domingo, 28 de outubro de 2012

MEDALHA DE SÃO BENTO



ORAÇÃO DE SÃO BENTO


'Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Satana
Numquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas
Ipse Venena Bibas'

sábado, 27 de outubro de 2012

A BÍBLIA EXPLICADA (I)

Qual era a língua falada por Jesus?


Durante o século I, na terra onde viveu Jesus, eram usadas comumente quatro línguas: aramaico, hebraico, grego e latim. 

O latim era a língua oficial e a de uso mais restrito, empregada quase que exclusivamente por funcionários romanos e por pessoas da sociedade mais culta. Neste sentido, é pouco provável que Jesus tenha usado o latim em suas pregações e na sua linguagem cotidiana. 

O grego era uma língua bem mais comum, de conhecimento de muitos cidadãos da Galileia, particularmente os de origem helênica. Também era falado na Judeia e por muitos habitantes de Jerusalém e, assim, é bem possível que Jesus tenha utilizado o grego em situações especiais (no diálogo com Pilatos, por exemplo), mas não em pregações habituais. 

O hebraico possivelmente teria sido a linguagem adotada nas pregações feitas nas sinagogas ou em presença dos fariseus, amparadas nos textos das Sagradas Escrituras. 

O aramaico era a língua corrente entre os judeus da Galileia e certamente foi a linguagem adotada por Jesus como de uso diário e sistemático. Assim, por exemplo, effatá, geena, abba e 'Eli, Eli, lamá sabactâni?' são palavras e expressões em aramaico que os Evangelhos, escritos em grego, transcrevem diretamente da própria boca de Jesus. 

Quais eram os principais grupos do povo judeu à época de Jesus?


Os principais grupos que formavam a população judia na Palestina do Século I eram os fariseus, saduceus, essênios e zelotes. 

Os fariseus (do hebraico perushim - 'segregados') concentravam toda a atenção às questões relativas à observância das leis de pureza ritual, que extrapolavam as atividades formais no templo e se incorporavam às ações cotidianas mais prosaicas. Com base na lei escrita (Torá ou Pentateuco), os fariseus compilaram uma série de tradições e de modos de cumprir as prescrições da Lei que, ao longo do tempo, tomaram tal relevância que passaram a assumir o mesmo patamar da lei escrita. Segundo as suas convicções, essa Torá oral teria sido entregue a Moisés, juntamente com a Torá escrita, e tinham origem, portanto, no próprio Deus. 

Para uma certa parte dos fariseus, a dimensão política representava um papel decisivo na escala de sua religião, e o empenho pela independência nacional era partilhado pela crença de que nenhum poder temporal poderia contrapor-se à soberania do Senhor sobre o seu povo. Estes judeus eram conhecidos pelo nome de zelotes, provavelmente dados por eles mesmos, em alusão ao seu zelo por Deus e pelo cumprimento da Lei. Pregavam que a salvação, embora concedida por Deus, implicava a colaboração humana exposta no zelo estrito pelo cumprimento da Lei e até mesmo pelo uso da violência e do poder militar para vencer os inimigos de Deus. 

Os saduceus eram representados pelas pessoas cultas, membros de famílias sacerdotais e das famílias mais ricas e aristocráticas do povo judeu (incluindo os chamados 'sumos sacerdotes', que eram os representantes do povo judeu perante o poder imperial). Pregavam uma interpretação muito sóbria da Torá, sem as nuances casuísticas e as referências orais propostas pelos fariseus. Ao contrário destes, não acreditavam na vida depois da morte e nem compartilhavam as suas esperanças escatológicas. Embora tivessem grande poder de influência política e religiosa, não gozavam da mesma popularidade e respeito que desfrutavam os fariseus. 

Os essênios repudiavam os cultos prestados no templo de Jerusalém e o contato com os outros grupos judeus, visando evitar a perda dos valores espirituais extremamente rígidos que pregavam e uma possível contaminação dos seus princípios. Assim, mais que uma vida de pobreza, buscaram um profundo e completo sistema de isolamento físico e econômico no âmbito da comunidade judaica, vivendo em ambientes hostis e de difícil acesso, num modelo extremo de segregação racial (as cavernas de Qumran são um exemplo disso).


(Da obra 'Jesus Cristo e a Igreja' - Universidade de Navarra)

HISTÓRIAS QUE OUVI CONTAR... (III)

Nina conferiu mais uma vez, pela décima vez, a bagagem: as duas mochilas, a bolsa com os sapatos (estava levando a sandália que comprara no shopping no dia anterior), a bolsa de mão. Estava tudo ali, nos moldes da moça sempre tão cuidadosa, meticulosa, detalhista. Não tinha sido assim uma vida inteira? Sempre zelosa de suas coisas, sempre cheia de planos. Que festa não tinha sido para a sua família ter passado em Direito... Quanta coisa já estava engatilhada para se fazer nos próximos anos, quantas viagens... e o Beto bem podia fazer parte desse futuro tão risonho... Nina sorriu e se deixou levar pelos pensamentos soltos: ele era o cara, ela já sabia, ele ainda não, mas a coisa já estava indo como devia ser. Detalhista como era, já antecipava os fatos e previa os tempos. 

De repente, sentiu um ligeiro incômodo, um roçar de pensamento menos fluido: naquela manhã, a mãe perguntara outra vez pela missa de domingo. 'Tá bom. Quer dizer que eu estou indo com minha turma passar o feriado prolongado no sítio e tenho lá tempo de me preocupar com a missa de domingo?' Sempre gostara da mãe ser tão religiosa, tão devota, estas coisas. Mas, agora, aquilo parecia ter ficado um pouco fora de moda, meio sem sentido. E as mentiras tinham começado exatamente assim: as missas que não frequentava mais eram apenas o pano de fundo para muitas outras coisas que a afastaram de uma religiosidade plena. Ela era, digamos, uma 'católica não praticante', mas Deus continuava sendo Deus, sem dúvida. 'Mas o que tem a ver Deus com o meu feriado, meu Deus?' Nina afastou rapidamente o pensamento solto e retomou o exame minucioso da sua bolsa de mão: estava tudo ali mesmo?

Mal acabara de retomar o que já estava feito, quando a mãe a chamou: 'Nina, eles chegaram!'. 'Eles', para ela, era Beto. Correu para o espelho, deu a última ajeitada na blusa ('Precisava o feriado ter começado com aquele tempinho frio e fechado? Ainda bem que a previsão era de sol direto no fim de semana') e sorriu. Ela era bonita e isso era muito bom. 'Beto'. Agarrou as mochilas e as bolsas, deu um "tchau, mãe" e "dá um beijão no papai por mim" e saiu correndo de casa. Sentiu de imediato a garoa fininha nas faces.

