguns dirão: Eu sou o chefe da casa, devo corrigir os meus filhos e servos, e, quando necessário, tenho que levantar a voz contra os distúrbios que testemunho. Digo como resposta: Uma coisa é ter ira contra um irmão, outra coisa é ficar descontente com os pecados de um irmão. Ter ira contra o pecado não é ira, mas zelo e, portanto, não somente é permitido, mas às vezes é um dever. Mas a nossa ira deve ser acompanhada pela prudência, e deve ser dirigida contra o pecado, não contra o pecador, pois se a pessoa que estamos corrigindo perceber que falamos por meio da paixão e do ódio contra ele, a correção será inútil e até mesmo perversa. Portanto, ter ira contra o pecado de um irmão é certamente legítimo. Santo Agostinho diz: 'Não está irado contra um irmão, aquele que está irado contra o pecado de um irmão'. Assim, como disse Davi, podemos estar irados sem pecar. 'Irai-vos e não queirais pecar'- Salmo 4:5. Mas, estar irado contra um irmão por causa do pecado que ele cometeu não é permitido, porque, de acordo com Santo Agostinho, não estamos autorizados a odiar os outros por causa de seus vícios. Nec propter vitia (licet) homines odisse.

O ódio traz consigo um desejo de vingança, pois, segundo Santo Tomás, a ira, quando totalmente voluntária, é acompanhada por um desejo de vingança. Ira est appetitus vindictoe. Mas talvez você diga: Se eu me ressinto de tal injúria, Deus terá piedade de mim, porque eu tenho motivos justos de ressentimento. Quem, pergunto eu, lhe disse que você tem motivos justos para buscar vingança? É você, cujo entendimento está obscurecido pelas paixões, quem diz isso. Já disse que a raiva obscurece a mente e tira a razão e o entendimento.

Enquanto durar a paixão da ira, você considerará a conduta de seu próximo como muito injusta e intolerável, mas, quando a sua ira tiver passado, você verá que o ato dele não foi tão ruim como pareceu antes. Mas, apesar de a injúria ser grave, ou mesmo muito grave, Deus não terá compaixão de você, se você procurar vingança. Não, Ele diz: 'A vingança pelos pecados não pertence a você, mas a Mim, e quando chegar o tempo, vou castigá-los como eles merecem'. 'A Mim pertence a vingança e eu lhes darei a paga a seu tempo' - Deuteronômio 32:35. Se você se ressente de uma injúria feita pelo próximo, Deus justamente infligirá vingança sobre você por todas as injúrias que você tiver feito a ele, e em particular por se vingar de um irmão, a quem Ele ordena que se perdoe. 'Aquele que quer vingar-se encontrará a vingança do Senhor.... Um homem conserva a sua ira contra outro homem, e pede a Deus remédio?.... Aquele que, sendo apenas carne, conserva rancor e pede propiciação a Deus? Quem lhe alcançará perdão por seus pecados?' - Eclesiástico 28:1,3,5. O homem, um verme feito de carne, conserva rancor e se vinga de um irmão, e depois se atreve a pedir misericórdia de Deus? E quem, acrescenta o Sagrado Escritor, pode obter o perdão para as culpas de tão ousado pecador? Diz Santo Agostinho: 'Qua fronte indulgentiam peccatorem obtinere poterit, qui praecipienti dare veniam non acquiescit'. Como aquele que não obedece à ordem de Deus de perdoar o seu próximo pode esperar obter de Deus o perdão dos seus próprios pecados?

Imploremos ao Senhor que nos preserve de ceder a qualquer paixão forte e particularmente à ira. 'Não me entregueis a uma alma sem vergonha e sem recato' - Eclesiástico 23:6. Porque aquele que se submete a tal paixão está exposto ao grande perigo de cair em um pecado grave contra Deus ou contra o próximo. Quantos, em consequência da não conterem a ira, cometeram blasfêmias horríveis contra Deus ou seus santos. Mas, ao mesmo tempo em que estamos em uma onda de indignação, Deus está armado com flagelos. O Senhor disse um dia ao profeta Jeremias: 'Que vês tu, Jeremias?' Eu respondi: 'Vejo uma vara vigilante' - Jeremias 1:11. 'Senhor, vejo uma vara vigilante a infligir punição'. O Senhor lhe perguntou de novo: 'Que vês tu?' Respondi: 'Vejo uma panela a ferver' - Jeremias 1:13. A panela a ferver é a figura de um homem inflamado de ira e ameaçado com uma vara, ou seja, com a vingança de Deus. Percebam, então, a ruína que a ira desenfreada traz ao homem. Primeiro, ela o priva da graça de Deus, e depois da vida corporal. 'A inveja e a ira abreviam os dias' - Eclesiástico 30:26. Jó diz: 'Verdadeiramente, a ira mata o insensato e a inveja mata o pequeno' - Jó 5:2. Em todos os dias da sua vida, pessoas viciadas em irar-se são infelizes, porque estão sempre em uma tempestade. Mas, passemos ao segundo ponto, no qual eu tenho muitas coisas a dizer que irão ajudá-lo a superar este vício.

