domingo, 23 de dezembro de 2018

JESUS, ENTRA NA MINHA CASA!

Páginas do Evangelho - Quarto Domingo do Advento


No Quarto Domingo do Advento, o Jesus Esperado chega, através de Maria, à casa de Zacarias e Isabel. Santa e desmedida alegria, que faz João Batista estremecer de júbilo no ventre de sua mãe. Santa e ditosa alegria que faz Isabel inundar-se do Espírito Santo. Santa e materna alegria de Maria em manifestar ao mundo o bendito fruto do seu ventre. Eis Maria na casa de Isabel, testemunhas privilegiadas da revelação do maior dos mistérios divinos: Jesus, o filho de Deus vivo, no meio dos homens!

Eis Maria, o portento da fé humana, obra prima da graça do Pai, tangida por um único pensamento: cumprir, com fidelidade absoluta, a vontade de Deus: feita escrava, serva do senhor, é a 'bem aventurada que acreditou' (Lc 1,45) e que, por isso, verá cumprir-se tudo 'o que o Senhor lhe prometeu' (Lc 1,45). Maria leva Jesus à casa de Isabel e revela aos dois anciãos a chegada do Salvador ao mundo; Maria acolhe Jesus em sacrário de tão pura humanidade que faz João Batista estremecer de alegria; na casa de Zacarias e Isabel, toda a humanidade que anseia por Deus, acolhe Jesus como Salvador com santa e ditosa alegria. 

Maria vai apressadamente ao encontro de Isabel, sob o impulso da graça, para cumprir a vontade de Deus, como serva para ajudar a gravidez avançada da parenta mais velha, como mensageira da esperança cristã, como mãe do Salvador e Redentor da humanidade, para cumprir a sua missão expressa no 'sim' da Anunciação. E é recebida com virtude filial, com alegria extrema, com devoção incontida, com zelo admirável por Isabel, pré-anunciadora dos corações incendidos da graça do Deus que está prestes a chegar ao mundo: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?' (Lc 1, 42 - 43).

Jesus em Maria é o Jesus que vem, para libertar o mundo do pecado, para fazer novas todas as coisas, para a salvação de todos os que abrem as portas e janelas de suas casas ao Cristo que chega, que transformam seus corações em humildes manjedouras onde Ele possa renascer. Como na casa de Zacarias e Isabel, que Jesus possa entrar, com Maria, na minha e na sua casa, neste Santo Natal!

sábado, 22 de dezembro de 2018

A FÉ EXPLICADA (XIX): FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO?

O princípio geral de que fora da Santa Igreja não existe salvação constitui um dogma da fé católica. E, assim, é preciso entender isso com muita ponderação e, particularmente, sob a ótica da infinita misericórdia de Deus. Nosso Senhor, na sua Paixão e Morte de Cruz, não remiu os pecados de alguns povos ou de uma parcela dos homens, mas, sim, de toda a humanidade. 

A salvação, entretanto, está inserida no contexto de que os homens, para serem salvos, devem estar necessariamente inseridos no plano de salvação advindo do Cristo, ou seja, como membros efetivos do seu Corpo Místico, que é a Santa Igreja Católica. A salvação vem por meio do Cristo, Cabeça da Igreja, que constitui o seu Corpo (conforme prescrito pelo Catecismo da Igreja Católica). Esta inserção na Igreja se dá por meio do sacramento do batismo e pode ser perdida pelo advento dos pecados mortais, e passível de ser recomposta por meio do sacramento da Confissão.

Neste contexto, seria dogmático afirmar que a salvação só é possível para aqueles que são membros da Santa Igreja Católica? A resposta é, evidentemente, sim e, é por isso, que constitui um dogma da fé católica. Não existe e nunca existiu a possibilidade de salvação fora da realidade mística da Santa Igreja. Esta verdade é dogmática.