E lá estava a turma dela, os colegas da escola: Juliano, Mirella, Téo e Beto. Beto levantou-se rapidamente do banco do carona e a ajudou a colocar a bagagem no porta-malas. 'Não cabe as minhas coisas, gente, o porta-malas tá lotado!' Beto retirou uma mochila preta de lá e arrumou as coisas de Nina. 'Pronto, resolvido, a minha mochila eu levo comigo no banco'. 'Vamos logo!' 'Calma, que ainda não entrei!'. E, entre risos e brincadeiras, Nina se acomodou no banco de trás, ao lado de Mirella, que também trazia uma bolsa ou algo assim, junto aos pés. O carro parecia uma lata de sardinha. Um sufoco. 'Vamos logo!'

Juliano, ao volante, começou a fazer a manobra de ré, quando a mãe de Nina chegou carregando a sacola de plástico. Carro parado, Nina não teve nem como perguntar qualquer coisa e a mãe entregou de bandeja à galera o mico do ano. 'Ovos'. Ovos? Ovos. Ninguém riu, ninguém falou nada, mas que mico! Nina pegou a sacola meio sem graça e, doida para sair da situação constrangedora, falou um 'tchau, mãe!' que soou meio ríspido. 'Vamos logo!' Juliano completou a manobra e despediram-se da mãe de Nina. 'Vão com Deus!'.

Téo foi o primeiro a não perder a piada pronta, o carro já tomando a rua em frente. 'Deus não, que aqui não cabe mais ninguém!' As gargalhadas foram gerais. 'Só se for no porta-malas!', Juliano emendou de primeira. Nina sentiu o mesmo incômodo de há pouco. Num relance, lhe veio à mente as palavras cristalinas sempre ouvidas da mãe: 'Com Deus não se brinca! Com Deus não se brinca!'. Mais uma vez, afastou rapidamente o pensamento bobo. 'Gente, eu queria colocar essa sacola lá atrás'. Nina não falou em ovos. Juliano encostou o carro e Beto colocou a sacola no porta-malas. 'Desculpa, gente, minha mãe é dose!'. Mirella não deixou por menos para deixar tudo na boa: 'Calma, Nina, seus ovos estão bem protegidos ali no porta-malas! Eles e Deus estão juntinhos assim', brincou com uma risada farta e juntando os dedos para enfatizar a piada. Risos gerais. O feriado prolongado ia ser uma festa.

Não foi. A pista molhada, o carro desgovernado, o impacto brutal contra uma árvore ao longo de um declive acentuado. O carro destruído, cinco corpos mutilados, cinco vidas perdidas em plena juventude. O sargento Antunes sabia bem o que era aquilo, o que devia fazer, as providências a tomar, o comunicado às famílias, a dor sem tamanho, a tragédia espantosa. Um pouco à frente, ele via o cabo Maciel examinando as bagagens retorcidas do porta-malas, única parte do carro ainda passível de identificação óbvia. E viu quando ele tirou uma sacola de plástico do porta-malas e a examinou com interesse. Virando-se em sua direção, falou qualquer coisa que de pronto não entendeu. O soldado, aproximando-se, mostrou ao sargento uma sacola de ovos, seis ovos, inacreditavelmente intactos, naquele monte de ferros retorcidos. 'Como isso foi possível? Deus, por acaso, gosta de brincar com ovos?'

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DA VIDA ESPIRITUAL (31)

Olhe esta face flagelada, martirizada, cuspida, lacerada, sanguinolenta, irreconhecível... Esta face que te parece não humana iluminou toda a humanidade. Olhe as costas e o dorso deste homem vergado sob o peso do madeiro: coberta de chagas, sulcada em carne viva, rasgada em pedaços... Estes ombros suportaram o peso da cruz de todos os pecados. Olhe as mãos e os pés do crucificado: transpassados, imobilizados, pregados na cruz como um ladrão qualquer... Estas mãos nos legaram rios de bênçãos e graças e os pés tornaram em caminhos para o céu todas as estradas.  Olhe a chaga aberta no coração do condenado: dela brotaram sangue e água, frutos da divina misericórdia, para a salvação de todos os homens.  Olhe a face, as costas, as mãos, os pés e a chaga aberta no peito deste Homem, condenado, flagelado e crucificado pelos homens. Pela Sua paixão e morte, Cristo nos mostrou onde o nosso olhar encontra o Olhar de Deus: tome, pois, a tua cruz e siga em frente, sem olhar para a tua imensa fragilidade e a imensa fragilidade dos teus irmãos...  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O NÚMERO DOS QUE SE SALVAM (III)

Deus abomina o pecado e a única coisa que Deus realmente não pode fazer é amar uma alma em pecado. Homem algum é capaz de sequer imaginar o quão tenebroso é a Deus o nosso menor pecado venial. Um pecado mortal é o suicídio da alma, a tormenta das tormentas. O que seria, então, uma vida em pecado? Mas, ainda assim, se os homens abandonam a Deus por quaisquer prazeres mesquinhos, Deus não abandona uma alma nunca e a persegue em Sua misericórdia por todos os atalhos do mal, pelas sendas da impiedade, até os confins do próprio abismo; envolvendo-a numa torrente de graças, concede-lhe não uma ou duas ou três, mas centenas de oportunidades para trazê-la de volta, no caminho da salvação eterna. 

E quantas outras devoções não são capazes de nos fazer passar correndo pela porta estreita? A devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que inclui a promessa definitiva: 'A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna'. Ainda não é suficiente? Deus nos deu Maria e, por Maria, a Devoção dos Cinco Primeiros Sábados: ‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’ E temos a Santa Missa, e temos o Rosário, e temos o sacramento da confissão e temos as indulgências...

Mas os homens não têm tempo para buscar as graças de Deus, tão envolvidos estão nos seus planos pessoais. E, na grande maioria das vezes, a obstinação e o amor ao pecado prevalecem e nunca se tem a volta. E no momento decisivo de prestar contas ao Pai, o que poderão dizer às perguntas: 'o que você fez das minhas missas, do meu Rosário, das minhas devoções, dos meus sacramentos, das minhas graças, da minha misericórdia? ' No Juízo Particular, estas perguntas não são feitas a Deus, mas é a própria alma que se interroga como juiz de si mesma. E responde. E decide. E toma a porta do caminho que se escolheu. Da grande maioria ou da grande minoria, para todo o sempre, seja gloriosamente entre as 'estrelas do céu', seja de forma tenebrosa entre as 'areias do mar'. 

O NÚMERO DOS QUE SE SALVAM (II)

Conforme a posição unânime dos Padres da Igreja, o número de almas (e o número de adultos católicos) que se salva, é larga minoria. Mas não precisaríamos dos Padres da Igreja para obter tal constatação. Jesus, em várias passagens, foi cristalino em relação aos eleitos de Deus: 'esforce-se pra entrar pela porta estreita...'; 'muitos são chamados, poucos são os escolhidos'; 'é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus'. Se o rico aqui é aquele que se entregou de corpo e alma às coisas do mundo (podendo tê-las alcançado ao máximo ou ao mínimo, indistintamente), as palavras de Jesus não contêm metáforas. O Céu não é ali; e são poucos os que se salvam. Entretanto, esta 'larga minoria' ou este 'pequeno resto' não significa que os eleitos de Deus sejam poucos. Não, são muitíssimos de muitos, tantos quantas são as 'estrelas do céu', embora os condenados sejam tantos 'como a areia do mar'.

