quarta-feira, 31 de outubro de 2018

ORAÇÃO: COROA DAS SETE ALEGRIAS DE MARIA

Coroa das Sete Alegrias de Maria

(Em Nome do Pai... Creio em Deus Pai... Pai Nosso... 3 Ave Marias)


1ª Alegria – A Anunciação do Anjo

Maria, saudamos-te como o Anjo Gabriel: 'Alegra-te de graça, o Senhor está contigo...conceberás em teu seio e darás a luz um filho a quem porás o nome de Jesus' (Lc 1, 26-38)

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

2ª Alegria – A visita a Santa Isabel

Alegramo-nos contigo quando foste a casa de Zacarias e saudaste Isabel, que ao ouvir-te, ficou cheia do Espírito Santo. Recebemos-te com fez Santa Isabel: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é fruto do teu ventre!' (Lc 1, 39-56)

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

3ª Alegria – Nascimento de Jesus

Maria, contigo nos alegremos por este presente que nos deste 'E deu à Luz seu filho primogênito, reclinou-o num presépio...' Com os anjos e pastores digamos 'Glória a Deus nas Alturas e paz aos homens e mulheres de boa vontade' (Lc 2, 4-20) 

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

4ª Alegria – A Adoração dos Reis Magos

Alegremente, juntemo-nos aos três sábios que creram e com humildade adoraram ao Menino Deus: 'Entrando na casa encontraram o menino com Maria sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram... ofereceram como presentes: ouro, incenso e mirra' (Mt 2, 1-12) 

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

5ª Alegria – O Encontro do Menino Jesus no Templo

Nossa alegria se junta à tua, Maria, quando encontraste a Jesus no Templo e pudeste abraçá-lo: 'Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os' (Lc 2, 41-50)

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

6ª Alegria – Maria Vê a Jesus Ressuscitado

Contigo Maria, nos regozijamos e nos alegramos por Cristo ressuscitado e vivo no meio de nós; pois o sepulcro vazio está: '... por que buscai entre os mortos aquele que vivo está? Não está aqui, mas ressuscitou (Lc 24, 1-12)

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

7ª Alegria – A Assunção de Maria e sua Coroação no Céu

Sentimos alegria contigo Maria, porque atingiste a plenitude da vida e estás junto ao vosso Filho amado, coroada rainha do céu e da terra. Mãe Co-redentora, intercessora e auxiliadora nossa, te saudamos (Jo 2, 1-12) 

Pai Nosso... 10 Ave Marias ... Glória ao Pai

Oração Final: Rezar ou cantar o Magnificat (Lc 1, 46-55)

terça-feira, 30 de outubro de 2018

SOBRE O DIREITO À PROPRIEDADE PRIVADA

A liberdade está plantada no espírito. Só as criaturas espirituais e racionais são livres. Só o homem tem determinação própria. Porque, dotado de razão, pode assentar os seus próprios projetos e propósitos e escolher os meios de usá-los. Sua suprema liberdade é obtida quando age dentro da lei de seu ser e escolhe dentre as boas coisas, com o fim de alcançar o mais completo enriquecimento e a plenitude de sua personalidade em Deus.

A base de nossa liberdade, bem sabemos, é nossa alma racional. Mas existe uma garantia externa de nossa liberdade, já que não somos puramente espirituais, mas porque somos compostos de corpo e alma, matéria e espírito, necessitamos de algum sinal visível e externo de nossa invisível liberdade espiritual. Ou, se o homem é livre porque tem uma alma espiritual, não deverá haver um sinal externo para essa liberdade interna, algo que possa chamar de seu no mundo exterior, assim como chama a sua alma propriedade dentro de si?

Liberdade significa responsabilidade ou domínio de seus atos. Como pode, porém, esta responsabilidade interna melhor revelar-se externamente do que por meio da posse de alguma coisa material sobre a qual se possa exercer controle? O homem é mais livre em seu íntimo, quando possui alguma coisa no mundo exterior que possa chamar de seu, que possa dar cunho a sua personalidade.

Se o homem não possuísse nenhuma coisa que se pudesse tornar responsável, não seria livre nem dentro, nem fora de si. Deem-lhe, porém, alguma coisa que possa afeiçoar à sua própria imagem e semelhança, assim como Deus o fez à sua imagem e semelhança e o homem será economicamente livre. Tal coisa é a propriedade privada. A propriedade privada, então, é a garantia econômica da liberdade, tal como a alma é sua garantia espiritual - a prova de que é tão livre em seus atos externos quanto em seu foro íntimo; a garantia de que é a fonte da responsabilidade não apenas no que se refere ao que ele é, mas também ao que possui.