Segundo Ponto: Como devemos aplacar a ira nas ocasiões de provocação

Em primeiro lugar, é necessário saber que não é possível para a fraqueza humana, em meio a tantas ocasiões, estar totalmente livre de todo o movimento de ira. Ninguém, como diz Sêneca, pode estar totalmente isento dessa paixão. Iracundia nullum genus hominum excipit. Todos os nossos esforços devem estar direcionados para a moderação dos sentimentos de ira que brotam na alma. Como eles devem ser moderados? Pela mansidão. Essa é chamada a virtude do Cordeiro - isto é, a amada virtude de Jesus Cristo. Porque, como um cordeiro sem ira e nem mesmo queixa, Ele suportou as dores de Sua Paixão e Crucificação. 'Tal como cordeiro, ele foi levado para o matadouro; como ovelha muda diante do tosquiador, ele não abriu a boca' – Isaías 53:7. Por isso Ele nos ensinou a aprender com Sua mansidão e humildade de coração. 'Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração' - Mateus 11:29.

Oh! quão agradáveis os mansos são aos olhos de Deus, aqueles que se submetem pacificamente a todas as cruzes, infortúnios, perseguições e injúrias! Aos humildes é prometido o Reino dos Céus. 'Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra' - Mateus 5:4. Eles são chamados filhos de Deus. 'Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus' - Mateus 5:9. Alguns se gloriam de sua mansidão, mas sem qualquer fundamento, pois eles são mansos apenas com aqueles que os elogiam e lhes favorecem, mas, para os que ferem ou censuram, eles se enchem de fúria e vingança. A virtude de mansidão consiste em ser manso e pacífico com aqueles que nos odeiam e maltratam. 'Com os que odiavam a paz eu era pacífico' - Salmo 119:7.

Precisamos, como diz São Paulo, revestir-nos de entranhada misericórdia para com todos os homens, e suportar-nos uns aos outros. 'Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem' - Colossenses 3:12-13. Você quer que outros suportem seus defeitos e perdoem suas falhas, então você deve agir da mesma maneira em relação aos outros. Assim, sempre que você receber um insulto de uma pessoa enfurecida contra você, lembre-se que 'Uma resposta branda aplaca o furor, uma palavra dura excita a cólera' - Provérbios 15:1. Um monge certa vez passou por um campo de milho, o proprietário do campo não gostou e falou-lhe em linguagem muito ofensiva e injuriosa. O monge humildemente respondeu: 'Irmão, você está certo, eu agi de maneira errada, me perdoe'. Com esta resposta, o lavrador ficou tão acalmado, que instantaneamente perdeu toda a raiva, e até quis seguir o monge e entrar na vida religiosa. O orgulhoso faz uso das humilhações que recebem para aumentar o seu orgulho, mas os humildes e os mansos transformam o desprezos e insultos oferecidos a eles em ocasião de avançar na humildade. São Bernardo diz: 'É humilde aquele que converte a humilhação em humildade'.

São João Crisóstomo diz que 'um homem de mansidão é útil para si e para os outros'. Os mansos são úteis para si mesmos, porque, de acordo com o Pe. Alvarez, o tempo de humilhação e desprezo é para eles o tempo de mérito. Assim, Jesus Cristo chama os seus discípulos de felizes por que serão injuriados e perseguidos. 'Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem e perseguirem' - Mateus 5:11. Por isso, os santos sempre desejaram ser desprezados, como Jesus Cristo foi desprezado. Os mansos são úteis para os outros, porque, como o mesmo São João Crisóstomo diz, não há nada melhor calculado para atrair outros para Deus, do que ver um cristão manso e alegre quando recebe um ferimento ou um insulto. Nihil ita conciliat Domino familiares ut quod illum vident mansuetudine jucundum. A razão disso é que a virtude se torna conhecida ao ser testada e, como o ouro é provado no fogo, a mansidão dos homens é provada na humilhação. 'Porque o ouro é provado no fogo e as pessoas escolhidas no forno da humilhação' - Eclesiástico 2:5.