Deus que que todos os homens se salvem e provê, na sua sabedoria e amor infinitos, os meios de salvação para todos (e quantos lamentarão no Juízo Particular não terem percebido ou aplicado a miríade de graças recebidas!). Deus chama, Deus atrai, Deus busca a ovelha desgarrada até as portas do abismo, Deus concede o sofrimento ou a doença como meio de reparação, Deus mostra de forma cristalina às almas a loucura que seria um mundo sem Deus, Deus ama, ama, ama infinitamente cada alma e a busca, por todos os meios, ao caminho do Céu. Mas o Sim a Deus implica o Não ao mundo: às glórias mundanas, à fama terrível, à riqueza sem duro trabalho, ao lazer sem fim, à impureza, ao orgulho e às vaidades do nada, o amor ao pecado. Deveis temer o pecado mais do que a todos os demônios do inferno: é o pecado mortal que isola a sua alma de Deus e a deixa à mercê de todos os demônios.  

Deus há de nos julgar com justiça e misericórdia e, embora sejam atributos iguais, o próprio Jesus manifestou a Santa Faustina Kowalska o valor incomensurável da Devoção à Misericórdia de Deus para a salvação das almas: 'Antes de vir como justo juiz, abro de par em par as portas da Minha misericórdia. Quem não quiser passar pela porta de misericórdia, terá que passar pela porta da Minha justiça..." (Diário, n. 1146). Na porta da Justiça, há certamente de prevalecer as posições dos Santos Padres da Igreja; na porta da Misericórdia, Deus é Bondade Pura: "Coloquem a esperança na Minha misericórdia os maiores pecadores. Eles têm mais direito do que outros à confiança no abismo da Minha misericórdia. Minha filha, escreve sobre a minha misericórdia para as almas atribuladas. Causam-Me prazer as almas que recorrem à Minha misericórdia. A estas almas concedo graças que excedem os seus pedidos. Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre à Minha compaixão, mas justifico-o na Minha insondável e inescrutável misericórdia" (Diário, n. 1146).

O caminho da salvação passa, repassa, cruza, se atalha, pela devoção à misericórdia de Deus. Tome-a como premissa de vida espiritual, como referência de vida cristã, como escada para o Céu. Viva profundamente a graça de não cometer um pecado mortal (ninguém comete um pecado mortal sem querer pecar expressamente; esta verdade teológica implica, portanto, que só vai ao inferno quem quer e também que só se salva quem quer se salvar), de não se deixar levar pelas coisas do mundo. Nessa condição, a sua oração, no escondimento e no anonimato, tornar-se-á um tesouro para a salvação de sua alma e daqueles que você ama de modo particular. Na verdadeira devoção à misericórdia de Deus, não há minoria, nem um a menos, todos serão salvos: Não posso castigar, mesmo o maior dos pecadores, se ele recorre à Minha compaixão, mas justifico-o na Minha insondável e inescrutável misericórdia". Todos serão salvos. E aí não importa o número final dos que se salvam: o que realmente importa é estarmos entre os que se salvam, entre os eleitos para a glória eterna de Deus.

O NÚMERO DOS QUE SE SALVAM (I)

Na história da civilização cristã, homens de todas as épocas se debruçaram sobre a grande questão do fim último da alma, da salvação ou perdição eternas, da manifestação derradeira da justiça ou da misericórdia de Deus. E, sob argumentos de naturezas diversas, impôs-se a questão de fundo: é maior ou menor o número das almas que se salvam? Num contraponto equivocado, a questão assume outra forma: é a justiça ou é a misericórdia de Deus que prevalece no julgamento final?

A resposta à questão de fundo é simples e fácil, diante de inúmeras intervenções dos Grandes Padres da Igreja, como São Gregório, São Crisóstomo, São Vicente Ferrer, Santo Anselmo, São Jerônimo, São Tomás de Aquino e São Leonardo de Porto Maurício, que são absolutamente contundentes: o número de almas que se salvam é muitíssimo menor. São Tomás, o Doutor Angélico, por exemplo, depois de pesar todas as razões pró e contra a salvação das almas, foi taxativo em sua conclusão: "Porque a bem-aventurança eterna supera o estado natural, especialmente desde que tenha sido privado da graça original, é pequeno o número dos que são salvos." Esta informação lhe assusta, caro leitor? Pois há mais: é juízo comum entre eles que o número de almas dos adultos católicos que se salvam é muito menor dos que as que se condenam. E alguns deles vão além, ao afirmar que o número de padres que se salvam também é menor. Embora sejam cristalinas nas obras e assertivas dos Grandes Padres da Igreja, tais palavras não são apenas assustadoras, são assombrosas! Então, quem poderá se salvar?

Em primeiro lugar, é imprescindível considerar as palavras das Sagradas Escrituras: 'o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para os que O amam' (Co1, 2,9). A glória de Deus é algo que extrapola infinitamente a condição humana e exige, portanto, para ser alcançada pela eternidade, de algo superior, um amor pleno ao Pai, banhado na confiança e na perseverança, livre de malícias e tibieza. A salvação eterna não é fácil e, muito menos, a consequência simples e direta de uma vida morna e indolente. 

Mas, por que isso nos parece tão despropositado e assustador? A principal razão, infelizmente, é que a grande maioria dos católicos advoga uma crença totalmente estranha à Tradição da Igreja: um catolicismo genérico, feito de momentos específicos e de devoções pessoais, pessoas que crêem apenas naquilo que lhes interessam, que praticam uma religiosidade fracionada, que não se chocam diante de condutas imorais, blasfêmias e aberrações litúrgicas, que se acostumaram à lama do mundo como coisa natural. Estes maus católicos, por terem sido os maiores predestinados às moradas eternas, pervertem e denigrem com maior força, as graças de Deus, disseminando as más confissões, as comunhões sacrílegas, as missas profanas. E, sistematicamente, quanto mais estão impregnados deste espírito mundano, mais se apegam à misericórdia de Deus como instrumento de salvação para todos. Assim, para estes crentes de suas próprias crenças, o 'Silva' está 'em bom lugar', 'foi descansar', etc porque era gente boa, amigo de toda hora, ajudou muita gente. Definitivamente, 'Silva' não se salvou pelo que aparentou ser. E, se ele não viveu profundamente o amor de Deus em si em sua vida terrena, 'o bom Silva' estará no inferno por toda a eternidade. Palavras duras, leitor? Na Arca de Noé, foram salvas apenas 8 pessoas da humanidade à época. Santo Agostinho expressa a sua angústia diante dessa realidade, após identificar a Arca na figura da Igreja: "o fato de apenas oito pessoas se salvarem na Arca significa que muito poucos cristãos são salvos, porque são muitos poucos os que realmente renunciam ao mundo". 