O direito à propriedade privada baseia-se na dignidade da pessoa humana e não num privilégio do Estado. O Estado pode confirmar o direito natural, mas em nenhum sentido o cria. O direito à propriedade está, portanto, fundado na natureza humana. Não é o Estado que nos dá este direito. O homem tem esse direito antes do Estado e o Estado não pode destruí-lo sem destruir a natureza do homem.

Pelo fato de a propriedade em suas relações externas ser o sinal da liberdade, é que a Igreja tem feito da larga defesa da propriedade privada a pedra angular de seu programa social. 'A riqueza, constantemente aumentada pelo progresso econômico e social, deve ser distribuída por entre os vários indivíduos e classes de modo tal que seja alcançado o bem comum de todos' (Quadragesimo Anno; carta encíclica do Papa Pio XI).

A Igreja, por saber que a propriedade privada é a garantia econômica de uma pessoa ou família, luta por ela. Porque renunciar à propriedade é ficar alguém sujeito a outrem. Se renunciar ao meu direito à propriedade, ficarei sujeito, quer: (i) ao Estado ou coletividade, como no comunismo; (ii) ao próximo, como o capitalismo selvagem o quer; (iii) a Deus, como no voto de pobreza (neste caso, ele tudo possui, mas a tudo renuncia, pois nada tem a desejar).

Porque a abolição da propriedade é o começo da escravidão, opõe-se a Igreja ao capitalismo selvagem que encerra a propriedade nas mãos de poucos e ao comunismo, que confisca inteiramente em nome da coletividade. Profundamente interessada na liberdade do homem, recorre a Igreja a um meio eficaz: sugere-lhe aquilo que o fará livre, isto é, dá-lhe alguma coisa que ele possa chamar de seu.

('O Problema da Liberdade', bispo Fulton Sheen)

domingo, 28 de outubro de 2018

LADAINHA DE LOUVOR A SÃO JUDAS TADEU

Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo, tende piedade de nós
Jesus Cristo, ouvi-nos
Jesus Cristo, atendei-nos

Deus,Pai dos Céus, tende piedade de nós.
Deus, Filho redentor do mundo, tende piedade de nós
Deus, Espirito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Jesus, Filho de Deus vivo, tende piedade de nós.
Jesus, Filho da Virgem Maria, tende piedade de nós.
Jesus Mestre dos Apóstolos, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos,  rogai por nós.
Santa Maria, Rainha dos Apóstolos,  rogai por nós.

São Judas Tadeu, consaguíneo de Jesus, Maria e José, rogai por nós.
Apóstolo Glorioso, rogai por nós.
Apóstolo Perseverante, rogai por nós
Verdadeiro Imitador de Jesus, rogai por nós
Amante da Pobreza, rogai por nós
Modelo da humildade, rogai por nós.
Símbolo da Paciência, rogai por nós.
Lírio de Castidade, rogai por nós.
Chama do Amor Divino, rogai por nós.
Estrela da Santidade, rogai por nós.
Vaso da graça divina, rogai por nós.
Testemunho da Fé, rogai por nós.
Terror dos infernos, rogai por nós.
Grande taumaturgo, rogai por nós.
Coluna da Igreja, rogai por nós.
Consolador dos aflitos, rogai por nós.
Refúgio dos pecadores, rogai por nós.
Amparo dos necessitados e atribulados, rogai por nós.
Especial Padroeiro nos casos desesperados, rogai por nós.
Abrigo seguro e patrono de vossos devotos, rogai por nós.

Pelos merecimentos de São Judas Tadeu, nós vos rogamos, ouvi-nos Senhor!
Pala sua humildade e paciência, nós vos rogamos, ouvi-nos Senhor!
Pela seu zelo no apostolado e pregações, nós vos rogamos, ouvi-nos Senhor!
Pelo seu glorioso martírio, nós vos rogamos, ouvi-nos Senhor!

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor!
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor!
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós!

Rogai por nós, São Judas Tadeu,
para que sejamos dignos das Promessas de Cristo. Amém.

'SENHOR, QUE EU VEJA!'

Páginas do Evangelho - Trigésimo Domingo do Tempo Comum


São Marcos descreve, no Evangelho deste domingo, uma certa caminhada de Jesus pelas terras da Galileia, rumo a Jerusalém. Junto com Ele, além dos seus discípulos, ia uma grande multidão, ansiosa por ver, ouvir e compartilhar as santas alegrias do convívio com Aquele por quem já estavam plenamente convencidos de ser realmente o Messias esperado pelos séculos, ainda que com uma visão algo distorcida da verdadeira natureza divina do seu reino de glória.

O burburinho da multidão em marcha coloca em alerta um mendigo cego sentado à beira do caminho. Um homem cego, muito conhecido naquela região, tão conhecido que o seu nome ficou transcrito para sempre nas páginas das Sagradas Escrituras, Bartimeu, filho de Timeu. No meio do vozerio de tantos, grita mais alto do que todos: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' (Mc 10, 47). E, diante da reprimenda para se calar e não abafar os ensinamentos de Jesus, insiste ainda mais alto: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' (Mc 10, 48).