'O meu nardo', diz a esposa no Cântico, 'exala o seu perfume' - Cânticos 1:11. O nardo é uma planta aromática, mas só difunde seus odores quando é rasgada ou ferida. Nesta passagem, o escritor inspirado nos dá a entender, que um homem não pode ser chamado de manso, a menos que seja conhecido por exalar o perfume de sua mansidão suportando injúrias e insultos em paz e sem raiva. Deus quer que sejamos mansos, até em relação a nós mesmos. Quando uma pessoa comete uma falha, Deus certamente deseja que ela se humilhe, se arrependa de seus pecados, com o propósito de nunca cair neles novamente, mas Ele não quer que ela fique indignada consigo mesma, dando lugar a problemas e agitações na consciência, pois, quando a alma está agitada, o homem é incapaz de fazer o bem. 'O meu coração está conturbado, a minha força me desamparou' - Salmo 37:11.

Assim, quando recebemos um insulto, devemos fazer violência a nós mesmos, a fim de aplacar a ira. Respondamos com mansidão, como recomendado acima, ou fiquemos em silêncio, e assim venceremos, como diz Santo Isidoro. 'Quamvis quis irritet, tu dissimula, quia tacendo vinces'. Mas, se você responder com a paixão, você fará mal a si e aos outros. Seria ainda pior dar uma resposta com ira a uma pessoa que o corrige. Pois São Bernardo diz: 'Medicanti irascitur qui non irascitur sagittanti'. Alguns não ficam com raiva, mas deveriam estar indignados com aqueles que ferem suas almas pela lisonja, e ficam cheios de indignação contra a pessoa que o censura para curar as suas irregularidades. Contra o homem que detesta a correção, a sentença de perdição, de acordo com o Homem Sábio, já foi pronunciada. 'Porque odiaram as instruções e não abraçaram o temor do Senhor, nem se submeteram ao meu conselho, mas desprezaram todas as minhas repreensões, comerão, pois, o fruto do seu próprio proceder e fartar-se-ão dos seus conselhos. A indocilidade dos fátuos os matará e a (falsa) prosperidade dos insensatos os destruirá' - Provérbios 1:29-32. Os insensatos contam como prosperidade estarem livres de correção, ou desprezar as advertências que recebem, mas tal prosperidade é a causa de sua ruína.

Quando você se deparar com uma ocasião de ira, você deve, em primeiro lugar, estar em guarda para não permitir que a ira entre em seu coração. 'Não seja fácil em te irares' - Eclesiastes 7:10. Algumas pessoas mudam de cor, e caem em uma paixão a cada contradição, e quando a raiva foi admitida, Deus sabe a que ela deve levá-los. Por isso, é necessário prever essas ocasiões em nossas meditações e orações, pois, a menos que estejamos preparados para elas, será tão difícil aplacar a ira quanto pôr um freio em um cavalo enquanto ele está fugindo.

Sempre que tivermos a infelicidade de permitir que a ira entre na alma, sejamos cuidadosos para não permitir que ela permaneça. Jesus Cristo diz a todos para se lembrarem de que se um irmão estiver ofendido com você, não se deve oferecer os dons no altar, sem primeiro se reconciliar com o próximo. 'Vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, depois vem fazer a tua oferta' - Mateus 5:24. E aquele que tenha recebido qualquer ofensa, deve se esforçar para extirpar do seu coração não só toda a raiva, mas também todo sentimento de amargura para com as pessoas que o ofenderam. 'Toda a amargura, animosidade, cólera, clamor, maledicência, com toda espécie de malícia seja banida de entre vós' - Efésios 4:31. Enquanto a ira persistir, siga o conselho de Sêneca - 'Quando você estiver com raiva, não faça nada, não diga nada que possa ser instigado pela raiva'. Como Davi, fique em silêncio, e não fale quando você sentir que está perturbado. 'Fiquei perturbado e não falei' - Salmo 76:5.

