domingo, 6 de novembro de 2016

AS BEM-AVENTURANÇAS

Páginas do Evangelho - Solenidade de Todos os Santos


Neste domingo da Solenidade de Todos os Santos, nós somos por inteiro a Santa Igreja de Deus, o Corpo Místico de Cristo: almas peregrinas do Céu da Igreja Militante, almas sob a justiça divina da Igreja Padecente, almas santificadas da Igreja Triunfante, testemunhas da Visão Beatífica e cidadãos eternos da Jerusalém Celeste, nem mais peregrinos e nem mais sujeitos à Santa Justiça, mas tornados eleitos do Pai e herdeiros da Glória de Deus.

Com efeito, Filhos de Deus já o somos desde agora, como peregrinos do Céu mergulhados nas penumbras da fé e nas vertigens das realidades humanas... 'mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é (1Jo 3, 2). Filhos de Deus, gerados para a eternidade da glória de Deus, seremos os vestidos de roupas brancas, enquanto perseverantes na fé e revestidos da luz de Cristo: 'Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro' (Ap 7, 14). 

Na solenidade de Todos os Santos, os que seremos santos amanhã se confortam dessa certeza nos que já são santos na Glória Celeste, vivendo a felicidade perfeita, e indescritível sob o ponto de vista das palavras e pensamentos humanos. Jesus nos fala dessa realidade transcendente na comunhão dos santos e na unidade da família de Deus: 'Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus' (Mt 5, 12). Em contraponto à fidelidade e à fé dos que almejaram ser santos, Deus os recompensará com limites insondáveis de graça, as chamadas bem-aventuranças de Deus.

Bem-aventurados os pobres de espírito, os simples de coração. Bem-aventurados os aflitos que anseiam por consolação. Bem-aventurados os mansos que se espelham no Coração de Jesus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. Bem-aventurados os misericordiosos, filhos prediletos da caridade. Bem-aventurados os puros de coração, transformados em novas manjedouras do Sagrado Coração de Jesus. Bem-aventurados os que promovem a paz e os que são perseguidos por causa da justiça. E bem-aventurados os que foram injuriados e perseguidos em nome da Cruz, do Calvário, dos Evangelhos e de Jesus Cristo porque serão os santos dos santos de Deus!

sábado, 5 de novembro de 2016

SOBRE A NOITE ESCURA DA MORTIFICAÇÃO

Para atingir o estado sublime de união com Deus, é indispensável à alma atravessar a noite escura da mortificação dos apetites e da renúncia a todos os prazeres deste mundo. As afeições às criaturas são diante de Deus como profundas trevas, de tal modo que a alma, quando aí fica mergulhada, torna-se incapaz de ser iluminada e revestida da pura e singela claridade divina. A luz é incompatível com as trevas, como no-lo afirma São João ao dizer que as trevas não puderam compreender a luz (Jo 1, 5).

A alma enamorada das grandezas e dignidades ou muito ciosa da liberdade de seus apetites está diante de Deus como escrava e prisioneira e como tal — e não como filha — é tratada por Ele, porque não quis seguir os preceitos de sua doutrina sagrada que nos ensina: 'Quem quer ser o maior deve fazer-se o menor, e o que quiser ser o menor seja o maior' (Mt 20, 26-27). A alma não poderá, portanto, chegar à verdadeira liberdade de espírito que se alcança na união divina; porque sendo a escravidão incompatível com a liberdade, não pode esta permanecer num coração de escravo, sujeito a seus próprios caprichos; mas somente no que é livre, isto é, num coração de filho. Neste sentido Sara diz a Abraão, seu esposo, que expulse de casa a escrava e seu filho: 'Expulsa esta escrava e seu filho, porque o filho da escrava não será herdeiro com meu filho Isaac' (Gn 21, 10).

Todas as delícias e doçuras que a vontade saboreia nas coisas terrenas, comparadas aos gozos e às delícias da união divina, são suma aflição, tormento e amargura. Assim todo aquele que prende o coração aos prazeres terrenos é digno diante do Senhor de suma pena, tormento e amargura, e jamais poderá gozar os suaves abraços da união de Deus. Toda a glória e todas as riquezas das criaturas, comparadas à infinita riqueza que é Deus, são suma pobreza e miséria. Logo a alma afeiçoada à posse das coisas terrenas é profundamente pobre e miserável aos olhos do Senhor, e por isto jamais alcançará o bem-aventurado estado da glória e riqueza, isto é, a transformação em Deus; porque há infinita distância entre o pobre e indigente, e o sumamente rico e glorioso.

A sabedoria divina, ao se queixar das almas que caem na vileza, miséria e pobreza, em consequência da afeição que dedicam ao que é elevado, grande e belo segundo a apreciação do mundo, fala assim nos Provérbios: 'A vós, ó homens, é que eu estou continuamente clamando, aos filhos dos homens é que se dirige a minha voz. Aprendei, ó pequeninos, a astúcia e vós, insensatos, prestai-me atenção. Ouvi, porque tenho de vos falar acerca de grandes coisas. Comigo estão as riquezas e a glória, a magnífica opulência, e a justiça. Porque é melhor o meu fruto que o ouro e que a pedra preciosa, e as minhas produções melhores que a prata escolhida. Eu ando nos caminhos da justiça, no meio das veredas do juízo, para enriquecer aos que me amam e para encher os seus tesouros' (Pv 8, 4-6.18-21). 

