sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS...


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque  durante a oitava da festa de Corpus Christi  de 1675...

         “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.

... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

    Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

    Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

    De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente da licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

    Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

    Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possível.

    Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

POEMAS PARA REZAR - III


Robert Southweel (1561 – 1595), sacerdote da Ordem da Companhia de Jesus. Nasceu em Norfolk (1561) e morreu a 15 de fevereiro de 1595 em Londres, com a idade de apenas 33 anos, após ter sido cruelmente torturado, enforcado e esquartejado por ordem da Rainha Elisabeth I. Foi canonizado pelo Papa Paulo VI, em 25 de outubro de 1970. Foi poeta lírico e compôs vários hinos religiosos, que já eram muito populares à época. ‘The Burning Babe’, transcrito abaixo, é o seu poema mais famoso, com livre tradução.

The Burning Babe

As I in hoary winter's night stood shivering in the snow,
Surprised I was with sudden heat which made my heart to glow ;
And lifting up a fearful eye to view what fire was near,
A pretty babe all burning bright did in the air appear;
Who, scorched with excessive heat, such floods of tears did shed
As though his floods should quench his flames which with his tears were fed.
Alas, quoth he, but newly born in fiery heats I fry,

Yet none approach to warm their hearts or feel my fire but I !

My faultless breast the furnace is, the fuel wounding thorns,
Love is the fire, and sighs the smoke, the ashes shame and scorns;
The fuel justice layeth on, and mercy blows the coals,
The metal in this furnace wrought are men's defiled souls,
For which, as now on fire I am to work them to their good,
So will I melt into a bath to wash them in my blood.
With this he vanished out of sight and swiftly shrunk away,
And straight I called unto mind that it was Christmas day. 


O Bebê em Chamas

Quando, em uma noite de inverno glacial, eu tremia na neve,
um súbito calor me ofuscou fazendo meu coração mais leve,
ao erguer os olhos, receoso do fogo tão desconhecido,
vi um lindo bebê suspenso no ar e em chamas envolvido,
abrasado em calor intenso, chorava em prantos sua dor,
como se, com as lágrimas, fosse possível apagar o fogo abrasador.
‘Ai de mim’, disse ele, ‘sou recém-nascido a consumir em fogo ardente,
já que ninguém se importa em suavizá-lo um pouco, fico eu somente,
meu peito é um forno, e são muitos os espinhos que o mantém aceso:
o amor é o fogo, e suspiros a fumaça; as cinzas, vergonha e desprezo;
a justiça incendeia as brasas e a misericórdia sopra as chamas que fumegam,
e o metal na forja são as almas corrompidas dos homens que me negam,
estou a me consumir em fogo para torná-los bem aventurados,
e, como metal fundido, lavar, no meu sangue, tantos pecados’.
Desvaneceu-se, então, em minha frente sem deixar qualquer sinal,
e eu percebi imediatamente que era o Dia de Natal.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

3 DE SETEMBRO - SÃO GREGÓRIO MAGNO


Doutor da Igreja e um dos maiores papas da história da Santa Igreja, São Gregório Magno nasceu no ano 540 em Roma. Defensor incansável da sã doutrina, combateu duramente as seitas heréticas, promovendo um amplo trabalho de reestruturação da liturgia católica e do canto eclesiástico (que hoje é conhecido como canto gregoriano, em sua homenagem). Introduziu o Kyrie eleison na Missa, a oração do Pai Nosso antes da fração da hóstia pelo sacerdote e os cantos de aleluias nos ofícios divinos, mesmo fora do tempo pascal. Mais do que isso, estabeleceu, nos primórdios do Século VII, as bases de uma nova e sólida civilização cristã, atuando decisivamente na conversão dos lombardos, da Espanha e da Grã-Bretanha. De tão grandioso pontificado, preferiu apenas o humilde título de servus servorum Dei - servo dos servos de Deus. Faleceu em Roma, no dia 12 de março de 604, depois de treze anos, seis meses e dez dias de pontificado.


