terça-feira, 27 de outubro de 2015

O SIGNIFICADO DA SANTA MISSA

A Santa Missa é um compêndio de toda a vida de Jesus Cristo.

O Intróito significa o desejo que tinham os santos Patriarcas da vinda do Senhor.

O Kyrie Eleison significa as vozes dos Patriarcas e Profetas, que pediam a Deus esta vinda há tanto tempo desejada.

O Gloria in Excelsis significa o nascimento do Senhor.

As orações significam a apresentação no templo e a oferenda determinada por lei.

A Epístola* significa a pregação de São João Batista, anunciando aos homens o reino de Cristo.

O Gradual* significa a conversão das multidões ao ouvirem a pregação de São João Batista.

O Evangelho significa a pregação do Senhor que da esquerda nos passa à direita, isto é, das coisas temporais às eternas, e do pecado à graça; as luzes e o incenso à leitura do Evangelho significam que este iluminou o mundo, enchendo-o do suave aroma da graça de Deus.

O Credo significa a conversão dos santos Apóstolos e dos outros discípulos do Senhor.

As Secretas*, que principiam depois do Credo, significam os ocultos conciliábulos dos Judeus contra Cristo.

O Prefácio*, terminado com o Hosana In Excelis, significa a entrada solene de Jesus Cristo em Jerusalém no dia de Ramos.

As outras orações secretas que se recitam em seguida significam a Paixão do Senhor.

A Elevação da Hóstia significa a elevação de Cristo na Cruz.

O Pater Noster significa a oração do Senhor quando pendente da cruz.

A Fração da Hóstia significa a chaga aberta pela lança.

O Agnus Dei significa o pranto de Maria no descimento da cruz.

A Comunhão do Sacerdote significa a sepultura.

O Post-communio [pós-comunhão] significa a ressurreição.

O Ite Missa est* significa a ascensão.

A bênção do sacerdote significa a descida do Espírito Santo.

O Evangelho Final* significa a pregação dos santos Apóstolos, quando, cheios do Espírito Santo, começaram a pregação do Evangelho por todo o mundo e a conversão do povos.

(Santo Afonso Maria de Ligório)

*Epístola: leituras prévias ao Evangelho;
* Gradual: canto litúrgico na forma de poucos versículos cantado logo após a primeira (e única) leitura antes do Evangelho, no rito da missa tridentina. Na missa nova, embora também seja ainda usado, é frequentemente substituído pelo Salmo Responsorial, com texto bem mais extenso e constituído por várias estrofes, inserido logo após a primeira leitura que antecede o Evangelho (na Missa Nova, o rito pode comportar uma ou duas leituras - procedimento mais corrente - antes do Evangelho).
* Secretas: orações rezadas em voz baixa pelo sacerdote.
*Prefácio: parte inicial da chamada oração eucarística.
*Ite Missa est: oração final de despedida, seguida da bênção do sacerdote.
* Evangelho Final: após a despedida, o Evangelho de São João foi incluído pelo Papa Pio V, como uma oração de exorcismo (omitido na Nova Missa).

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

BIBLIOTECA DIGITAL

Na Biblioteca Digital deste blog, em INDEX DAS APARIÇÕES MARIANAS, procedeu-se à atualização dos arquivos relativos às aparições marianas destacadas no quadro abaixo.

domingo, 25 de outubro de 2015

'SENHOR, QUE EU VEJA!'

Páginas do Evangelho - Trigésimo Domingo do Tempo Comum


São Marcos descreve, no Evangelho deste domingo, uma certa caminhada de Jesus pelas terras da Galileia, rumo a Jerusalém. Junto com Ele, além dos seus discípulos, ia uma grande multidão, ansiosa por ver, ouvir e compartilhar as santas alegrias do convívio com Aquele por quem já estavam plenamente convencidos de ser realmente o Messias esperado pelos séculos, ainda que com uma visão algo distorcida da verdadeira natureza divina do seu reino de glória.

O burburinho da multidão em marcha coloca em alerta um mendigo cego sentado à beira do caminho. Um homem cego, muito conhecido naquela região, tão conhecido que o seu nome ficou transcrito para sempre nas páginas das Sagradas Escrituras, Bartimeu, filho de Timeu. No meio do vozerio de tantos, grita mais alto do que todos: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' (Mc 10, 47). E, diante da reprimenda para se calar e não abafar os ensinamentos de Jesus, insiste ainda mais alto: 'Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!' (Mc 10, 48).