A divina sabedoria se dirige aqui a todos os que põem o coração e a afeição nas criaturas. Chama-os de 'pequeninos' porque se tornam semelhantes ao objeto de seu amor, que é pequeno. Convida-os a ter prudência e a observar que ela trata de grandes coisas e não de pequenas como eles. Com ela e nela se encontram a glória e as verdadeiras riquezas desejadas, e não onde eles supõem. A magnificência e justiça lhe são inerentes; e exorta os homens a refletir sobre a superioridade de seus bens em relação aos do mundo. Ensina-lhes que o fruto nela encontrado é preferível ao ouro e às pedras preciosas; afinal, mostra que sua obra na alma está acima da prata mais pura que eles amam. Nestas palavras se compreende todo gênero de apego existente nesta vida.

(Excertos da obra 'Subida do Monte Castelo', de São João da Cruz)

PRIMEIRO SÁBADO DE NOVEMBRO


Mensagem de Nossa Senhora à Irmã Lúcia, vidente de Fátima: 
                                                                                                                           (Pontevedra / Espanha)

‘Olha, Minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todo o momento Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que a todos aqueles que durante cinco meses seguidos, no primeiro sábado, se confessarem*, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação.’
* Com base em aparições posteriores, esclareceu-se que a confissão poderia não se realizar no sábado propriamente dito, mas antes, desde que feita com a intenção explícita (interiormente) de se fazê-la para fins de reparação às blasfêmias cometidas contra o Imaculado Coração de Maria no primeiro sábado seguinte.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

QUESTÕES SOBRE AS TENTAÇÕES E O PECADO (I)


Questão 17: Por que pecamos? 

Tentação é a situação em que a vontade tem de escolher entre duas opções, sabendo que uma delas é boa e que a outra é má e tende a escolher a opção má. Sabe que essa é a opção má mas, por alguma razão, sente-se impelido a escolhê-la. O erro de cair em tentação não é um erro de inteligência, não é um problema de debilidade da razão. Pois, se não se soubesse que essa opção é má, pecaria por ignorância ou simplesmente por erro e, portanto, não pecaria de fato. Para pecar, há que se saber que se está escolhendo a opção má. Não há pecado sem má consciência. 

Isso é que faz o pecado ser tão interessante do ponto de vista intelectual: por que escolhemos o mal sabendo que é o mal? Eis um verdadeiro mistério. Uma resposta simples, que não é falsa mas que tampouco explica a questão, é admitir que pecamos por fraqueza. Isto não deixa de ser verdadeiro, mas também é certo que não somos tão fracos que não possamos resistir. Se não fôssemos capazes de resistir, não haveria pecado, pois não haveria opções; existe o pecado porque podemos escolher. E, sabemos por experiência, escolhemos o que queremos. Se queremos fazer algo, nada nem ninguém nos pode obrigar a querer outra coisa. Assim, por mais fracos que sejamos, sempre podemos resistir. Desta forma, não podemos nos eximir de responsabilidade em nome da inteligência ou da vontade. Fazemos o mal porque o queremos.

Poderíamos dizer que fazemos o mal em nome do bem que obtemos por meio dele. Mas, devemos nos lembrar que a inteligência tem a exata percepção de que este bem é como uma maçã envenenada, um bem falso, um bem que produz mais males do que o bem que possa conter. Por isso, por mais atraente que nos pareça tal bem, a consciência nos alerta a não escolher essa opção. Assim como dizer que fazemos o mal porque nos parece ser um bem, também é igualmente certo que sabemos que, na verdade, este bem não passa de mais um outro mal. Assim a justificativa de que se possa fazer o mal para se obter o bem, embora adequada em termos de compreender o pecado cometido, não explica tudo. E é mesmo provável que esse mistério da maçã envenenada que comemos, apesar de sabermos que está envenenada. não se possa explicar nunca enquanto estivermos neste mundo.

Questão 18: Quantas tentações procedem dos demônios? 

Não há ninguém que possa dizer quantas tentações podem proceder dos demônios e quantas de nosso próprio interior. Parece razoável, porém, pensar que a maioria das tentações procedem de nós mesmos. Não necessitamos de ninguém para sermos tentados, nos basta a liberdade para usá-la mal. Basta termos que tomar uma decisão entre diferentes opções para escolher conscientemente a opção errada. Conscientemente, sem paliativos, sem poder transferir nossa culpa a ninguém mais do que a nós mesmos. É certo que o demônio tentou a primeira mulher. Porém, mesmos em o demônio, poderíamos ter pecado igualmente. A tentação não depende do demônio, basta-se por si mesma. Se não fosse assim, quem teria tentado o demônio? 