A fé vibrava firme na sua alma sem precisar dos acordes dos olhares e visões do mundo. Jesus percebeu de imediato a grandeza daquele sentimento, daquele gesto, daquela súplica, e o atendeu com deferência, fazendo calar o vozerio em volta: 'Chamai-o' (Mc 10, 49). De pronto e de súbito, diante do chamado de Jesus, Bartimeu se apura em pé num salto, desfaz-se do manto de uma vez e se coloca diante do Senhor, em muda expectativa. 'O que queres que eu te faça?' (Mc 10, 51) pergunta Jesus. E Bartimeu responde, cheio de fé e confiança no Senhor: 'Mestre, que eu veja!' (Mc 10, 51). E a luz da sua fé é então contemplada com os acordes da visão do Senhor: 'Vai, a tua fé te curou' (Mc 10, 52).

Bartimeu, privilegiado na graça, pediu a visão e recebeu a luz, a luz de Cristo, que rompe as trevas do pecado e eleva a alma às glórias eternas. Como cegos, muitas vezes tateando nas penumbras de uma fé claudicante, temos uma imensa dificuldade de vida espiritual e de aceitar e acolher Jesus em plenitude. Como Bartimeu, sejamos capazes de saltar além das quietudes e sonolências terrenas e nos livrarmos do manto das inquietações e vozerios do mundo, para irmos ao encontro do Senhor que passa e, como homens eivados de graça, 'seguir Jesus pelo caminho' (Mc 10, 52). 

sábado, 27 de outubro de 2018

SOBRE A HERESIA DO ESPIRITISMO

O Espiritismo nega todo o Cristianismo: nega o mistério da Santíssima Trindade, nega que Jesus seja Deus, nega a Redenção, nega que Nossa Senhora seja Mãe de Deus, nega a existência de um Deus pessoal e distinto do mundo, nega a espiritualidade da alma, nega a existência do inferno e dos demônios, nega o mistério da graça, nega o céu.

Um espírita não pode ser cristão, e um cristão não pode ser espírita.

A doutrina da reencarnação não condiz com o dogma da ressurreição final, do céu e do inferno. Por isto, o Espiritismo nega simplesmente estes dogmas, apesar de estarem claros na Bíblia. Nega o que é de fé, que Deus ensinou, para erigir fantasias em dogma de fé.

Os espíritas negam não uma ou duas das verdades de fé, mas todas. São hereges! Diz o Direito Canônico: 'Todos os apóstatas da fé, e todos e cada um dos heréticos e cismáticos... incorrem ipso facto em excomunhão... Abraçar o Espiritismo é abraçar a excomunhão.

Caridade é uma virtude teológica que tem Deus por motivo: é amor de Deus, por amor de Deus e amor do próximo por amor de Deus. Quando se ama o próximo e se faz o bem, por amor dos homens, não é caridade, é filantropia. São Paulo diz na Epístola aos Coríntios que podemos ter uma fé de transportar montanhas... mas, se não for por caridade, isto é, por amor de Deus... não vale nada!... No Espiritismo não pode haver caridade!

Ajudar as obras espíritas, colaborar de qualquer modo com o Espiritismo, é favorecer a heresia. E quem favorece qualquer heresia fica excomungado.

Não basta estarmos com a verdade, mas é preciso amar a verdade, por isto querê-la conhecida e seguida por todos. A caridade é a essência do Cristianismo, e o distintivo do cristão. Mas, só podemos dizer que amamos a Deus e amamos o próximo, se fizermos tudo pela glória de Deus e pela salvação de nossos irmãos.


(Excertos da obra 'A Hediondez Espírita', de Dom José Eugênio Corrêa)

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

POR QUE NOSSA SENHORA NOS DEU O TERÇO?

A Igreja Católica conhece o Terço há cerca de apenas 800 anos. Os quinze mistérios do Santíssimo Rosário foram dados por Nossa Senhora a São Domingos. Desde então, a Igreja Católica tem encorajado os fiéis a rezar o Terço.

O Padre Pio disse certa vez: 'Algumas pessoas são tão tontas ao ponto de pensar que podem avançar pela vida sem a ajuda da Santíssima Mãe. Amem Nossa Senhora e rezem o Terço, porque o seu Terço é a arma contra todos os males do mundo de hoje. Todas as graças dadas por Deus passam através da Santíssima Mãe'. E, apenas duas semanas depois da sua eleição à Sé de Pedro, o Papa João Paulo II admitiu com franqueza: 'O Terço é a minha oração preferida. Uma oração maravilhosa! Maravilhosa na sua simplicidade e na sua profundidade'.

