Fátima é o acontecimento sobrenatural mais extraordinário de Nossa Senhora e a mais profética das aparições modernas (que incluíram a visão do inferno, 'terceiro segredo', consagração aos Primeiros Cinco Sábados, orações ensinadas por Nossa Senhora às crianças, consagração da Rússia, milagre do sol e as aparições do Anjo de Portugal), constituindo a proclamação definitiva das mensagens prévias dadas pela Mãe de Deus em Lourdes e La Salette. Por Fátima, o mundo poderá chegar à plena restauração da fé e da vida em Deus, conformando o paraíso na terra. Por Fátima, a humanidade será redimida e salva, pelo triunfo do Coração Imaculado de Maria. Se os homens esquecerem as glórias de Maria em Fátima e os tesouros da graça, serão também esquecidos por Deus.
terça-feira, 13 de maio de 2025
OS VIDENTES DAS APARIÇÕES DE FÁTIMA
6. Quem foram os videntes das aparições?
Nossa Senhora se manifestou em Fátima, em seis aparições consecutivas e sempre no dia 13 de cada mês, no período entre maio e outubro de 1917, a três crianças - Lúcia, Francisco e Jacinta - que tinham idades de 10, 9 e 7 anos, respectivamente, nas datas das aparições. Lúcia dos Santos nasceu em 28 de março de 1907 (o registro foi feito equivocadamente com a data de 22 de março). Francisco Marto nasceu no dia 11 de junho de 1908, tendo sido batizado no dia 20 de junho, enquanto Jacinta Marto nasceu em 11 de março de 1910 e foi batizada em 19 de março de 1910. A foto clássica dos três videntes juntos (mostrada abaixo) foi tirada com eles dispostos na frente de um muro de pedras, situado a pequena distância da casa da Família Marto, na aldeia de Aljustrel.
Excertos da Postagem Especial na Biblioteca Digital do Blog:
segunda-feira, 12 de maio de 2025
OS DOIS AMORES E AS TRÊS FACULDADES DA ALMA
Volto a falar dos degraus gerais que deveis percorrer a fim de sair do rio do pecado, atingir a água viva e inserir-me na vossa caminhada.
Pela graça eu repouso em vossas almas. Querendo progredir, é necessário que tenhais sede. Somente os sedentos acolhem aquele convite: 'quem tem sede, venha a mim e beba' (Jo 7,37). Quem não está com sede desanima de caminhar, pára por cansaço ou em prazeres, vai de mãos vazias, sem se preocupar em levar consigo um recipiente para coletar a água. Mas sozinho ninguém progride. Ao apresentar-se o ferrão das contradições, olha-o como a um inimigo e retrocede. O homem solitário teme o encontro do inimigo; quem vai acompanhado, não sente medo. Pois bem, o cristão que ainda não percorreu os três degraus gerais, caminha solitário.
Ocorre, pois, ter sede e reunir dois, três ou mais, na maneira explicada. Por que eu disse 'dois e três'? Porque não existe dois sem três e três sem dois. O homem que está só não possibilita minha presença 'no meio' por falta de companheiro que me permita estar 'entre' eles. O solitário é um vazio, bem como aquele que só possui o egoísmo e vive sem amor pela minha graça e pelo próximo. Um nada, eis o que é a pessoa em quem estou ausente, por causa do pecado. Somente eu 'sou aquele que sou' (Ex 3,14). O egoísta, solitário, não conta diante de mim, não me agrada. Eis por que meu Filho diz: 'Se dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles' (Mt 18,20). Afirmei antes que não existe dois sem três ou três sem dois. Explico-me.
Sabes que os mandamentos da lei se reduzem a dois; sem eles, nenhum outro é observado. São: amar-me sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesma. Eis o começo, o meio e o fim dos mandamentos da lei. Todavia esses 'dois' não se 'reúnem' em mim sem os 'três', isto é, sem a unificação das três faculdades da alma: a memória, a inteligência e a vontade. A memória há de recordar-se dos meus benefícios e da minha bondade; a inteligência pensará no amor inefável revelado em Cristo, pois ele se oferece como objeto de reflexão para manifestar a chama do meu amor; a vontade, unindo-se às duas faculdades anteriores, me amará e desejará como seu fim. Quando essas três faculdades estão assim reunidas, acho-me presente entre elas pela graça. E, como consequência, a pessoa vê-se repleta de amor por mim e pelo próximo, na companhia de verdadeiras e múltiplas virtudes.