E aí surge, entretanto, a seguinte questão: como se deu a salvação para os homens anteriores à Santa Igreja e à Vinda do Salvador? A verdade dogmática não poderia ser aplicada a eles? Ora, a Verdade de Deus não muda e a salvação da humanidade veio por Cristo. E, assim, evidentemente, os méritos da salvação por Cristo foram aplicados aos homens de todos os tempos, antes, durante e depois do nascimento de Jesus, como herança da humanidade de todos os tempos dos homens, desde as eras mais remotas até o final dos tempos e dos homens.

Compreende-se, então, que a Igreja constitui, como realidade espiritual, o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo e, como realidade material, uma instituição hierárquica assente sobre o primado de Pedro. Estas duas dimensões não foram sempre únicas, evidentemente, e a salvação de muitos homens se deu pela inserção destes homens na dimensão única e espiritual do Corpo Místico de Cristo. Logo, a salvação ocorreu, por óbvio, para homens que não estavam inseridos materialmente na Santa Igreja.

Seria possível, então, essa inserção parcial nos ditames da salvação católica para os homens nascidos depois de Cristo? Tomemos, por exemplo, uma pessoa que não teve possibilidade efetiva de ser batizada sacramentalmente e tenha vivido, por absoluto desconhecimento, à margem do conhecimento dos Evangelhos. Não seria o caso de que a Santa Igreja, por meio das missões, não teria possibilitado a tal pessoa o cumprimento integral do preceito enfático do Senhor dirigido a ela: 'Pregai o Evangelho a toda criatura' (Mc 16,15)? Da mesma forma que a Igreja não teria falhado, seria uma aberração dizer que tal culpa seria da pessoa por não ter sido acessada pelas missões da Igreja. Essa conjunção de fatos não implicaria a perda automática de sua salvação pela premissa de que 'fora da Igreja não há salvação', pois tal argumento não se justificaria minimamente diante dos mistérios da Infinita Misericórdia de Deus. Quantos exemplos ou situações similares poderiam ser igualmente relatados?

Assim, embora seja impossível alguém se salvar fora da Santa Igreja enquanto Corpo Místico de Cristo, no contexto da Misericórdia Divina, também não se pode afirmar categoricamente que alguém não possa ser salvo por não estar materialmente inserido na Santa Igreja. Em seu Infinito Amor e Misericórdia, Nosso Senhor Jesus Cristo abriu o caminho da salvação a todos os homens e, sob tais desígnios, há de salvar a muitos ainda que materialmente fora da Santa Igreja.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