A fé vibrava firme na sua alma sem precisar dos acordes dos olhares e visões do mundo. Jesus percebeu de imediato a grandeza daquele sentimento, daquele gesto, daquela súplica, e o atendeu com deferência, fazendo calar o vozerio em volta: 'Chamai-o' (Mc 10, 49). De pronto e de súbito, diante do chamado de Jesus, Bartimeu se apura em pé num salto, desfaz-se do manto de uma vez e se coloca diante do Senhor, em muda expectativa. 'O que queres que eu te faça?' (Mc 10, 51) pergunta Jesus. E Bartimeu responde, cheio de fé e confiança no Senhor: 'Mestre, que eu veja!' (Mc 10, 51). E a luz da sua fé é então contemplada com os acordes da visão do Senhor: 'Vai, a tua fé te curou' (Mc 10, 52).

Bartimeu, privilegiado na graça, pediu a visão e recebeu a luz, a luz de Cristo, que rompe as trevas do pecado e eleva a alma às glórias eternas. Como cegos, muitas vezes tateando nas penumbras de uma fé claudicante, temos uma imensa dificuldade de vida espiritual e de aceitar e acolher Jesus em plenitude. Como Bartimeu, sejamos capazes de saltar além das quietudes e sonolências terrenas e nos livrarmos do manto das inquietações e vozerios do mundo, para irmos ao encontro do Senhor que passa e, como homens eivados de graça, 'seguir Jesus pelo caminho' (Mc 10, 52). 

25 DE OUTUBRO - SANTO ANTÔNIO GALVÃO


Um homem marcado pela caridade e por um profundo espírito missionário: este foi o compromisso de fé que levou à santidade Antônio Galvão de França - o Frei Galvão, nascido em 1739 em Guaratinguetá, cidade do interior do estado de São Paulo, e falecido na cidade de São Paulo, em 23 de dezembro de 1822.

A devoção cristã permeou a sua vida desde a infância, levando-o a estudar com os jesuítas na Bahia e, mais tarde, a proceder os votos solenes como franciscano da Ordem Terceira (adotando, então, o nome de Antônio Sant'Ana Galvão) e à ordenação sacerdotal, em 11 de julho de 1762, no Rio de Janeiro. Após a ordenação, tornou-se pregador da ordem franciscana e confessor do Recolhimento de Santa Teresa, onde viviam algumas monjas e que, naquela época, constituía o único estabelecimento de religiosas então existente em São Paulo. Nesta instituição, sob a inspiração da Irmã Helena Maria do Sacramento, Frei Galvão fundou e construiu um novo recolhimento na cidade, no local chamado campo da Luz, hoje Mosteiro de Nossa Senhora da Luz, e ali foi enterrado. 

Era dotado de dons prodigiosos, como levitação e a bilocação. Particularmente interessantes são as chamadas 'pílulas de Frei Galvão'. Diante de um homem padecendo muitas dores devido a cálculos renais, o santo teve a súbita inspiração de escrever em um papelote a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis - 'Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós' e o deu ao homem como remédio, que expeliu em seguida um grande cálculo renal. Utilizando-se deste meio outras tantas vezes, as pílulas logo tornaram-se de uso generalizado até os nossos dias, para curar problemas renais ou de parto ou quaisquer outras dores ou enfermidades. Por sua intercessão, os Céus realizaram muitos milagres e curas sobrenaturais.

Frei Galvão se fez servo de todos e para todos tinha uma enorme generosidade de acolhimento, de perdão, de serenidade e de direção espiritual e, como 'filho e escravo perpétuo de Maria', dedicou toda a sua vida ao apostolado e à salvação das almas e, em meio a tantas glórias e virtudes, só recentemente foi elevado aos altares. Frei Galvão Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998 e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, tornando-se, então, o primeiro santo da Igreja nascido no Brasil. A sua festa litúrgica acontece em 25 de outubro, data de sua beatificação.

(Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, século XVIII, atual Mosteiro da Luz)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

AS SEIS VIAS DA SANTIDADE PELA PACIÊNCIA

O apóstolo São Tiago dizia que a paciência era por excelência a obra perfeita de uma alma. A terra é lugar onde se conquistam merecimentos e, portanto, não é lugar de descanso, mas de trabalho e padecimento: e aquele que não sofre com paciência, sofre menos e salva-se; ao passo que sofre muito mais quem sofre com impaciência, e pode condenar-se. A paciência deve ser praticada:

1. Nas enfermidades

Estas são a pedra de toque, para discernir o espírito das pessoas. Algumas há que são devotas, e até, ao parecer, fervorosas, enquanto gozam boa saúde: mas se a enfermidade as visita, impacientam-se, queixam-se de todos, entregam-se a tristeza e cometem muitas outras faltas.

2. Na morte dos parentes 

Quantos há que pela perda de um parente ficam inconsoláveis, a ponto de deixarem a oração, os sacramentos e todas as obras de piedade, chegando alguns a queixar-se até do próprio Deus! Que temeridade!

3. Na pobreza

Soframos com resignação a perda de nossos interesses, confiando no Senhor, pois Ele não deixará de socorrer a quem a Ele se confia.

4. Nos desprezos e perseguições

Pois se Jesus, sendo a própria inocência, padeceu tanto por nosso amor; que muito será que nós padeçamos alguma coisa por Ele. Diz o Apóstolo que, todo aquele que quiser viver neste mundo, unido com Jesus Cristo, deverá ser perseguido.

5. Nas angústias de espírito

Estes são os sofrimentos mais duros e custosos de suportar a uma alma que ama a Deus: são, porém, um meio de que Deus se serve para provar os seus escolhidos. Nestas circunstâncias deve haver sumo cuidado em não omitir nenhuma das obras de piedade costumadas, como orações, devoções, visitas, leituras espirituais etc. Pois que, ainda quando tudo pareça perdido, por se fazer com tédio e dificuldade, cumpre-se, com inteiro agrado de Deus, à sua Santíssima Vontade.

6. Nas tentações 

Almas há, tão pusilânimes, que se a tentação for mais demorada, assustam-se e julgam-se abandonadas de Deus. E, não obstante, Deus nunca permite que sejamos tentados além do que as nossas forças comportam e, a cada tentação vencida, correspondem muitas graças de glória. É necessário, sem dúvida, pedir ao Senhor que nos livre das tentações, mas quando elas chegam, não é menos necessário resignar-nos com a vontade de Deus e pedir-lhe força para resistir a elas e vencê-las.

(Excertos da obra 'Sagrada Família', por um padre redentorista, 1910)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

SEQUÊNCIA DAS SETE VIRTUDES DE MARIA


1° DIA: Fazer-se humilde como Maria

Maria se lembrava que tudo nela era dom de Deus. Guardava em segredo, mesmo diante de seu esposo, as graças e favores divinos com que era agraciada por Deus. Ela oferecia ao Senhor os louvores que recebia. Ela se comprazia em servir ao próximo e a se colocar sempre em último lugar. Ela não temia o desprezo; ela não foi vista em Jerusalém no Domingo de Ramos, na ocasião em que o povo recebeu seu Filho com todas as honrarias. Mas não teve medo de comparecer ao Calvário, onde foi reconhecida como a mãe de um condenado.

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, rogai por mim quando eu quiser me valorizar diante do próximo, revestindo-me com o manto da vossa humildade.

'Ó Maria, dai-nos a virtude da humildade'.

2° DIA: Amar a Deus e ao próximo como Maria

Cristo nos deu este mandamento: amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e a teu próximo como a ti mesmo. Maria cumpriu plenamente este preceito. Segundo São Bernardo, o amor de Jesus entrou como uma espada no coração de Maria e o transpassou de um lado ao outro a fim de que nenhuma dobra e nenhuma prega ficasse sem o ferimento de amor. O coração de Maria tornou-se, então, fogo e chama: fogo por causa do amor que a queimava interiormente e chama resplandecendo no exterior, através da prática da caridade.

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, como em Caná, rogai por mim ao vosso Filho, dizendo-lhe: 'Eles não têm mais amor', e concedei-me a graça de praticar a caridade, como vós. Que o teu exemplo e a tua doação incondicional me lembre o amor a Deus e ao próximo, quando eu der preferência a mim, dentre os outros. 