Ave mundi spes Maria, ave mitis, ave pia, ave plena gratia. 
Ave virgo singularis, quæ per rubum designaris non passus incendia.
Ave rosa speciosa, ave Jesse virgula:
Cujus fructus nostri luctus relaxavit vincula.
Ave cujus viscera contra mortis foedera ediderunt filium.
Ave carens simili, mundo diu flebili reparasti gaudium.
Ave virginum lucerna, per quam fulsit lux superna his quos umbra tenuit.
Ave virgo de qua nasci, et de cujus lacte pasci res cælorum voluit.
Ave gemma coeli luminarium.
Ave Sancti Spiritus sacrarium. 
Oh, quam mirabilis, et quam laudabilis hæc est virginitas!
In qua per spiritum facta paraclitum fulsit foecunditas.
Oh, quam sancta, quam serena, quam benigna, quam amoena esse virgo creditur!
Per quam servitus finitur, porta coeli aperitur, et libertas redditur.
Oh, castitatis lilium, tuum precare filium, qui salus est humilium:
Ne nos pro nostro vitio, in flebili judicio subjiciat supplicio.
Sed nos tua sancta prece mundans a peccati fæce collocet in lucis domo.
Amen dicat omnis homo.

Ave Maria, esperança do mundo; salve ó benigna, salve ó piedosa; salve ó cheia de graça!
Salve ó virgem singular, roseira que arde sem se consumir!
Salve ó rosa especiosa! Salve ó vara de Jessé cujo fruto quebrou as correntes de nossa prisão!
Salve, cujo ventre teve um filho que venceu a lei da morte.
Salve, Virgem sem igual, que trouxeste a alegria para o mundo que gemia em prantos.
Salve, ó lâmpada das virgens, através da qual a luz celestial brilhou para aqueles que jaziam nas trevas.
Salve, ó Virgem de quem quis nascer e de cujo leite quis se alimentar o Rei do Céu.
Salve, ó gema preciosa das luminárias do céu!
Salve, ó santuário do Espírito Santo!
Ó que maravilha, como é louvável essa virgindade em que o Espírito Paráclito fez brilhar a fecundidade!
Ó quão santa e serena, abençoada e amena é esta virgem, por quem foi encerrada nossa escravidão, foi nos aberta a porta do Céu e ganhamos nossa liberdade.
Ó lírio da castidade, intercedei por nós junto a vosso filho, que é a salvação dos humildes: para não sermos condenados eternamente por causa de nossos pecados no dia de nosso justo juízo.
Antes, que vossa oração nos lave das máculas do pecado e nos leve à casa da luz eterna.
Digam todos os homens: Amém!


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

NÃO SE PODE ABDICAR DA VERDADE (I)

Em artigo recente publicado no jornal Gazeta do Povo (Paraná), o colunista Carlos Ramalhete expôs os problemas éticos e morais associados à adoção de crianças por duplas homossexuais, travestidas num contexto de casamentos e famílias. Evidentemente, recebeu uma chuva de impropérios e ameaças de todo o tipo, fruto das 'minorias injustiçadas', outro 'epíteto travesti' para movimentos internacionais muito bem orquestrados contra a civilização cristã. De um lado, a postura cristã autêntica que, sabendo-se detentora da Verdade, não pode abdicar destes princípios em hipótese alguma. Do outro lado, uma maciça oposição dos que clamam a igualdade de direitos, quaisquer que sejam suas (des)crenças, à luz da jurisprudência oficial.

Nada é mais intrinsecamente cristão do que a família: pai, mãe e filhos convivendo as suas dolorosas e belas utopias humanas em um ambiente familiar. Nada substitui a família; qualquer outra organização que se pretenda ser uma alternativa à família é insustentável e destinada ao fracasso retumbante. Não é à toa que a família tem sido tão atacada e dilacerada em seus princípios pelos movimentos anti-católicos e contrários à doutrina cristã. Eles podem ser hereges, mas não são burros. Mas não basta desestruturar ou solapar as famílias, é imprescindível também destruí-las por completo, seja por meio de seu aviltamento, seja por meio de sua mera inserção no contexto social como uma estrutura 'possível' (se possível, bem pouco 'possível'). Divórcio, aborto e drogas são ingredientes comuns que esfacelam famílias. O amor livre e o hedonismo as invalidam. 

Neste desvario completo, crianças e adolescentes são as vítimas da hora. São os filhos 'sem família', porque elas verdadeiramente não mais existem, sejam por abandono puro e simples dos filhos, seja porque estes passam a ter pais de mais e amor filial de menos. É neste cenário de falta crônica dos valores cristãos, que surgem as possibilidades de adoção e da criação por terceiros. E, aqui, à tentativa (sempre parcial, sempre incompleta) de reduzir as perdas de um ambiente familiar autêntico, mediante os instrumentos legais da adoção e da criação por terceiros, avilta-se, mais uma vez, a concepção cristã da família, concedendo a casais homossexuais a mesma conformidade das ações de um pai e uma mãe. Nos planos humanos, as mesmas leis que não privilegiam os deveres e responsabilidades da paternidade responsável, formulam soluções abusivas e anti-naturais, mesmerizadas à galope pelos feudos jurídicos de plantão. Para os descrentes, isso nada tem de absurdo; pelo contrário, é indício óbvio da civilização. Para um católico, é inconcebível sob quaisquer pontos de vista. 

