sábado, 1 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
31 DE JANEIRO - SÃO JOÃO BOSCO
Em 1846, fundou o Oratório de São Francisco de Sales em Turim, dando início à sua obra prodigiosa, arregimentando colaboradores e filhos, aos quais chamava de salesianos, em meio a um intenso e profícuo apostolado. Em 1859, fundou a Congregação Salesiana e, em 1872, com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875, enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul. No Brasil, as primeiras casas salesianas foram o Colégio Santa Rosa em Niterói e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo.
Faleceu a 31 de janeiro de 1888 em Turim, aos 72 anos, deixando como herança cristã a Congregação Religiosa Salesiana espalhada por diversos países da Europa e das Américas. O Papa Pio XI, que o conheceu e gozou da sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934. Popularizado como 'Dom Bosco', foi aclamado pelo Papa João Paulo II como 'pai e mestre da juventude' e se tornaram lendários os seus sonhos proféticos (exemplo abaixo), que ele narrava em suas pregações aos jovens salesianos.
Faleceu a 31 de janeiro de 1888 em Turim, aos 72 anos, deixando como herança cristã a Congregação Religiosa Salesiana espalhada por diversos países da Europa e das Américas. O Papa Pio XI, que o conheceu e gozou da sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934. Popularizado como 'Dom Bosco', foi aclamado pelo Papa João Paulo II como 'pai e mestre da juventude' e se tornaram lendários os seus sonhos proféticos (exemplo abaixo), que ele narrava em suas pregações aos jovens salesianos.
A BIGORNA E O MARTELO
Em 20 de agosto de 1862, depois de rezadas as orações da noite e de dar alguns avisos relacionados com a ordem da casa, Dom Bosco disse: 'Quero contar-lhes um sonho que tive faz algumas noites'.
Sonhei que estava em companhia de todos os jovens em Castelnuovo do Asti, na casa de meu irmão. Enquanto todos faziam recreio, dirigiu-se a mim um desconhecido e convidou-me a acompanhá-lo. Segui-o e ele me conduziu a um prado próximo ao pátio e ali indicou-me, entre a erva, uma enorme serpente de sete ou oito metros de comprimento e grossura extraordinária. Horrorizado ao contemplá-la, quis fugir.
— 'Não, não' — disse-me meu acompanhante — 'não fujas; vem comigo'.
'Ah!' — exclamei — 'não sou tão néscio para me expor a um tal perigo'.
— 'Então' — continuou meu acompanhante —'aguarda aqui'.
E, em seguida, foi em busca de uma corda e com ela na mão voltou novamente junto a mim e disse-me:
— 'Tome esta corda por uma ponta e agarre-a bem; eu agarrarei o outro extremo e por-me-ei na parte oposta e, assim, a manteremos suspensa sobre a serpente'.
— 'E depois?'
— 'Depois a deixaremos cair sobre a espinha dorsal'.
— 'Ah! não; por caridade. Pois ai de nós se o fizermos! A serpente saltará enfurecida e nos despedaçará'.
— 'Não, não; confie em mim' — acrescentou o desconhecido —'eu sei o que faço'.
— 'De maneira nenhuma; não quero fazer uma experiência que pode-me custar a vida'.
E já me dispunha a fugir, quando o homem insistiu de novo, assegurando-me que não havia nada que temer; e tanto me disse que fiquei onde estava, disposto a fazer o que me dizia. Ele, entretanto, passou do outro lado do monstro, levantou a corda e com ela deu uma chicotada sobre o lombo do animal. A serpente deu um salto voltando a cabeça para trás para morder ao objeto que a tinha ferido, mas em lugar de cravar os dentes na corda, ficou enlaçada nela mediante um nó corrediço. Então o desconhecido gritou-me:
— 'Agarre bem a corda, agarre-a bem, que não se lhe escape'.
E correu a uma pereira que havia ali perto e atou a seu tronco o extremo que tinha na mão; correu depois para mim, agarrou a outra ponta e foi amarrá-la à grade de uma janela. Enquanto isso, a serpente agitava-se, movia-se em espirais e dava tais golpes com a cabeça e com sua calda no chão, que suas carnes rompiam-se saltando em pedaços a grande distancia. Assim continuou enquanto teve vida; e, uma vez morta, só ficou dela o esqueleto descascado e sem carne. Então, aquele mesmo homem desatou a corda da árvore e da janela, recolheu-a, formou com ela um novelo e disse-me:
— 'Presta atenção!'
