terça-feira, 18 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
EUCARISTIA - VII
VII - COMUNHÃO POR MINISTROS DA EUCARISTIA?
Os dispositivos do novo Código de Direito Canônico de 1983 definiram novas atribuições em termos de obrigações e direitos de todos os fiéis (c. 208 – 223) e dos leigos em particular (c. 224 – 231), claramente influenciados pelo espírito do Concílio Vaticano II, uma vez que inexistiam no código anterior de 1917. Estes cânones estabeleceram uma profunda reformulação da ação dos leigos na vida da Igreja.
Em particular, o cânon 231 extende aos leigos determinadas funções ministeriais dentro da Igreja, anteriormente restritas aos clérigos, incluindo-se a presidência de orações litúrgicas, a administração do batismo e a distribuição da sagrada comunhão, “de acordo com as prescrições do direito”. Tais concessões, entretanto, são claramente expressas em termos de um absoluto caráter de exceção, no sentido de suprir necessidades imperiosas da Igreja em condições de ausência dos ministros de direito incondicional, ou seja, os sacerdotes. Para desenvolver estas atividades, os leigos devem adquirir formação e doutrinação específica e exercer as funções com diligência e consciência absoluta das responsabilidades espirituais inerentes às mesmas.
A despreocupação e completo relaxamento quanto à estrita observância destes condicionantes por parte de bispos e sacerdotes resultaram em uma deturpação completa do preceito canônico, tornando regra generalizada o que deveria ser exceção absoluta: os leigos, em número cada vez maior de homens e mulheres, condividem com o sacerdote o altar e os ministérios da Igreja. Na comunhão, assumem o pomposo nome de “ministros da eucaristia” e exercem o mesmo direito do sacerdote de tocar as sagradas espécies e distribuí-las aos fiéis. Em muitas igrejas, tal corresponsabilidade tornou-se pura e simples substituição: o sacerdote fica sentado no altar e transfere totalmente a função eucarística aos ministros de plantão. Nesta perda total de referências, a absurda inversão de atribuições não fere somente os dispositivos canônicos, mas gera também mais uma profunda distorção do banquete eucarístico: a presença extraordinária destes leigos na ausência do sacerdote foi aviltada a tal ponto que o próprio sacerdote (literalmente, “o homem que oferece sacrifício”) torna-se, então, mero figurante do sacrifício eucarístico.
Além disso, considere-se, mais uma vez, que o sacerdote tem que lavar as mãos para tocar as sagradas espécies. Que razões justificariam que as mãos não consagradas e não lavadas dos ministros leigos possam tocar no Corpo Santo de Deus e diretamente no próprio cibório?
É bastante razoável pensar que estes leigos possam ser, em geral, cristãos autênticos e imbuídos de grande zelo pelas coisas de Deus. Mas isso não constitui, de modo algum, requisito suficiente para desenvolver as funções eucarísticas, ainda que em caráter extraordinário. Sólidos conhecimentos da exegese cristã são requisitos essenciais para tamanha responsabilidade, propiciando uma conscientização plena do real sentido do sacramento que contém em si todo o tesouro espiritual da Igreja. A abertura canônica aplica-se a estes casos de exceção, em condições específicas e de caráter limitado, mediante a interveniência de alguns poucos leigos privilegiados, dotados de uma sólida formação doutrinária, por concessão expressa da autoridade competente.
Na condição de auxiliares do sacerdote, entretanto, a participação destes leigos constitui uma afronta à cerimônia eucarística em todas as suas premissas de sacralização: distribuição aleatória, comunhão de pé, comunhão nas mãos, coleta das hóstias consagradas do próprio cibório por mãos não consagradas e não lavadas e com desconhecimento da exegese cristã, com consequente vulgarização do ritual e descontrole do destino das sagradas espécies distribuídas.