Em primeiro lugar, a vontade se dispõe a ter sede. Sede das virtudes, sede da minha glória, sede das almas. As demais sedes se apagam e morrem. Tendo subido o primeiro degrau, da afeição, o homem caminha seguro de si, sem temor servil. Livre do egoísmo, a vontade põe-se acima de si mesma e acima dos bens passageiros. Se a pessoa quer possuir tais bens, ama-os e deles se serve em mim, com temor santo e verdadeiro, virtuosamente. Em seguida, passa-se ao segundo degrau, o da inteligência, no qual a pessoa, em cordial amor por mim, medita sobre Cristo crucificado, enquanto mediador. Por fim, a memória enche-se da minha caridade e alcança paz e a tranquilidade.
Um recipiente vazio, ao ser tocado, faz rumor; o recipiente cheio, nenhum som produz. Da mesma forma, quando a memória está tomada pela luz da inteligência e pelo amor, a pessoa já não se perturba diante das adversidades ou atrativos do mundo; está repleta da minha presença, como sumo bem; não sente falsas alegrias, nem impaciência. Quando o homem sobe os três degraus comuns, suas faculdades unificam-se, colocam-se sob domínio da razão e congregam-se em meu nome. Uma vez reunidos os dois amores – por Deus e pelo próximo – com as três faculdades – a memória para reter, a inteligência para refletir e a vontade para amar – encontra-se o homem na minha companhia, forte e seguro; está na companhia das virtudes; caminha seguro de si. Estou presente nele!
Parte, então, o cristão, inflamado de desejo santo, sequioso de ir pelo caminho da verdade, à procura da fonte da água viva. É o desejo da minha glória, da salvação pessoal e da santificação alheia que incentiva a caminhar, pois é o único meio que possibilita alcançar a meta final. Na saída, o coração está vazio de apegos terrenos. Mas enche-se logo! Nenhum recipiente permanece com vácuo; se não contiver objetos materiais, enche-se de ar. O mesmo acontece com o coração humano. Ao se retirar dele o apego dos bens materiais, enche-se com o ar celeste do amor divino e com a água da graça. Em posse deste dom, o caminhante entra pela porta de Cristo e bebe a água viva em mim, oceano de paz.
(Excertos da obra 'O Diálogo', de Santa Catarina de Sena)
domingo, 11 de maio de 2025
EVANGELHO DO DOMINGO
'Sabei que o Senhor, só Ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho' (Sl 99)
Primeira Leitura (At 13,14.43-52) - Segunda Leitura (Ap 7,9.14b-17) - Evangelho (Jo 10,27-30)
11/05/2025 - QUARTO DOMINGO DA PÁSCOA
O BOM PASTOR
No Quarto Domingo da Páscoa, ressoa pela cristandade a imagem e a missão do Bom Pastor: 'As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão' (Jo 10, 27-28). Jesus, o Bom Pastor, conhece e ama, com profunda misericórdia, cada uma de suas ovelhas desde toda a eternidade.
Criadas para o deleite eterno das bem-aventuranças, redimidas pelo sacrifício do calvário e alimentadas pela sagrada eucaristia, Jesus acolhe as suas ovelhas com doçura extrema e infinita misericórdia. E com ânsias de posse calorosa e zelo desmedido: 'Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um' (Jo 10, 29-30).
Nada, nem coisa, nem homem, nem demônio algum, poderá nos apartar do amor de Deus. Porque este amor, sendo infinito, extrapola a nossa condição humana e assume dimensões imensuráveis. Ainda que todos os homens perecessem e a humanidade inteira ficasse reduzida a um único homem, Deus não poderia amá-lo mais do que já o ama agora, porque todos nós fomos criados, por um ato sublime e extraordinariamente particular da sua Santa Vontade, como herdeiros dos céus e para a glória de Deus: 'Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele a glória por toda a eternidade!' (Rm 11, 36).