50 MANEIRAS PARA ESTAR COM JESUS NO DIA DE HOJE

1. Reze o Terço.

2. Faça uma prática de caridade.

3. Faça uma visita ao Santíssimo Sacramento.

4. Reze em favor de um inimigo ou de alguém que lhe seja uma presença especialmente perturbadora.

5. Renove seu ato de confiança em Deus.

6. Deposite no Coração de Jesus a perturbação que o aflige.

7. Faça um ato de sincero agradecimento.

8. Converse com Jesus por 5 minutos (sobre a sua vida, seu trabalho, sua família, suas preocupações).

9. Faça uma boa confissão.

10. Eleve seus pensamentos a Deus em meio às tarefas mais cotidianas.

11. Reze devagar um Pai-Nosso, alimentando-se espiritualmente de cada palavra.

12. Perdoe uma ofensa conhecida.

13. Sinta realmente Deus em sua companhia.

14. Assista a Santa Missa com particular devoção.

15. Reze pela Santa Igreja, pelo papa e pelo clero.

16. Dê o seu tempo precioso ao próximo.

17. Faça da sua casa um templo e da sua família uma igreja doméstica.

18. Peça a proteção de Nossa Senhora.

19. Faça o Sinal da Cruz ao passar diante de uma igreja ou outro lugar santo.

20. Faça um ato de profunda contrição a Deus.

21. Reze uma Ave Maria bem devagar, alimentando-se espiritualmente de cada palavra.

22. Faça outra prática de caridade.

23. Ofereça a Deus o seu cansaço (seu sofrimento, sua paz, sua alegria, sua vida, tudo).

24. Esforce realmente para ser presença de Deus no mundo.

25. Peça a Deus a posse efetiva dos dons do Espírito Santo.

26. Reze pelo mundo e por todas as pessoas.

27. Não deixe perturbar o seu coração.

28. Contenha a ira e a irritação por amor a Deus.

29. Reze mentalmente uma pequena invocação.

30. Desfaça no coração qualquer sentimento de ódio ou de vingança.

31. Promova como herança o seu exemplo.

32. Reze sempre junto com a sua família.

33. Invoque a intercessão de Maria em todas as suas iniciativas e decisões.

34. Converse com Jesus na certeza de estar conversando com alguém que o conheça muitíssimo mais do que você mesmo.

35. Exerça em tudo, com todos, o tempo todo, a Santa Vontade de Deus.

36. Conserve a pureza do olhar e do coração.

37. Faça sempre o bem porque fazer o bem faz bem. 

38. Contenha a imaginação furtiva e descontrolada.

39. Coloque a sua vida nas mãos de Deus, sem contestações ou outros questionamentos.

40. Reze o Credo bem devagar, alimentando-se espiritualmente de cada palavra.

41. Leia e reflita sobre um trecho das Sagradas Escrituras.

42. Mantenha o pudor e evite o escândalo.

43. Ofereça a Deus o seu nada e, no seu nada, todo o seu amor humano.

44. Torne o seu coração uma manjedoura pura e bela para receber Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

45. Reze frequentemente pelas Almas do Purgatório.

46. Seja cristão no mundo mais do que querer viver num mundo cristão.

47. Coloque o amor pela glória de Deus em todas as suas atividades.

48. Vá ao encontro do próximo que precisa da sua presença (na doença, nas prisões, no abandono, na depressão, no infortúnio).

49.  Pratique uma vez mais, e outra mais, e muito mais vezes, a caridade.

50. E, lembre-se sempre, que se Deus pudesse ter um atributo maior que os outros, este seria a Sua Infinita MISERICÓRDIA. Confie e deponha tudo, toda a sua vida, em confiança absoluta, na santa e infinita misericórdia de Deus.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

POR QUE É TÃO DIFÍCIL REZAR NA SANTA MISSA?

Por que é tão difícil rezar durante a Santa Missa? Não seria este o propósito essencial, fundamental, fulcral, do rito litúrgico e do cerimonial eucarístico? Estar com Deus e em Deus na plenitude da santa celebração?

Mas por que isso não ocorre? Quanta perda de sentido no que realmente importa! Quantas divagações e quanto obscurecimento da dimensão orante na Santa Missa! Por que o rito litúrgico não favorece o recolhimento espiritual, o silêncio, a contemplação interior? 

Há espaço para tudo: tantas palavras vazias, tantos gestos inúteis, quantas cerimônias desnecessárias quando não espetáculos ofensivos, quase sempre fruto de muito teatro e encenação sem nenhum contexto com o sagrado, quantos avisos, quantas palmas, quanta cantoria sem fim. 

Experimente mergulhar no mistério da graça durante uma destas missas e, sinceramente, faça uma reflexão sobre o significado místico de se estar ali em presença de Deus vivo! A menos que se tenha uma capacidade extrema de auto-exílio do ambiente físico, é absolutamente impossível de se livrar a alma recolhida de tanta cantoria, da voz mais incisiva, do refrão insosso. Como um fiel pode se preparar em piedosa contrição ou agradecer a graça da Sagrada Eucaristia em meio ao redemoinho profano? Não se reza como se devia na Santa Missa! 