Colocou a corda em uma caixa, fechou-a e depois de uns momentos a abriu. Os jovens tinham-se ajuntado ao ao meu redor. Olhamos o interior da caixa e ficamos maravilhados. A corda estava disposta de tal maneira, que formava as palavras: Ave Maria!
— 'Mas como é possível?' — disse — 'Você colocou a corda na caixa e agora ela aparece dessa maneira!'.
— 'Olhe' — disse ele — 'a serpente representa o demônio e a corda é a Ave Maria, ou melhor, o Santo Rosário, que é uma série de Ave Marias com a qual e com as quais se pode derrubar, vencer e destruir todos os demônios do inferno.
Enquanto falávamos sobre o significado da corda e da serpente, voltei-me para trás e vi alguns jovens que, agarrando os pedaços da carne da serpente, os comiam. Então gritei-lhes imediatamente:
— 'Mas o que é o que fazem? Estão loucos? Não sabem que essa carne é venenosa e que far-lhes-á muito dano?'
'Não, não' — respondiam-me os jovens — 'a carne está muito boa'.
Mas, depois de havê-la comido, caíam ao chão, inchavam-se e tornavam-se duros como uma pedra. Eu não podia ficar em paz porque, apesar daquele espetáculo, cada vez era maior o número de jovens que comiam aquelas carnes. Eu gritava a um e a outro; dava bofetadas a este, um murro naquele, tentando impedir que comessem; mas era inútil. Aqui caía um, enquanto que lá começava a comer outro. Então chamei os clérigos em meu auxílio e disse-lhes que se mesclassem entre os jovens e se organizassem de maneira que ninguém comesse aquela carne. Minha ordem não teve o efeito desejado, pois alguns dos clérigos começaram também a comer as carnes da serpente, caindo ao chão como os outros. Eu estava fora de mim quando vi a meu redor um grande número de moços estendidos pelo chão no mais miserável dos estados. Voltei-me, então, para desconhecido e disse-lhe:
— 'Mas o que quer dizer isto? Estes jovens sabem que esta carne ocasiona-lhes a morte e, contudo, a comem. Qual é a causa?'
Ele respondeu-me: ' Já sabes que animalis homo non percipit ea quae Dei sunt: Alguns homens não percebem as coisas que são de Deus'.
— 'Mas não há remédio para que estes jovens voltem em si?'
— 'Sim, há'.
— 'E qual seria?'
— 'Não há outro que não seja pela bigorna e pelo martelo'.
— 'Bigorna? Martelo? E como terei que empregá-los?'
— 'Terás que submeter os jovens à ação de ambos estes instrumentos'.
— 'Como? Acaso devo colocá-los sobre a bigorna e golpeá-los com o martelo?'
Então meu companheiro me esclareceu, dizendo:
— 'O martelo significa a Confissão e a bigorna, a Comunhão; é necessário fazer uso destes dois meios'.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
CARTA À JUVENTUDE
A primeira artimanha do demônio consiste em persuadi-los de que o serviço de Deus exige uma vida triste, sem nenhum divertimento ou prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer quais são os verdadeiros divertimentos e prazeres para que vocês possam exclamar como o santo profeta Davi: 'Sirvamos ao Senhor na santa alegria'.
A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-los conceber a falsa esperança de uma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram prender por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Mas a vida e a morte estão entre as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel-prazer.
E mesmo se Deus lhes concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: 'o caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte'. Ou seja, se jovens começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna. Se, pelo contrário, os vícios começam a nos dominar desde a juventude, é muito provável que eles nos manterão em escravidão por toda a nossa vida, até a morte. Triste prelúdio a uma eternidade terrível.
Para que esta infelicidade não lhes aconteça, eu lhes apresento um método de vida alegre e fácil, mas que lhes bastará para se tornarem a consolação de seus pais, a honra de pátria de vocês, bom cidadãos da terra, em seguida felizes habitantes do céu... Meus caros jovens, eu os amo de todo o meu coração e basta-me que vocês sejam jovens para que eu os ame extraordinariamente. Eu lhes garanto que vocês encontrarão livros que lhes foram dirigidos pelas pessoas mais virtuosas e sábias em muitos pontos, mas, dificilmente, vocês poderão encontrar alguém que os ame mais do que eu, em Jesus Cristo, e lhes deseja mais a felicidade.