Não é preciso ter muita imaginação para ponderar os riscos enormes desta manipulação desenfreada e dos abusos decorrentes destas práticas permissivas e profundamente destoantes do caráter singularíssimo da Santa Eucaristia. É imperioso relembrar aqui as palavras do Papa João Paulo II, exortadas a todos os clérigos da Igreja de Cristo, na carta Dominicae Cenae, de 24/02/1980:
"É preciso, todavia, não esquecer o múnus primário dos sacerdotes, que foram consagrados na sua ordenação para representar Cristo Sacerdote; as suas mãos, assim como a sua palavra e a sua vontade, por isso, tornaram-se instrumento direto de Cristo. Por tal motivo, ou seja, como ministros da Santíssima Eucaristia, eles têm sobre as Sagradas Espécies uma responsabilidade primária (...) o tocar nas sagradas espécies e a distribuição destas com as suas próprias mãos é um privilégio dos ordenados”.
Que os bispos e sacerdotes pratiquem incondicionalmente esta orientação papal. E que os leigos, principalmente os de maior coerência cristã, continuem o seu belo, insubstituível e valoroso serviço ao Corpo Místico de Cristo, naquilo que lhes compete como cristãos comuns, sem usufruir nem usurpar privilégios que são específicos aos consagrados pelo ministério sacerdotal. Que cada sacerdote se lembre de sua excepcional vocação, privilégio e dignidade nos planos de Deus, muito além daquelas de um simples leigo, tão claramente expressas por São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes:
"O sacerdote é um homem que ocupa o lugar de Deus, um homem que está revestido de todos os poderes de Deus".
"Deve-se olhar o sacerdote, quando está no altar, como se fosse o próprio Deus".
"O sacerdote é alguém muito grande! Deus obedece-lhe: diz duas palavras e Nosso Senhor desce do céu".
"Se eu encontrasse um sacerdote e um anjo, saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. Este é o amigo de Deus, mas o sacerdote ocupa o Seu lugar".
"O sacerdote só se compreenderá bem a si próprio no céu".
Francamente, por que deveria um leigo abrir mão de receber a comunhão desse homem tão especial que é o sacerdote, 'que ocupa o lugar de Deus' na Santa Eucaristia, para a receber de um homem comum?
"Deve-se olhar o sacerdote, quando está no altar, como se fosse o próprio Deus".
"O sacerdote é alguém muito grande! Deus obedece-lhe: diz duas palavras e Nosso Senhor desce do céu".
"Se eu encontrasse um sacerdote e um anjo, saudaria o sacerdote antes de saudar o anjo. Este é o amigo de Deus, mas o sacerdote ocupa o Seu lugar".
"O sacerdote só se compreenderá bem a si próprio no céu".
Francamente, por que deveria um leigo abrir mão de receber a comunhão desse homem tão especial que é o sacerdote, 'que ocupa o lugar de Deus' na Santa Eucaristia, para a receber de um homem comum?
Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)
Eucaristia V: Quinta Parte (Primeiro Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)
Eucaristia VI: Sexta Parte (Segundo Domingo de Setembro)
sábado, 15 de setembro de 2012
A SANTA MISSA NAS PALAVRAS DOS SANTOS
'Fica sabendo, ó cristão, que mais merecimento se tem em assistir devotamente a uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar por toda a Terra.'
SANTO AGOSTINHO
Na hora da morte, as Missas a que houveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Assistindo com devoção à Santa Missa, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo. Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. Diminui o império de satanás sobre ti mesmo. Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível. Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte. Será ratificada no Céu a bênção que do Sacerdote recebes na Santa Missa.'
'O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece à Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor. A Eucaristia é o milagre supremo do Salvador; é o Dom soberano do Seu amor.'
'Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa.'
'Se soubéssemos o valor de uma Missa, morreríamos de alegria'.
'Quão feliz é o Anjo da Guarda que acompanha uma alma à Santa Missa'
SÃO PIO DE PIETRELCINA
SÃO LEONARDO DE PORTO MAURÍCIO
SANTA MATILDE
SÃO PEDRO JULIÁN EYMARD

SÃO JERÔNIMO
SÃO BOAVENTURA
SÃO JOÃO CRISÓSTOMO
'A Missa é o sol da Igreja.'
'Agradeçamos, pois, ao Divino Salvador por nos ter deixado este meio infalível de atrair sobre nós as ondas da divina misericórdia. A Santa Missa é uma embaixada à Santíssima Trindade; de inestimável valor; é o próprio Filho de Deus que a oferece.'
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
'Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa de Nosso Senhor, a ponto de considerar grave falta, para quem, podendo assistir a uma Missa, não o faz. A humanidade deveria prostrar, o mundo deveria vibrar e todo o céu deveria adorar profundamente quando o Filho de Deus aparece sobre o altar nas mãos do sacerdote.'
'Como nós devemos ouvir a Santa Missa? Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as santas mulheres, como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício sangrento da cruz.'
SANTA TERESA DE JESUS
'Sem a Missa, o que seria de nós? Todo o mundo estaria destinado a perecer porque só a Missa pode suster o braço de Deus. Sem a Missa, a Igreja não se manteria e todos os homens estariam irremediavelmente perdidos.'
'Eis o meio mais adequado para assistir com fruto a Santa Missa: consiste em irdes à igreja como se fôsseis ao Calvário, e de vos comportardes diante do altar como o faríeis diante do Trono de Deus, em companhia dos santos anjos. Vede, por conseguinte, que modéstia, que respeito, que recolhimento são necessários para receber o fruto e as graças que Deus costuma conceder àqueles que honram, com sua piedosa atitude, mistérios tão santos.'
'Todas as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo, com uma devoção e amor acima do entendimento dos Anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação da humanidade.'

'Saibam, ó cristãos, que a Missa é o ato mais sagrado da nossa religião. Não se pode fazer coisa alguma para se dar maior glória à Deus, nem para dar maior proveito às almas do que assistir devotamente a Santa Missa e tão frequentemente quanto possível.'
'Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário. Cada Santa Missa a que assistires, alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória.'
'A Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz. Há tantos mistérios na Santa Missa quantas são as gotas de água do mar, como os átomos de poeira no ar e como os anjos no céu; penso que jamais terá saído das mãos de Deus mistério mais profundo que a Santa Missa.'
'Após a consagração, eu tenho visto esses milhares de Anjos formando a corte real de Jesus, em volta do tabernáculo, eu os tenho visto com meus próprios olhos.'
'A Missa é o sol da Igreja.'
A FÉ EXPLICADA (VI)
Questões e Respostas sobre a Santa Missa
(tradução de Catholic Cathechism, do Rev. W. Faerber, Tan Books & Publishers, 1993)
Definição: A Missa é o sacrifício perfeito do Novo Testamento em que Jesus Cristo se oferece à Santíssima Trindade sob as aparências do pão e do vinho. A Missa é um sacrifício de adoração, agradecimento, expiação e petição.
290. O que é um sacrifício?
Um sacrifício é um dom visível oferecido
a Deus.
291. Por que o sacrifício é oferecido?
O sacrifício é oferecido para adorar,
agradecer, suplicar as graças e reparar a Deus pelos nossos pecados.
292. O que é necessário para um
sacrifício?
Para um sacrifício é requerido:
(i) um presente visível (vítima, hóstia);
(ii) um sacerdote;
(iii) um altar.
293. Qual é o sacrifício perfeito?
O sacrifício perfeito é o sacrifício de
Jesus na cruz.
‘De fato, com esta única oferenda, levou
à perfeição, e para sempre, os que Ele santifica’ (Heb 10, 14).
294. O
sacrifício da cruz ainda é oferecido?
O sacrifício da cruz é ainda oferecido
em cada Missa.
‘Do levantar ao pôr do sol, meu nome
será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao meu Nome um
sacrifício e uma oferenda pura.’ (Mal. 1, 11).
