sábado, 3 de julho de 2021

SOBRE A AÇÃO DIABÓLICA NO MUNDO


Trechos adaptados de uma entrevista dada pelo Padre Gabriele Amorth (1925 - 2016), a um jornal italiano em junho de 2001, por ocasião da conclusão da versão italiana do chamado 'Novo Manual do Exorcismo da Igreja Católica'. Trechos de uma outra entrevista concedida por este sacerdote também foram publicados neste blog (aqui).

Por que a crítica sobre o Novo Ritual de Exorcismo aprovado pela Igreja?

O Ritual do Exorcismo teria que ser revisado, não reescrito. Nele, havia orações que foram usadas por doze séculos. Antes de eliminar essas frases antigas, que têm sido muito eficazes, era preciso pensar bem. Mas não! Todos os exorcistas que usaram as orações do Novo Ritual atestam que elas são absolutamente ineficazes. Mas também o rito do batismo infantil foi arruinado. Foi renovado de tal forma que o exorcismo contra Satanás quase foi eliminado. O batismo sempre teve uma importância enorme para a Igreja, a ponto de ser chamado de exorcismo menor. Paulo VI protestou publicamente contra este novo rito.

Encontramos esta mesma degeneração do rito, na nova bênção. Li cuidadosamente as 1200 páginas dele. Bem, toda e qualquer referência ao fato de que o Senhor nos protege contra Satanás e que os anjos nos protegem dos ataques do diabo foram sistematicamente removidos. Todas as orações pela bênção de casas e escolas foram eliminadas. Tudo deve ser abençoado e protegido, mas hoje não há mais proteção contra o diabo. Não há mais defesa, não há orações contra ele. O próprio Jesus nos ensinou uma oração de libertação no Pai Nosso: 'Livrai-nos do Maligno. Livrai-nos da pessoa de Satanás'. Esta oração foi mal traduzida, e hoje as pessoas oram, dizendo: 'Livrai-nos do mal'. Fala-se de um mal geral, cuja origem, basicamente, não é conhecida.

Dou-lhe apenas dois exemplos, ambos incríveis. O ponto 15 fala sobre a maldição, que é um mal causado a uma pessoa que recorre ao diabo. Isso pode ser feito de várias maneiras, como feitiços, maldições, mau-olhado, vodu, macumba. O antigo Ritual Romano explicava como lidar com isso. O novo Ritual, por outro lado, declara, categoricamente, que é totalmente proibido realizar exorcismos nestes casos. Absurdo. Os feitiços são, de longe, a causa mais frequente de possessões e males causados ​​pelo diabo, pelo menos 90% das vezes. É como dizer aos exorcistas para pararem de fazer exorcismos. 

O ponto 16 declara solenemente que os exorcismos não devem ser realizados se não houver certeza da presença do diabo. Esta é uma obra-prima da incompetência: a certeza de que o diabo está presente na pessoa só se consegue com o exorcismo. Ambos os pontos contradizem o Catecismo da Igreja Católica, que expressa claramente que é necessário o exorcismo tanto no caso das possessões diabólicas como no caso dos males oriundos da ação do demônio. O manual também explicita que o exorcismo deve ser praticado tanto sobre as pessoas quanto sobre as coisas. E o diabo nunca está presente nas coisas, mas apenas a sua influência. As declarações contidas no novo Ritual são muito sérias e muito prejudiciais.

Mas não foram os peritos que o prepararam? 

De jeito nenhum! Nestes dez anos, duas comissões trabalharam no Ritual: uma formada por cardeais, que tratou das disposições iniciais e outra, que tratou das orações. Posso afirmar, com certeza, que nenhum dos membros das duas comissões jamais fez exorcismo, nem esteve presente em exorcismos, nem têm a menor ideia do que seja exorcismo. Este é o erro, o pecado original, deste Ritual. Nenhum dos que colaboraram nele é especialista em exorcismos.

Mas como isso foi possível?

Não me pergunte. Durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, em todas as comissões havia um grupo de especialistas que ajudaram os bispos. Este costume foi mantido após o Concílio, cada vez que partes do Ritual foram modificadas. Mas não foi assim neste caso. E se havia um assunto em que especialistas eram necessários, era esse... os exorcistas nunca foram consultados. E, além disso, as comissões têm recebido as sugestões que fizemos com desdém. Essa coisa toda é perversa... quando passamos a examinar a parte prática, que exige um conhecimento específico do assunto, percebemos a total inexperiência dos editores. Fizemos numerosas observações, artigo por artigo, e as transmitimos a todas as partes interessadas: Congregação para o Culto Divino, Congregação para a Doutrina da Fé e as conferências episcopais. Uma cópia foi entregue diretamente ao Papa.

Os bispos são os responsáveis por credenciar os sacerdotes exorcistas?

