sábado, 13 de junho de 2020

13 DE JUNHO - SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA



SÍNTESE BIOGRÁFICA

1195: Nasce em Lisboa, filho de Maria e Martinho de Bulhões. É batizado com o nome de Fernando. Reside na frente da Catedral.

1202: Com sete anos de idade, começa a frequentar a escola, um privilégio raro na época.

1209: Ingressa no Mosteiro de São Vicente, dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, perto de Lisboa. Torna-se agostiniano. 

1211: Transfere-se para Coimbra, importante centro cultural, onde se dedica de corpo e alma ao estudo e à oração, pelo espaço de dez anos.

1219: É ordenado sacerdote. Pouco depois conhece os primeiros franciscanos, vindos de Assis, que ele recebe na portaria do mosteiro. Fica impressionado com o modo simples e alegre de viver daqueles frades.

1220: Chegam a Coimbra os corpos de cinco mártires franciscanos. Fernando decide fazer-se franciscano como eles. É recebido na Ordem com o nome de Frei Antônio, enviado para as missões entre os sarracenos de Marrocos, conforme deseja.

1221: Chegando a Marrocos, adoece gravemente, sendo obrigado a voltar para sua terra natal. Mas uma tempestade desvia a embarcação arrastando-a para o sul da Itália. Desembarca na Sicília. Em maio do mesmo ano participa, em Assis, do capítulo das Esteiras, uma famosa reunião de cinco mil frades. Aí conhece o fundador da Ordem, São Francisco de Assis. Terminado o Capítulo, retira-se para o eremitério de Monte Paolo, junto aos Apeninos, onde passa 15 meses em solidão contemplativa e em trabalho braçal. 

1222: Chamado de improviso a falar numa celebração de ordenação, Frei Antônio revela uma sabedoria e eloquência extraordinárias, que deixam a todos estupefatos. Começa a sua epopeia de pregador itinerante.

1224: Em brevíssima Carta a Frei Antônio, São Francisco o encarrega da formação teológica dos irmãos. Chama-o cortesmente de 'Frei Antônio, meu bispo'.

1225: Depois de percorrer a região norte da Itália, passa a pregar no sul da França, com notáveis frutos. Mas tem duras disputas com os hereges da região.

1226: É eleito custódio na França e, um ano depois, provincial dos frades no norte da Itália.

1228: Participa, em Assis, do Capítulo Geral da Ordem, que o envia a Roma para tratar com o Papa de algumas questões pendentes. Prega diante do Papa e dos Cardeais. Admirado de seu conhecimento das Escrituras, Gregório IX o apelida de 'Arca do Testamento'.

1229: Frei Antônio começa a redigir os 'Sermões', atualmente impressos em dois grandes volumes.

1231: Prega em Pádua a famosa quaresma, considerada como o momento de refundação cristã da cidade. Multidões acorrem de todos os lados. Há conversões e prodígios. Êxito total! Mas Frei Antônio está exausto e sente que seus dias estão no fim. Na tarde de 13 de junho, mês em que os lírios florescem, Frei Antônio de Lisboa morre às portas da cidade de Pádua. Suas últimas palavras são: 'Estou vendo o meu Senhor'. As crianças são as primeiras a saírem pelas ruas anunciando: 'Morreu o Santo'.

1232: Não tinha bem passado um ano desde sua morte, quando Gregório IX o inscreveu no catálogo dos santos.

1946: Pio XIII declara Santo Antônio Doutor da Igreja, com o título de 'Doutor Evangélico'.

MILAGRE DOS PEIXES



Certa vez, quando o Frei Antônio pregava o Evangelho na cidade de Rímini, Itália, os moradores locais não queria escutá-lo e começaram a ofendê-lo a ponto de ameaçá-lo de agressão física. Santo Antônio saiu da praça e caminhou em direção à praia e, dando as costas aos seus detratores, falou em voz alta. 'Escutai a Palavra de Deus, vós que sois peixes e vives no mar, já que os infiéis não a querem ouvir.' Diversos peixes agruparam-se à beira da praia e, postando suas cabeças para fora d’água, ficaram em posição como de escuta das palavras do santo: 'Bendizei ao Senhor, vós que sois também criaturas de Deus!' E aqueles que presenciaram este milagre espantoso creram e se converteram ao cristianismo!

EXCERTOS DE UM SERMÃO: 'A CEGUEIRA DAS ALMAS '
(SERMÃO DO DOMINGO DA QUINQUAGÉSIMA) 

Um cego estava sentado... etc. Omitidos todos os outros cegos curados, só queremos mencionar três: o primeiro é o cego de nascença do Evangelho, curado com lodo e saliva; o segundo é Tobias que cegou com excremento de andorinhas, e se curou com fel de peixe; o terceiro é o bispo de Laodicéia, ao qual diz o Senhor no Apocalipse: 'Não sabes que és um infeliz e miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que me compres ouro provado no fogo, para te fazeres rico, e te vestires com roupas brancas, e não se descubra a tua nudez, e unge os teus olhos com um colírio, para que vejas'. Vejamos o que significa cada uma destas coisas.