Há que se questionar a perda do sagrado ou se pode criticar até mesmo a superficialidade que, muitas vezes, é conduzido o rito litúrgico. Mas a questão essencial é esta: a Missa tem que ser espaço para oração, verdadeira e profunda oração. E por que isso é o que quase sempre não acontece, quantas graças não são aproveitadas, quanto fruto é desperdiçado? Precisamos de muitas coisas a menos na Santa Missa mas, com certeza, muito mais oração!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

AS 15 MEDITAÇÕES DA VIDA DE CRISTO (I)

A regra fundamental de nossa Sociedade é a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, para imitá-lo com humildade e confiança, com toda a possível perfeição, em todas as obras da vida oculta e do público ministério, para a maior glória de Deus nosso Pai celeste e para a maior santificação de nossa alma e de nossos próximos (São Vicente Pallotti)

ORAÇÃO INICIAL

Por mim nada posso, mas com Deus tudo posso. Tudo quero fazer por amor a Deus. Meu Deus, quer esteja acordado, quer dormindo, pensando em vós ou não, vós sempre pensais em mim e me amais com amor infinito. Fazei que durante este dia, eu possa ter os mesmos pensamentos, a mesma humildade, a mansidão, a paciência e a caridade de nosso Senhor Jesus Cristo, para assim realizar a vossa santíssima vontade. Amém.


PRIMEIRA MEDITAÇÃO: SOBRE A SACROSSANTA CONCEPÇÃO DE JESUS

Antes de dar começo a qualquer atividade, somos obrigados a nos perguntar, diante de cada uma das diversas circunstâncias do dia, como pensaria, falaria ou agiria Nosso Senhor Jesus Cristo. Dai-nos Senhor, a graça e a determinação para esforçar-nos em tudo e sempre, pelo que seja mais perfeito.

'E a Palavra se fez carne e habitou entre nós...' (Jo 1, 14)

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória...

SEGUNDA MEDITAÇÃO: SOBRE O ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO COM O QUAL JESUS CRISTO VEIO AO MUNDO

Pelo Mistério da encarnação, Jesus entrou no mundo com espírito de sacrifício, viveu e morreu na cruz, com espírito de sacrifício. Dai-nos, Senhor a graça de até à morte vivermos a prática da vida de sacrifício por amor a nosso Senhor Jesus Cristo.

'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante e Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus' (Lc 1, 31-32)

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória...

TERCEIRA MEDITAÇÃO: SOBRE A HABITAÇÃO DE CRISTO NO SEIO VIRGINAL DE MARIA IMACULADA DURANTE NOVE MESES

Jesus no seio de Maria, na condição de bebê, pela graça da sua habitação nove meses no seio de Maria, dai-me a graça do santo silêncio.

'Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Aconteça comigo segundo a tua Palavra!' ( Lc 1, 38)

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória...

QUARTA MEDITAÇÃO: SOBRE O NASCIMENTO DE JESUS

Jesus nascido criancinha na gruta de Belém, apesar de ser a sabedoria infinita, sujeitou-se à condição de uma criança. Pela graça da santa infância de Jesus, queremos viver como crianças nas mãos de Deus. Dai-nos Senhor o candor, a simplicidade, a prudência, a ternura e a modéstia.

'Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados' (Lc 2, 14)

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória...

QUINTA MEDITAÇÃO: SOBRE A CIRCUNCISÃO DE JESUS CRISTO

Pela dura lei da circuncisão de Jesus, dai-me Senhor a graça da mortificação e poder viver em perfeita castidade. Dai-nos a graça de esforçar-nos para imitá-lo em mortificação para vencer os vícios e concupiscências más e amar a vida sacrificada de congregação.

'Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor' (Lc 2, 23); (Ex 13, 2.12.15)

Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória...
(São Vicente Pallotti)

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

OS TRÊS ADVENTOS DO SENHOR


Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas esta, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como Ele próprio o declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o veem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.

Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.