Se somente o pecado mortal pode nos separar irremediavelmente de Deus, como é possível que poucos se salvem?  Se Deus nos legou com a confissão a certeza de nos livrarmos do castigo eterno, por que somente se salva este pequeno resto? A resposta, mais uma vez, está na visão distorcida da fé católica: em não se tendo a consciência clara do pecado, avilta-se no pecado sem remorso, sem arrependimento, sem mortificação, sem dor interior. Neste cenário, o livre arbítrio não exige quaisquer confissões ou penitências,  porque, como o 'bom Silva', todos são bons, à sua maneira e do seu jeito. A perda eterna da alma não decorre, daí, da justiça ou da misericórdia de Deus, porque ambos estes atributos de Deus não podem ser separados ou serem excludentes. O inferno constitui irremediavelmente o destino final da grande maioria das almas simplesmente porque estas almas escolheram, por livre arbítrio e desde sempre, viver e trilhar os caminhos do inferno. 

domingo, 21 de outubro de 2012

VÍDEOS CATÓLICOS

(Do site VORTEX de Michael Voris, com legendas em português)

Veja também: A FÉ EXPLICADA (V) - Justiça e Misericórdia de Deus

LIVRO DOS SALMOS (PARTE II)


CARTA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DOS SALMOS DE SANTO ATANÁSIO

(CAPÍTULOS XI - XVI)

Se desejas louvar a Deus recita o 64.
E quando queiras catequizar alguém acerca da ressurreição, entoa o 65.
Imploras a misericórdia do Senhor? Louva-o salmodiando o 66.
Se vês que os malvados prosperam gozando de paz e os justos, em troca, vivem em aflição, para não tropeçar nem escandalizar-te, recita também tu o 72.
Quando a ira de Deus se inflama contra o povo, tenhas palavras sábias para seu consolo no 73.
Se andas necessitado de confissão, salmodia o 9; 74; 91; 104; 105; 106; 107; 110; 117; 125 e 137.
Queres confundir e envergonhar os pagãos e hereges, demostrando que nem um só deles possui o conhecimento de Deus, e sim unicamente a Igreja Católica? Podes, se assim o pensas, cantar e recitar inteligentemente as palavras do 75.
Se teus inimigos te perseguem e te cortam toda possibilidade de fuga, ainda que estejas muito afligido e grandemente confundido, não desesperes, e sim clama; e se teu grito é escutado, dá graças a Deus recitando o 76.
Porém, se os inimigos persistem e invadem e profanam o templo de Deus, matando os santos e arremessando seus cadáveres às aves do céu, não te deixes intimidar nem temas sua crueldade, e sim compadece com os que padecem e ora a Deus com o salmo 78.

Se desejas louvar ao Senhor em dia de festa, convoca os servos de Deus e recita os salmos 80 e 94.
E se novamente os inimigos todos, se reúnem, assaltando-te por todas as partes, proferindo ameaças até à casa de Deus e aliando-se contra a piedade, não te amedrontes por sua multidão ou seu poder, já que tens uma âncora de esperança nas palavras do salmo 82.
Se vendo a casa do Senhor e seus tabernáculos eternos, sentes nostalgia por eles, como tinha o Apóstolo, recita o salmo 83.
Quando havendo cessado a ira e terminado o cativeiro, quiseras dar graças a Deus, tens o 84 e o 125.
Se quiseres saber a diferença que medeia entre a Igreja católica e os cismáticos, e envergonhar estes últimos, podes pronunciar as palavras do 86.
Se quiseres exortar-te a ti e a outros, a render culto verdadeiro a Deus, demostrando que a esperança em Deus não fica confundida, e sim que, ao contrário, a alma fica fortalecida, louva a Deus recitando o 90.
Desejas salmodiar o Sábado? Tens o 91.

Queres dar graças no dia do Senhor? Tens o 23; ou, desejas fazê-lo no segundo dia da semana? Recita o 47.
Queres glorificar a Deus no dia de preparação? Tens o louvor do 92.
Porque então, quando ocorreu a crucifixão, foi edificada a casa ainda que os inimigos trataram de rodeá-la, é conveniente cantar como cântico triunfal o que se enuncia no 92.
Se te sobrevindo o cativeiro, e a casa, sendo derrubada, volta a ser edificada, canta o que se contém no 95.
A terra se livrou dos guerreiros e apareceu a paz: reina o Senhor e tu queres fazê-lo objeto de teus louvores, aí tens o 96.
Queres salmodiar o quarto dia da semana? Faça-o com o 93; pois num dia como esse foi o Senhor entregue e começou a assumir e executar o juízo contrário à morte, triunfando confiadamente sobre ela. Se lês o Evangelho, verás que no quarto dia da semana os judeus se reuniram em Conselho contra o Senhor, e também verás que com todo valor começou a procurar-nos justiça contra o diabo: salmodia, com respeito a tudo isto, com as palavras do 93.
Se, ademais, observas a providência e o poder universal do Senhor, e queres instruir a alguns na obediência e na fé, exorta-os diante de tudo a confessar decididamente, salmodiando o 99.
Se tens reconhecido o poder de seu juízo, quer dizer que Deus julga temperando a justiça com sua misericórdia, e queres acercar-te dele, tens para este propósito as palavras do 100 entre os salmos.

Nossa natureza é débil... se as angústias da vida te fizeram similar a um mendigo e, sentindo-te exausto, buscas consolo, entoa o 101.
É conveniente que sempre e em todo lugar demos graças a Deus... se desejas bendizê-lo, estimula tua alma recitando o 102 e o 103.
Queres louvar a Deus e saber, como, por que motivos e com quais palavras fazê-lo? Tens o 104; 106; 134; 145; 146; 147; 148 e 150.
Prestas fé ao que disse o Senhor e tens fé nas palavras que tu mesmo dizes quando rezas? Profere o 115.
Sentes que vais progredindo gradualmente em tuas obras, de modo que podes fazer tuas as palavras: "esquecendo o que fica atrás de mim, me lanço até o que está adiante" (Fil 3,13)? Podes então entoar para cada um dos degraus de teu adiantar um dos quinze salmos graduais.