O cego de nascença significa, no sentido alegórico, o gênero humano, tornado cego nos protoparentes. Jesus restituiu-lhe a vista, quando cuspiu em terra e lhe esfregou os olhos com lodo. A saliva, descendo da cabeça, significa a divindade, a terra, a humanidade; a união da saliva e da terra é a união da natureza humana e divina, com que foi curado o gênero humano. E estas duas coisas significam as palavras do cego sentado à borda do caminho e a clamar: 'Tem piedade de mim (o que diz respeito à divindade), Filho de Davi' (o que se refere à humanidade).

No sentido moral, o cego significa o soberbo. A este respeito lemos no profeta Abdias: 'Ainda que te eleves como a águia e ponhas o teu ninho entre os astros, eu te arrancarei de lá, diz o Senhor'. A águia, voando mais alto que todas as aves, significa o soberbo, que deseja a todos parecer mais alto com as duas asas da arrogância e da vanglória. É a ele que se diz: 'Se entre os astros, isto é, entre os santos que, neste lugar tenebroso, brilham como astros no firmamento, puseres o teu ninho, isto é, a tua vida, dali te arrancarei, diz o Senhor'. 

O soberbo, pois, esforça-se por colocar o ninho da sua vida na companhia dos santos. Donde a palavra de Job: 'A pena do avestruz, isto é, do hipócrita, é semelhante às penas da cegonha e do falcão, isto é, do homem justo'. E nota que o ninho em si tem três caracteres: no interior é forrado de matérias brandas; externamente é construído de matérias duras e ásperas; é colocado em lugar incerto, exposto ao vento. Assim a vida do soberbo tem interiormente a brandura do deleite carnal, mas é rodeada no exterior por espinhos e lenhas secas, isto é, por obras mortas; também está colocada em lugar incerto, exposta ao vento da vaidade, porque não sabe se de tarde ou se de manhã desaparecerá. E isto é o que se conclui: 'De lá eu te arrancarei, ou seja, arrancar-te-ei para te lançar no fundo do inferno, diz o Senhor'. Por isso, escreve-se no Apocalipse: 'Quanto ela se glorificou e viveu em delícias, tanto lhe dai de tormentos'.

E nota que este cego soberbo é curado com saliva e lodo. Saliva é o sêmen do pai derramado na lodosa matriz da mãe, onde se gera o homem miserável. A soberba não o cegaria se atendesse ao modo tão triste da sua concepção. Daí a fala de Isaías: 'Considerai a rocha donde fostes tirados. A rocha é o nosso pai carnal; a caverna do lago é a matriz da nossa mãe. Daquele fomos cortados no fétido derrame do sêmen; desta fomos tirados no doloroso parto. Por que te ensoberbeces, portanto, ó mísero homem, gerado de tão vil saliva, criado em tão horrível lago e ali mesmo nutrido durante nove meses pelo sangue menstrual?' Se os cereais forem tocados por esse sangue não germinarão, o vinho novo azedará, as ervas morrerão, as árvores perderão os frutos, a ferrugem corroerá o ferro, enegrecerão os bronzes e se dele comerem os cães, tornar-se-ão raivosos e, com as suas mordeduras, farão enlouquecer as pessoas. 

sexta-feira, 12 de junho de 2020

A VIDA OCULTA EM DEUS: AMOR À CRUZ


'Não era necessário Cristo sofrer e padecer para entrar na glória?' (Lc 24,26)

Se pudéssemos entender de maneira prática o valor do sofrimento, não considerado em si mesmo, mas aceito por amor e em união com Nosso Senhor, poderíamos compreender quase todo o mistério do cristianismo. O sofrimento é necessário para nós, pobres criaturas, profundamente aviltados pelo pecado original, ao qual acrescentamos ainda mais desordem com os nossos pecados.

Ele tem o maravilhoso segredo de nos purificar, restaurando nossas faculdades à pureza original por meio de um processo doloroso. A nossa vida é como uma obra longa e mal acabada, que precisa ser desfeita e reformada por completo; como uma massa de argila que apresenta diferentes tipos de formas, com vestígios emaranhados de todas elas, e que precisam ser apagados um após o outro. Esta é uma reformulação que deve ser realizada pelo fogo da penitência, do arrependimento, do doloroso detestatio peccati, da dolorosa detestação ao pecado cometido.