Mas, para que ninguém pense que é pura invenção o que dissemos sobre esta vinda intermediária, ouvi o próprio Senhor: 'Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele' (Jo 14,23). Lê-se também noutro lugar: 'Quem teme a Deus, faz o bem' (Eclo 15,1). Mas vejo que se diz algo mais sobre o que ama a Deus, porque guardará suas palavras. Onde devem ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o profeta: 'Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós' (Sl 118, 11).

Guarda, pois, a palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e tua alma se deleitará na fartura. Não esqueças de comer o teu pão para que teu coração não desfaleça, mas que tua alma se sacie com este alimento saboroso.

Se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que renovará Jerusalém e fará novas todas as coisas. Graças a essa vinda, como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste (1Co 15,49). Assim como o primeiro Adão contagiou toda a humanidade e atingiu o homem todo, assim agora é preciso que Cristo seja o senhor do homem todo, porque ele o criou, redimiu e o glorificará.
(Dos Sermões de São Bernardo)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

ANTÍFONAS DO Ó

As Antífonas do Ó são sete orações especialmente cantadas durante o tempo do Advento, particularmente ao longo da semana que antecede o Natal. A autoria das antífonas, que remontam aos séculos VII e VIII, tem sido comumente atribuída ao papa Gregório Magno. São sete orações extremamente curtas, sempre iniciadas pela interjeição Ó, correspondendo a sete diferentes súplicas manifestadas a Jesus Cristo, na expectativa do nascimento do Menino - Deus entre os homens, que é invocado sob sete diferentes títulos messiânicos tomados do Antigo Testamento. 

17 de dezembro

O Sapientia
quæ ex ore Altissimi prodisti,
attingens a fine usque ad finem,
fortiter suaviter disponens omnia:
Veni ad docendum nos viam prudentiae   


Ó Sabedoria
que saístes da boca do altíssimo
atingindo de uma a outra extremidade
e tudo dispondo com força e suavidade:
Vinde ensinar-nos o caminho da prudência 

18 de dezembro

O Adonai
et Dux domus Israel,
qui Moysi in igne flammæ rubi apparuisti
et ei in Sina legem dedisti:
Veni ad redimendum nos in brachio extento 


Ó Adonai
guia da casa de Israel,
que aparecestes a Moisés na chama do fogo
no meio da sarça ardente e lhe deste a lei no Sinai
Vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço. 

19 de dezembro

O Radix Jesse
qui stas in signum populorum,
super quem continebunt reges os suum,
quem gentes deprecabuntur:
Veni ad liberandum nos; jam noli tardare 


Ó Raiz de Jessé
erguida como estandarte dos povos,
em cuja presença os reis se calarão
e a quem as nações invocarão,
Vinde libertar-nos; não tardeis jamais. 

20 de dezembro

O Clavis David
et sceptrum domus Israel:
qui aperis, et nemo claudit;
claudis et nemo aperit:
Veni, et educ vinctum de domo carceris,
sedentem in tenebris et umbra mortis 


Ó Chave de Davi
o cetro da casa de Israel
que abris e ninguém fecha;
fechais e ninguém abre:
Vinde e libertai da prisão o cativo
assentado nas trevas e à sombra da morte. 

21 de dezembro

O Oriens
splendor lucis æternæ, et sol justitiæ
Veni et illumina sedentes in tenebris
et umbra mortis. 


Ó Oriente
esplendor da luz eterna e sol da justiça
Vinde e iluminai os que estão sentados
nas trevas e à sombra da morte. 

22 de dezembro

O Rex gentium
et desideratus earum
lapisque angularis,
qui facis utraque unum:
Veni et salva hominem quem de limo formasti 


Ó Rei das nações
e objeto de seus desejos,
pedra angular
que reunis em vós judeus e gentios:
Vinde e salvai o homem que do limo formastes.
 
23 de dezembro

O Emmanuel,
Rex et legifer noster,
exspectatio gentium,
et Salvador earum:
Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster 


Ó Emanuel,
nosso rei e legislador,
esperança e salvador das nações,
Vinde salvar-nos,
Senhor nosso Deus.