Tens sido conduzido ao cativeiro por pensamentos estranhos e te achas nostalgicamente puxado por eles? Te embarga o arrependimento, desejas não cair no futuro e, ainda assim, segues cativo deles? Senta-te, chora, e como o fez Anato ao povo, pronuncia as palavras do 136!
És tentado e, assim, sondado e provado? Se quando superada a tentação quiseres dar graças, utiliza o  salmo 138.
Te achas novamente acossado pelos inimigos e queres ser libertado? Pronuncia as palavras do 139.
Desejas suplicar e orar? Salmodia o 5 e o 142.
Se alçado o tirânico inimigo contra o povo e contra ti, ao modo de Golias contra Davi, não temas: tenha fé, e como Davi, salmodia o 143.
Se maravilhado pelos benefícios que Deus outorgou a todos e também a ti, queres bendizê-lo, repete as palavras que Davi disse no 144.
Queres cantar e louvar ao Senhor? O que deves entoar está nos salmos 92 e 97.
Ainda sendo pequeno, tens sido preferido a teus irmãos e colocado sobre eles? Não te vanglories nem te encoraje-se contra eles, e sim atribuindo a glória a Deus, que te elegeu, salmodia o 151, que é um poema genuinamente davídico.
Suponhamos que desejas entoar os salmos que resumem o louvor a Deus, e que vão encabeçados pela Aleluia, podes usar: o 104; 105; 106; 111; 112; 113; 114; 115; 116; 117; 118; 134; 135; 145; 146; 147; 148; 149 e o 150.

Se ao salmodiar queres destacar o que se refere ao Salvador, encontrarás referências praticamente em cada salmo; assim, por exemplo: 
Tens o 44 e o 100, que proclamam tanto sua geração eterna do Pai como sua vinda na carne;
O 21 e o 68 que preanunciam a cruz divina, como também todos os padecimentos e perseguições que suportou por nós;
O 2 e o 108 que apregoam a maldade e as perseguições dos judeus e a traição de Judas Iscariotes;
O 20, 49 e 71 proclamam seu reinado e sua potestade de julgar, como também sua manifestação a nós na carne e a vocação dos pagãos;
O 15 anuncia sua ressurreição dentre os mortos;
O 23 e 46 anunciam sua ascensão aos céus.
Ao ler o 92, 95, 97 ou 98, contemplas os benefícios que o Salvador nos outorgou graças a seus padecimentos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

POEMAS PARA REZAR (V)


EUCARISTIA
                                                                                            (Arcos de Pilares)


 Ao se partir o pão,
Nada é dividido:
Multiplica-se Deus
No pão partido.

Corpo, sangue, alma e divindade,
Tudo Deus presente:
o infinito mora
numa semente.

Que coisa linda
as divinas talhas:
Deus em migalhas
é Deus ainda.

O DIA EM QUE O SOL TREMEU...

No dia 13 de outubro de 1917, após rezarem o terço, estando presentes no local das aparições cerca de setenta mil pessoas, Lúcia gritou ao povo, após a despedida de Nossa Senhora: “Olhem para o sol.”

"O sol brilhava no zênite como se fosse um imenso disco de prata. Brilhava com a intensidade normal, e no entanto podia ser fitado sem que ofuscasse. Isso durou apenas um instante. Enquanto todos olhavam assombrados, a imensa bola começou a ’dançar’; esta foi a palavra com que todos os observadores a descreveram. Primeiro, viram-na girar rapidamente, como uma gigantesca roda de fogo. Depois de um certo tempo, parou. A seguir, voltou a girar sobre si mesma, vertiginosamente, numa velocidade incrível. Finalmente, os bordos tornaram-se escarlates e espalharam-se pelo firmamento espargindo chamas vermelhas de fogo, como um redemoinho infernal.

Essa luz foi-se refletindo na terra, nas árvores, nos arbustos, nas próprias faces voltadas para cima e nas vestes, tomando tonalidades brilhantes e cores diferentes: verde, vermelho, laranja, azul, violeta, as cores todas do espectro solar. Girando loucamente sob essa aparência, por três vezes, o globo de fogo pareceu agitar-se, estremecer, e depois precipitar-se em ziguezague sobre a multidão. (…) Isso durou talvez uns dez minutos. Logo depois, viram todos o sol começar a elevar-se da mesma maneira, em ziguezague, até o ponto onde havia aparecido antes. Ficou então tranqüilo e brilhante. Ninguém mais pôde lhe suportar o fulgor. Era novamente o sol de todos os dias." 

( W. Thomas Walsh, Nossa Senhora de Fátima, Quadrante, São Paulo, 1996, p. 165-166).








16 DE OUTUBRO - SANTA MARGARIDA ALACOQUE


A esta humilde religiosa da Visitação, Jesus Cristo delegou a missão de difundir ao mundo a Devoção ao seu Amantíssimo Coração (1675). Quantas dores e sacrifícios heroicos não custaram a essa pequena serva para cumprir à risca tão profundos desígnios divinos.  No último retiro antes de sua morte, eis as palavras da santa do Coração de Jesus que expressam a beleza singular de sua alma:

'No primeiro dia do retiro, a minha ocupação consistia em pensar donde provinha o meu grande desejo de morrer, pois não é próprio de uma pecadora como eu o desejar comparecer perante o seu Juiz cuja santidade penetra até aos nossos mais íntimos recessos. Como podes, pois, ó minha alma sentir tamanha alegria ao aproximar-se a morte? Tu só pensas em pôr termo ao teu desterro e exultas de gozo ao pensar que em breve sairás da tua prisão. Toma cuidado, porém, para que de uma alegria temporal, filha talvez da ignorância, e da cegueira, não precipites na tristeza eterna e desta prisão mortal e passageira não caias naquele cárcere eterno, onde se extingue a esperança. Deixemos, pois, ó minha alma, esta alegria e este desejo de morrer às almas santas e fervorosas, para as quais estão reservadas as grandes recompensas. Pensemos qual não seria a nossa sorte, se não fora a bondade de Deus para conosco ainda maior que a sua justiça. As nossas obras nenhuma outra coisa nos deixam esperar senão castigos. Poderás tu, ó minha alma, suportar eternamente a ausência d'Aquele cuja presença te causa tantas consolações e cuja privação te faz sentir tão cruéis tormentos? Meu Deus, como são difíceis essas contas! Na impossibilidade de as fazer eu mesma, volto-me para Vós que sois o meu adorável Mestre. Confio-Lhe todos os pontos sobre que devo ser julgada: as nossas regras, as nossas constituições, a nossa direção'.

'Depois de Lhe haver confiado todos os meus interesses, experimentei uma paz admirável. Jesus conservou-me muito tempo aos seus pés, como que abismada na minha nulidade, à espera da sentença que pronunciará sobre esta sua miserável criatura.'

'Sinto-me incapaz de solver as minhas dívidas; bem o vedes Vós, ó meu Divino Mestre. Ponde-me na prisão; aí ficarei contente, contanto que seja no vosso Divino Coração; e quando nEle me tiverdes encerrado, apertai-me bem com as correntes do vosso amor e conservai-me assim enquanto eu não vos pagar tudo o que vos devo; e como nunca o poderei fazer, não me solteis jamais'.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ORAÇÃO PARA ANTES DO ESTUDO (SÃO TOMÁS DE AQUINO)



CREATOR ineffabilis, qui de thesauris sapientiae tuae tres Angelorum hierarchias designasti et eas super caelum empyreum miro ordine collocasti atque universi partes elegantissime distribuisti: Tu, inquam, qui verus fons luminis et sapientiae diceris ac supereminens principium, infundere digneris super intellectus mei tenebras tuae radium claritatis, duplices, in quibus natus sum, a me removens tenebras, peccatum scilicet et ignorantiam. Tu, qui linguas infantium facis disertas, linguam meam erudias atque in labiis meis gratiam tuae benedictionis infundas. Da mihi intelligendi acumen, retinendi capacitatem, addiscendi modum et facilitatem, interpretandi subtilitatem, loquendi gratiam copiosam. Ingressum instruas, progressum dirigas, egressum compleas. Tu, qui es verus Deus et homo, qui vivis et regnas in saecula saeculorum. Amen.