Agora pensem nisto: São Francisco de Assis não tinha o Terço. Nem São Bernardo de Claraval, nem Santo Anselmo, nem São Beda, nem São Gregório, nem São Bento, nem Santo Agostinho, nem Irineu e nem sequer os Santos Apóstolos. O Santo Rosário é relativamente recente. E, ainda assim, estou convencido que é absolutamente essencial para o nosso tempo. A 'novidade' do Terço revela que os últimos 800 anos da História da Igreja precisavam de uma nova arma.

A Santíssima Virgem Maria deu-nos uma arma com base nas Escrituras. Ela pediu a São Domingos e ao Beato Alan que se rezassem 150 Ave Marias em honra dos 150 salmos. Além disso, deu-nos 15 mistérios bíblicos da vida de Cristo para nós meditarmos. Todo o conjunto é uma homenagem de Nossa Senhora à Sagrada Escritura. As 150 Ave Marias foram divididas em 15 dezenas de dez Ave Marias. Deste modo, podemos viver os mistérios bíblicos da vida do seu Filho.

Mas por quê? Por que é que o Céu veio com este plano com contas e mistérios? De certo modo, os anos 1200's foram o ponto alto da civilização cristã. Foi a era de São Tomás de Aquino e do Rei São Luís de França. Desde então, tem sido uma viagem atribulada. O Terço tem sido a corrente ou o cinto de segurança que precisamos nestes tempos de turbulência.

Precisamos de Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida. O Terço é um sinal tangível de que estamos ligados a Ele. Quando toco no meu Terço, sei que Maria me está a ligar ao seu Filho. Jesus tornou-se homem através de Maria e essa ligação humana é encontrada ali, com ela.

Encorajo-vos verdadeiramente a rezar o Terço todos os dias para o resto das vossas vidas. Tornem isso parte da vossa rotina diária. Devia ser mais importante que lavar os dentes ou ver o e-mail. Rezar o Terço tira apenas 2% do vosso dia: 2%! Rezem o Terço diariamente. Dará paz à vossa alma. Aprenderão mais sobre vocês mesmos e sobre Deus. Perder-se-ão no ritmo da oração e descobrir-se-ão a vós mesmos com Jesus. 

(Taylor Marshall)

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

25 DE OUTUBRO - SANTO ANTÔNIO GALVÃO


Um homem marcado pela caridade e por um profundo espírito missionário: este foi o compromisso de fé que levou à santidade Antônio Galvão de França - o Frei Galvão, nascido em 1739 em Guaratinguetá, cidade do interior do estado de São Paulo, e falecido na cidade de São Paulo, em 23 de dezembro de 1822.

A devoção cristã permeou a sua vida desde a infância, levando-o a estudar com os jesuítas na Bahia e, mais tarde, a proceder os votos solenes como franciscano da Ordem Terceira (adotando, então, o nome de Antônio Sant'Ana Galvão) e à ordenação sacerdotal, em 11 de julho de 1762, no Rio de Janeiro. Após a ordenação, tornou-se pregador da ordem franciscana e confessor do Recolhimento de Santa Teresa, onde viviam algumas monjas e que, naquela época, constituía o único estabelecimento de religiosas então existente em São Paulo. Nesta instituição, sob a inspiração da Irmã Helena Maria do Sacramento, Frei Galvão fundou e construiu um novo recolhimento na cidade, no local chamado campo da Luz, hoje Mosteiro de Nossa Senhora da Luz, e ali foi enterrado. 

Era dotado de dons prodigiosos, como levitação e a bilocação. Particularmente interessantes são as chamadas 'pílulas de Frei Galvão'. Diante de um homem padecendo muitas dores devido a cálculos renais, o santo teve a súbita inspiração de escrever em um papelote a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis - 'Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós' e o deu ao homem como remédio, que expeliu em seguida um grande cálculo renal. Utilizando-se deste meio outras tantas vezes, as pílulas logo tornaram-se de uso generalizado até os nossos dias, para curar problemas renais ou de parto ou quaisquer outras dores ou enfermidades. Por sua intercessão, os Céus realizaram muitos milagres e curas sobrenaturais.

Frei Galvão se fez servo de todos e para todos tinha uma enorme generosidade de acolhimento, de perdão, de serenidade e de direção espiritual e, como 'filho e escravo perpétuo de Maria', dedicou toda a sua vida ao apostolado e à salvação das almas e, em meio a tantas glórias e virtudes, só recentemente foi elevado aos altares. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998 e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, tornando-se, então, o primeiro santo da Igreja nascido no Brasil. A sua festa litúrgica acontece em 25 de outubro, data de sua beatificação.

(Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, século XVIII, atual Mosteiro da Luz)