Isto porque, para um católico, a família é, acima de tudo, a igreja doméstica, na qual os pais recebem a responsabilidade maior de batizar e evangelizar os filhos na doutrina católica, pois o dever máximo da família cristã é a salvação eterna da alma dos seus filhos. E os católicos devem lutar, oportuna ou inoportunamente, pela salvação do próximo, seja no mosteiro, seja na babel mundana. Diante da Verdade, calar-se ou omitir-se é que se caracteriza a afronta. Num Brasil cristão, presume-se que os valores cristãos deveriam nortear as políticas sociais, resguardados os direitos de todos. No Gueto Brasil, o paradigma da diversidade define os valores laicos, em que tudo pressupõe a estrita observância das igualdades de todos, sem nada no meio. Nada de novo sob o sol: o colunista apenas expôs o seu amor à Verdade e defendeu os valores cristãos de sempre (porque se não falarmos, as pedras falarão por nós); o gueto automaticamente regurgita o que não lhe convém às entranhas. 

sábado, 1 de setembro de 2012

EUCARISTIA - V


V - COMUNHÃO NA MÃO?

Não há dúvida de que as práticas mais abusivas e lesivas à dignidade do santo sacramento da eucaristia ocorrem no ato da comunhão propriamente dita, durante a distribuição das hóstias. Estas práticas, embora frequentes, tendem a ser profundamente transgressoras à vontade divina, como atestado por diferentes alocuções papais e um sem número de angustiantes lamentações de Jesus e de Maria em aparições e manifestações diversas aos homens dos tempos atuais.

Neste contexto, a deposição das hóstias consagradas na mão dos fiéis constitui uma concessão perigosíssima e totalmente estranha às mais autênticas tradições da Igreja. É um ato direto contra a sacralização devida para com o Divino e Imaculado Corpo de Cristo. Desde a Igreja primitiva, os diáconos lavavam suas mãos após dispor as oferendas do vinho e do pão sobre a mesa eucarística, antes mesmo da consagração, origem do ato do lavabo que o sacerdote faz no rito da Missa atual. O sacerdote, mesmo tendo as suas mãos consagradas, tem que lavá-las previamente ao contato com as sagradas espécies. Que razões poderiam sustentar o relaxamento moral que permite que as mãos não consagradas e não lavadas dos fiéis possam tocar no Corpo Santo de Deus?

Estas razões, infelizmente, são apenas humanas, baseadas em questões de higiene e de uma insensata e equivocada ideia de uma busca de maior intimidade com Deus. Esse segundo argumento tange o absurdo: a disposição interior, com os cuidados exteriores mencionados previamente, é uma certeza da existência dessa intimidade e despojamento entre a criatura e o seu Criador. A manjedoura que acolhe o nosso renascimento espiritual em Cristo na eucaristia deve ser provida pelo estado de graça da nossa alma ávida de Deus e não pelas palmas de mãos pecadoras e não consagradas.

E que preocupação desmedida com a higiene e o conforto dos fiéis (o sacerdote pode, por exemplo, tocar inadvertidamente com os dedos nos lábios ou na língua dos penitentes) pode sublimar por completo qualquer objeção a tocar as sagradas espécies com mãos impuras? Ou será que, durante a missa, os sentidos humanos de repente desaparecem e não são incorporados a atos tão banais quanto coçar a cabeça ou os ouvidos, usar um lenço, apertar os cadarços do sapato, apoiar-se simplesmente nos bancos da igreja e até mesmo no apertar das mãos dos vizinhos durante o cumprimento da paz? 

Outros argumentam ainda que, como o próprio Jesus deu a comunhão nas mãos dos apóstolos durante a Última Ceia, a comunhão na mão deveria ser a praxe geral. Não há dúvida disso, esta praxe é geral para aqueles que são semelhantes aos apóstolos, ou seja, para os sacerdotes de Cristo, consagrados para perdoar pecados e realizar o extraordinário milagre da transubstanciação a cada Missa. Nós, os fiéis, não somos herdeiros dos apóstolos, somos as sucessivas gerações do povo de Deus. Para nós, a  comunhão na mão está, pois, claramente em contradição com o verdadeiro espírito de amor, respeito e devoção que devemos para com Nosso Senhor e Nosso Deus. E existe ainda o gravíssimo perigo decorrente das partículas consagradas que se desprendem das hóstias e das mãos e que, caindo ao chão, são pisoteadas e profanadas. 