CRIADOR inefável, que, em meio aos tesouros de vossa Sabedoria, elegestes três hierarquias de anjos e as dispusestes em uma ordem admirá­vel acima dos Céus, que dispusestes com tanta beleza as partes do Universo; Vós, a quem chamamos a verdadeira Fonte de Luz e de Sabedoria, e o Princípio supereminente, dignai-Vos derramar sobre as trevas de minha inteligência um raio de vossa clareza. Afastai para longe de mim a dupla obscuridade na qual nasci: o pecado e a ignorância. Vós, que tornais eloquente a língua das criancinhas, modelai minha palavra e derramai nos meus lábios a graça de vossa bênção. Dai-me a penetração da inteligência, a faculdade de lembrar-me, o método e a facilidade do estudo, a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão. Fortificai meu estudo, dirigi-o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos. Amém.

POR QUE NOSSA SENHORA CHORA...

(palhaços em cena?)

(consagração com coelhinho da Páscoa?)

(biscoitos como hóstias; mesa de cozinha como altar?)

(consagração com 'doritos'?)

(uma religião de palhaços?)

(ginástica da alma?)

(Jesus Cristo está aí?)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

LIVRO DOS SALMOS (PARTE I)


CARTA SOBRE A INTERPRETAÇÃO DOS SALMOS DE SANTO ATANÁSIO

(CAPÍTULOS IV - X)

Na forma de narração, temos os seguintes salmos: 18; 43; 48; 49; 72; 76; 88; 89; 106; 113; 126; e 136.
Em forma de oração, temos os salmos: 16; 67; 89; 101; 131; e 141.
Os proferidos como súplica, petição instante, são os salmos: 5; 6; 7; 11; 12; 15; 24; 27; 30; 34; 37; 42; 53; 54; 55; 56; 58; 59; 60; 63; 82; 85; 87; 137; 139; e 142.
Em forma de súplica junto com ação de graças, temos o salmo 138.
Entre os que só suplicam, temos os salmos: 3; 25; 68; 69; 70; 73; 78; 79; 108; 122; 129; e 130.
Em forma de confissão, temos os salmos: 9; 74; 91; 104; 105; 106; 107; 110; 117; 135; e 137.
Aqueles que entrelaçam narração com confissão, são os salmos: 9; 74; 105; 106; 117; 135; e 137.
Um salmo que combina confissão com narração e ação de graças é o 110.
Tem forma de admoestação o salmo 36.
Os salmos que contém profecia são: 20; 21; 44; 46; e 75.
No 109 temos anunciação junto com profecia.
Os salmos que exortam e prescrevem, e como que ordenam, são: 28; 32; 80; 94; 95; 96; 97; 102; 103; e 113.
O salmo 149 combina exortação com louvor.
Descrevem a vida ornada pela virtude os salmos: 104; 111; 118; 124; e 132.
Aqueles que expressam louvor são: 90; 112; 116; 134; 144; 145; 146; 148; e 150.
São salmos de ação de graças: 8; 9; 17; 33; 45; 62; 76; 84; 114; 115; 120; 121; 123; 125; 128; e 143.
Aqueles que anunciam uma promessa de bem-aventurança são: 1; 31; 40; 118; e 127.
Demonstrativo de alegre prontidão com (acréscimo) de cântico: o 107.
Outro há que exorta à fortaleza: o 80.
Temos os que reprovam aos ímpios e iníquos, como os: 12; 13; 35; 51; e 52.
O salmo 4 é uma invocação.
Aqueles salmos que falam [do cumprimento] de votos, são: o 19 e o 63.
Tem palavras de glorificação ao Senhor: 22; 26; 38; 39; 41; 61; 75; 83; 96; 98 e 151.
Acusações escritas para provocar vergonha são: o 57 e o 81.
Encontram-se acentos hímnicos nos: 47 e 64.
O salmo 65 é um canto de júbilo e se refere à ressurreição.
Outro, o 99, é unicamente canto de júbilo.

Se queres bendizer a alguém, aprendes como fazê-lo e em nome de quem, nos salmos 1; 31; 40; 11; 118 e 127.
Se desejas censurar as conjurações dos judeus contra o Salvador, aí tens o segundo (salmo 2) de nossos poemas.
Se os teus te perseguem e muitos se levantam contra ti, recita o terceiro (salmo 3).
Se estando aflito, invocaste ao Senhor e porque te escutou queres dar-lhe graças, entoa o 4, ou o 74, ou o 114.
Se a ti basta que os malfeitores te preparam armadilhas e queres que bem de manhã tua oração chegue a seus ouvidos, recita o 5.
Se a ameaça de castigo do Senhor te intranquiliza, podes recitar o 6 ou o 37.
Se alguns se reúnem para tramar algo contra ti, e chega a teus ouvidos, canta o salmo 7 e confia no Senhor em te defender.

Se, observando a extensão universal da graça do Salvador e a salvação do gênero humano, queres conversar com Deus, canta o salmo 8.
Queres entoar o cântico da vindima, para dar graças ao Senhor? Tens novamente a tua disposição o 8 e também o 83.
Em honra à vitoria sobre os inimigos e a liberação da criatura, sem vangloriar-se, e sim reconhecendo que estes feitos magníficos são obra do Filho de Deus, recita o já mencionado salmo 9.
Se alguém quer confundir-te ou assustar-te, tem confiança no Senhor e repete o salmo 10.
Ao observar a soberba de tantos e como o mal cresce, ao ponto que já não há ações santas entre os homens, busca refúgio no Senhor e diga o salmo 11.
Prolongam os inimigos seus ataques? Não desesperes como se Deus te esquecera, e sim invoca-o cantando o salmo 12.
Não te associes de modo algum com os que blasfemam impiamente contra a Providência, mas bem suplica ao Senhor recitando os salmos 13 e 52.
Aquele que queira aprender quem é o cidadão do reino dos céus deve dizer o salmo 14.