Quantos, quando estão inflamados pela ira, dizem e fazem aquilo de que eles mais tarde, em seus momentos mais calmos, se arrependem e se desculpam dizendo que estavam transtornados pela paixão? Enquanto a ira persistir, devemos ficar em silêncio, e abster-nos de fazer ou resolver fazer qualquer coisa, pois, o que é feito no calor da paixão será, de acordo com a máxima de São Tiago, injusto. 'Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus' – Tiago 1: 20. Também é necessário se abster completamente de consultar aqueles que poderiam fomentar a nossa indignação. Davi diz: 'Ditoso o homem que não se deixou levar pelo conselho dos ímpios' – Salmo 1:1. Para aquele a quem se pede conselho, o Eclesiástico diz: 'Se assoprares a uma faísca, ela se inflamará, se cuspires sobre ela, se apagará: e uma e outra coisa saem da boca' – Eclesiástico 28:14. Quando uma pessoa está indignada por causa de alguma injúria que recebeu, você deve apagar esse fogo, exortando-o à paciência, mas, se você incentivar a vingança, você poderá acender uma grande chama. Que aquele que se sente de alguma forma inflamado pela raiva, ponha-se em guarda contra os falsos amigos, que, por uma palavra imprudente, podem ser a causa de sua perdição.

Sigamos o conselho do apóstolo: 'Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem' - Romanos 12:21. Não te deixes vencer pelo mal: não se permita ser conquistado pelo pecado. Se, pela ira, você buscar vingança ou proferir blasfêmias, você será vencido pelo pecado. Mas você dirá: eu tenho, naturalmente, um temperamento forte. Pela graça de Deus e fazendo violência a si mesmo, você será capaz de vencer essa disposição natural. Não consinta com a ira, e você dominará o calor do seu temperamento. Mas você dirá: eu não posso suportar o tratamento injusto. Em resposta eu lhe direi, em primeiro lugar, lembre-se que a ira obscurece a razão e nos impede de ver as coisas como elas são. 'Caiu fogo de cima sobre eles, e não viram mais o sol' - Salmo 57:9. Em segundo lugar, se você pagar o mal com o mal, o se inimigo terá uma vitória sobre você. Davi disse: 'Se paguei com mal aos que mo faziam, caia eu com razão debaixo dos meus inimigos, sem esperança' - Salmo 7:5. Se eu pagar o mal com o mal, serei derrotado pelos meus inimigos. 'Supere o mal com o bem'. Dê a todos os inimigos o bem em troca do mal. Jesus Cristo diz: 'Fazei bem aos que vos odeiam' - Mateus 5:44. Esta é a vingança dos santos e é chamada por São Paulino de vingança celestial. É por meio dessa vingança que você deve conquistar a vitória.

E se algum desses, de quem o profeta diz: 'O veneno de víbora está nos seus lábios' – Salmo 139: 4, perguntar a você como pode se submeter a tal injúria, responda: 'Não hei de beber o cálice que meu Pai me deu?' - João 18:11. E, em seguida, voltando-se a Deus, você dirá: 'Emudeci e não abri a minha boca, porque Tu o fizeste' - Salmo 38:10, pois é certo que cada cruz que recai sobre você, vem do Senhor. 'Os bens e os males, a vida e a morte, a pobreza e a riqueza, tudo isto vem de Deus' - Eclesiástico 11:14. Se alguém lhe tirar a sua propriedade, recupere-a se for possível, mas, se não for, diga com Jó: 'O Senhor o deu, o Senhor o tirou' - Jó 1:21. Certo filósofo, que perdeu alguns de seus bens em uma tempestade, disse: 'Perdi os meus bens, mas não perderei a minha paz'. E você dirá: perdi a minha propriedade, mas não vou perder minha alma.

Em suma, quando nos encontrarmos com cruzes, perseguições e injúrias, voltemo-nos para Deus, que nos ordena suportá-las com paciência, e assim sempre evitaremos a ira. 'Lembra-te do temor de Deus, e não te ires contra o teu próximo' - Eclesiástico 28:8. Demos uma olhada na vontade de Deus, que dispõe todas as coisas desta maneira para o nosso mérito, e assim a ira cessará. Demos uma olhada em Jesus crucificado, e não teremos coragem de reclamar. Santo Eleazar, ao ser perguntado por sua esposa, como suportava tantas injúrias, sem ceder à ira, respondeu: eu me viro para Jesus Cristo e assim preservo a minha paz. Finalmente, demos uma olhada em nossos pecados, para os quais merecemos muito mais desprezos e castigos, e nós calmamente nos submeteremos a todos os males. Santo Agostinho diz que, embora às vezes sejamos inocentes de um crime pelo qual somos perseguidos, nós somos, no entanto, culpados de outros pecados que merecem castigo maior do que aquele que estamos sofrendo. Esto non habemus peccatum, quod objicitur; habemus tamen, quod digne in nobis flagelletur.

