segunda-feira, 7 de junho de 2021

ORAÇÃO À SANTA MARIA RAINHA (Papa Pio XII)


Das profundezas desta terra de lágrimas, onde a humanidade sofredora rasteja laboriosamente e em meio às ondas deste nosso mar perenemente agitado pelos ventos das paixões, elevamos os nossos olhos a vós, Santíssima Mãe, para nos reanimarmos, contemplando a vossa glória e para vos saudar como Rainha e Senhora do céu e da terra, como Nossa Senhora e Rainha.

Com legítimo orgulho de filhos, queremos exaltar a vossa realeza e reconhecê-la, pela suprema excelência de todo o vosso ser, como dulcíssima e verdadeira Mãe dAquele que é Rei por direito, por herança e por conquista.

Reina e governa, Mãe e Senhora, conduzindo-nos pelo caminho da santidade, guiando-nos e auxiliando-nos, para que nunca nos afastemos dele. Tal como exerceis, no alto do céu, a vossa primazia sobre as milícias angelicais, que vos aclamam como Soberana, e também sobre as legiões dos santos, que se deleitam na contemplação de vossa refulgente beleza, assim também reinais sobre o gênero humano, particularmente abrindo os caminhos de fé para aqueles que ainda não conhecem o vosso divino Filho.

Reina sobre a Igreja, que professa e celebra o vosso terno domínio e vos invoca como refúgio seguro em meio às adversidades do nosso tempo. Mas reina especialmente sobre aquela parte da Igreja que está sendo perseguida e oprimida, dando-lhe a fortaleza para resistir aos reveses, perseverança para não sucumbir às pressões injustas, luz para não cair nas armadilhas do inimigo, firmeza para resistir aos ataques recorrentes e, em todos os momentos, fidelidade inabalável ao vosso reino.

Reina sobre as inteligências, para que busquem apenas a verdade; sobre as vontades, para que almejem apenas o bem; sobre os corações, para que amem somente o que vós amais. Reina sobre indivíduos e sobre as famílias, bem como sobre as sociedades e as nações; sobre as assembleias dos poderosos, sobre os conselhos dos sábios, sobre as mais simples aspirações dos humildes.

Reina nas ruas e nas praças, nas cidades e nas aldeias, nos vales e nas montanhas, no ar, na terra e no mar, e acolhe a oração piedosa de todos os que professam que o vosso reino é um reino de misericórdia, onde toda súplica é bem vinda para consolação de toda dor, alívio para todo sofrimento, saúde para toda enfermidade e onde, por um simples sinal de vossas ternas mãos, da própria morte ressurge alegre a vida.

Concedei a todos aqueles que agora vos aclamam em todas as partes do mundo e vos reconhecem como Rainha e Senhora, a glória de um dia no céu desfrutar da plenitude do vosso reino, na visão do vosso divino Filho que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina por todos os séculos do séculos. Amém.

domingo, 6 de junho de 2021

EVANGELHO DO DOMINGO

  

'No Senhor toda graça e redenção!' (Sl 129)

 05/06/2021 - Décimo Domingo do Tempo Comum

28. 'QUEM FAZ A VONTADE DE DEUS: ESSE É MEU IRMÃO'


Jesus estava em Cafarnaum, pouco depois de ter descido das montanhas onde fizera a escolha dos seus doze apóstolos (Mc 3, 13 - 19) e diante dele, como outras tantas vezes durante a vida pública do Senhor, uma enorme multidão se aglomerava, ansiosa por ouvir os seus ensinamentos, as explicações sobre textos das Sagradas Escrituras, para serem testemunhas oculares de prodígios e milagres ou por mera curiosidade de conhecer aquele profeta extraordinário.

Nesta ocasião em especial, os próprios parentes de Jesus estavam presentes e, assoberbados pelos anelos e compromissos humanos, foram incapazes de perceber a dimensão sobrenatural da vida pública daquele homem que lhes era tão próximo e, por isso, foram capazes de imputar a Jesus como que um estado de pura confusão mental. Como sempre, os mestres da lei foram muito mais longe nos ilimitados domínios da blasfêmia: 'diziam que ele (Jesus) estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios, ele expulsava os demônios' (Mc 3, 22).

