terça-feira, 26 de março de 2013

VIA SACRA (ESTAÇÕES I A IV)

PRIMEIRA ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO À MORTE

V. Por sua condenação à morte:
R. Tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Pilatos perguntou: Que fizeste? Jesus respondeu: 'Para isto nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade'. (cf. Jo 18,35-37). Pilatos procurava libertá-lo. Mas os judeus vociferavam: 'Se o soltas, não és amigo do César!' Ouvindo tais palavras, Pilatos o entregou para ser crucificado (Jo 19, 12-16).
Em determinado momento, Jesus me disse: 'Não te admires se, às vezes, és julgada injustamente. Eu, por teu amor, bebi por primeiro o cálice de sofrimentos não merecidos' (Diário - 289).
Ó como são enganosas as aparências e injustos os julgamentos! Ó quantas vezes a virtude sofre opressão só porque fica silenciosa. Conviver sinceramente com aqueles que sempre ferem, exige uma grande renúncia. A gente sente que está perdendo sangue, e não se veem as feridas. Ó Jesus, quantas destas coisas nos desvendará apenas o último dia. E que alegria, pois nenhum dos nossos esforços se perderá (Diário - 236).
Ó Pai bondosíssimo, como és misericordioso por julgares a cada um de acordo com a sua consciência e conhecimento, e não de acordo com as conversas dos homens (Diário - 1456).
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós!



SEGUNDA ESTAÇÃO: JESUS TOMA A CRUZ AOS OMBROS

V. Pela cruz que lhe foi posta sobre os ombros:
R. Tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Jesus disse aos seus discípulos: 'Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me'. (Mt 16, 24); 'Aquele que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim'  (Mt 10, 38).
À noite, quando me encontrava na cela vi, de repente, uma grande claridade e, no alto dessa claridade, uma grande cruz de cor cinza escura. Subitamente fui arrebatada para perto dessa cruz mas, olhando para ela, nada compreendia e rezava para saber o que isso devia significar. Nesse momento, vi o Senhor, e perdi de vista a cruz. Jesus estava sentado numa grande claridade até os joelhos, e de tal maneira que não os via. Jesus inclinou-se em minha direção, olhou bondosamente para mim e falou sobre a vontade do Pai Celestial. Dizia-me que a alma mais perfeita e santa é aquela que cumpre a vontade do Pai, mas não são muitas as almas assim (Diário - 603).
Ó meu Deus, nada desejo, a não ser o cumprimento da Vossa Vontade; não importa se será fácil ou difícil. Confio em Vós, Deus misericordioso, e desejo ser a primeira a demonstrar essa confiança que exigis das almas (Diário - 615).
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós!


TERCEIRA ESTAÇÃO: JESUS CAI POR TERRA

V. Pela sua primeira queda:
R. Tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Estou curvado, inteiramente prostrado... Meu coração palpita, minha força me abandona, a luz dos meus olhos já não habita comigo. Amigos e companheiros se afastam da minha praga (Sl 38, 7.11-12).
'Sou três vezes Santo e abomino o menor pecado. Não posso amar uma alma manchada pelo pecado, mas, quando se arrepende, não há limites para a Minha generosidade com ela. A Minha misericórdia a envolve e justifica. Com a Minha misericórdia persigo os pecadores em todos os seus caminhos, e o Meu Coração se alegra quando eles voltam a Mim. Esqueço as amarguras com que alimentaram o Meu Coração e alegro-Me com a volta deles' (Diário - 1728).
Ó Jesus, se eu pudesse tornar-me uma névoa diante de Vós, a fim de cobrir a Terra para que o Vosso olhar não visse os terríveis delitos. Jesus, quando olho para o mundo e sua indiferença para Convosco, lágrimas caem-me dos olhos sem cessar mas, quando olho para uma alma religiosa tíbia, então o meu coração sangra (Diário - 284).
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós!

 

QUARTA ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA SUA MÃE SANTÍSSIMA

V. Pelas lágrimas de Sua Mãe que veio ao Seu encontro:
R. Tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
'Vós todos que passais pelo caminho, olhai e vede: há dor como a minha dor?' (Lc 1, 12).
À noite, vi a Mãe de Deus com o peito descoberto transpassado por uma espada, derramando lágrimas amargas e nos defendendo do terrível castigo de Deus. Deus quer nos aplicar um terrível castigo, mas não pode, porque a Mãe de Deus nos defende. Um medo terrível atravessou a minha alma. Se não fosse a Mãe de Deus, de pouco serviriam os nossos esforços. Intensifiquei meus esforços de orações e sacrifícios (Diário - 686).
Ó Maria, uma espada terrível transpassou hoje vossa santa alma. Além de Deus, ninguém sabe do vosso sofrimento. A vossa alma não se abate, mas é corajosa, porque está com Jesus. Doce Mãe, uni meu coração a Jesus, porque só então suportarei todas as provações e experiências e, só em união com Jesus, os meus pequenos sacrifícios serão agradáveis a Deus.
Mãe dulcíssima, ensinai-me a vida interior. Que a espada dos sofrimentos nunca me abale. Ó Virgem pura, derramai coragem no meu coração e velai por ele (Diário - 915).
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus, como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós!

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