Sim. Quando um sacerdote é nomeado bispo, ele se depara com um artigo do Código de Direito Canônico que o autoriza plenamente a nomear exorcistas. O mínimo que se pode pedir a um bispo é que ele tenha participado de pelo menos um exorcismo, já que deve tomar uma decisão tão importante. Infelizmente, isso quase nunca acontece. Mas se um bispo recebe um pedido sério de exorcismo - isto é, não feito por um louco - e não age de acordo, ele está cometendo um pecado mortal. Você será responsável por todo o terrível sofrimento daquela pessoa, às vezes durando anos ou toda a vida, quando você poderia ter evitado.

Os bispos e sacerdotes que não creem no demônio já não são católicos?

Digamos que eles não acreditam em uma verdade evangélica. Então eles provavelmente seriam acusados de heresia.  Mas sejamos claros: alguém é formalmente herege, se for acusado de cometer um erro e persistir nele. Mas, devido à situação que existe hoje na Igreja, ninguém, nunca, acusaria nenhum bispo por não acreditar no diabo ou nas possessões demoníacas, ou de não nomear exorcistas porque não acreditam nessas coisas. Eu poderia mencionar um grande número de bispos e cardeais que, assim que foram nomeados para uma diocese, a primeira coisa que fizeram foi privar todos os exorcistas do poder de exercer a profissão. Ou bispos que afirmam abertamente: 'Não acredito nisso. São coisas do passado'... 

... O Concílio Vaticano II havia pedido que alguns textos fossem revisados. Essa ordem foi desobedecida, pois havia o desejo de refazê-los completamente, sem pensar que eles poderiam piorar as coisas ao invés de melhorar. Muitos ritos foram agravados por aquela mania de querer se livrar de tudo o que aconteceu, para fazer de novo, como se a Igreja, até hoje, a única coisa que fez foi nos enganar e mentir, e como se apenas até agora, tivesse grandes gênios, super teólogos, super estudiosos da bíblia, super liturgistas, que sabem dar à Igreja o que é bom. Isso é uma mentira: o último Concílio simplesmente pediu que os textos fossem revisados, não destruídos.

Na sua opinião, qual é o maior feito de Satanás?

Fazer acreditar que não existe. E quase isso foi alcançado. Mesmo dentro da Igreja. Temos um clero e um episcopado que deixou de acreditar no diabo, nos exorcismos, nos males extraordinários que o diabo pode causar e nem mesmo no poder que Jesus nos deu para expulsar demônios. Por três séculos, a Igreja latina - ao contrário da ortodoxa e de várias denominações protestantes - abandonou quase completamente o ministério do exorcismo. Por não praticar exorcismos, por não estudá-los e por nunca os ter visto, o clero não acredita mais neles. Mas ele nem mesmo acredita no diabo. Temos episcopados inteiros que são hostis aos exorcismos. Existem países em que não existe sequer um exorcista, como Alemanha, Suíça, Espanha e Portugal. Uma falta terrível.

O satanismo está sendo cada vez mais difundido pelo mundo?

Sim, enormemente. Quando a fé diminui, a superstição aumenta. Na linguagem bíblica, posso dizer que as pessoas estão abandonando Deus e se rendendo ao ocultismo. O terrível desaparecimento da fé em toda a Europa católica, coloca as pessoas nas mãos de feiticeiros e adivinhos, e assim prosperam as seitas satânicas. Uma forte propaganda é feita do culto ao diabo, para as massas, através do rock satânico e de personagens como Manson. Crianças também estão sendo atacadas: há revistas e gibis que ensinam bruxaria e satanismo.

As sessões espíritas, nas quais os mortos são evocados para obter respostas, são comuns. Agora se ensina a realizar sessões espíritas por meio de computadores, telefones, televisores e gravadores de vídeo, mas, acima de tudo, com escrita automática. Já não é necessário nem médium: é um espiritismo que cada um pode fazer por si. De acordo com pesquisas, 37% dos alunos jogaram jogos de cartas em uma verdadeira sessão espírita. Em uma escola onde fui convidado a falar, os meninos me disseram que jogaram este jogo durante a aula de religião, diante dos olhos satisfeitos do professor.

E isso expõe as pessoas à ação demoníaca? 

Não há diferença entre magia branca e magia negra. Quando a magia funciona, é sempre obra do diabo. Todas as formas de ocultismo, como esta fuga para as religiões do Oriente, com suas sugestões esotéricas, são portas abertas para o demônio. E o diabo entra. Imediatamente.

O que faz o demônio para seduzir o homem?

A sua estratégia é sempre a mesma. Já contei isso a ele que o reconheceu. Faz-nos acreditar que o inferno não existe, que o pecado não existe e que é apenas mais uma experiência a ser vivida. Luxúria, sucesso e poder são as três grandes paixões nas quais Satanás confia.