Conservem no coração o tesouro da virtude porque, possuindo-o, vocês têm tudo, mas se o perderem, tornar-se-ão os homens mais infelizes do mundo. Que o Senhor esteja sempre com vocês e que Ele lhes conceda seguir os simples conselhos presentes, para que possam aumentar a glória de Deus e obter a salvação da alma, fim supremo para o qual fomos criados. Que o Céu lhes dê longos anos de vida feliz e que o santo temor de Deus seja sempre a grande riqueza que os cumule de bens celestes aqui e por toda a eternidade. Vivam contentes e que o Senhor esteja com vocês.
(São João Bosco)
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
BREVIÁRIO DIGITAL - ILUSTRAÇÕES DE DORÉ (VIII)
PARTE VIII (1Sm 6 - 2Sm 21)
[Os betsamitas que segavam o trigo veem o retorno da Arca do Senhor (I Sm 6,13)]
[Samuel testemunha Saul como futuro chefe do povo de Israel (I Sm 9,17)]
[Morte de Agag, rei de Amalec (I Sm 15,33)]
[Davi decepa a cabeça de Golias, o gigante filisteu (I Sm 17,51)]
[A tentativa de Saul matar Davi com uma lança (I Sm 18,11)]
[A fuga de Davi por uma janela de sua casa (I Sm 19,12)]
[Jônatas permite a fuga de Davi (I Sm 20,42)]
[Discurso de Davi ao rei Saul (I Sm 24,9-16)]
[Saul e a necromante de Endor (I Sm 28,11)]
[Morte de Saul prostrando-se sobre uma espada (I Sm 31,4)]
[Combate entre os doze homens de Benjamin e os doze homens de Davi (II Sm 2,15-16)]
[Davi tomando Rabá, cidade dos amonitas (II Sm 12,27)]
[A morte de Absalão, preso nos galhos de uma árvore (II Sm 18,9-15)]
[Davi recebe a notícia e lamenta a morte de Absalão (II Sm 18,32)]
[Resfa, filha de Aías, protege os corpos dos sete martirizados (II Sm 21,10)]
[Abisaí mata o filisteu e salva Davi da morte (II Sm 21,17)]
[Morte de Agag, rei de Amalec (I Sm 15,33)]
[Davi decepa a cabeça de Golias, o gigante filisteu (I Sm 17,51)]
[A tentativa de Saul matar Davi com uma lança (I Sm 18,11)]
[A fuga de Davi por uma janela de sua casa (I Sm 19,12)]
[Jônatas permite a fuga de Davi (I Sm 20,42)]
[Discurso de Davi ao rei Saul (I Sm 24,9-16)]
[Saul e a necromante de Endor (I Sm 28,11)]
[Morte de Saul prostrando-se sobre uma espada (I Sm 31,4)]
[Combate entre os doze homens de Benjamin e os doze homens de Davi (II Sm 2,15-16)]
[Davi tomando Rabá, cidade dos amonitas (II Sm 12,27)]
[A morte de Absalão, preso nos galhos de uma árvore (II Sm 18,9-15)]
[Davi recebe a notícia e lamenta a morte de Absalão (II Sm 18,32)]
[Resfa, filha de Aías, protege os corpos dos sete martirizados (II Sm 21,10)]
[Abisaí mata o filisteu e salva Davi da morte (II Sm 21,17)]
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
DEUS SABE O QUE FAZ
Deus criou-me para lhe prestar um serviço específico: Ele me confiou uma obra que não confiou a outro. Tenho a minha missão que posso nunca conhecer nesta vida, mas saberei na próxima. De alguma forma sou necessário para os seus propósitos, tão necessário no meu lugar como um Arcanjo no dele... tenho uma parte nesta grande obra.
Sou o elo de uma corrente, um vínculo de conexão entre pessoas. Ele não me criou para nada. Vou fazer o bem, vou fazer a sua obra. Serei um anjo de paz, um pregador da verdade na minha própria casa, mesmo sem pretensão, se eu guardar os seus mandamentos e o servir na minha vocação.