(O Vício da Ira, de Santo Afonso Maria de Ligório)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

GLÓRIAS DE MARIA: O CORAÇÃO DE MARIA


Coração que tudo vê e tudo conhece

A primeira e indispensável condição para que confiantemente nos possamos abandonar a um coração, é que este nos conheça e que compreenda as nossas dores. Se para ele fôssemos estranhos, se devêssemos sofrer ignorados e ocultos e nunca chegassem junto dele nossas angústias secretas, nossas inquietações e nossas lágrimas, como poderíamos eficazmente esperar consolo e alívio?

Ora, em Maria encontramos perfeitamente realizada esta condição indispensável. Pertencente por natureza aos degredados filhos de Eva, Ela conhece o pranto e a dor em todas as suas múltiplas variedades. O sofrimento foi-lhe sempre companheiro da vida; a pobreza, o abandono, o exílio, a viuvez, a dor suprema para um coração de mãe, isto é, a de ver assassinar cruelmente um filho amantíssimo, arrancaram-lhe do Coração profundos suspiros e dos olhos lhe fizeram correr lágrimas ardentes.

A Ela podemos, portanto, recorrer com fé, pois não está acima nem longe de nós a ponto de não compreender as angústias que em certos momentos nos enchem o coração, esmagado sob o peso da tristeza e das desgraças. Pelo contrário, essas angústias, todas as nossas necessidades, Ela as conhece intimamente. O mesmo Deus que as manifesta a nosso Anjo da Guarda e talvez a nossos santos padroeiros, a fim de nos poderem guardar e defender, acaso os há de ocultar a Maria a cujos amorosos cuidados maternos tão solenemente nos confiou? Não, não é possível. Ela fixa o olhar na luz indefectível de Deus e, iluminada por essa luz, penetra em nossos corações, conta as nossas dores, vê as nossas necessidades, cura nossas amarguras e nossas chagas; toda a nossa alma, toda a nossa vida é um livro aberto a seus olhos.

Ó coração, que gemes sob o peso da cruz, recobra o ânimo e espera: Maria tudo vê e tudo conhece. Ó pobre alma envolta nas trevas da dúvida e da aridez; ó tu, que continuamente sentes erguer-se contra ti o vendaval das paixões e os assaltos do inimigo infernal; ó pobre coração que sofres porque te vês frequentemente olvidado e não te vem alegrar aquela afeição de que tanto carecerias; ó pobre enfermo, torturado por indizíveis sofrimentos de que a ciência não sabe achar o remédio: reanima-te e espera. Maria tudo vê e tudo conhece: recorre a Ela, invoca-A com fé; Ela será tua esperança e teu amparo. Mater sanctae spei, ora pro nobis.


Coração que se comove e que tudo pode

Não basta, porém, à nossa fé que um coração bem formado conheça os nossos males e deles intimamente sinta compaixão. Quantas vezes acontece que, por motivos inelutáveis, essa delicada compaixão tenha de ficar inútil e vã! Quantas lágrimas e quantas dores no mundo permanecem inconsoladas porque defrontam com verdadeira impotência e invencível incapacidade! Quantas mães teriam socorrido e salvo os filhos até à custa de sacrifícios e de heroísmo inauditos se lhes tivesse sido possível. Mas nunca haverá impotência que limite ou detenha o impulso de compaixão que Maria sente pelas nossas aflições e pelas nossas dores. Ela é onipotência suplicante: não se aproxima do trono de Deus para pedir, qual pobre serva, e sim imperando como gloriosa rainha: Non ancilla sed domina, non rogans sed imperans – Não serva, mas senhora; não rogando, mas imperando (São Pedro Damião).

Recebeu Ela de Deus poder imenso e ilimitado; é tesoureira e dispensadora das graças e dos tesouros divinos. Quem poderá contar todas as misérias que por Ela foram aliviadas? Quem poderá recordar todos os pecadores que Ela arrancou dos abismos onde se afundavam, todos os enfermos que dEla obtiveram a saúde, todos os aflitos que Ela consolou?