Jesus evidencia o caráter absurdo e contraditório de tais alegações, desmascarando-lhes o desvario da razão e a dureza dos seus corações, totalmente impermeáveis à ação dos dons e carismas do Espírito Santo. Neste propósito de impenitência tácita e obstinada, aqueles homens rejeitaram todas as investidas divinas de acolhida e de perdão, tornando-se réus de condenação eterna, porque 'quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno' (Mc 3, 28). Ainda que pecadores ao extremo, todos somos passíveis do perdão e da misericórdia de Deus, desde que estejamos comprometidos pelo firme propósito do reconhecimento humilde e da dor sincera pelos pecados cometidos. A nossa salvação não pode prescindir destes princípios da fé cristã.

Durante esta explanação, Jesus é informado então da chegada da sua mãe e dos seus parentes, que estavam à sua procura. Esta mãe de amor e de doçura também se afligia diante da tormentosa multidão que envolvia Jesus, diante das acusações dos mestres da lei e das insanidades feitas pelos seus próprios parentes. Mas Jesus vai lhes responder: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' (Mc 3, 33). E Ele mesmo vai lhes revelar a supremacia absoluta das relações familiares de ordem espiritual sobre estas mesmas relações de caráter natural: 'Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe' (Mc 3, 35). Nossa Senhora é a mãe de Jesus e a mãe de Deus, não apenas porque O gerou e foi para Ele mãe cuidosa e extremada mas, principalmente, porque cumpriu à perfeição, nessa missão materna, a santa vontade de Deus.

sábado, 5 de junho de 2021

A VIDA OCULTA EM DEUS: PALAVRAS DE DEUS À ALMA

Parece-me, ó meu Deus, que mais de uma vez agradou ao Vosso amor falar à minha alma. E geralmente isso acontece nos momentos em que eu menos pensava em Vós. E então, no fundo do meu coração, ouvia espiritualmente que uma voz doce e forte, precisa e penetrante, me dizia uma palavra; sim, às vezes, apenas uma palavra. E a minha alma, surpresa, inquieta e feliz ao mesmo tempo, sentia-se transformada, por ser ou por cumprir o que aquela palavra lhe dizia: 'Ame; escute; cale-se; siga-me; recolha-se ao mais íntimo de sua alma; confie em Mim que sou Vosso Pai; ofereça-se a Mim e Eu estarei com você; refugie-se em Mim; me leve por inteiro a todas as almas'.

Ó palavra de Deus, como sois doce para o coração amoroso! Como sois forte também! Realizais tudo o que podeis significar. E tudo santificais!

(Excertos da obra 'A Vida Oculta em Deus', de Robert de Langeac; Parte II -  A Ação de Deus; tradução do autor do blog)

PRIMEIRO SÁBADO DO MÊS

 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

PARA VIVER A DIVINA MISERICÓRDIA UM DIA POR SEMANA⁴

Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós,
eu confio em Vós!

'Fala ao mundo da Minha Misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha Misericórdia'

Intenção do Dia - Quarta Semana

praticar atos de caridade, no anonimato das mãos, na alegria de simplesmente servir

minhas mãos que não são minhas / possam doar tudo o que não é meu / para que a caridade sem medida / seja obra do Cristo que vive em mim

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS

     

quinta-feira, 3 de junho de 2021

CORPUS CHRISTI 2021

 

O pão é pão e o vinho é vinho
como frutos do homem em oração;
é o que trazemos, é tudo o que temos,
como oferendas da nossa devoção. 

Não é mais pão, nem é mais vinho
quando espécies na consagração;
alma e divindade que se reconciliam
a cada missa, em cada comunhão.

Aparente pão, aparente vinho,
é mais que vinho, muito mais que pão;
o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo
 é o alimento da nossa salvação.

(Arcos de Pilares)