Necessitas orar porque teus adversários assediam tua alma? Canta os salmos 16; 85; 87 e 140.
Se quiseres saber como rezava Moisés, aí tens o salmo 89.
Foste libertado de teus inimigos e perseguidores? Canta o salmo 17.
Te maravilham a ordem da criação e a providente graça que nela resplandece, como também os preceitos santos da Lei? Canta então o 18 e o 23.
Vendo sofrer os atribulados, consola-os orando e recitando-lhes as palavras do salmo 19.
Vês que o Senhor te conduz e pastoreia, guiando-te pelo caminho reto, alegra-te dele e salmodia o 22!
Te submergem os inimigos? Eleva tua alma até Deus salmodiando o 24 e vejas que os iníquos caem malogrados.
Te cercam os inimigos, tendo suas mãos totalmente manchadas de sangue, e não buscam mais que perder-te e confundir-te? Então, não confies tua justiça a um homem - toda justiça humana é suspeita! - mas peça ao Senhor que te faça justiça, já que ele é o único Juiz, recitando o 25; 34 ou 42.
Quando te assaltam violentamente os inimigos e se congregam como um exército e te depreciam como se ainda não estivesses ungido, e por isso te façam a guerra, não temas, canta muito o salmo 26.
A natureza humana é débil, e se [apesar dela] os perseguidores se fazem tão desavergonhados e insistem, não lhes faças caso, suplica em troca ao Senhor com o salmo 27.
Se queres aprender como oferecer sacrifícios ao Senhor com ação de graças, recita então com inteligência espiritual o salmo 28.
Se dedicas e consagras tua casa, isto é, tua alma que hospeda ao Senhor, como também a casa corpórea na que moras fisicamente, recita com ação de graças o 29 e, entre os salmos graduais, o 126.

Se vês que és depreciado e perseguido por amigos e conhecidos à causa da verdade, não perdas o ânimo por isso, nem temas aos que se te opõem, e sim, aparta-te deles e, contemplando o futuro, salmodia o 30.
Se ao ver aos batizados e resgatados de sua vida corruptível, ponderas e admiras a misericórdia de Deus, canta em te favor tuas louvações com o salmo 31.
Se desejas salmodiar em companhia de muitos, reúne os homens justos e probos, e recita o 32.
Se caíste vítima de teus inimigos e sagazmente pudeste evitar seus assédios, reúne os homens mansos e recita em sua presença o salmo 33.
Se vês o céu para cometer o mal que impera entre os transgressores da Lei, não penses que a maldade é algo natural neles, como o afirmam os hereges, e sim recita o 35 e te convenças de que a eles lhes correspondem a responsabilidade pelo pecado.
Se vês os malvados cometerem muitas iniquidades e avalentarem-se contra os humildes, e queres exortar a alguém que nem se junte com os iníquos, nem lhes tenha inveja, pois seu porvir será a queda, então dê para ti mesmo e para os outros o 36.

Se, por outro lado, querendo prestar atenção à tua própria pessoa, e vendo que o inimigo se dispõe a atacar-te - pois lhe agrada provocar a este tipo de pessoas - querendo fortalecer-te contra ele, canta o salmo 38.
Se tendo que suportar ataques dos perseguidores, queres aprender as vantagens da paciência, recita então o 39.
Quando vendo multidão de pobres e mendigos, queres mostrar-te misericordioso com eles, serás capaz de sê-lo graças à recitação do salmo 40, já que com ele elogias aos que já atuaram compassivamente, e exortas aos demais a que ajam de igual maneira.
Se ansiando buscar a Deus, escutas as burlas dos adversários, não te perturbes, mas considerando a recompensa eterna de tal nostalgia, consola tua alma com a esperança em Deus, e, superados os pesares que te afligem nesta vida, entoa o salmo 41.
Se não queres deixar de recordar os inumeráveis benefícios que o Senhor outorgou a teus pais, como o êxodo do Egito e a estadia no deserto, e que bom é Deus e quão ingratos os homens, tens os salmos 43; 77; 88; 104; 105; 106 e 113.
Se havendo-te refugiado em Deus, poderoso defensor no perigo, queres dar-lhe graças e narrar suas misericórdias para contigo, tens o 45.

Pecaste, sentes vergonha, buscas fazer penitência e alcançar misericórdia? Encontrarás palavras de arrependimento e confissão no salmo 50.
Ainda assim deves suportar calúnias por parte de um rei iníquo, e vês como se encoraja o caluniador, alija-te dali e usa as expressões que encontras no 51.
Se te atacam, te acossam e querem trair-te, entregando-te à justiça, como o fizeram zifeos e filisteus com Davi, não perdas o valor: tem ânimo, confia no Senhor e louvai-o com as palavras dos salmos 53 e 55.
A perseguição te sobrevém, cai sobre ti e, sem sabê-lo, penetra inesperadamente na cova que te escondias, nem assim temas, pois ainda nesse aperto encontraras palavras de consolo e de memorial indelével nos salmos 56 e 141.
Se quem te persegue dá a ordem de vigiar tua casa, e tu, apesar de tudo, logras escapar, dá graças a Deus, e inscreve o agradecimento em teu coração, como sobre uma estrela indelével, em memória de que não pereceste e entoa o salmo 58.
Se os inimigos que te afligem proferem insultos, e os que aparentavam ser amigos lançam acusações contra ti, e isto perturba tua oração por um breve tempo, reconforta-te louvando a Deus e recitando as palavras do 54.
Contra os hipócritas e os que se vangloriam descaradamente, recita - para vergonha sua - o salmo 57.
Contra os que arremetem selvagemente contra ti e querem arrebatar-te a alma, contraponha tua confiança e adesão ao Senhor; quanto mais se encorajem eles, tanto mais descansa nele, recitando o 61.
Se perseguido, retira-te para o deserto e nada temas por estar ali só, pois tens a Deus junto de ti, a quem, muito de madrugada, podes cantar-lhe o 62.
Se te aterrorizam os inimigos e não cessam em conjurarem contra ti, buscando-te sem descanso, ainda que sejam muitos, não te aflijas, já que seus ataques serão como feridas causadas por flechas atiradas por crianças; entoa, então (confiante), os salmos 63; 64; 69 e 70.

domingo, 14 de outubro de 2012

O CÉU É AQUI...

MÚSICAS CATÓLICAS (I)



Jesus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Deus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Jesus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
O Espírito está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
A Trindade está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro,
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Deus está aqui (aleluia), tão certo como o ar que eu respiro
tão certo como o amanhã que se levanta,
tão certo como eu te falo e podes me ouvir.



Pelos prados e campinas verdejantes eu vou
É o Senhor que me leva a descansar
Junto às fontes de águas puras repousantes eu vou
Minhas forças o Senhor vai animar
Tu és, Senhor, o meu pastor
Por isso nada em minha vida faltará
Tu és, Senhor, o meu pastor
Por isso nada em minha vida faltará.

Nos caminhos mais seguros junto d'Ele eu vou
E pra sempre o Seu nome eu honrarei
Se eu encontro mil abismos nos caminhos eu vou
Segurança sempre tenho em suas mãos.
Num banquete em sua casa muito alegre eu vou
Um lugar em Sua mesa me preparou
Ele unge minha fronte e me faz ser feliz
E transborda a minha taça em Seu amor.
Bem à frente do inimigo, confiante eu vou

Tenho sempre o Senhor junto de mim
Seu cajado me protege e eu jamais temerei
Sempre junto do Senhor eu estarei.
(Com alegria e esperança caminhando eu vou
Minha vida está sempre em suas mãos
E na casa do Senhor eu irei habitar
E este canto para sempre irei cantar).