Diga-o a nossa própria experiência. Não é verdade que em momentos difíceis e dolorosos, dEla recebemos conforto e salvação? Não foi, talvez, Maria que nos preservou em certos males e nos livrou de certos perigos? Quem afastou de nossa cabeça o raio da justiça divina quando talvez o estivéssemos provocando com os nossos pecados? Quem nos deu a graça de uma boa confissão, da emenda de nossa vida passada e da inteira conversão ao Senhor? Ah! Não nos envergonhemos de confessá-lo com os santos: se não estamos no inferno, devemo-lo à compaixão, à bondade e ao poder de Maria.



Coração que quer o nosso bem

Aliás, não poderia ser de outro modo. Imaginai a mais terna e a mais amante das mães, que ardentemente deseja o bem dos filhos. Dai a essa mãe inteligência tão perspicaz, olhar tão seguro que seja capaz de inteiramente conhecer os filhos, de adivinhar-lhes as lutas e aflições interiores, de intuir todos os perigos a que se acham expostos. Fazei ainda que essa mãe tão amorosa e tão esclarecida tenha a seu dispor a própria onipotência de Deus e dizei-me: seria possível crer que ela não queira consolar, ajudar, salvar os filhos? E caso os filhos conhecessem esses preciosos dotes da mãe, poderiam duvidar do socorro e hesitar em se entregarem totalmente ao coração dela?

Ora, é exatamente esta a nossa venturosa condição. Mãe amantíssima de nossas almas, iluminada para conhecer os males que nos afligem, dotada por graça da própria onipotência de Deus, não só Maria nos quer socorrer, como também este é seu mais ardente desejo e a mais suave alegria para seu Coração.

Ela o quer porque nos ama, porque conhece quão pungentes são as nossas chagas, quão amargas as nossas lágrimas. Ela o quer também porque sabe que deste modo coopera com a bondade e com a misericórdia infinitas de seu Filho Jesus. Pois não foi para isso que Ele nos deu Maria por mãe e A fez tão poderosa? E o coração que lhe bate no peito, pois não é o mais semelhante àquele Coração adorável cheio de misericórdia e compaixão?

Ah! Nós Vos diremos com a Igreja: Salve Regina, Mater Misericordiae, porque nada Vos apraz mais do que derramar sobre as nossas misérias todas as riquezas de vosso Coração de Mãe. Oh! Vede como é terrível o combate contra as paixões que continuamente nos assaltam, a concupiscência que nos atira ao lodo e ao pecado, a aflição do espírito, a dor e a contradição que sempre encontramos em nosso caminho, as enfermidades que nos fazem gemer e suspirar. Para esse cúmulo de misérias e de males não haverá, pois, conforto e remédio em vosso amantíssimo Coração, ó Maria, nossa Mãe? Sim, há, temos certeza e por isso confiamos em Vós.

Sejam quais forem as nossas condições e as nossas necessidades, nunca se extinguirá a confiança que pomos em Vós, ó Maria. É verdade que de modo muito especial olhais para as almas; entretanto, assim como vosso Filho Jesus, Vós as preparais para a graça, consolando com milagres também os corpos e as tristezas temporais. Dos santuários aonde nos chamais, das fontes que santificastes, respondeis com benefícios a estas ternas invocações: 'Saúde dos enfermos, Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos, rogai por nós!'. Termine nossa vida, ó Maria, antes que essas invocações morram nos lábios ou brotem menos confiantes do coração.

(Excertos da obra 'Ó Maria, Confio em Vós' do Pe. David Ardito, Edições Paulinas, 1946).

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O GRITO SILENCIOSO


Um grito silencioso. Um filme extremamente impactante que revela a crueldade diabólica da indústria criminosa do aborto. Um vídeo produzido em 1985 pelo médico americano Bernard N. Nathanson, um dos fundadores da Liga Nacional de Ação pelo Direito ao Aborto (NARAL) nos Estados Unidos e que chegou a ser diretor por dois anos da maior clínica de abortos do mundo ocidental. Um vídeo que mostra a técnica de sucção e curetagem aplicada no aborto de um feto de 12 semanas (similar ao diagrama abaixo).

                                                                                                                     http://www.priestsforlife.org

A ultrassonografia foi a peça decisiva que tornou o Dr. Bernard de maior abortista dos Estados Unidos (teria sido o responsável por cerca de 5000 abortos) em um atuante ativista pró-vida. 'O grito silencioso' é, sem sombras de dúvida, um pesadelo. Mas um pesadelo que visto e experimentado pode ser um instrumento decisivo para fazer parar um genocídio.