Por isso vou confiar nEle. Onde e como eu estiver, nunca poderei ser rejeitado. Se estou doente, a minha doença pode servi-lo; na confusão, a minha confusão pode servi-lo; se eu estou triste, a minha tristeza pode servi-lo.
A minha doença, confusão ou tristeza podem ser causas necessárias para algum grande fim, que está muito além de nós. Ele não faz nada em vão; Ele pode prolongar a minha vida ou pode abreviá-la; Ele sabe o que está a fazer. Ele pode tirar-me amigos, pode enviar-me para o meio de estranhos, pode me fazer sentir desolado, fazer o meu espírito submergir, esconder o futuro de mim, ainda assim Ele sabe o que está a fazer.
(Excertos da obra 'Meditações e Devoções', do Cardeal Newman)
domingo, 26 de janeiro de 2020
PÁGINAS COMENTADAS DOS EVANGELHOS DOS DOMINGOS
'O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos' (Is 9, 1-2)
sábado, 25 de janeiro de 2020
VÍDEOS CATÓLICOS: SEJA LOUVADO O SANTÍSSIMO!
John Henry NEWMAN, cardeal inglês do século XIX canonizado pelo Papa Francisco em 13 de outubro do ano passado, é autor de inúmeras orações e hinos, sendo um dos mais belos o Praise to the Holiest in the Height!
PRAISE TO THE HOLIEST IN THE HEIGHT!
Praise to the Holiest in the height,
And in the depth be praise:
In all His words most wonderful;
Most sure in all His ways.
O loving wisdom of our God,
When all was sin and shame,
He, the last Adam, to the fight
And to the rescue came.
O wisest love! that flesh and blood
Which did in Adam fail,
Should strive afresh against the foe,
Should strive and should prevail.
And that a higher gift than grace
Should flesh and blood refine,
God’s presence, and His very self
And essence all-divine.
O generous love! that He, who smote
In man for man the foe,
The double agony in man
For man should undergo.
And in the garden secretly,
And on the cross on high,
Should teach His brethren, and inspire
To suffer and to die.
Praise to the Holiest in the height,
And in the depth be praise:
In all His words most wonderful;
Most sure in all His ways.
(Cardeal Newman)
SEJA LOUVADO O SANTÍSSIMO NAS ALTURAS!
Seja louvado o Santíssimo nas alturas,
e seja louvado no abismo:
Em todas as suas palavras, o mais maravilhoso;
o mais seguro em todos os seus caminhos.
Ó sabedoria amorosa de nosso Deus,
Quando tudo era pecado e vergonha,
Ele, o segundo Adão, veio
para lutar e nos resgatar.
Ó amor de sabedoria! A mesma carne e sangue
Ó amor de sabedoria! A mesma carne e sangue
que fracassaram em Adão,
refazem-se agora contra o inimigo,
refazem-se agora para prevalecer.
E dádiva maior que a graça
E dádiva maior que a graça
refaz-se em nova carne e sangue,
a própria presença de Deus
se manifesta pela essência toda divina.
Ó amor generoso! Ele, que feriu,
Ó amor generoso! Ele, que feriu,
Do homem para o homem, o inimigo,
A dupla agonia no homem
que o homem deveria sofrer*.
Seja no escondimento do Horto,
ou no mais alto da Cruz,
para ensinar e inspirar os seus Filhos
para sofrer e, por amor, morrer.
Seja no escondimento do Horto,
ou no mais alto da Cruz,
para ensinar e inspirar os seus Filhos
para sofrer e, por amor, morrer.
Seja louvado o Santíssimo nas alturas,
e seja louvado no abismo:
Em todas as suas palavras, o mais maravilhoso;
o mais seguro em todos os seus caminhos.
* estrofe de tradução e entendimento difíceis: a 'dupla agonia' pode referir-se ao embate do primeiro homem (humanidade perfeita de Cristo) contra o segundo homem (humanidade decaída pela natureza humana), para vencer a ação contínua do inimigo que, prevalecendo sobre Adão, foi derrotado por Cristo ('Ele, que feriu o inimigo').
(tradução do autor do blog)
Assinar:
Postagens (Atom)