Ao mesmo tempo, o sofrimento nos fortalece quando é feito com amor. Este trabalho não pode ser realizado sem uma reação poderosa de nossa vontade. Todas as nossas faculdades se agitam contra o aguilhão, mas não podemos fugir disso e é esta ação que torna a nossa vontade forte, ágil, dócil e humilde nas mãos da vontade divina, ordenando tudo e restaurando parte do vigor do dom da integridade perdida pelo primeiro homem, conjuntamente com a Graça.

É preciso fazer um esforço para se permanecer na bigorna enquanto martelam os golpes; não se desviar da cruz: Christo confixus sum cruci. É necessário nos manter por longo tempo como vítimas, desde que Deus assim o queira. Pois Deus não é como os cirurgiões terrestres que dessensibilizam os seus doentes. Ele, pelo contrário, não nos coloca para adormecer mas, muitas vezes, leva a inserção desse sofrimento às profundezas do coração até às suas últimas fibras mais agudas e mais dolorosas.

Deus não nos faz entorpecer. Não age dessa forma. Jesus não estava letárgico na cruz. E ainda que por um ato livre de sua vontade humana, em perfeita harmonia com a vontade divina, Ele não quis que as alegrias da visão beatífica afetassem as suas faculdades sensíveis. Nesse sentido, sua alma continha dois mundos quase fechados. Toda a sua alma sofreu e toda ela estava feliz. Jesus sofreu com toda a sua alma; Ele era, portanto, o homem das dores, e, no entanto, nunca perdeu a visão beatífica. Que mistério e que realidade neste ato de se regozijar ao mesmo tempo em meio aos próprios sofrimentos e humilhações! 

E assim acontece com todas as almas que Jesus chama à sua intimidade, começando pela sua Mãe Santíssima, Nossa Senhora das Dores. Que alma desfrutou mais da intimidade de Deus do que nossa Mãe mais terna? E qual a alma que mais sofreu? Quanto ela sofreu, ela que era tão pura! E todos os santos... Essa graça da alegria é desfrutada apenas por aqueles que bebem o cálice por inteiro. Se apenas os lábios são colocados nele, não há nada além de amargura. Mas se você tiver a coragem de ir até o fim - ou morrer pelo caminho como dizia Santa Teresa - você terá a intimidade de Deus e a alma extasiada de alegria.

Sem dúvida, achamos às vezes que compreendemos bem o sofrimento mas, quando confrontados com uma dor amarga, que nos repugna e da qual gostaríamos de fugir a qualquer custo, precisamos de todo o nosso espírito de fé para nos manter de pé, sem reclamar por qualquer palavra, como Jesus, com Jesus e por Jesus. Acredita que se ama sem sofrer?... Na verdade, poderíamos suportar razoavelmente muitos sofrimentos, mas não o fazemos por covardia, porque a nossa natureza tem uma extraordinária engenhosidade para encontrar razões para enganar a si mesma e evitá-los a todo custo.

(Excertos da obra 'A Vida Oculta em Deus', de Robert de Langeac; Parte I -  O Esforço da Alma; tradução do autor do blog)

quinta-feira, 11 de junho de 2020

INDULGÊNCIAS DO DIA DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI


Hoje, dia da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, o católico pode ser contemplado com as seguintes indulgências:

(i) Indulgência parcial: rezar, com piedosa devoção, a oração 'Alma de Cristo':

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossa chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da morte chamai-me e
mandai-me ir para vós,
para que com vossos Santos vos louve
por todos os séculos dos séculos.
Amém. 

(ii) Indulgência plenária: rezar, com piedosa devoção, a oração 'Tantum Ergo' ou 'Tão sublime Sacramento':

Tão sublime sacramento
vamos todos adorar,
pois um Novo testamento
vem o antigo suplantar!
Seja a fé nosso argumento
se o sentido nos faltar.
Ao eterno Pai cantemos
e a Jesus, o Salvador,
igual honra tributemos,
ao Espírito de amor.
Nossos hinos cantaremos,
chegue aos céus nosso louvor.
Amém.

Do céu lhes deste o pão,
Que contém todo o sabor.

Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa Paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso corpo e do vosso sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que viveis e reinais para sempre. Amém.

CORPUS CHRISTI 2020


Corpus Christi, expressão latina que significa Corpo de Cristo, é uma festa litúrgica da Igreja sempre celebrada na quinta–feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa. Abaixo, duas orações particularmente associadas a esta festa litúrgica:

Anima Christi

Anima Christi, sanctifica me.
Corpus Christi, salva me.
Sanguis Christi, inebria me.
Aqua lateris Christi, lava me.
Passio Christi, conforta me.
O bone Iesu, exaudi me.
Intra tua vulnera absconde me.
Ne permittas me separari a te.
Ab hoste maligno defende me.
In hora mortis meæ voca me.
Et iube me venire ad te,
ut cum Sanctis tuis laudem te
in sæcula sæculorum. 
Amen.