Senhor, eu sei que tu me sondas, sei também que me conheces
Se me assento ou me levanto, conheces meus pensamentos
Quer deitado ou quer andando
Sabes todos os meus passos
E antes que haja em mim palavras, sei que em tudo me conheces

Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me sondas.

Deus, tu me cercas em volta
Tuas mãos em mim repousam
Tal ciência é grandiosa, não alcanço de tão alta
Se eu subo até o céu, sei que ali também te encontro
Se no abismo está minh'alma, sei que aí também me ama
Senhor, eu sei que tu me sondas...
Senhor, eu sei que tu me amas...

DA VIDA ESPIRITUAL (30)

Eu tenho te pedido insistentemente atos de caridade, particularmente com teus irmãos que não esperam mais gestos de fraternidade de ninguém; quanto mais pobres de atenção e mais abandonados forem aqueles que recebam de ti uma palavra de conforto ou um gesto de carinho, menos humano e mais divino torna-se o teu coração, transformado em bela e simples manjedoura para o renascimento de Cristo entre os homens! Fé e caridade num coração que ama verdadeiramente seus irmãos: Cristo vivo e presente na alma deste coração!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

GLÓRIAS DE MARIA: NOSSA SENHORA APARECIDA, PADROEIRA DO BRASIL

A história é bem conhecida: em 1717, Dom Pedro de Almeida Portugal e Vasconcelos (Conde de Assumar), efetivado como governador das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, viajou de navio de Portugal a Santos, com grande comitiva. Tomando posse do governo em São Paulo, seguiu rumo às minas de ouro em Minas Gerais, fazendo uma longa parada em Guaratinguetá, no período de 17 a 30 de outubro. Para a recepção do ilustre viajante, foram-lhe servidos os melhores pratos da culinária local, incluindo os saborosos pescados do Rio Paraíba do Sul.

Para a nobre tarefa de pescar uma grande quantidade de peixes, foram convocados os pescadores Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedroso, cunhado de Domingos, entre outros. Entretanto, mesmo com o conhecimento enorme que tinham dos melhores pontos de pesca, não conseguiam nada. Mas algo extraordinário estava para ocorrer. Na rede lançada, surgiu primeiro uma pequena imagem em terracota de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça, que foi recolhida e guardada com zelo pelos pescadores no fundo do barco. E eis que, numa nova investida, mais abaixo no rio, sem nada de peixe, veio a cabeça da imagem. Um objeto de dimensões tão reduzidas coletado do leito largo e vigoroso do Paraíba do Sul! E, surpresa ainda maior, novas investidas da rede trouxeram agora cardumes de peixes, em tão grande quantidade, repetindo-se, no largo do Porto de Itaguaçu, o milagre de Cristo no Mar da Galileia.


Cientes dos fatos extraordinários ocorridos, os pescadores locais recuperaram a imagem e passaram a venerá-la em suas casas, como imagem peregrina, até que a mesma foi colocada em pequeno oratório na casa de Atanásio Pedroso, filho de Felipe, e depois, com o culto já generalizado na ‘Nossa Senhora Aparecida’, erigiu-se uma pequena capela de sua devoção em Itaguaçu, com o apoio do Padre José Alves Vilela, pároco da Igreja de Santo Antônio de Guaratinguetá. Sob a sua coordenação, a devoção recebeu a aprovação episcopal e foi construída, então, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no chamado Morro dos Coqueiros, inaugurada em 1745, apenas 28 anos após o achado da imagem. Em torno da igreja, implantou-se rapidamente uma comunidade que constitui hoje a cidade de Aparecida. A igreja tornou-se de imediato centro de romarias e de devoções marianas de toda a natureza.


Com a intensa participação popular e, pela ausência de sacerdotes no Brasil, optou-se pela solicitação de auxílio junto a comunidades religiosas europeias. Em 1894, com a chegada dos padres redendoristas alemães, as atividades religiosas, os cultos e as romarias tornaram-se muito mais organizados, favorecendo muito a rápida difusão da evangelização e a consolidação da igreja como santuário de frequente peregrinação. Tais eventos culminaram com a solene coroação da imagem de Nossa Senhora Aparecida em 8 de setembro de 1904 (com manto azul e coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, ofertados pela Princesa Isabel em visita ao santuário em 6 de novembro de 1888) e com a elevação do santuário à condição de Basílica Menor em 29 de abril de 1908. Em 16 de julho de 1930, o Papa Pio XI outorgou o título de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do BrasilEm 1967, ano da comemoração do jubileu dos 250 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o Papa Paulo VI ofertou ao Santuário Nacional da Padroeira do Brasil uma Rosa de Ouro, ato repetido pelo Papa Bento XVI em 2007. O dia da Padroeira do Brasil é celebrado em 12 de outubro, feriado nacional. 

As enormes e crescentes manifestações populares exigiram a construção de uma nova basílica, com dimensões e infraestrutura compatíveis com o maior centro de peregrinação espiritual do Brasil que se tornou Aparecida. Desta forma, entre 1955 e 1980, foi construída a atual Basílica, inaugurada a 04 de julho de 1980 pelo Papa João Paulo II e elevada a Santuário Nacional em 1984. Que continua a receber milhares de peregrinos, infindáveis romarias, em agradecimento, louvor e veneração à Virgem Padroeira do Brasil. Na Sala das Promessas, em meio a milhares de ex-votos, tem-se uma ideia da admirável senda de prodígios e milagres alcançados por tantos romeiros e fieis, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida.


Em Aparecida, ao contrário de tantos outros centros de peregrinação mariana, a Virgem fez-se aparecer apenas sob a forma de uma pobre e pequena imagem de terracota de 38cm de altura, sem quaisquer visões, mensagens ou prodígios sobrenaturais, para falar aos simples, aos humildes, aos fracos, aos desvalidos, que as almas simples, despojadas de valores intrinsecamente humanos e entregues somente à confiança e à misericórdia de Deus por Maria, são as glórias dos Céus.


ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA

Ó Senhora da Conceição Aparecida, que fizestes tantos milagres que comprovam vossa poderosa intercessão junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, obtende para nossas famílias as graças de que tanto necessitam. Defendei-nos da violência, das doenças, do desemprego e, sobretudo, do pecado, que nos afasta de Vós. Protegei nossos filhos de tantos fatores de deformação da juventude. E concedei a todos os membros de nossas famílias a graça de poderem trilhar o caminho de perfeição e de paz ensinado por Vosso Divino Filho, que afirmou: "Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em Mim. Haveis de ter aflições no mundo; mas tende confiança, Eu venci o mundo!" Amém.