Questão 19: Podemos ser tentados além de nossas possibilidades? 

O ser humano é fraco, de modo que Deus cuida de nós como crianças. Por isso, a Bíblia diz: 'Fiel é Deus que não permitirá que sejais tentados além de vossas forças, mas com a tentação os tornará capazes de vencê-las' (1 Cor 10,13). Que a tentação possa ser permitida por Deus é algo que aparece de forma claríssima no Livro de Jó. E também em outra passagem das Escrituras quando, um pouco antes de sua Paixão, Jesus disse a Pedro: 'Simão, Simão! O Adversário te reclamou para te peneirar como o trigo' (Lc 22, 31). 'Te reclamou', ou seja, a peneira da tentação deve ser permitida. 

Não afirmar essa doutrina significaria que estamos nas mãos de um destino cego e que qualquer um, por mais fraco que seja, poderia ser tentado com um poder e uma magnitude acima das forças que possui. Portanto, a mensagem é clara e tranquilizadora. Deus, como Pai que é, vela para que nenhum dos seus filhos seja pressionado além do que possa suportar. De tudo isso se confirma a sabedoria do velho ditado: 'Deus aperta, mas não enforca!' 

Questão 20: Por que o Diabo tentou a Jesus? 

O Diabo sabia que Jesus era Deus; sabia, portanto, que era impossível que pecasse. Por que, então, O tentou? E mais, sabendo que qualquer tentação seria resistida por Jesus, que O santificaria ainda mais como homem. E que, assim, ao tentar o Senhor, o demônio se converteria em instrumento de santificação do próprio Jesus. Por que, então, fazer algo inútil e que, além disso, serviria para um bem? A resposta é simples: o Diabo não pode resistir [ao impulso de tentar]. A tentação foi demasiado grande até para o Diabo: tentar o próprio Deus! Não podia deixar escapar aquela ocasião.

Sabia que era impossível fazê-lO pecar, mas não pôde resistir à tentação de tentá-lO. A situação era tal qual a do fumante que sabe os danos do ato de fumar mas não consegue deixar de fazê-lo. Assim, o Diabo sabia que tentar Jesus era um erro, mas sucumbiu à tentação maior de tentá-lO. A criatura tentando o próprio Deus! Era lógico que era um erro tentar Jesus, mas para resistir a tal tentação, seria preciso que o demônio possuísse a virtude da fortaleza.  E qualquer coisa pode advir do demônio, menos virtude. Da mesma maneira, os demônios fazem coisas que, a longo prazo, os prejudicam ainda mais, mas não resistem ao impulso de fazer o mal agora, ainda que, contendo-se, pudessem lograr um mal ainda maior depois. Desta forma, conclui-se que até mesmo os demônios sofrem tentações; tentações estas que procedem do seu próprio interior. 

(Excertos da obra 'Summa Daemoniaca', do Pe. Jose Antonio Fortea, tradução do autor do blog)

PORQUE HOJE É A PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO MÊS


A Grande Revelação do Sagrado Coração de Jesus foi feita a Santa Margarida Maria Alacoque durante a oitava da festa de Corpus Christi de 1675...

         'Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares ... Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra'.


... e as doze Promessas:
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    ATO DE DESAGRAVO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 
    (rezai-o sempre, particularmente nas primeiras sextas-feiras de cada mês)

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as nossas próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conspurcando as promessas do batismo, renegam o jugo suave da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente das licenças dos costumes e imodéstias do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nossos próximos, impedir, por todos os meios, novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número possível de almas.

Recebei, ó Jesus de Infinito Amor, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até a morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

NO LIMIAR DO SOBRENATURAL (VII)


Ocotlán, México, 3 de outubro de 1847, um pouco antes do início da missa dominical a ser celebrada no cemitério da Capela da Imaculada Conceição, pelo vigário paroquial, padre Julián Navarro. No céu claro, duas nuvens brancas se juntaram de repente e sobre elas surgiu, em plena luz do dia, uma imagem perfeita de Jesus Cristo Crucificado, que permaneceu visível para mais de 2000 pessoas por mais de 30 minutos. A aparição*, que ficou conhecida como a do 'Senhor da Misericórdia', foi registrada formalmente pela Igreja mediante a manifestação justificada de várias testemunhas oculares do evento. Em 29 de setembro de 1911, a Arquidiocese de Guadalajara reconheceu oficialmente a extraordinária aparição e a devoção pública em honra ao Senhor da Misericórdia, que passou a ser celebrada todo ano no período entre 20 de setembro e 3 de outubro. Em 1997, o papa João Paulo II enviou uma bênção apostólica especial aos fieis de Ocotlán, por ocasião da comemoração dos 150 anos do milagre.

* a aparição ocorreu no dia seguinte ao de um grande terremoto ocorrido no México, que havia matado muitas pessoas e deixado a cidade de Jalisco em ruínas.

FOTO DA SEMANA

O temor do Senhor é a coroa da sabedoria: dá uma plenitude de paz e de frutos de salvação (Ecle 1, 22)