Tantum Ergo

Tantum ergo Sacramentum 
Veneremur cernui:
Et antiquum documentum 
Novo cedat ritui: 
Praestet fides supplementum 
Sensuum defectui. 
Genitori, Genitoque 
Laus et iubilatio, 
Salus, honor, virtus quoque 
Sit et benedictio: 
Procedenti ab utroque 
Compar sit laudatio. 
Amen.


ver também: LAUDA SION SALVATOREM

quarta-feira, 10 de junho de 2020

CORPUS CHRISTI



O pão é pão e o vinho é vinho
como frutos do homem em oração;
é o que trazemos, é tudo o que temos,
como oferendas da nossa devoção. 

Não é mais pão, nem é mais vinho
quando espécies na consagração;
alma e divindade que se reconciliam
a cada missa, em cada comunhão.

Aparente pão, aparente vinho,
é mais que vinho, muito mais que pão;
o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo
 é o alimento da nossa salvação.

(Arcos de Pilares)

LEMBRANDO 13 VERDADES ESQUECIDAS...

... SOBRE O VALOR IMPONDERÁVEL DE CADA SANTA MISSA


1. Na hora da morte, as Santas Missas que tivermos ouvido devotamente serão a nossa maior consolação.

2. Na Santa Missa, Deus perdoa todos os pecados veniais que estamos determinados a evitar.

3. Na Santa Missa, Deus perdoa os nossos pecados desconhecidos (esquecidos) que jamais confessamos.

4. O poder de Satanás sobre nós é diminuído.

5. Cada Missa irá junto conosco ao Julgamento e implorará por perdão para nós.

6. A cada Missa temos diminuída a punição temporal devida aos nossos pecados, mais ou menos, de acordo com o nosso fervor.

7. Assistindo devotamente a Santa Missa, rendemos a maior homenagem possível à Sagrada Humanidade de Nosso Senhor.

8. Através do Santo Sacrifício, Nosso Senhor Jesus Cristo repara por muitas das nossas negligências e omissões.

9. Ouvindo piedosamente a Santa Missa, oferecemos às Almas do Purgatório o maior alívio possível.

10. Uma Missa ouvida durante a nossa vida será de maior benefício do que muitas ouvidas por nós depois da nossa morte.

11.Através da Santa Missa, somos preservados de muitos perigos e infortúnios, que de outra forma cairiam sobre nós.

12. Encurtamos o nosso tempo no Purgatório a cada Missa.

13. Durante a Santa Missa, ajoelhamo-nos entre uma multidão de santos Anjos, que estão presentes no Adorável Sacrifício com reverente temor.

(São Leonardo do Porto Maurício)

terça-feira, 9 de junho de 2020

09 DE JUNHO - SÃO JOSÉ DE ANCHIETA


Mais de 400 anos depois da sua morte, ocorrida em 9 de junho de 1597, na pequena vila de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no Espírito Santo, o padre jesuíta José de Anchieta tornou-se o terceiro santo brasileiro da Igreja Católica, após Madre Paulina (nascida na Itália e canonizada em 2002, 60 anos após a sua morte) e Frei Galvão (canonizado em 2007, 185 anos após a sua morte). Desde 1617, quando os jesuítas brasileiros oficializaram junto a Companhia de Jesus, em Roma, o pedido de canonização do padre, o processo teve inúmeras paralisações e recomeços, constituindo-se em um dos mais demorados da história da Igreja. Somente quando, em 1980, o Papa João Paulo II promoveu a beatificação do padre a partir de um decreto que dispensava a comprovação formal de milagres por sua intercessão direta, a causa foi rapidamente reativada, culminando com a canonização de São José de Anchieta em 03 de abril de 2014. 

Nascido em São Cristóvão da Laguna, na ilha de Tenerife, pertencente ao arquipélago das Canárias (Espanha), José de Anchieta educou-se na Universidade de Coimbra em Portugal, ingressando em seguida na Companhia de Jesus. Tornado sacerdote, veio para o Brasil em 1553, chegando à Bahia com outros seis padres jesuítas. No ano seguinte, já na capitania de São Vicente, fundou, no planalto de Piratininga, junto com o padre Manoel da Nóbrega, a cidade de São Paulo. Com a morte do padre Manoel da Nóbrega em 1567, assumiu o o cargo de provincial do Brasil, intensificando ainda mais o extraordinário trabalho missionário junto aos primeiros habitantes da nova terra - os povos indígenas - que lhe valeram o título de 'Apóstolo do Brasil'.