Como alguém torna-se uma vítima do demônio?

Alguém pode ser objeto de ataques do demônio, em quatro casos. Pode ser uma bênção para a pessoa (como no caso de muitos santos), pode ser por uma persistência irreversível no pecado, pode ser por uma maldição que alguém faz invocando o nome do diabo ou pode ser pela prática do ocultismo.

Você tem medo do demônio?

Ter medo desse animal? É ele quem deve ter medo de mim: eu ajo em nome do Senhor do mundo, enquanto ele é apenas o macaco de Deus.

A ação do demônio visa triunfar sobre a alta hierarquia da Igreja?

É uma estratégia vitoriosa, que ele tenta sempre colocar em prática. Principalmente quando as defesas do oponente são fracas. Satanás também tenta. Mas, graças a Deus, é o Espírito Santo que dirige a Igreja: 'As portas do inferno não prevalecerão'. Apesar das deserções, e apesar das traições, não devem causar espanto. O primeiro traidor foi um dos apóstolos mais próximos de Jesus: Judas Iscariotes. Mas, apesar disso, a Igreja continua o seu caminho. O Espírito Santo está presente e, portanto, os ataques de Satanás só podem ser parcialmente bem sucedidos. Naturalmente, o demônio pode vencer batalhas, até mesmo batalhas importantes, mas ele nunca vai ganhar a guerra.

PRIMEIRO SÁBADO DO MÊS

 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

PARA VIVER A DIVINA MISERICÓRDIA UM DIA POR SEMANA⁸

 

Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós,
eu confio em Vós!

'Fala ao mundo da Minha Misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha Misericórdia'

Intenção do Dia - Oitava Semana

transformar a vida em graças e em frutos

Eis a minha vida, graça de Vossa graça, / obra maior da Vossa misericórdia / que seja semente de outras tantas graças / que seja graça de outros tantos frutos

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS

DEVOÇÃO DAS NOVE PRIMEIRAS SEXTAS - FEIRAS 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

A VIDA OCULTA EM DEUS: GRAÇAS MÍSTICAS E ATIVIDADE EXTERIOR


Antes mesmo de conceber as graças mais elevadas da oração, Deus começa absorvendo todas as atividades exteriores da alma. Ocorre um processo inverso. Deus nos faz distrair das criaturas e das nossas ocupações assim como, infelizmente, nossas ocupações e as criaturas habitualmente nos distraem de Deus. Quando o nosso modo de vida não permite esse estado de absorção, Deus busca alguma compensação e age, assim, pelo menos durante a oração. Exemplo é o caso de Santa Catarina de Ricci: nem a santa e nem as suas superioras perceberam o que estava passando com ela, pois tratava-se de uma união completa.

Em seguida, a alma padece de um estado de desconforto. A ação de Deus interfere na ação da alma sem a suprimir inteiramente. E, finalmente, Deus, o senhor absoluto da alma, devolve a ela a posse completa e perfeita das suas faculdades, sem fazê-la excluída da união divina. Produzem-se então obras extraordinárias e desproporcionais às forças humanas, como as fundações criadas por  Santa Teresa ou pela Venerável Maria da Encarnação.

A alma totalmente entregue a Deus e ao serviço dos outros vive, ao mesmo tempo e sem esforço, em dois mundos diferentes. Quando nos casos de união total ocorre o êxtase, não se tem mais o uso dos sentidos. Mas que não se confunda levitação ou a rigidez dos membros com êxtase, uma vez que esses fenômenos não são necessários. Pode ocorrer um alheamento quase completo dos sentidos sem que os outros percebam. Pode-se acreditar até mesmo num certo entorpecimento, porque a vida física está diluída e os sentidos encontram-se fragilizados e contidos, de modo que até os mais próximos podem não aperceber de nada.

Este estado pode durar pouco tempo ou, com a recuperação alternada das faculdades, pode durar muito tempo. Mas o ato de união não pode durar indefinidamente na terra; a união é atual e constitui um estado que supõe um ato infundido do amor de Deus. Podemos compará-lo a um riacho subterrâneo ou ao calor de brasas muito vivas sob cinzas. De vez em quando, feixes de chamas emanam desta fornalha mas, se as chamas fossem mantidas continuamente, a própria vida não poderia resistir a elas. São João da Cruz assim o diz expressamente. Porém, a fornalha é fogo vivo e sua irradiação pode ser imensa.