295. Como Jesus se oferece na Missa?
Jesus se oferece na Missa como
sacrifício incruento à Santíssima Trindade.
296. Quando Jesus instituiu o santo
sacrifício da Missa?
Jesus instituiu o santo sacrifício da
Missa na Última Ceia. ‘Fazei isto em memória de mim’ (Lucas 22,19).
297. Quem é o sacerdote real na Santa Missa?
O sacerdote real na Santa Missa é Jesus
Cristo.
298. Como a Missa é dividida?
A Missa é dividida em:
(i) parte de preparação e instrução (missa dos
catecúmenos);
(ii) parte do sacrifício (Missa dos fiéis).
299. Quais são as partes principais da
Missa?
As partes principais da Missa são:
(i) o ofertório
(ii) a consagração
(iii) a comunhão.
300. Quem são aqueles especialmente
beneficiados pela Santa Missa?
São especialmente beneficiados pela Santa
Missa:
(i) o sacerdote que celebra a Missa;
(ii) aqueles para os quais a Missa é oferecida;
(iii) todos os que participam da Missa.
301. Por que a Missa é oferecida?
A Missa é oferecida:
(i) para se honrar a Santíssima
Trindade;
(ii) para se distribuir as graças obtidas
por Cristo na Sua morte na cruz.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
ORAÇÃO DO CALVÁRIO
Dai-me, Senhor, a Vossa angústia no Monte
das Oliveiras, para que eu me surpreenda com o Vosso horror ao pecado;
Dai-me, Senhor, o Vosso suor de sangue para
que eu possa apagar o fogo das minhas inquietudes;
Dai-me, Senhor, as marcas dos Vossos
flagelos, para que eu possa curar-me das feridas da vaidade;
Dai-me, Senhor, a dor lancinante dos espinhos
que perfuraram a Vossa fronte para que possa aliviar os Vossos filhos que
sofrem;
Dai-me, Senhor, a Vossa agonia na subida
do Calvário para que eu seja capaz de abrir caminhos nas marcas de Vossas
sandálias;
Dai-me, Senhor, o desfalecimento das
Vossas quedas para que eu possa erguer da terra com mais perseverança;
Dai-me, senhor, o peso do madeiro que
vergaste Vossos braços no Calvário, para que eu me desfaleça diante da minha
miséria;
Dai-me, Senhor, a rigidez dos pregos
cortando Vossos membros, para que eu tenha a ternura dos que constroem a paz;
Dai-me, Senhor, o assombro de Vossos espasmos
para que a sombra do orgulho não acompanhe os meus passos;
Dai-me, Senhor, a Vossa sede atroz para que
eu possa saciar a muitos com o refrigério da esperança;
Dai-me, Senhor, a Vossa compaixão diante
dos Vossos algozes, para que eu saiba amar sem medida alguma;
Dai-me, Senhor, o Vosso peito aberto à
lança que mata, para que eu defenda a vida ainda que no ventre;
Dai-me, Senhor, a água que brota do Vosso
coração dilacerado para que eu possa lavar todas as minhas faltas;
Dai-me, Senhor, a Vossa Cruz bendita para
que um dia, diante de Vós, eu não chegue de mãos vazias...
(Arcos de Pilares)
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
QUANDO O INFERNO É AQUI...
06.09.2012: RIO TINTO DE SANGUE
Na China, o Rio Yangtze, o mais extenso e o mais largo da China (e o terceiro do mundo em extensão) amanheceu com as águas completamente rubras, por causas que ainda são desconhecidas (contaminação por agentes contendo corantes particularmente agressivos, capazes de alterar por completo a cor das águas, mesmo em volume e vazões tão elevadas?). Embora o estranho acontecimento tenha sido observado principalmente em Chongqing (no encontro das águas do Rio Yangtze com as do Rio Jialin), foi também relatado em vários outros locais do curso do rio. Qualquer que seja a razão, o evento faz lembrar claramente um cenário apocalíptico.
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