Mas os problemas advindos da comunhão na mão podem assumir gravidade muito maior, propiciando sacrilégios de toda natureza. Em quantas missas, sob um afluxo intenso e descontrolado dos fiéis, o sacerdote atua meramente como um repassador autômato das hóstias consagradas, em flagrante desrespeito e vulgarização à cerimônia eucarística, como se tivesse distribuindo aleatoriamente fichas ou prendas a um punhado de  mãos estendidas. Em quantas missas, o sacerdote não tem o controle do destino das hóstias colocadas em mãos não consagradas? Hóstias consagradas já foram encontradas em bancos de igreja, dentro de missais, em sacristias e em estacionamentos, em álbuns de fotografias... em que lugares terríveis não poderiam ser colocadas... ou mesmo usadas em atos sacrílegos como as chamadas ‘missas negras’? Seria difícil perceber as muitíssimas possibilidades de profanações das sagradas espécies em mãos não consagradas no caso das missas campais, com grande afluência de pessoas, envolvendo, em certos casos, verdadeiras multidões?

Nesta senda de insensatez, obscurantismo e omissão impressionantes, some-se a concessão medonha que permite ao próprio fiel tomar diretamente a hóstia do cibório. Nesta toada, para que sacerdotes? Ou bastará que o presidente da assembleia disponha uma bandeja de pães e uma jarra de vinho sobre o altar, a fim de que os próprios fiéis possam servir-se à vontade, transformando-se  a eucaristia em ágape, mero símbolo de uma filantropia universal?

Eucaristia I: Primeira Parte (Primeiro Domingo de Agosto)
Eucaristia II: Segunda Parte (Segundo Domingo de Agosto)
Eucaristia III: Terceira Parte (Terceiro Domingo de Agosto)
Eucaristia IV: Quarta Parte (Quarto Domingo de Agosto)
Eucaristia V: Quinta Parte (Primeiro Domingo de Setembro)

DA VIDA ESPIRITUAL (24)

(A morte de um desconhecido me encontrando numa tarde qualquer de trabalho de campo)

No meio de meus afazeres profissionais, em algum lugar perdido da civilização, paro diante da necessidade imperiosa de me alimentar junto a um pequeno restaurante de uma rua qualquer e me deparo de repente com a incerteza da fragilidade humana: a casa simples, um grupo de pessoas, as vozes baixas, o sol causticante, o velório, a poeira, o morto, a morte e a vida no agreste chão. Eis o homem de corpo só, enfim tornado igual a todos os homens mortos, quer fossem reis ou escravos, imperadores ou soldados, magnatas ou miseráveis andarilhos, criaturas humanas com histórias próprias, almas criadas pela graça de Deus. Não me é possível saber coisa alguma deste homem, atravessando sem vida a minha vida em um breve momento, mas ficou a minha oração: ‘que Deus te conceda a graça da salvação eterna e que teus olhos gloriosos brilhem para sempre na luz infinita da Plena Visão!’ E que eu, Pai, que fico aqui mais algum tempo encontre, entre afazeres e almoços tardios, a graça de sempre viver de acordo com a Vossa Santa Vontade!

PRIMEIRO SÁBADO DE SETEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

Em 10 de dezembro de 1925, logo depois do jantar, a jovem postulante Lúcia, então com 18 anos, voltou à sua cela e aí recebeu a visita de Nossa Senhora e do Menino Jesus. A Santíssima Virgem pousou a mão no ombro de Lúcia e mostrou-lhe um Coração cercado de espinhos que tinha na outra mão. Neste momento, assim falou o Menino Jesus:
‘Tem pena do Coração de tua Mãe Santíssima, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’.
Em seguida, a Santíssima Virgem revelou a Lúcia a grande promessa da Devoção dos Cinco Primeiros Sábados:
‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

Cinco Sábados para Reparação Contra:

1 – as blasfêmias contra a imaculada conceição da Virgem Maria;
2 – as blasfêmias contra sua virgindade;
3 – as blasfêmias contra sua maternidade divina, recusando ao mesmo tempo reconhecê-la como mãe dos homens;
4 – as blasfêmias daqueles que procuram publicamente por no coração das crianças a indiferença ou o desprezo, ou mesmo o ódio em relação a esta Mãe imaculada;
5 – as ofensas dos que a ultrajem diretamente nas suas santas imagens.