'Ó Maria, dai-nos a virtude do amor'.

3° DIA: Crer como Maria

Foi pela sua fé que Maria foi proclamada bem-aventurada por sua prima Isabel. Na Paixão de Jesus, os discípulos foram tomados por dúvidas e somente a Virgem Maria se manteve firme na fé. A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude. É um dom de Deus, enquanto luz que Ele próprio faz resplandecer sobre a alma. É uma virtude quando a alma a põe em prática. O verdadeiro cristão vive segundo a sua fé. Assim viveu a Virgem Maria.

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, rogai por mim quando eu duvidar; dai-me olhos que visualizem toda a luz da fé. 

'Ó Maria, dai-nos a virtude da fé'.

4° DIA: Esperar com confiança como Maria

A esperança nasce da fé. A Virgem Maria demonstrou quão grande era a sua confiança em Deus, plenamente confiante de que Deus preservaria sua inocência, sua honra e sua vida. E mesmo quando ela se viu excluída das hospedarias e constrangida a buscar abrigo num estábulo, e ainda na sua fuga para o Egito, um país estrangeiro e desconhecido e, sobretudo nas Bodas de Caná, quando seu pedido foi primeiramente recusado por Jesus, Maria estava confiante de que seu Filho lhe concederia a graça solicitada.

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, vós sois, depois de Jesus, toda a minha esperança, ensinai-me a praticar o abandono, a entrega à Providência Divina. 

'Ó Maria, dai-nos a virtude da esperança'.

5° DIA: Viver a castidade como Maria

Deus nos deu, em Maria, o modelo perfeito em relação ao amor de Deus. Maria consagrou-se inteiramente a Deus, abrindo o caminho para muitas outras jovens. No entanto, o chamado evangélico à castidade dirige-se a todos os cristãos, seja qual for seu estado civil. Trata-se de um apelo a não usar o próximo apenas para o seu próprio prazer. A castidade é um modo livre de viver, respeitando o outro.

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, que o vosso nome, pronunciado com confiança, seja o meu recurso quando eu tiver que renunciar às paixões do espírito e da carne, para deixar Deus passar. 

'Ó Maria, dai-nos a virtude da castidade'.

6° DIA: Fazer-se pobre como Maria

Vemos Maria entrar no Templo não com um cordeiro, que seria a oferenda das pessoas ricas, mas com um par de rolinhas, que constituía a oferenda dos pobres. Havia concordado em desposar José, que vivia exclusivamente do árduo trabalho de suas mãos. Partira para o Egito para salvar seu filho, abandonando tudo o que tinha. Quando a virtude da pobreza nos faz sentir seus espinhos em nossa própria carne, que fonte de consolo encontramos na pobreza de Maria e José!

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, que dizeis, em vosso sublime cântico: Minha alma exulta no Senhor. Dai-me a graça de poder sempre ter a Deus como prioridade na minha vida. 

'Ó Maria, dai-nos a virtude da pobreza'.

7° DIA: Praticar a obediência e a paciência como Maria

A Virgem Santa era de tal modo apegada ao Senhor que se intitulou serva do Senhor. Maria, com humildade, viveu sua vida em total adesão à vontade de Deus. Do momento que a mulher do Evangelho, dirigindo-se a Jesus, exclamou: 'Feliz o seio que te trouxe ao mundo!', Jesus respondeu: 'Mais felizes são aqueles que escutam a palavra de Deus e a põe em prática'. Naquele episódio, Maria surge como a primeira discípula de seu Filho.

Ó Maria, Virgem Imaculada, Mãe de Deus e nossa Mãe, dai-me a graça de obedecer fielmente à vontade de Deus, de suportar em paz as cruzes e amar a Deus cada vez mais. 

'Ó Maria, dai-nos a virtude da obediência e da paciência'.

Em cada oração, pode-se oferecer uma rosa aos pés de Maria e rezar:

Pai Nosso - Ave Maria - Glória ao Pai


Oração Final

Ó Maria Santíssima, cuja vida é modelo de santidade, fazei que floresça em nossas vidas as tuas virtudes, a fim de que possamos, também nós, alcançarmos a santidade.