Jesus toma sobre os ombros a ovelha de sua predileção, cada um de nós, a humanidade inteira, para a conduzir com segurança às fontes da água da vida (Ap 7, 17), onde Deus enxugará as lágrimas dos nossos olhos. Reconhecer-nos como ovelhas do rebanho do Bom Pastor é manifestar em plenitude a nossa fé e esperança em Jesus Cristo, Deus Único e Verdadeiro, cuja bondade perdura para sempre e cujo amor é fiel eternamente (Sl 99,5). Como ovelhas do Bom Pastor, não nos basta ouvir somente a voz da salvação; é preciso segui-lo em meio às provações da nossa humanidade corrompida, confiantes e perseverantes na fé, até o dia dos tempos em que estaremos abrigados eternamente na tenda do Pai, lavados e alvejados no sangue do cordeiro (Ap 7, 14b).
sábado, 10 de maio de 2025
FRASES DE SENDARIUM (LI)
'Não tenham medo de amar demasiado Maria, pois jamais igualaremos o amor de Jesus pela sua Mãe; e imitar Jesus é o caminho de nossa santificação'
(São Maximiliano Kolbe)
Louvar
Nossa Senhora é cantar a obra prima de Deus, usando as ferramentas limitadas do
amor humano; que nós possamos amar Jesus
com o amor do coração de Maria!
sexta-feira, 9 de maio de 2025
TESOURO DE EXEMPLOS II (10/12)
10. A GRANDEZA DO PAPADO
Encerrada a Revolução Francesa, assentou-se no trono de França um rei herdeiro dos funestos princípios da Revolução: Luís Filipe de Orléans. Thiers é o presidente do Conselho de Ministros e é, ao mesmo tempo, magnífico escritor e político a Maquiavel. Um dia está em Roma e quer ver o papa. O Santo Padre prontifica-se a recebê-lo; mas Thiers - como protestante que é - pede uma condição: não ajoelhar-se diante do papa, nem beijar-lhe a mão. Ciente dessa condição, Gregório XVI sorriu apenas.
Entrou, afinal, nos aposentos pontifícios o famoso presidente. O papa estendeu-lhe a mão para cumprimentá-lo mas, em presença daquela imponente figura branca, Thiers sente apoderar-se de sua alma um sentimento indefinível. Vacilou um instante, caiu de joelhos e osculou o pé do Vigário de Cristo. O papa perguntou-lhe cheio de bondade:
➖ Tropeçou em alguma coisa, senhor presidente?
E Thiers, comovido, respondeu:
➖ Santíssimo Padre, tropecei na grandeza do papado!
11. ASSIM SÃO OS FILHOS
Na história evangélica, encontramos cinco pais que acodem ansiosos a Jeus, intercedendo por seus filhos: um pede a saúde, outro a honra, outro a vida... Só uma vez encontramos um fiiho que pede por seu pai.
Sabeis o que pediu? Licença para ir enterrá-lo!...
12. NÃO ZOMBAR DOS PADRES
O célebre historiador Saiviano narra que, na cidade de Cartago, decaída de seu antigo prestígio, estava na moda desprezar os religiosos. A plebe vil, quando avistava algum padre ou religioso, escarnecia-os e dirigia-lhes nomes injuriosos.
O castigo de Deus não se fez esperar muito. Um dia aportaram ali os terríveis vândalos. A ferro e a fogo, reduziram a cidade a um montão de ruínas, não deixando em pé nem sequer uma parede sobre a qual se pudesse escrever: 'Aqui era Cartago'.
Foi assim que Nosso Senhor fez ver quanto ciúme tem do respeito devido aos seus ministros, dos quais dissera: 'Quem vos toca, toca a pupila de meus olhos' (Zc 2, 8); e 'quem vos despreza a mim despreza' (Lc 10, 16).
(Excertos da obra 'Tesouro de Exemplos' - Volume II, do Pe. Francisco Alves, 1960; com adaptações)
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