(Excertos da obra 'A Vida Oculta em Deus', de Robert de Langeac; Parte II -  A Ação de Deus; tradução do autor do blog)

terça-feira, 29 de junho de 2021

29 DE JUNHO - FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

'Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo' (Mt 16,16)

'Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé' (II Tm 4,7)

Excertos da Homilia do Papa João Paulo II, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, em 29/06/2000

1.'E vós, quem dizeis que Eu sou?' (Mt 16, 15). Jesus dirige aos discípulos esta pergunta acerca da sua identidade, enquanto se encontra com eles na Alta Galileia. Muitas vezes acontecera que foram eles a interrogar Jesus; agora é Ele quem os interpela. A sua pergunta é específica e espera uma resposta. Simão Pedro toma a palavra em nome de todos: 'Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo' (Mt 16, 16). A resposta é extraordinariamente lúcida. Nela se reflete de modo perfeito a fé da Igreja. Nela nos refletimos também nós. De modo particular, reflete-se nas palavras de Pedro, o Bispo de Roma, por vontade divina o seu indigno sucessor.

2. 'Tu és o Cristo!'. À confissão de Pedro, Jesus replica: 'És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue quem to revelou, mas o Meu Pai que está nos céus' (Mt 16, 17).

És feliz, Pedro! Feliz, porque esta verdade, que é central na fé da Igreja, não podia emergir na tua consciência de homem, senão por obra de Deus. 'Ninguém', disse Jesus, 'conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar' (Mt 11, 27). Reflitamos sobre esta página evangélica particularmente densa: o Verbo encarnado revelara o Pai aos seus discípulos; agora é o momento em que o próprio Pai lhes revela o seu Filho unigênito. Pedro acolhe a iluminação interior e proclama com coragem: 'Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!'

Estas palavras nos lábios de Pedro provêm do profundo do mistério de Deus. Revelam a verdade íntima, a própria vida de Deus. E Pedro, sob a ação do Espírito divino, torna-se testemunha e confessor desta soberana verdadeA sua profissão de fé constitui assim a sólida base da fé da Igreja: 'Sobre ti edificarei a minha Igreja' (Mt 16, 18). Sobre a fé e a fidelidade de Pedro está edificada a Igreja de Cristo.

3. 'O Senhor assistiu-me e deu-me forças a fim de que a palavra fosse anunciada por mim e os gentios a ouvissem' (2 Tm 4, 17). São palavras de Paulo ao fiel discípulo Timóteo: escutamo-las na Segunda Leitura. Elas dão testemunho da obra nele realizada pelo Senhor, que o tinha escolhido como ministro do Evangelho, 'alcançando-o' na via de Damasco (Fl 3, 12). Envolvido numa luz fulgurante, o Senhor se lhe havia apresentado, dizendo:  'Saulo, Saulo, por que Me persegues?' (At 9,4), enquanto uma força misteriosa o lançava por terra.

'Quem és Tu, Senhor?', perguntara Saulo. 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues!'. Foi esta a resposta de Cristo. Saulo perseguia os seguidores de Jesus e Jesus fez-lhe tomar consciência de que era Ele mesmo a ser perseguido neles. Ele, Jesus de Nazaré, o Crucificado, que os cristãos afirmavam ter ressuscitado. De Damasco, Paulo iniciará o seu itinerário apostólico, que o levará a defender o Evangelho em tantas partes do mundo então conhecido. O seu impulso missionário contribuirá assim para a realização do mandato de Cristo aos Apóstolo: 'Ide, pois, ensinai todas as nações...' (Mt 28, 19).

4. Caríssimos Irmãos no Episcopado vindos para receber o Pálio, a vossa presença põe em eloquente ressalto a dimensão universal da Igreja, que derivou do mandato do Senhor: 'Ide... ensinai a todas as nações' (Mt 28, 19). Todas as vezes que vestirdes estes pálios, recordai, irmãos caríssimos que, como pastores, somos chamados a salvaguardar a pureza do Evangelho e a unidade da Igreja de Cristo, fundada sobre a 'rocha' da fé de Pedro. A isto nos chama o Senhor; esta é a nossa irrenunciável missão de guias previdentes do rebanho que o Senhor nos confiou.

5. A plena unidade da Igreja! Sinto ressoar em mim a recomendação de Cristo. Deus nos conceda chegarmos quanto antes à plena unidade de todos os crentes em Cristo. Obtenhamos este dom dos Apóstolos Pedro e Paulo, que a Igreja de Roma recorda neste dia, no qual se faz memória do seu martírio e, por isso, do seu nascimento para a vida em Deus. Por causa do Evangelho, eles aceitaram sofrer e morrer e se tornaram partícipes da ressurreição do Senhor. A sua fé, confirmada pelo martírio, é a mesma fé de Maria, a Mãe dos crentes, dos Apóstolos,  dos Santos  e Santas de  todos  os séculos.

Hoje a Igreja proclama de novo a sua fé. É a nossa fé, a imutável fé da Igreja em Jesus, único Salvador do mundo; em Cristo, o Filho de Deus vivo, morto e ressuscitado por nós e para a humanidade inteira.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós!